Ordem Militar de Avis

ordem nacional de Portugal

A Ordem Militar de São Bento de Avis[1] é a mais antiga ordem honorífica Portuguesa, que herdou o nome da Ordem de São Bento de Avis posteriormente à criação desta.[2] É concedida para premiar altos serviços militares, pelo que está reservada exclusivamente a oficiais das Forças Armadas Portuguesas, da Guarda Nacional Republicana, e ainda às unidades, órgãos, estabelecimentos e corpos militares.[3] O Grão-Mestre da Ordem é, tal como nas demais Ordens Honoríficas Portuguesas, por inerência o Presidente da República, cargo exercido desde 2016 pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. [4]

Ordem Militar de Avis
Descrição
País Portugal Portugal
Outorgante Presidente da República
Criação Século XII
Tipo Ordem Militar
Motto Pax (Paz)
Elegibilidade Oficiais das Forças Armadas Portuguesas e da Guarda Nacional Republicana.
Outorga Altos serviços militares.
Estado Activa
Organização
Grão-Mestre Presidente Marcelo Rebelo de Sousa
Chanceler Jaime Gama
Graus Grande-Colar (GColA)
Grã-Cruz (GCA)
Grande-Oficial (GOA)
Comendador (ComA)
Oficial (OA)
Cavaleiro (CvA)
Hierarquia
Inferior a Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo
Superior a Medalha Militar de Serviços Distintos
Fita
 Nota: Para a histórica Ordem monástico-militar, veja Ordem de São Bento de Avis.

História

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 Ver artigo principal: Ordem de São Bento de Avis

Existem diversas lendas que tentam enquadrar a origem desta Ordem de forma mítica, mas que não têm sustentação em nenhuma documentação credível. A origem da Ordem está conectada à Milícia de Évora, fundada por volta de 1175, com função defensiva da cidade de mesmo nome, e que estava submetida à regra beneditina. Em 1187 tornou-se parte da obediência da Ordem de Calatrava castelhana, posteriormente os freires mudaram-se para Avis, e é durante o reinado de Dinis I de Portugal que começa a ganhar autonomia.

Com a subida ao trono do Mestre de Avis no séc. XIV a Ordem ficará indissociável da Coroa portuguesa, facto cimentado pela bula Praeclara Clarissimi do Papa Júlio III, a 30 de novembro de 1551.

A Ordem foi extinta em 1910 mas voltou a ser restabelecida em 1917 como “Ordem Militar de Avis”,[2] passando a ser outorgada pelo Presidente da República Portuguesa.

Graus da Ordem

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É composta pelos cinco graus seguintes, em ordem decrescente de preeminência:

  •   Grande-Colar (GColA)
  •   Grã-Cruz (GCA)
  •   Grande-Oficial (GOA)
  •   Comendador (ComA)[nota 1]
  •   Oficial (OA)
  •   Cavaleiro (CvA) / Dama (DmA)


Tal como outras ordens portuguesas, o grau de Membro-Honorário (MHA) pode ser atribuído a instituições e localidades.[6] Pelo Decreto-Lei n.º 55/2021, de 29 de junho, foi introduzido o grau de Grande-Colar (GColA).[7]

Como Chanceler do Conselho das Antigas Ordens Militares, que inclui a Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, foi nomeado em 2016 o antigo presidente da Assembleia da República Jaime Gama.[8] Gama sucedeu ao Tenente-General Vasco Rocha Vieira, que exerceu as funções de Chanceler desde 2011.[9]

Grande-Colar

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O Grande-Colar é o mais alto grau da Ordem Militar da Avis. É usado pelo Presidente da República enquanto Grão-Mestre da Ordem. Destina-se a ser outorgado a Chefes de Estado ou a personalidades excepcionalmente equiparadas a este estatuto. Não há até ao momento qualquer agraciamento.

Grão-Mestre

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Distinguidos

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Ver também

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Notas

  1. No feminino "Comendadeira".[5] Também é aceite o termo "Comendadora".
  2. Actualize para obter valores mais recentes. Poderá haver na Wikipédia ainda mais distinguidos do que os incluídos nestas categorias. No entanto, nos seus artigos não estão colocadas as respectivas categorias.

Referências

  1. "Mercês Honoríficas do Século XX (1900-1910)", Jorge Eduardo de Abreu Pamplona Forjaz, Guarda-Mor, 1.ª Edição, Lisboa, 2012, p. 282
  2. a b «HISTÓRIA DA ORDEM MILITAR DE AVIS - Página Oficial das Ordens Honoríficas Portuguesas». www.ordens.presidencia.pt. Consultado em 6 de fevereiro de 2019 
  3. «ORDEM MILITAR DE AVIS - Página Oficial das Ordens Honoríficas Portuguesas». www.ordens.presidencia.pt. Consultado em 6 de fevereiro de 2019 
  4. Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas. «Grão-Mestre» 
  5. A. Tavares Louro (24 de novembro de 2006). «Comendador, comendadeira». Ciberdúvidas. Consultado em 22 de junho de 2014. Cópia arquivada em 22 de junho de 2014 
  6. «Membros Honorários». Sítio oficial da Presidência da República Portuguesa. Consultado em 13 de agosto de 2011 
  7. Decreto-Lei n.º 55/2021, de 29 de junho - Diário da República n.º 124/2021, Série I de 2021-06-29
  8. Manuel Carlos Freire (14 de março de 2016). «Jaime Gama nomeado chanceler das ordens militares». Diário de Notícias. Consultado em 18 de março de 2017 
  9. Maria Luiza Rolim; Agência Lusa (18 de julho de 2011). «Ferreira Leite nova chanceler do Conselho das Ordens Nacionais». Consultado em 20 de junho de 2014. Cópia arquivada em 8 de outubro de 2012 

Ligações externas

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