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Vidros

O documento aborda a história e as propriedades dos vidros, desde sua origem até a fabricação e tipos utilizados na construção civil. Destaca a evolução do vidro ao longo dos séculos, suas características físicas e químicas, e os diferentes tipos de vidro, como o temperado e laminado, além de suas aplicações. O conteúdo é voltado para estudantes de Materiais de Construção Civil no Instituto Federal de Santa Catarina.
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Vidros

O documento aborda a história e as propriedades dos vidros, desde sua origem até a fabricação e tipos utilizados na construção civil. Destaca a evolução do vidro ao longo dos séculos, suas características físicas e químicas, e os diferentes tipos de vidro, como o temperado e laminado, além de suas aplicações. O conteúdo é voltado para estudantes de Materiais de Construção Civil no Instituto Federal de Santa Catarina.
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

Santa Catarina – Campus Criciúma

Disciplina: Materiais de Construção Civil II


Aula: Vidros

Prof. Diego Haltiery – [Link]@[Link]

1
Introdução

2
Introdução

• 3000 AC – Fenícios (origem)


• 1500 AC – Egito (uso)
• 100 AC – Romanos (vidro por sopro)
• Séculos III e IV da era Cristã – proteção de janelas
• Século VI – primeiro vidro colorido da arquitetura na Catedral de Santa Sofia (Constantinopla)
• Século XI – Através das Cruzadas, o vidro chega do Oriente para Veneza
• Séculos XIII e XVI – Vidro cristal, incolor, transparente e espelhos em Veneza
• Século XVII - Placas de vidros
• Século XVIII – Vidro plano transparente e a janela é protagonista na composição da fachada
• Século XIX – Aumento de vãos e aberturas
• Século XX – Com o desenvolvimento do aço e do concreto, o vidro passa a ser mais difundido
• 1917 - Processo contínuo de laminação de vidros de janelas por Emil Fourcault (Bélgica) e Irwing Golbern (EUA)
• 1952 – Vidro Float 3
Introdução

4
Introdução

5
Introdução

✓ O que são os vidros?


• São produtos fisicamente homogêneos, obtidos pelo resfriamento de uma massa inorgânica em fusão,
que enrijece sem cristalizar através de um aumento contínuo de viscosidade. De forma ainda mais
simplificada: é um sólido, não cristalino que apresenta transição vítrea.

6
Introdução

• Os vidros são geralmente transparentes (apesar de haver alguns opacos), inalteráveis com o tempo e ao
contato com ácidos e bases; são impermeáveis aos gases e aos líquidos, e mais ou menos permeáveis às
radiações do espectro solar (ultravioleta e infravermelho).

• Fusão pelo calor de óxidos inorgânicos ou seus derivados e misturas,


tendo como constituinte primordial a sílica (óxido de silício), que, por
resfriamento, enrijece sem cristalizar.

• Esse óxido é encontrado na areia dos rios, das praias, de desertos e formações rochosas.

7
Propriedades

Microestrutura

8
Propriedades

9
Propriedades

Viscosidade

A viscosidade do líquido diminui com o aumento


da temperatura que facilita o processo de
sinterização.

A viscosidade também determina a taxa de


dissolução da fase cristalina e da vitrificação de
novas fases.

10
Propriedades

Diagrama de Tensão x Deformação

11
Propriedades

Transmitância térmica total (U) para vidros com caixilhos múltiplos

Tipo de Envidraçamento U (W/m²ºC)


Vidro duplo: 12,7mm; ar 2,72
Vidro duplo: 12,7mm; ar; e =0,20 2,21
Vidro duplo: 12,7mm; ar; e =0,10 2,10
Vidro duplo: 12,7mm; argônio; e =0,10 1,93
Vidro duplo: 12,7mm; argônio; e =0,10 duas faces 1,30
Vidro duplo: 6,4mm; Criptônio; e =0,10 duas faces 1,25

e = emissividade da película low-e (Fonte: Caram, 2002)

12
Propriedades

Resistência ao choque térmico


•Melhorar a resistência ao choque de vidro pode ser
conseguida melhorando a resistência do material ou
reduzindo a sua tendência à expansão desigual.
•Pyrex®: a marca de um tipo de vidro que é mais
conhecido pelos consumidores como utensílios de
cozinha, mas que também é usado para fabricar produtos
de vidro de laboratório.
•O tipo de vidro tradicionalmente utilizado para fazer o
Pyrex® é chamado de vidro de borosilicato, devido à
adição de boro, o que evita o choque ao reduzir a
13
tendência do vidro para expansão.
Propriedades

Propriedades mecânicas dos vidros comuns (NBR 11706)

Massa específica 2500±50kg/m³


Dureza ±6,5 Mohs
Módulo de Elasticidade 75±5 Gpa
Tensão de ruptura à flexão 40±5 MPa ( vidro recozido)
180±20 Mpa (vidro temperado)
Tensão admissível de flexão 13±2 MPa ( vidro recozido)
60±4 Mpa (vidro temperado)
Coeficiente de Poisson 0,22

Link: [Link]

14
Propriedades

Propriedades térmicas dos vidros comuns (NBR 11706)

Calor específico entre 20ºC a 100ºC 0,19 kcal/KgºC


Coeficiente de condutibilidade térmica a 20ºC 0,8 a 1 Kcal/mhºC
Condutibilidade térmica da lã de vidro 0,045 Kcal/mhºC
Resistência ao choque térmico Resiste melhor ao ciclo calor-frio que o inverso
Coeficiente de dilatação linear entre 20ºC a 220ºC 9x10-6 ºC-1

O vidro é colocado em uma estufa a 250ºC e permanece ali


por trinta minutos. Em seguida, com um esguicho, o técnico
direciona o jato de água, por noventa segundos, para o centro
do vidro. A vazão é de 10 a 15 ml por segundo. Mesmo com o
choque térmico, o vidro não pode quebrar.

15
Propriedades

Índice de redução acústica (Rw) de vidros planos comuns

Espessura Massa superficial Rw


(mm) (Kg/m²) (dB) Rw de vidros duplos com câmera de ar
3 7,5 29
Espaçamento entre vidros (mm)
4 10 30 Espessura
20 50 100 150
5 12,5 30 (mm)
Índice de redução acústica – Rw (dB)
6 15 31
12 31 33 33 33
8 20 32
14 32 33 33 34
10 25 33
16 33 34 34 34
12 30 34
15 37,5 36 Fonte: Scherer, 2005

19 47,5 37
Fonte: Saint Globain Glass, 2000
16
Propriedades

Isolamento acústico Rw de vidros duplos com câmera de ar

Composição Decibéis - dB Espaçamento entre vidros (mm)


Espessura
Vidro monolítico 27-38 20 50 100 150
(mm)
Vidro duplo 30-45 Índice de redução acústica – Rw (dB)
Vidro laminado 32-42 12 31 33 33 33
Vidro duplo laminado 37-50 14 32 33 33 34
16 33 34 34 34
Fonte: Scherer, 2005

17
Propriedades

• O vidro tem grande dureza (só é riscado pelo diamante).


• É atacado apenas pelo ácido fluorídrico ou água com cimento ou cal.
• Pode ser obtido na forma de fios finos (fibra de vidro e lã de vidro).
• É mau condutor de calor. Comumente, deixa passar os raios infravermelhos do sol, que irão aquecer a sala, mas é
impermeável aos raios ultravioleta irradiados pelos corpos aquecidos.
• Seu peso específico depende da composição e também dos tratamentos térmicos. Quanto mais alta a temperatura
alcançada no forno, menor a densidade.
• O coeficiente de dilatação térmica é da ordem de 0,009mm/m/°C .
• Condutibilidade elétrica: é tão baixa a temperatura ambiente que pode ser considerado isolante; no entanto, a
altas temperaturas, a condutibilidade é igual à dos bons condutores elétricos.

18
Composição química

19
Composição química

20
Coloração

• Agentes de coloração para os vidros:

21
Fabricação

Na prática, a fabricação é bastante complexa por causa das temperaturas necessárias, dos fenômenos
secundários e variedade de tipos. As diversas fases da fabricação são:
a) preparo da mistura (dosagem, moagem: grãos de cerca de 1mm)
b) fusão (1.450 a 1.550ºC) em fornos (utilizando fundentes)
c) refinação (eliminação das pequeninas bolhas de gases (1.350 a 1.450°C).
d) moldagem (A temperatura deve permanecer constante )
e) recozimento
A moldagem varia com a forma desejada, podendo ser oco, tubular ou plano.

• Link: [Link]

22
Fabricação

Float

23
Fabricação

O vidro recém-moldado apresenta grandes tensões internas, que o tornam extremamente quebradiço,
levando ao estilhaçamento. É que as camadas externas em contato com o ar ambiente esfriam e
contraem-se rapidamente, enquanto que o interior ainda permanece fluido e dilatado. Quando este
vitrifica, aparecem tensões entre as camadas interna e externa. O recozimento é feito normalmente após
a moldagem, porque não há necessidade de deixá-lo esfriar antes.

Link: [Link]
24
Fabricação

• O processo de corte é uma das mais importantes etapas de preparo do vidro para a
instalação, pois por meio dele o vidro adquire o tamanho e o formato desejados.

• Há equipamentos e mesas automáticas com alta tecnologia


disponíveis no mercado, mas em boa parte das vidraçarias o
instrumento mais utilizado ainda é o bom e velho cortador de vidro manual.

• Um dos mais utilizados é o cortador de vidro com ponta


diamantada, que se fixa firmemente no material. É indicado
para cortar vidros de até 10mm. Sua vida útil é longa, podendo
cortar mais de 10kg de vidro.

25
Ciclo do Vidro

26
Tipos de vidros

Classificação dos vidros segundo a ABNT NM 293/2004

Tipo Forma Transparência Acabamento Coloração Colocação

Recozido Liso
Polido
Plano
Temperado
Impresso
Plano de seg.
Antireflexo Caixilhos
Laminado Transparente Incolor
Curvo Serigrafado
Aramado Translúcido Autoportantes
Fosco
Endurecido Colorido
Opaco Metalizado/reflexivo
Perfilado Misto
Baixa emissividade
Duplo/insulado
Ondulado Gravado
Esmaltado
27
Tipos de vidros

• Vidro comum ou float: é a composição básica e mais barata do vidro, encontrado na forma
incolor e nas cores bronze, fumê e verde. Esse vidro simples serve de base para a criação
dos outros tipos, por meio de qualquer tratamento. Pode ser utilizado em porta-retratos,
prateleiras, tampos de mesas, aparadores e bases.

• Vidro temperado: é o vidro float após passar por um tratamento, chamado de têmpera, no
qual são realizados aquecimentos e resfriamentos súbitos do vidro, com a finalidade de
garantir mais resistência e mais segurança, pois não forma cacos pontudos ao ser quebrado.
Utilizado em box de banheiros, fechamento de lojas, residências e edifícios, portas e
janelas.

28
Tipos de vidros

• Vidro impresso: também conhecido como vidro fantasia, é um vidro translúcido, ou seja,
permite a passagem da luz, porém bloqueia parcialmente a visão de objetos colocados por
trás dele. São feitas impressões em um ou ambos os lados do vidro, com texturas e
desenhos na superfície do vidro, quando este ainda não passou pelo processo de
resfriamento. As impressões dão um efeito decorativo e estético, por isso são muito
utilizados em portas, janelas, box de banheiro, pisos, móveis e decorações de interiores.

29
Tipos de vidros

• Vidro aramado: é feito a partir do vidro impresso, porém com uma grelha metálica que dá
mais segurança ao vidro em caso de quebra. Apresenta alta resistência ao fogo e a forma
quadriculada do arame pode ser utilizada com efeito decorativo em móveis, guarda-corpos,
divisórias, coberturas, entre outras aplicações.

30
Tipos de vidros

• Vidro laminado: consiste em duas camadas de vidro comum com uma película fina entre
elas feita de resina ou PVB (polivinil butiral), a fim de não permitir que os cacos de vidro se
espalhem em caso de quebra, pois ficam presos nessa fina película. Além disso, essa fina
camada de resina atua como um isolante, garantindo um bom desempenho térmico e
acústico. Devido a essas características, é muito utilizado na arquitetura em fachadas,
coberturas, vitrines, divisórias, portas, além de ser encontrado com diferentes combinações
de cores.

31
Tipos de vidros

• Vidro acidato: recebe esse nome pois o seu processo de fabricação é feito com ácidos, de
forma artesanal ou industrial. É levemente opaco e pode ter adição de cores, porém, no
caso do processo industrial, é totalmente opaco. São procurados pelo efeito estético e são
utilizados para design de móveis e decorações de ambientes.

32
Tipos de vidros

• Vidro jateado: É um vidro leve e opaco que impede totalmente a visão do outro lado,
produzido em cabine fechada, com uso de pós abrasivos mais eficientes e menos tóxicos.
Uma desvantagem desse tipo de vidro é a difícil limpeza, pois absorve bastante sujeira e
gordura, além da pouca variedade de cores. Utilizado para fazer divisória de ambientes,
portas de armário, tampo de mesa e prateleiras.

33
Vidros usados na construção civil

Vidro anti-reflexo Escadas


Cubas de vidro e espelhos

Tecnologia desenvolvida pela empresa japonesa que


produziu um “vidro invisível” com redução de 99,5% de reflexo
34
Vidros usados na construção civil

Baixa condutividade térmica Estéticos/Decorativos

35
Vidros usados na construção civil

Fibras de vidro

36
Vidros usados na construção civil

Lã de vidro

37
Vidros usados na construção civil

Vidros duplos (insulados)

38
Vidros usados na construção civil

Vidros laminados

39
Vidros usados na construção civil

Tijolo de vidro: são compostos basicamente por duas paredes de vidro,


que tem uma camada de ar entre as mesmas.

40
Vidros usados na construção civil

41
Novas Tecnologias

Vidro ultrafino resistente a explosões:

Utilizando longas fibras de vidro, pesquisadores


desenvolveram um vidro laminado de apenas 6mm
resistente a bombas, terremotos e furacões.

Vidro ultrafino resistente a explosão

42
Novas Tecnologias

Vidro de controle solar inteligente:

Uma parceria entre pesquisadores dos EUA e China


resultou na criação de um vidro de controle solar
inteligente. Esse vidro age como bloqueador
térmico no inverno e no verão o vidro reflete a
radiação infravermelha, evitando o aquecimento do
mesmo.

43
Novas Tecnologias

Vidro mais resistente que o aço


Com 90% de paládio, vidro metálico recém criado
por canadenses e americanos mostrou em seus
primeiros testes em laboratório ser o material mais
resistente conhecido atualmente

44
Tipos de vidros

“Gota” de vidro é desenhada para


converter ar em água

Todo feito em alumínio, concreto e


principalmente vidro o projeto do resort
em forma de “gota” é o primeiro a
transformar ar em água por meio de
energia solar. Uma de suas faces é
composta de vidro fotovoltaico semi-
incolor desenvolvidos para converter luz
natural em energia elétrica.

45
Tipos de vidros

Spray de vidro
liquido que protege
impermeabilizada
qualquer material

46
Normas para vidros

NBR11706/92 - Vidros na construção civil


NBR7199/89 - Projeto, execução e aplicações de vidros na construção civil
NBR12067/01 - Vidro plano - Determinação da resistência à tração na flexão
NBR14697/01 - Vidro laminado
NBR9492/86 - Vidros de segurança - Determinação da visibilidade após ruptura e segurança contra estilhaços
NBR9498/86 - Vidros de segurança - Ensaio de abrasão
NBR9499/86 - Vidros de segurança - Ensaio de resistência à alta temperatura
NBR9501/86 - Vidros de segurança - Ensaio de radiação
NBR9502/86 - Vidros de segurança - Determinação da resistência à umidade
NBR9503/86 - Vidros de segurança - Determinação da transmissão luminosa

47
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
Santa Catarina – Campus Criciúma

Obrigado !!!

Prof. Diego Haltiery – [Link]@[Link]

Prof. João Paulo – [Link]@[Link]

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