Vieira (molusco)
As vieiras (nome cientifico Pecten maximus) [1] são moluscos bivalves marinhos da família Pectinidae. Encontram-se em vários oceanos e abundantemente na América do Norte, norte da Europa, e Japão, sendo bastante apreciadas como alimento refinado. Nos países de língua inglesa são conhecidas como scallop, em francês são a famosa coquille saint-jacques. As conchas coloridas em forma de leque de algumas vieiras, com seu padrão de pregas radiantes, são apreciadas por colecionadores e malacologistas e tornaram-se um símbolo de heráldica e de Santiago Maior, ostentado pelos peregrinos a Santiago de Compostela. É também a concha representada em O Nascimento de Vênus de Botticelli. A sua característica mais interessante na vida selvagem, segundo o National Geographic, é serem nadadores ativos, sendo o único bivalve migratório, movendo-se por propulsão com ajuda do músculo adutor.
Vieira | |||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||
Pouco preocupante | |||||||||||
Classificação científica | |||||||||||
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Gêneros | |||||||||||
Amusium Chlamys
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No Brasil, podemos encontrar fazendas marinhas desse molusco, como na região litorânea do estado do Rio de Janeiro, Ilha Grande. Lá são cultivadas em gaiolas subterrâneas com vário pavimentos e redes em volta para que não fujam.
Anatomia
editarComo as ostras verdadeiras (família Ostreidae), as vieiras têm um músculo central adutor, cuja marca de fixação é visível no interior das suas conchas. O músculo adutor das vieiras é maior e mais desenvolvido do que o das ostras, pois elas são nadadoras ativas: as vieiras são, na verdade, os únicos bivalves migratórios. A forma das suas conchas tende a ser altamente regular, o arquétipo da forma de uma concha, e por causa da sua harmoniosa geometria, a sua concha é frequentemente um motivo decorativo. As Vieiras possuem olhos com lente e retina, mais complexos do que os de outros bivalves. Embora não consigam ver formas, podem detectar a luz e movimento.[2]
Alimentação e hábitos de vida
editarA maioria das vieiras alimentam-se por filtragem de plâncton. Ocasionalmente, o plâncton pode incluir larvas de vieiras. Sifões trazem água para uma estrutura de filtragem, onde o alimento fica retido no muco. Em seguida, os cílios na estrutura movem o alimento em direção à boca. O alimento é digerido no estômago e glândula digestiva. Os resíduos são passados através do intestino e saem através do ânus.
A maioria das vieiras são nómadas, mas algumas espécies podem conectar-se a um substrato por uma estrutura chamada bisso, ou até mesmo cimentar-se em adultos (por exemplo as Hinnites spp.) e ferrar-se mais na areia. Uma vieira nômade pode nadar, abrindo e fechando rapidamente as conchas. Este método de locomoção é também uma técnica defensiva, protegendo-a da ameaça de predadores. Algumas vieiras podem fazer um som suave mas audível de um estalo ao bater as conchas debaixo da água, levando a que lhes chamem "vieiras cantoras".