Khepri

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Na mitologia egípcia, Khepri (também Kheper, Khepera, Khepra, Khepre, Khepere) é uma divindade principal. Khepri é associado com a imagem do escaravelho, cujo comportamento de ficar carregando bolas de estrume é comparado às forças que fazem mover o Sol.

Khepri
xpr
r
iC2

Outros nomes Khepera, Kheper, Chepri, Khepra
Nascimento
adorado em Heliópolis
Parentesco Nun, Atum e

Khepri gradualmente veio a ser considerado como uma encarnação do próprio Sol, e por isso tornou-se uma das formas do Deus do Sol. Segundo a Religião Egípcia, ele era responsável por "rolar" o sol para fora do Duat no final da sua jornada, também representava o renascimento diário de .

Mitologia

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O deus Khepri criou-se a partir da matéria primordial ao dizer seu próprio nome, em seguida ele procriou os deuses Shu e Téfnis, formando a primeira trindade.[1] De Shu e Téfnis nasceram Geb [Nota 1] e Nut.[1][2]

Nut, esposa de Geb,[3] foi a mãe de Osíris, Seti,[Nota 2] Ísis e Néftis, em um único parto.[1]

Origem

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Como o escaravelho rola-bosta deixa os ovos nos corpos mortos de vários animais, incluindo outros escaravelhos, e no esterco, daí emergindo para o nascimento, os antigos egípcios acreditavam que os escaravelhos estavam carregados da substância da morte. Por isso, associavam ainda Khepri ao renascimento (ou reencarnação), renovação e ressurreição. De facto, o símbolo do escaravelho Khepri em egípcio antigo significa tornar-se.[4] Como resultado disso, quando o culto do deus-Sol rival alcançou significado, Khepri foi identificado como uma variante de Rá (o aspecto do Sol na manhã ou madrugada).

Consequentemente, quando Rá Amon se tornou a identidade de um mesmo deus (Amon-Rá), determinou-se que Khepri era a forma de Rá quando jovem, em conflito com Nefertum, que era o Atum jovem. Isto tudo gerou uma cosmogonia onde Rá, como Khepri, foi resultado da actividade da Ogdóade e emergiu de uma flor de lótus azul apenas para ser imediatamente transformado em Nefertum que, depois de crescer, gerou a Enéade.

Formas de representações

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Khepri foi principalmente esculpido e pintado como um escaravelho, não obstante em alguns papiros funerários ser representado como um homem com a cabeça de escaravelho. Ele também foi representado como um escaravelho numa barca solar segurada por Num. Quando representado como um escaravelho, ele era normalmente posto a empurrar o sol através do céu durante o dia, bem como a empurrá-lo em segurança durante a noite, na passagem do Sol pelo submundo.

Como o aspecto de Rá, é particularmente prevalecente na literatura funerária do período do Império Novo, quando muitos túmulos do Vale dos Reis foram decorados com Rá como o disco solar, Khepri como o Sol na manhã ou madrugada e Atum como o Sol poente.

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Em Trono de Fogo, o segundo livro da série As Crônicas dos Kane, de Rick Riordan, Khepri, na forma de um escaravelho, é uma das três formas em que Rá se dividiu, quando se retirou para dormir.[5]

Notas e referências

Notas

  1. No texto de Wallis Budge, Geb é escrito como Seb
  2. No texto de Wallis Budge, Seti é escrito como Sut.

Referências

  1. a b c Wallis Budge, Egyptian Ideas of Future Life (1900), Chapter I, The Belief in God Almighty [em linha]
  2. Textos das Pirâmides, 1. NUT AND THE DECEASED KING, UTTERANCES 1-11, 5c-5d na tradução por Samuel A. B. Mercer
  3. Textos das Pirâmides, 8. THE DECEASED KING TRIUMPHS OVER HIS ENEMIES AND IS RECOGNIZED BY THE GODS, UTTERANCES 260-262, 316a na tradução por Samuel A. B. Mercer (O Geb, bull of Nut)
  4. «Dicionário de hieroglifos (em inglês)». Procurar XPR (que lê-se kheper). Consultado em 15 de agosto de 2008. Arquivado do original em 9 de janeiro de 2009 
  5. Rick Riordan, Trono de Fogo, Capítulo 22, Amigos nos lugares mais estranhos.
 
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