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Metaluirgia
Minério de ferro
Gusa e Aço
Diagrama ferro-carbono
Para a extração do metal e purificá-lo, isto é, separar o metal da sua combinação inicial e
transforma-lo numa substância simples, ou seja, reduzir seu nox a zero, utiliza-se processo
de oxi-redução (electrólise industrial). Com o domínio do fogo, surgia a possibilidade da
metalurgia. Um importante ramo da metalurgia, que embora já existisse, ganhou grandes
proporções após o século XVIII, é a metalurgia extractiva que tem como foco de trabalho a
obtenção de metais a partir de sucata ou minérios. Atualmente, cerca de 40% do aço
produzido no mundo é obtido a partir da fusão da sucata.
Os minérios de ferro são rochas a partir das quais pode ser obtido ferro metálico de
maneira economicamente viável. O ferro encontra-se geralmente sob a forma de óxidos,
como a magnetite e a hematite ou
Alto Forno é onde é fundido o minério de ferro, a fim de transformá-lo em ferro-gusa. Possui
na siderurgia, tamanho variável sendo revestido externamente por metal e internamente
com material refratário,
Os alto-fornos modernos são aparelhos com cerca de trinta metros de altura, consistindo
basicamente por dois cones truncados unidos pela base. No tronco inferior ou cadinho com
cerca de 8 metros ou mais de diâmetro se acumulam os produtos obtidos, a gusa e a escória.
Pelos alcavariz, no topo do cadinho, o ar quente é insuflado. No troco superior temos a
guela, onde a carga é introduzida e a carburação, redução e
7 dessecação ocorrem.
A gusa é o produto imediato da fundição do minério de ferro com carvão e calcário num alto
forno. O seu alto teor de carbono, faz com que seja um material quebradiço e sem grande
uso directo. Geralmente nos processos industriais, o ferro gusa é considerado como uma
liga de ferro e carbono, contendo mais 2.14% de carbono e outros elementos ditos residuais
como por exemplo: silício, manganês, fósforo e enxofre, dentre outros.
Coque, pedra calcária e minério de ferro (óxido de ferro) são inseridos no topo. O ar chega
pela base. Este fornecimento de ar permite a combustão do combustível no seu interior. Isto
reduz o óxido a metal que, sendo mais denso, se concentra na parte inferior do forno. A
natureza exata da reacção é:
As ligas ferro-carbono (aços e gusas), são as mais importantes ligas metálicas da técnica de
hoje.
A magnitude da produção da gusa e dos aços é dez vezes maior do que a produção de outros
metais juntos. A grande utilização das ligas ferro- carbono deve-se ao facto de que estas
ligas podem apresentar uma grande variação nas suas propriedades pela simples variação
da quantidade de carbono e ainda possibilitam que se tenha uma gama maior de
propriedades se considerar-se a possibilidade de deformação plástica e os tratamentos
térmicos.
A base para que este material tenha estas características está principalmente atrelado ao
facto de que o ferro puro apresenta transformação alotrópica e que o carbono forma uma
solução sólida intersticial com o ferro. Isto conduz a uma série de possibilidades de
transformações, cada uma com suas microestruturas típicas, resultando na grande variação
das propriedades. Considerando-se apenas estes dois factores pode-se montar um mapa das
transformações que irão ocorrer, o qual se designa diagrama de equilíbrio.
Líquido (L)– solução líquida de carbono no ferro cuja existência corresponde à faixa acima
da linha líquidus. Cementite (Fe3C) – a linha DFKL, que se designa com a fórmula química
ou por C.
Cementite (Fe3C) – a linha DFKL, que se designa com a fórmula química ou por C.
Ferrite – estrutura que se apresenta sob a forma de ferro α (alfa) ,o qual é susceptível de
dissolver muito poucas partículas de carbono. Vem sendo designada por F, α ou Feα. A
região que corresponde à ferrite no seio do sistema ferro-carbono está situada do lado
esquerdo da linha GPQ e AHN.
Esta reacção verifica-se apenas nas ligas em que o teor de carbono varia de 0.1 a 0.5%.
A mistura eutética de austenite e cementite tem o nome de ledeburite. Esta reacção verifica-
se em todas as ligas do sistema que possuam o teor de carbono superior a 2.14%.
Todas as ligas que têm o teor de carbono superior a 0.02%, que são praticamente todas as
ligas ferrocarbónicas de aplicação industrial, verificam a transformação perlítica
(eutetóide).
A cementite que se separa da ferrite tem o nome de cementite terceária, enquanto que a que
se separa do líquido tem o nome de primária. A cementite secundária é a que se separa da
austenite.
Porém, se aquecida até aproximadamenteb 700ºC por vários anos, a cementite irá
gradualmente se transformar em ferro α e carbono, na forma de grafite, os quais irão
conservar-se após um subsequente resfriamento até a temperatura do ambiente. Dessa
forma, o diagrama ferro-carbono de fases acima apresentado, não representa um
verdadeiro diagrama de equilíbrio, pois, a cementite não é um composto em condições de
equilíbrio. Contudo, uma vez que a taxa de decomposição da cementite é extremamente
lenta, virtualmente todo o carbono no aço estará na forma de cementite e não de grafite,
sendo assim válido o
Todas as ligas com teor de carbono inferior a 2.14%, em virtude da cristalização primária,
adquirem a estrutura austenitíca, ao passo que todas as ligas com teor de carbono superior
a 2.14% possuem geralmente a estrutura constituída pela ledeburite com austenite ou
cementite em excesso.
De acordo com o diagrama ferro-carbono os aços podem ser distinguidos em três grupos:
Aços eutectóides, com 0.8% de carbono aproximadamente, cuja estrutura está constituída
apenas pela perlite;
Aços hipoeutectóides, com teor de carbono inferior a 0.8%, cuja estrutura está constituída
pela ferrite e perlite e;
Aços hipereutectóides, com teor de carbono ente 0.8 a 2%, cuja estrutura está constituída
pela perlite e cementite.
Nota: As ligas ferro-carbónicas com teor de carbono inferior a 2.14% têm o nome de aços,
enquanto que as que possuem teor de carbono superior a 2.14% têm o nome de gusas.
A classsificação dos aços não obedece a um único critério, existindo diferentes cretérios de
classificações. De um modo geral, os aços podem ser classificados da seguinte maneira:
A siderurgia moderna utiliza diferentes técnicas de produção do aço. A designação dos tipos
de aços existentes assenta na classificação segundo as propriedades que possuem, as quais
variam conforme o processo de fabricação utilizado. Todavia, convém saber desde já que
não é precisamente o processo de tecnológico que determina a diferença de propriedades.
Portanto, se os aços obtidos por diferentes processos de produção tiverem uma composição
obsolutamente igual, as suas propriedades serão também iguais. O aço é fundido em
diferentes fornos. Os nomes dos diferentes tipos de fornos utilizados na produção do aço,
dão origem a seguinte classidicação do aço ordinário:
O aço bessemer;
O aço martin-Siemens;
O aço eléctrico.
O aço bessemer, em virtude do elevado teor de gases, sobretudo de azoto, difere do aço
Martin-Siemens por uma grande resistência, mas tem baixa plasticidade e a sua
susceptibilidade de envelhecer, como também, por conter muitas inclusões não metálicas.
Dado que a qualidade do aço bessemer é baixa, este processo de fundição considera-se já
obsoleto e vai sendo substituido por um outro processo segundo o qual nos conversores
bassemer injecta-se, no lugar de ar, o oxigénio tecnicamente puro, com muito reduzido teor
de azoto. Em consequência disto, o teor de azoto no aço, torna-se baixo. O aço obtido por
este processo é praticamente idêntico ao aço Martin-Siemens.
Embora a maior parte dos aços ordinários seja produzida por meio de fornos Martin-
Siemens, as razões de conveniência técnico-económica evidenciam a grande utilidade que
oferece a aplicação de conversores em que se injecta oxigénio, processo tecnológico de tanta
vantagem que, certamente chega a substituir o de fornos Martin-Siemens. Esta conclusão
vai sendo confirmada, de ano para ano, pelo facto de que nas novas empresas siderurgicas
está geralmente projectada a cosntrução dos conversores com injecção de oxigénio e não os
fornos Martin-Siemens.
As escórias que facilitam eliminar, na massa metálica em fusão, diferentes impurezas, são
constituídas pelos óxidos básicos (CaO, MgO) e ácidos (SiO2). O revestimento do forno, em
função da composição das escórias, tem de ser de um material refractário quer básico
(magnesite ou cromo-magnesite), quer ácido, o que faz possível evitar a reacção entre o
revestimento e as escórias.
Se as escórias forem susceptíveis de reacções básicas, são as que possibilitam eliminar
grandemente o fósforo e certa parte de enxofre. Portanto, embora a carga a ser lançada no
forno Martin-Siemens revestido de material refractário básico não seja suficientemente
pura, o aço obtido neste processo terá muito pouco de enxofre e fósforo, ficando, em
contrapartida, mais saturado de oxigénio.
No caso do processo dito ácido, as escórias possuem o ácido silícico em excesso (SiO2), cuja
presença não leva à eliminação do enxofre e do fósforo, mas sim à diminuição da saturação
da massa metálica com o oxigénio. Esta razão evidencia o facto de que o processo Martin-
Siemens ácido, isto é, o forno revestido de material refractário ácido, requer os materiais de
partida mais puros em relação ao teor de enxofre e fósforo (ou seja, materiais mais caros),
mas no caso de se dispor destes materiais, obtém-se um aço de elevada qualidade visto
possuir um mínimo teor de oxigénio.
O aço Martin-Siemens é obtido, na maioria dos casos, por meio do processo básico, sendo
escassos os casos em que, se for necessário assegurar uma elevada pureza em relação ao
teor de impurezas não metálicas (óxidos) e um mínimo teor de oxigénio, se proceda a
fabricação do aço Martin-Siemens ácido que é mais caro. A máxima eliminação do enxofre,
do fósforo e do oxigénio pode-se atingir por meio da fundição do aço nos fornos eléctricos
(a arco eléctrico ou de indução). O aço eléctrico, sendo mais caro e, também, de indiscutível
qualidade, é utilizado para produzir os aços com liga (aços especiais), os aços de liga rica, os
aços para ferramentas, as ligas refractárias, etc.
Dado que a eliminação praticamente total dos gases e, por conseguinte, o melhoramento das
propriedades do aço podem ser atingidos por meio da fundição em vazio nos fornos
eléctricos de indução, é precisamente este o processo que se aplica na produção dos aços e
ligas de maior importância e [Link] instalações para fundição em vazio são
muito complexas.
É de posição intermedia, quanto à sua qualidade, o aço semiacalmado, isto é, o que for
desoxidado pelo manganésio e pelo alumínio e que vai sendo cada vez mais utilizado em
lugar dos aços efervescente e calmo.
Os aços, além das impurezas ordinárias, podem conter também impurezas eventuais. Por
exemplo, a sucata pode incluir eventualmente alguns pedaços de aço com liga crómio-
níquel. Portanto, o aço obtido através da utilização de sucata, contém, geralmente, certas
percentagens dos elementos que, de ordinário, constituem aços com ligas (o crómio, o
niquel, etc.). Há minérios que contêm impurezas muito difíceis de eliminar. Contudo, há
outros minérios que praticamente estão desprovidos de impurezas, e os metais obtidos a
partir deles muito puros.
Deste modo, o aço duma determinada marca pode apresentar certa variação do teor de
diferentes impurezas consideradas e, também, por vezes, não consideradas pelas normas
técnicas, dando, esta variação, origem a uma mudança considerável das propriedades do
mesmo. A maior influência tem as impurezas de inserção (o hidrogénio, o azoto, o oxigénio e
o carbono), bem como as impurezas ordinárias que possui geralmente o aço - enxofre e
fósforo. São danosas, indubitavelmente, também as impurezas constituídas por muitos dos
metais coloridos não ferrosos.
O aço de alta pureza, por ser o mais seguro (tenaz), é o que se procura na produção de aços
e pode ser obtido por meio da combinação de diferentes processos e técnicas de fundição e
tratamento do aço em fusão.
Pelos métodos metalúrgicos pode ser atingida apenas uma eliminação parcial do fósforo e
das impurezas de metais coloridos, sem chegar a elevados valores requeridos de pureza em
relação a estas impurezas. No que diz respeito à eliminação dos elementos referidos
anteriormente, para atingir o elevado valor de pureza do aço, é indispensável utilizar, na
fundição, as cargas muito puras (por exemplo, o ferro de redução directa).
Para obter o aço na forma de peça bruta, este é submetido a outros processos de fabricação,
resultando dai os seguintes tipos de aços:
Se o aço for empregue para fabricar os elementos que não serão submetidos ao tratamento
a quente (soldadura, forja, etc.), ficam sem alteração a sua estrutura e as suas propriedades
que tenham sido comunicadas no processo de laminação e tratamento respectivo nas
empresas siderúrgicas ainda após o seu fornecimento para os consumidores. Neste caso o
aço corresponderá unicamente às exigências referentes às propriedades mecânicas, sem
garantia rigorosa da composição química.
A norma tecnica GOST 380-71, compreende o fornecimento de aços dos seguintes três tipos:
Grupo Б - aços com composição química garantida (trata-se dos aços que serão submetidos
ao tratamento térmico a quente);
Grupo B - aços com propriedades mecânicas e composição química garantidas (trata-se dos
aços que serão utilizados para o fabrico de estruturas soldadas de construção).
Uma larga aplicação têm os arames e outros tipos de produção siderúrgica de secção
reduzidas (chapas finas, cintas, tubos sem costura, etc.), que são os artigos siderúrgicos que
se fabricam por meio da laminação, prensagem e estiramento em frio. Em virtude de tal
tratamento o aço fica endurecido (encruado). As propriedades mecânicas do aço recozido
determinam-se fundamentalmente pela composição do aço, nomeadamente, pelo teor de
carbono. As propriedades mecânicas do aço encruado em frio dependem muito do grau de
encruamento (grau de redução da secção), conforme mostra a figura abaixo
13.1-Definição dos tipos de aço conforme o processo de fabricação
Além dos artigos fabricados de aços tenazes endurecidos há sempre a necessidade dos que
estejam feitos dos aços moles pobres em carbono, por exemplo, fios para atar, chapas finas
para estampage profunda ou estiramento. Um interesse especial representa a chapa
empregue para fabrico de guarda-lamas e carroçarias. O aço para estiramento profundo tem
de possuir uma elevada plasticidade, razão por que para estes fins se utilizam os aços com
teor mínimo do carbono. Igualmente são rigorosas as exigências em relação ao teor de
outras impurezas (manganésio, silício, enxofre, fósforo), visto todas elas, duma maneira ou
de outra fazem diminuir a plasticidade do aço.
Para que o aço seja susceptível de estampar, o mesmo tem de possuir uma determinada
composição e, também, uma microestrutura adequada (ferrite de grãos finos com perlite
situada nos contornos dos grãos ferríticos). Convém salientar que as chapas de aços
efervescentes pobres em carbono não são homogéneas, sendo susceptíveis de envelhecer a
temperatura ambiente (a custa do elevado teor do oxigénio). Portanto, para estes fins, além
dos aços efervescentes, são também utilizados os aços calmos e semiacalmados desprovidos
de algumas imperfeições, embora um pouco mais duros.
A maior parte das peças, menos as que se fabricam de chapas finas, arame ou varas e barras
calibradas, são feitas por meio das ferramentas de corte. As oficinas de construção mecânica
de qualquer empresa de máquinas, são, geralmente, os centros de produção mais
importantes tanto em relação ao número de operários que têm e a área ocupada pelos seus
locais, como também no que diz respeito a energia eléctrica consumida e o número de
máquinas-ferramentas que possuem.
Portanto, embora seja baixa a dureza os aços austeníticos, os mesmos são pouco
susceptíveis de se trabalhar com as ferramentas de corte. O tamanho de grão, não
exercendo influência importante sobre a dureza do aço, faz variar muito a sua
susceptibilidade de ser trabalhado com as ferramentas de corte.
O aço de grãos grandes, embora possua uma baixa tenacidade, verifica uma elevada
susceptibilidade de se trabalhar com a ferramentas de corte. A baixa ductilidade dá origem
à chamada fragilidade de corte, facilita o arranque de aparas e contribui par a formação de
aparas quebradas.
No que diz respeito à importância que tem a composição química do aço convém salientar
que o aumento do teor do carbono no aço a custa do endurecimento dá origem à diminução
da sua susceptibilidade de se trabalhar com as ferramentas de corte. Porém, os aços pobres
em carbono e o ferro técnico são pouco susceptíveis de se trabalhar devido a sua elevada
ductilidade e plasticidade, além de darem, durante o seu trabalho nas máquinas-
ferramentas, aparas contínuas e difíceis de retirar.
O chumbo, no caso de um aço duro, dado que se encontra no seio deste mesmo, sob a forma
de inclusões muito finas isoladas, faz as aparas mais susceptiíveis de se quebrarem, além da
acção lubrificante.
A maior quantidade de aço consumida pertence à categoria dos aços carbono. Isto se deve
ao baixo custo, em relação aos aços de ligados e à ampla gama de propriedades que pode ser
obtida mediante variação do teor de carbono e do estado de fornecimento (encruado,
temperado, etc.).
Pode-se estabelecer a seguinte subdivisão dos aços carbono para fins de aplicação.
São aplicados em situações que exigem dutilidade elevada, por exemplo, chapas para
estampagem, tubos, fios para arames lisos e farpados, ou telas. Neste caso o estado de
fornecimento pode ser laminado a quente, recozido ou normalizado.
Podem ser aplicados em situações que envolvem exigências quanto à soldabilidade, pois o
baixo carbono é necessário para evitar formação da martensita que ocorre no resfriamento
subsequente à soldagem.
Os aços de baixo carbono, quando combinados com elementos de liga e cementados, são
aplicados quando se necessita combinar resistência ao desgaste (dureza superficial) com
tenacidade (no núcleo), tais como eixos, engrenagens, pinos, ferramentas de impacto.
Aços de médio carbono são aplicados em produtos forjados pois possuem ductilidade a
quente (para forjamento) associado à média resistência a frio no estado forjado (ferrítico-
perlítico).
Quando combinados com elementos de liga, são utilizados em situações que exijam alta
resistência (obtida mediante têmpera e revenido) mantendo ainda alguma ductilidade. A
temperabilidade é obtida mediante emprego de elementos de liga. Ex: eixos e engrenagens
de camião.
São utilizados em casos que se exige elevados limites de escoamento, tais como molas e
vergalhões de concreto. O alto limite de escoamento é obtido mediante encruamento ou, se
na presença de elementos de liga, mediante têmpera e revenido.
Quando combinados com elementos de liga, também são utilizados para fins de obtenção de
dureza elevada, através de carbonetos primários, como no caso de aços ferramentas.
Na classificação dos aços de acordo com a composição química podem ser considerados os
seguintes subgrupos:
Quando os aços de liga o teor total dos elementos de liga é elevado, não só a estrutura dos
aços correspondentes pode ser profundamente alterada, como igualmente os tratamentos
térmicos comerciais sofrem modificações, exigindo ainda técnica e cuidados especiais e,
frequentemente, operações múltiplas.
Tomando a estrutura como base para classificação, os seguintes subgrupos de aços podem
ser considerados:
Aços perlíticos - sem elementos de liga ou com elementos de liga em teores relativamente
baixos (até o máximo de 5%); suas propriedades mecânicas, em função do teor de carbono e
de elementos de liga, podem ser consideravelmente melhoradas por tratamento térmico de
têmpera e revenido; também em função do teor de carbono, sua usinabilidade pode ser
considerada boa;
Aços martensíticos - quando o teor de elemento de liga supera 5%; apresentam dureza
muito elevada e baixa usinabilidade;
Aços ferríticos - igualmente caracterizados por elevados teores de certos elementos de liga
(Cr, W ou Si), mas com baixo teor de carbono. Não reagem à têmpera; no estado recozido,
caracterizam-se por apresentar estrutura predominantemente ferrítica, com eventualmente
pequenas quantidades de cementita.
São aços - carbono ou com pequenos teores de elementos de liga, com boa ductibilidade e
soldabilidade e elevado valor de relação limite de resistência à tracção para limite de
escoamento. Destacam-se por combinar resistência mecânica, trabalhabilidade e baixo
custo.
Caracterizados por alta dureza a temperatura ambiente, assim como, nos tipos mais
sofisticados, alta dureza à temperatura elevada, satisfatória tenacidade e onde as
propriedades comuns de resistência mecânica e principalmente de ductibilidade, pouco
significado apresentam. Os tipos mais sofisticados apresentam elementos de liga em teores
muito elevados, sendo os mais importantes e famosos os “aços rápidos”, com elevado teor
de tungstênio, mais cromo e vanádio e, eventualmente, molibdênio, cobalto e outros
elementos de liga. Apresentam alta capacidade de corte e alta capacidade de suportarem
deformações;
Quanto a sua dureza, geralmente os golpes que recebe quando em serviço eleva bastante a
sua dureza por encruamento. A adição de cromo aos Hadfield melhora bastante a
resistência ao desgaste de natureza principalmente abrasiva, exemplos são as peças desse
aço usadas em máquinas de britamento, moagem, etc. Entre outras aplicações deste aço
podemos mencionar as indústrias de construção, mineração, estradas de ferro, dragagem,
fabricação de cimento e produtos cerâmicos e as de perfuração de poços de petróleo. Outro
aço resistente ao desgaste podemos citar o aço carbono ao cromo cujos tipos SAE 52100,
SAE 51100, SAE 50100 resistentes ao desgaste são empregues em apoios de rolamentos de
esferas e de rolete.
A usinabilidade dos aços Hadfield é complicada devido a sua alta tenacidade. Emprega-se
ferramenta de corte de metal duro como por exemplo aço rápido ao cobalto ou carboneto de
tungsténio sinterizados. Esses aços não podem ser usados a temperaturas superiores a 260
graus celsius porque tornam-se frágeis.
São também chamados “refratários”. São caracterizados por apresentarem elevados teores
de cromo e níquel. Possuem elevada resistência à oxidação pelo calor e mantêm as
propriedades mecânicas a temperaturas acima do ambiente, às vezes, relativamente
elevadas.
Aços ultra-resistentes
14.4-FERRO FUNDIDO
O ferro fundido é uma liga de ferro em mistura eutética com elementos à base de carbono e
silício. Forma uma liga metálica de ferro, carbono (entre 2,14 e 6,67%), silício (entre 1 e
3%), podendo conter outros elementos químicos.
A gusa, ou ferro fundido, difere do aço pela composição química, possuindo mais elevado
teor de carbono, e pelas propriedades tecnológicas, isto é, melhores propriedades de
fundição, pouca susceptibi- lidade de se deformar plasticamente (a gusa não pode ser
forjada em condições normais).
O ferro fundido, em função do estado em que se encontra nele o carbono, pode classificar-se
em:
É o ferro fundido em que o carbono está combinado com o ferro sob a forma de carboneto.
Este nome deve-se ao aspecto da fractura de cor branca que apresenta este ferro fundido
quando quebrado. A estrutura da gusa branca (a temperatura ambiente normal) é
constituída pela cementite e pela perlite. Portanto, na gusa branca todo o carbono tem a
forma de cementite, sendo nulo o grau de grafitização. A gusa branca possui elevada dureza
e, sendo muito frágil, e praticamente insusceptível de ser trabalhada com as ferramentas
cortantes.
A peça deve ser fundida diretamente em suas formas finais ou muito próximo delas, a fim de
que possa ser usinada por processos de abrasão com pouca remoção de material. É utilizado
na fabricação de equipamentos para a moagem de minérios, pás de escavadeiras e outros
componentes similares.
Nesta gusa, o carbono está considerável ou totalmente em estado livre sob a forma da
grafite lamelar. Deve-se este nome ao aspecto da fractura de cor acinzentada que
geralmente apresenta este tipo de ferros fundidos. A estrutura da gusa cinzenta inclui a
grafite, cuja quantidade, as formas e o tamanho de cujas partículas variam
consideravelmente. Merece referência especial o facto de as gusas cinzentas possuirem
grafite e as gusas brancas o não apresentarem.
b) Ferro fundido cinzento
Nesta gusa, o carbono está considerável ou totalmente em estado livre sob a forma da
grafite lamelar. Deve-se este nome ao aspecto da fractura de cor acinzentada que
geralmente apresenta este tipo de ferros fundidos. A estrutura da gusa cinzenta inclui a
grafite, cuja quantidade, as formas e o tamanho de cujas partículas variam
consideravelmente. Merece referência especial o facto de as gusas cinzentas possuirem
grafite e as gusas brancas o não apresentarem.
Entre os ferros fundidos, o cinzento é e mais comum, devido às suas características como
baixo custo (em geral é fabricado a partir de sucata), elevada usinabilidade, devida à
presença de grafite livre em sua microestrutura, alta fluidez na fundição, permitindo a
fundição de peças com paredes finas e complexas e facilidade de fabricação, já que não exige
equipamentos complexos para controle de fusão e solidificação.
Existem diversas classes de ferro fundido cinzento, com diferentes tipos, tamanhos e
quantidades de grafite e diferentes tipos de matriz metálica (variações nos teores de perlita
e ferrita). Podem ser submetidos a tratamentos térmicos para endurecimento localizado,
porém, em geral, são utilizados nos estados normalizado ou recozido.
Este tipo de gusa obtem-se pelo recozimento da gusa branca. No ferro fundido maleável o
carbono encontra-se total ou parcialmente no estado livre sob a forma da grafite flocada
(carbono de recozimento).
Deste modo, a gusa (menos a gusa branca) difere do aço pela existência de inclusões de
grafite, ao passo que os ferros fundidos se diferenciam entre si pela forma especifica de tais
inclusões.
O carbono pode existir sob duas formas: o diamante e a grafite. O diamante é uma forma de
existência natural pouco frequente do carbono, nunca entrando na constituição das ligas.
Nas ligas ferrocarbónicas o carbono, no estado livre se encontra sob a forma de grafite.
A grafite passui muito baixa resistência e plasticidade. Nas ligas ferrocarbónicas a cementite
é também uma fase com elevado teor de carbono.
A sua estrutura está constituída pela perlite com inclusões de grafite. Como se sabe, a perlite
contem 0,8% de C, portanto esta quantidade de carbono, no seio da gusa perlitica cinzenta,
esta combinada com o ferro sob a forma de Fe3C, ao passo que a quantidade restante se
encontra no estado livre sob a forma de grafite;
No que diz respeito a base metálica as gusas se classificam dando as seguintes espécies de
ferro fundido:
A sua estrutura está constituída pela perlite com inclusões de grafite. Como se sabe, a perlíte
contém 0,8% de C, portanto esta quantidade cle carbono, no seio da gusa perlitica cinzenta,
está combinada com o ferro sob a forma de Fe3C, ao passo que a quantidade restante
encontra-se no estado livre sob a forma de grafite;
A estrutura deste ferro fundido é constituída pela ferrite + perlite, além das inclusões de
grafite. O teor de carbono combinado que possui esta gusa, é inferior a 0,8 %
De base metálica, neste ferro fundido, serve a ferrite, ao passo que todo o carbono que há na
liga, se apresenta sob a forma de grafite.
Do estudo das estruturas das três espécies de gusa anteriormente referidas se pode concluir
que a sua base metálica é semelhante a estrutura do aço eutectóide, do aço hipoeutectóide e
do ferro. Portanto, no que diz respeito a estrutura, as gusas diferem dos aços apenas pelo
facto de as primeiras possibilitarem as inclusões de grafite que determinam as
propriedades especificas dos ferros fundidos.
gratite lamelada
Na gusa cinzenta ordinária a grafite está presente sob a forma de veios, de lóbulos; a grafite
deste tipo tem o nome de lamelada
14.4.2-Processo de grafitização
gratite esferoidal
adições não grandes de magnésio (ou de cério), a grafite adquire a forma esferoidal.
grafite flocada
Se, aproveitando a instabilidade da cementite, decompor-se a gusa branca por meio do seu
recozimento, verificar-se-á que a grafite obtida assim adquire uma forma compacta, quase
equiaxial, mas nunca perfeitamente esférica. A grafite deste tipo tem o nome de flocada ou
carbono de recozimento. Na prática o ferro fundido provido da grafite flocada e conhecido
pelo nome de gusa maleável.
Deste modo, a gusa com grafite lamelada chama-se gusa cinzenta vulgar, o ferro fundido
com grafite esferoidal tem o nome de gusa de elevada resistência mecânica, ao passo que a
com grafite flocada - denomina-se gusa maleável.
A representação esquematica das estruturas oferecidas na Fig. 4.1, faz possível classificar as
gusas segundo a estrutura da sua base metálica e de acordo com a forma que adquire nelas
a grafite.
Dado que a estrutura da gusa é constituída pela base metálica e pela grafite, logicamente as
propriedades da mesma serão em função das propriedades desta base metálica e, também,
do teor e do carácter das inclusões de grafite.
Logicamente, quanto maior for o volume ocupado pelas cavidades ocas, tanto mais baixas
serão as propriedades da gusa. Se o espaço ocupado pelas cavidades, isto é, a quantidade de
grafite, for o mesmo, as propriedades da gusa dependerão da forma e da distribuição das
mesmas.
Portanto, quanta maior for a quantidade· de grafite contida na gusa, tanto piores serão as
propriedades mecânicas dela, ou seja, quanto mais grosseiras forem as inclusões· de grafite,
tanto mais desintegram elas a base metálica, ficando mais empioradas as propriedades da
gusa.
As propriedades mecânicas mais baixas são dadas no caso em que as inclusões de grafite
formam um esqueleto bem interligado.
No que diz respeito às propriedades mecânicas, a gusa é caracterizada pela baixa resistência
ao desenvolvimento das fissuras (embora a deformação da gusa costume ser dúctil, sendo a
fractura caliciforme, mas o valor de αp
No caso de os esforços de tracção serem de valores mínimos, como por exemplo, durante
uma compressão, as propriedades da gusa resultam ser suficientemente elevadas e,
praticamente, muita próximas das propriedades do aço de mesma estrutura e composição
que possui a base metálica da gusa.
Quanto às propriedades da gusa que estão relacionadas com a resistência a rotura, a flexão,
a torção, as mesmas são determinadas pela quantidade, a forma e o tamanho das inclusões
de grafite, neste caso as propriedades da gusa são muito diferentes das do aço.
O que se acaba de referir, diz respeito a gusa cinzenta provida de inclusões de grafite
lamelada. À medida que as inclusões de grafite vão adquirindo a forma esferoidal, a
influência negativa acima mencionada vai diminuindo.
A gusa maleável com grafite flocada, no que diz respeito a resistência mecânica, está de
permeio entre a gusa cinzenta vulgar e a gusa de alta resistência mecânica.
A plasticidade depende pouco da estrutura da base metálica (os valores menores são
próprios das gusas perlíticas, ao passo que os valores maiores são típicos para as gusas
ferríticas). A dureza HB, que é determinada pela estrutura da base metálica, tem os
seguintes valores:
Como pode-se constatar, a dureza depende pouco da forma que possui a grafite. Além da
ferrite e da perlite, o tratamento térmico possibilita obter também outras estruturas de
gusa, dotadas de melhores propriedades (resistência mecânica) em comparação com as que
oferecem a perlite e a ferrite. Porém, dado que as propriedades (plasticidade, resistência
mecânica) da gusa cinzenta vulgar são determinadas fundamentalmente pela forma que
possui a grafite e, durante o tratamento térmico, esta forma, nesta gusa, não sofre alterações
notáveis, é muito reduzido o emprego do tratamento térmico da gusa cinzenta ordinária, na
prática industrial, visto que o mesmo é pouco eficaz.
A gusa com grafite esferoidal não possui inclusões agudas, pois nela não há inclusões
lameladas de grafite, portanto a variação da estrutura da sua base metálica, devido ao
tratamento térmico, faz variar consideravelmente as suas propriedades. Para a gusa com
grafite esferoidal de princípio, pode-se aplicar todos os tipos de tratamento térmico
aplicados aos aços, factor que vem sendo aproveitado para melhoramento das propriedades
desta espécie de gusa. Já foi salientado anteriormente que as inclusões de grafite exer- cem
uma influência prejudicial. Não obstante, há casos em que a formação de inclusões de grafite
pode ser útil e positivo.
Numa série de casos a gusa, devido precisamente à presença da grafite, possui as vantagens
que os aços não possuem: em primeiro lugar, a existência da grafite facilita o trabalho com
as ferramentas de corte, faz quebradiças as aparas que se partem quando o gume da
ferramenta atingir a inclusão de grafite; em segundo lugar, a gusa possui as boas
propriedades antifricção reduzindo o atrito em virtude do efeito lubrificador que possui a
grafite; em terceiro lugar, a existência de segregações de grafite amortece rapidamente as
vibrações e oscilações de ressonância; em quarto lugar, a gusa e quase insensível aos
defeitos da superfície, incisões, etc.
Com efeito, dado que a gusa possui grande número de inclusões de grafite que
desempenham o papel de incisões e cavidades, é evidente a importância sumamente pouca
que os outros defeitos da superfície da gusa possam ter, ao passo que no caso dos aços de
alta resistência desprovidos de inclusões não metálicas, tais imperfeições possuem
muitíssima importância.
Convém salientar que as propriedades de fundição que tem a gusa, são melhores do que as
dos aços.
A gusa industrial vulgar não é simplesmente uma liga binária ferro carbónica, pois nela há
as mesmas impurezas que tem o aço carbono, isto é, o manganésio, o silício, o enxofre e o
fósforo, cujo teor na gusa é mais elevado do que nos aços. Estas impurezas exercem grande
influência sobre as condições do processo de grafitização e, por conseguinte, sobre a
estrutura e as propriedades da gusa.
O silício é o elemento que exerce a maior influência sobre a estrutura da gusa tornando mais
acentuado o processo de grafitização. O teor de silício na gusa varia dentro de uma larga
faixa de limites de variação, indo de 0,3- 0,5 % a 3-5 %.
Fazendo variar o teor de silício, pode-se obter gusas diferentes propriedades e estruturas:
da gusa branca pobre em silício até a gusa ferrítica de elevado teor de silício (gusa cinzenta
com grafite lamelada ou gusa de alta resistência com grafite esferoidal). O manganésio,
diferentemente do silício, impede a grafitização, ou, como outros dizem, contribui para o
branqueamento da gusa. O enxofre também contribui para o branqueamento da gusa, mas,
ao mesmo tempo, torna piores as propriedades de fundição (nomeadamente, faz diminuir a
fluidez), portanto, o teor de enxofre na gusa tem de ser limitado:
O limite superior admissível para a fundição de peças pequenas e de 0,08 %, para a fundição
de peças de tamanho maior em que se pode admitir certa diminuição da fluidez, este
parâmetro já é de 0,1 a 0,12 %. O fósforo praticamente não influi sobre o processo de
grafitização. Porém, o fósforo é uma impureza útil para a gusa, visto que melhora a fluidez,
fenómeno que se deve à formação de uma eutéctica ternária facilmente fusível, cujo ponto
de fusão é de 950 º C. No momento de solidificação a eutéctica está constituída pela
austenite rica em fósforo, pela cementite e pelo fosfeto de ferro (Fe3P). As zonas duras
constituídas pela eutéctica fosfórica contribuem para o aumento da dureza total e da
resistência ao desgaste da gusa.
Além destas impurezas permanentes, podem utilizar-se também outras adições constituídas
por outros elementos. As gusas obtidas deste modo têm o nome de gusas com liga. Se estas
impurezas estiverem contidas no minério que, após o alto forno, têm dado este tipo de gusa,
a mesma chama-se gusa com liga natural. É de maior frequência ligar a gusa com o crómio, o
niquel, o cobre, o alumínio, o titânio. O crómio impede o cobre e o níquel contribuem para a
grafitização da gusa. A presença do crómio, manganésio, volfrâmio, molibdénio, vanádio,
dissolvidos na cementite, impede a grafitização. A maior parte de outros elementos que se
podem encontrar nas gusas, são insolúveis na cementite e, portanto, contribuem para a
grafitização.
A prática tem mostrado que a estrutura da gusa, numa mesma peça fundida, pode variar.
Nas partes de pouca espessura da peça e nas regiões próximas da superfície, o grau de
grafitização é menor do que o das partes grossas, e também, no centro da peça. Quer dizer
que nas partes onde a velocidade de arrefecimento for maior, dar-se-á a formação da
cementite em quantidades maiores, e nas que se verificar um processo de arrefecimento
mais lento, haverá mais grafite. Ou seja, o teor de carbono e de silício e a velocidade de
arrefecimento são os factores que determinam o grau de grafitização.
Na produção da gusa maleável tem muitíssima importância a obtenção da gusa branca pura,
visto que a grafitização parcial, no decorrer do processo de fundição, e, por conseguinte, a
formação da grafite lamelada, darão, no estágio posterior do processo de grafitização,
origem às precipitações de grafite sobre estas lâminas. A gusa deste tipo possui
propriedades mais baixas, próximas das que tem a gusa cinzenta ordinária.
Embora seja conveniente obter, durante a fundição, a gusa branca, não se admite o aumento
excessivo do teor dos elementos que impedem o processo de grafitização (por exemplo, o
teor de manganésio, pois que neste caso será difícil a efectuação do recozimento
grafitizante. Portanto, a composição da gusa maleável fica, geralmente, limitada pelos
valores determinados rigorosos.
O baixo teor de carbono dá uma pequena quantidade de formação de grafite e torna melhor
a qualidade da gusa. Contudo, a gusa com baixo de carbono não é susceptível de se obter no
cubilote, portanto para a fundição da gusa maleável são empregues os fornos especiais, com
consequente aumento do custo das peças fundidas.
Porém, a parte fundamental das despesas indispensáveis para a ob- tenção de peças
fundidas da gusa maleável é atribuída ao processo de recozimento, sendo este uma
operação longa e cara.
No caso de o arrefecimento abaixo da faixa de temperatura crítica ser rápido (por exemplo,
as peças fundidas têm sido arrefecidas ao ar livre), o processo de grafitização não incluirá a
cementite perlítica, motivo pelo qual a gusa obtém a estrutura de perlite + carbono de
recozimento. O ferro fundido obtido desta maneira chama-se gusa maleável perlítica.
A gusa ferrítica possui uma plasticidade mais elevada que a gusa perlítica, ao passo que a
maior dureza desta fornece-lhe uma mais elevada resistência ao desgaste.
Tratamentos térmicos-Definição
Melhoria da ductilidade.
Melhoria da usinabilidade.
A modificação das propriedades da liga que se atinge por meio do tratamento térmico, tem
de ser remanescente, do contrário este processo não teria sentido. Para se fazer variar as
propriedades da liga, é necessário que na liga, em consequência do tratamento térmico, se
produzam as modificações remanescentes devidas as transformações de fases. Se o metal se
encontrar no estado estrutural desequilibrado (em consequência do tratamento anterior),
será possível, durante o aquecimento, aproveitando o aumento da mobilidade dos átomos,
fazer o metal aproxi- mar-se do estado equilibrado, momento em que será factível o
tratamento térmico, embora na liga não haja transformações de fases.
Primeiro grupo: um tratamento prévio pode levar o metal ao estado instável. Assim, por
exemplo, a deformação plástica a frio dá origem ao endurecimento, isto é, a distorção da
rede cristalina. Os processos de difusão, no decorrer da solidificação, não possuem tempo
suficiente para se desenvolverem, portanto a composição do metal, mesmo no seio de um só
grão, resulta ser irregular, heterogenéa.
Um arrefecimento rápido ou uma aplicação irregular das tensões, tornam também irregular
a distribuição da deformação elástica. O estado instável, à temperatura ambiente normal,
mantém-se muito tempo, pois a mobilidade térmica dos átomos, a esta temperatura, é
insuficiente para se efectuar a passagem ao estado estável.
O aquecimento (aumento da mobilidade térmica dos átomos) faz acelerar os processos que
levam o metal para o estado estável (eliminação das tensões, diminuição das distorções da
rede cristalina, recristalização, difusão).
O tratamento térmico que consiste em aquecer o metal previamente levado, por meio de um
respectivo tratamento, para o estado instável, e, também, em fazê-lo atingir urn estado mais
estável, tem o nome de recozimento.
Segundo grupo: Sabe-se que o aquecimento das ligas origina transformações de fases,
porém o aquecimento acima de um valor crítico determinado de temperatura produz já
modificações da estrutura da liga. Num processo posterior de arrefecimento haverá uma
transformação inversa. Se o arrefecimento for suficientemente lento, a transformação será
total e a composição de fases corresponderá ao estado equilibrado.
São muitos os casos em que a têmpera não fixa (ou fixa parcialmente) o estado da liga que
seja estável a elevados valores de temperatura.
Portanto, o caso limite da têmpera em que resulte fixado o estado próprio das elevadas
temperaturas, chama-se têmpera verdadeira, diferentemente da têmpera vulgar em que se
fixa não o estado da liga à elevada temperatura, mas sim um certo estágio de transformação
estrutural (desintegração) em que ainda não está atingido o estado equilibrado.
Os tratamentos do segundo e terceiro grupos tem algo de comum. Em ambos os casos a liga
é aquecida até aos valores acima da temperatura de transformação de fases, adquirindo a
sua estrutura definitiva durante a transformação no decorrer do processo posterior de
arrefecimento. Contudo, entre os dois tratamentos há uma diferença de princípio. No caso
de tratamento do segundo grupo, o objectivo do arrefecimento consiste em levar a liga para
o estado equilibrado, portanto, o processo de arrefecimento é efectuado lentamente. No que
diz respeito ao tratamento do terceiro grupo, o arrefecimento é rápido, o que é
indispensável para poder-se fazer afastar o estado estrutural da liga do estado equilibrado.
Quarto grupo: O estado da liga temperada é caracterizado pela instabilidade. No seio da liga,
mesmo sem intervenção térmica alguma, podem desenvolver-se os processos que a fazem
aproximar do estado equilibrado.
Em ambos os casos do estágio inicial é muito próprio o estado instável, havendo apenas a
única diferença de que para o recozimento do primeiro género o mesmo tem sido resultado
do tratamento prévio no decorrer do qual não houve a transformação de fases, ao passo que
no caso do revenimento se tem efectuado previamente a têmpera. Deste modo, o
revenimento é a operação secundária que segue sempre à têmpera.
Recozimento (do primeiro género) é a operação térmica que consiste em aquecer o metal
levado ao estado instável por meio de um respectivo tratamento prévio, e, também,
comunicar ao metal um estado mais estável.
Recozimento (do segundo género) é a operação térmica que consiste em aquecer o metal
acima da temperatura de transformação e, seguidamente, em submetê-Io a um
arrefecimento suficientemente lento para atingir o estado estrutural estável da liga.
Além destes tipos fundamentais de tratamento térmico, existem dois processos mais,
diferentes em princípio dos anteriores, que con- sistem em combinar um tratamento
térmico com a metalurgia ou a tecnologia mecânica.
Este tratamento possibilita não só variar a composição, mas também a estrutura das
camadas superficiais e, por vezes, a parte central da peça metálica. O tratamento deste tipo
tem o nome de tratamento químico-térmico (TQT).
O diagrama de estado mostra os tipos de tratamento térmico a que se pode submeter a liga
e a faixa de temperaturas em que se pode efectuar o processo de tratamento.
Os tratamentos térmicos dos metais e das ligas têm por fim modificar as propriedades dos
corpos, unicamente pela variação da temperatura. As categorias dos tratamentos são:
Os recozimentos;
A têmpera;
O revenimento.
Antes de caracterizar cada tipo de tratamento térmico, veja a designação dos pontos críticos
de transformação.
de aço;
Recozimento
Têmpera
Revenimento
É a recristalização de fases que consiste em aquecer o aço acima de Ac3 e, depois, arrefecê-
Io lentamente. No caso de aquecimento superior a Ac1, mas inferior a Ac3, não haverá a
recristalização total. O tratamento térmico deste tipo tem o nome de recozimento
incompleto. No processo de recozimento o aço tem estado muito próximo de equilibrado;
após o recozimento o aço obtém a estrutura de perlite+ferrite, perlite ou perlite+cementite.
Se, depois do aquecimento acima de Ac3, efectuarmos o arrefecimento ao ar livre, será o
primeiro passo para afastar o aço do estado estrutural praticamente dequilibrado. A
operação térmica deste tipo tem o nome de normalização.
Recozimento de normalização
Recozimento doce
Este recozimento não tem por objectivo modificar a estrutura do aço nem atenuar a dureza.
O aço é aquecido a uma temperatura de 550 a 650 ºC durante meia hora a duas horas.
Deixa-se arrefecer lentamente, mesmo no forno. O objectivo deste recozimento é de
eliminar tensões internas depois da soldagem, ou aquelas de um trabalho anterior a quente
ou a frio.
Têmpera restrita à camada periférica da peça cementada. Utiliza-se para peças cementadas
onde o núcleo deve apresentar durezas baixas.
Têmpera diferencial
Têmpera por imersão - Têmpera em que o aquecimento é produzido pela imersão da peça
em banho de metais ou sais fundidos ou outro meio de tratamentos térmicos líquido
adequado.
Têmpera superficial por chama - Têmpera em que o aquecimento é produzido por chama.
Utiliza-se para peças que necessitam de endurecimento apenas nas regiões de contorno,
acompanhando sua geometria.
Têmpera superficial por indução - Têmpera em que o aquecimento é produzido por indução
eléctrica. Utiliza-se para peças que necessitam de endurecimento apenas nas regiões de
contorno, acompanhando sua geometria. O mínimo de carbono para que uma aço adquira
uma dureza suficiente na têmpera é de cerca de 0,4%. Na prática, o sucesso completo da
têmpera depende das condições seguintes:
É o aquecimento do aço temperado abaixo de Ac1. No caso dos aços pode haver diferentes
tipos de tratamento químico-térmico em função do elemento a ser difundido no aço. A
saturação do aço com carbono tem o nome de cementação, ao passo que a saturação do aço
com o azoto se denomina azotação. A saturação com o alumínio chama-se aluminização e a
saturação com o crómio designa-se cromagem, etc. O revenimento, em geral, efectua-se em
peças temperadas ou normalizadas, caracterizando por reaquecimento abaixo da zona
crítica e resfriamento adequado, visando ajustar as propriedades mecânicas. Utiliza-se para
peças recém temperadas, com a finalidade de reduzirem-se as tensões produzidas durante a
têmpera.
Um aço temperado que se aquece a menos de 150 ºC não sofre diminuição sensível da
dureza. Se se propõe aumentar a tenacidade de uma maneira mais acentuada e em
consequência obter uma menor dureza, determina-se a temperatura adequada no diagrama
de revenido correspondente ao aço em questão.
Segundo as experiências, o efeito completo do revenido não pode ser obtido se a duração
não for suficiente. Ele será de uma hora e até duas horas por 10 mm de material. Para as
temperaturas baixas, escolhem-se durações mais longas de revenido que para as
temperaturas altas.
Para aços de ligas fortes, é preciso ter em conta que as cores de revenido aparecem a
temperaturas mais elevadas que as observadas para outros aços.
Em numerosos casos, uma peça acabada deve ter, não somente uma dureza igual à do aço
temperado, mas também uma boa resiliência. Ela deve ser de composição heterogênea. O
interior do aço de baixo teor de carbono assegura a resiliência desejada; O exterior do aço
de alto teor de carbono permite obter a dureza desejada. Os métodos mais importantes de
endurecimento superficial, para as peças na sua forma definitiva são:
A cementação;
A nitração;
A cementação é um tratamento que permite, sob o efeito do calor, introduzir carbono no aço
doce e formar uma camada exterior mais ou menos profunda, de 0,2 a vários milímetros,
capaz de receber a têmpera. Este processo comporta duas fases sucessivas:
Todo o conjunto é aquecido a uma certa temperatura. Qualquer que seja o estado físico do
cemento, o carbono é conduzido ao aço por intermédio de gases carbônicos que, em
contacto com o ferro, se decompõem, libertando o carbono que se dissolve no metal.
Vantagens da cementação líquida: O aquecimento é mais regular, a temperatura do banho é
controlada por uma sonda pirométrica. A descarburação das peças à saída do banho é
eliminada por uma ligeira camada de sal sobre as superfícies. A têmpera pode ser efetuada à
saída do banho.
É necessário agir com muito cuidado durante o transporte e estocagem das peças nitradas.
O menor choque faz correr o risco de fissura na camada nitrada.
Vantagens da nitratação:
A deformação é nula;
Em consequência disto, o aço fica endurecido tanto a custa da reacção martensítica, como
também em virtude da acção endurecedora exercida pelos defeitos da estrutura herdados
pela martensite da austenite deformada.
Aços de liga
Muitas vezes, um problema relacionado com materiais consiste realmente numa simples
questão de selecção de um material que possua a combinação correcta de características
para uma aplicação específica. Os aços e outras ligas ferrosas possuem uma enorme
variedade de propriedades mecânicas, podem ser fabricados com relativa facilidade e são
economicamente produzidos. Além dos elementos existentes nos aços sem liga, os aços de
liga incluem elementos de liga propositadamente adicionados para atingir diversos
objectivos. Os elementos de liga têm efeito na reacção eutectóide, particularmente na
capacidade de elevar ou baixar a temperatura de ocorrência desta reacção.
As limitações apresentadas pelos aços sem liga para satisfazerem determinadas aplicações,
além de dificuldades inerentes ao processo de fabrico como por exemplo a garantia de
homogeneidade e isotropia sobretudo em tratamentos térmicos levaram à produção dos
aços co liga.
O uso de aços de liga visa a melhoria das propriedades dos materiais, sobretudo as
características mecânicas. Citam-se algumas dessas propriedades e características que se
pretendem melhorar com o recurso a aços de liga:
resistência ao desgaste;
resistência à corrosão;
resistência à fadiga;
resistência ao calor ;
resistência à tracção;
limite da elasticidade;
propriedades eléctricas;
propriedades magnéticas;
propriedades térmicas;
dureza;
tenacidade à fractura;
Designa-se por aços de liga, os aços que contêm o teor de pelo menos um elemento da liga
de valor superior ao convencionado, e que consta da fracção. O aço será de baixa liga se
nenhum elemento atingir o teor 5%. Diversos elementos de liga são utilizados com a
finalidade modificar as propriedades dos aços.
Para tornar os aços aptos para a têmpera no óleo ou no ar: Ni, Mn, Cr, Mo;
Para obter e manter estruturas específicas tais como austenite ou ferrite: Ni, Cr, AI, N;
para obter propriedades físicas particulares como as requeridos pelos ímans, aços para
aplicações nucleares: Mn, N, Co, Cr, AI, B;
Deve-se notar que teores elevados em elementos de liga podem alargar ou reduzir a zona na
qual os aços se encontram no estado austenítico. Deste modo, obtêm-se aços que não se
transformam e por isso são insensíveis a qualquer tratamento térmico. Veja em seguida a
influência de cada um dos elementos de liga nas propriedades dos aços. Convém notar que
os elementos de liga quando usados em conjunto com outros podem originar nos aços
propriedades ligeiramente diferentes das que lhe dariam se usados isoladamente. Além
disso, parece que os elementos de liga se tomam mais eficazes quando utilizados
juntamente com outros, embora também surjam combinações em que os elementos actuam
em sentidos opostos.
Carbono (C) - este elemento é o mais importante elemento de liga nos aços. Aumenta a
dureza e a resistência dos aços no estado recozido uma vez que em conjunto com o ferro
forma carbonetos duros e resistentes ao desgaste. Nos aços temperados, o carbono está
presente em solução na martensite e provoca as tensões internas que são responsáveis pela
dureza da estrutura.
Crómio (Cr) - uma parte do teor deste elemento é dissolvida na matriz enquanto outra parte
se combina com o carbono para formar carbonetos. Os carbonetos de crómio aumentam o
poder de corte e a resistência ao desgaste. O crómio torna o aço apto para ser temperado no
ar ou no óleo. Diminuindo a velocidade crítica de têmpera aumenta a penetração de
têmpera enfraquecendo, no entanto, a tenacidade. Nos aços inoxidáveis é o crómio que
protege o ferro contra a corrosão, no entanto, apenas a parte do crómio, dissolvida na
matriz tem este efeito. Para ser inoxidável o aço terá de possuir um teor em crómio
dissolvido na matriz de 13%, no mínimo.
O crómio diminui o domínio do ferro γ e aumenta a zona ferrítica. Nos aços austeníticos Cr
Mn e Cr Ni o crómio estabiliza a austenite. Este elemento diminui a condutibilidade térmica
e a condutibilidade eléctrica assim como a dilatação térmica. Juntamente com teores
elevados em carbono a presença do crómio em teores até 3% aumenta a reminiscência e a
força coerciva.
Níquel (Ni) - tal como o manganês este elemento não forma carbonetos, encontrando-se
dissolvido na matriz tanto no estado recozido como no temperado. O níquel aumenta a
penetração de têmpera e a tenacidade dos aços. Este elemento provoca o abaixamento dos
pontos de transformação A1 e A3. Para teores superiores a 7% alarga fortemente a zona γ
conferindo aos aços inoxidáveis com teor elevado em crómio uma estrutura austenítica que
se mantém mesmo para temperaturas bastante inferiores à temperatura ambiente. O níquel
apenas torna o aço semi-inoxidável mesmo para teores elevados. Nos aços inoxidáveis
austeníticos Cr Ni o níquel aumenta a resistência aos ataques dos agentes químicos
redutores enquanto o crómio aumenta aquela resistência à acção dos agentes oxidantes.
Vanádio (V) – o vanádio tem grande tendência a formar carbonetos, que são muito finos. Por
esse motivo aumenta a resistência ao desgaste, a resistência a quente e o tempo de duração
de corte, entrando na composição dos aços rápidos, de trabalho a quente e refractários.
Aumenta a estabilidade do revenido e a insensibilidade ao sobre aquecimento. O vanádio
torna a estrutura do aço mais fina. Dado que aumenta o limite elástico é por vezes
adicionado em aços para molas. A formação de carbonetos aumenta a resistência à acção do
hidrogénio sob pressão. O vanádio diminui a zona γ e eleva o ponto de transformação de
fase.
Volfrâmio - Tungsténio (W) – o tungsténio exerce sobre as propriedades dos aços uma
acção muito semelhante à do vanádio. Assim, forma carbonetos muito duros e diminui a
zona γ. Melhora a tenacidade, a resistência a quente e ao revenido e aumenta o tempo de
duração de corte. Por isso entra na composição dos aços rápidos, de trabalho a quente e de
dureza máxima. O tungsténio opõe-se ao aumento do tamanho do grão. Aumenta bastante a
força coerciva pelo que é elemento de liga importante nos aços para ímans. O tungsténio
diminui a resistência à oxidação a quente. O seu elevado peso especifico explica o aumento
do peso específico dos aços rápidos e dos aços para trabalhar a quente, em cuja composição
entra, relativamente ao peso especifico dos outros aços.
Cobalto (Co) - o cobalto não forma carbonetos. Favorece a formação de grafite. Opõe-se
fortemente ao aumento do tamanho do grão a temperaturas elevadas, melhora a
estabilidade do revenido e a resistência a quente pelo que entra na constituição dos aços
rápidos, para trabalho a quente e refractários. Em teores elevados aumenta a remanência, a
força coerciva e a condutibilidade térmica pelo que é usado nos aços para ímans
permanentes de alta qualidade. Pela irradiação de neutrões, transforma-se em isótopo
radioactivo (60Co) de longo período pelo que tem que se evitar a sua presença, mesmo
como impureza, nos aços utilizados nos reactores nucleares.
Azoto (N) - a acção deste elemento tem aspectos úteis e prejudiciais. Como elemento de liga
(acção benéfica) aumenta a zona e estabiliza a austenite. Nos aços austeníticos aumenta-
lhes a resistência, o limite elástico e as características mecânicas a quente. Pela formação de
nitretos pode obter-se uma película superficial dura e resistente ao desgaste (nitruração).
Como impureza (acção prejudicial) diminui a tenacidade em consequência de precipitações,
provocando a sensibilidade ao envelhecimento e a fragilidade conhecida por doença de
Krupp que se produz a 350-550º C. Nos aços sem liga ou de pequena liga provoca a corrosão
intergranular, que origina fissuras.
Berílio (Be) - desoxidante enérgico, tem grande afinidade com o enxofre. Reduz fortemente
a zona γ. É utilizado com o fim de se obter a têmpera estrutural (endurecimento por
precipitação), diminuindo no entanto a tenacidade. Raramente entra na composição dos
aços.
Boro (B) - usa-se como elemento de adição nos aços para dispositivos de controle e de
protecção de pilhas atómicas dado que tem uma larga secção eficaz de absorção de
neutrões. Melhora extraordinariamente a temperabilidade dos aços. Usa-se em aços com
teores em carbono entre 0,30 e 0,50%. Para teores superiores a 0,60% de carbono não se
recomenda a sua adição dado que a sua acção é inversamente proporcional ao teor em
carbono. A sua influência no aumento da temperabilidade, para um aço com 0,40% de
carbono é de 75 vezes a do Cr, 150 vezes a do Mn e 400 vezes a do Ni.
Cálcio (Ca) - usa-se como desoxidante juntamente com o Si. É também um dessulfurante.
Melhora a resistência à oxidação a quente dos materiais condutores de calor.
Chumbo (Pb) - É adicionado aos aços de fácil mecanização para tornos automáticos em
teores de 0,2 a 0,5% uma vez que não se dissolvendo no aço se apresenta em suspensão fina
o que permite a obtenção duma apara curta e superfícies de corte perfeitas; melhora a
maquinabilidade. Deve notar-se que os teores acima indicados não exercem qualquer efeito
sobre as características mecânicas dos aços.
Cobre (Cu) - aumenta o domínio γ e o limite elástico. Para teores superiores a 0,3% pode
causar endurecimento por precipitação. Aumenta a penetração de têmpera. Nos aços
inoxidáveis de muita liga, adições superiores a 1% de cobre melhoram a resistência aos
ácidos clorídrico e sulfúrico. Só raramente entra na composição dos aços dado que o seu
teor debaixo da película de calamina se enriquece e, penetrando nas juntas dos grãos, torna
a superfície frágil aquando duma deformação a quente. Portanto, é acima de tudo um
elemento prejudicial aos aços.
Enxofre (S) - de todas as impurezas é o enxofre aquela que origina as mais fortes
segregações. O sulfureto de ferro provoca fissuras a quente uma vez que o seu eutéctico, que
tem baixo ponto de fusão, envolve os grãos como se fosse uma rede reduzindo
consideravelmente a sua coesão, de tal modo que as juntas dos grãos tendem a separar-se
aquando do forjamento. Por isso se procura fixar o enxofre pela adição de outros elementos,
sobretudo do manganês, uma vez que o sulfureto de manganês tem o ponto de fusão
elevado e reparte-se pelas juntas dos grãos em forma de pontos e não de rede; o sulfureto
de manganês é o menos prejudicial de todas as inclusões.
O enxofre é incluído nos aços de fácil mecanização para tornos automáticos dado que os
sulfuretos finamente dispersos rompem a coesão metálica e facilitam a maquinagem não só
porque originam aparas curtas mas também porque actuam como lubrificantes no gume
cortante da ferramenta diminuindo a fricção entre a ferramenta e a peça a maquinar. O
enxofre aumenta a tendência à fissuração durante a soldadura.
Fósforo (P) - na maioria dos casos é considerado com impureza prejudicial ao aço uma vez
que tem tendência a formar segregações primárias durante a solidificação do lingote e,
posteriormente, a originar segregações secundárias no estado sólido em virtude de reduzir
a zona γ. Como uma repartição homogénea do fósforo não é possível, prefere-se reduzir ao
mínimo a sua presença nos aços. Mesmo em teores pequenos o fósforo aumenta a
sensibilidade à fragilidade por revenido.
Nióbio (Nb) e Tântalo (Ta) - estes dois elementos apresentam-se sempre associados sendo
utilizados em comum, dado a dificuldade em os separar. São fortes formadores de
carbonetos pelo que são utilizados como estabilizadores nos aços resistentes aos ácidos,
inibindo a corrosão intergranular. Como o Nb aumenta a resistência a quente é adicionado
nos aços refractários austeníticos. O tântalo tem uma larga secção de absorção de neutrões
pelo que se adiciona aos aços para reactores nucleares apenas o nióbio empobrecido em
tântalo.
Selénio (Se) - este metalóide melhora a maquinabilidade dos aços de fácil mecanização para
tornos automáticos ainda mais que o enxofre. Contrariamente, diminui menos que o enxofre
a resistência à corrosão.
Titânio (Ti) - contribui para o afinamento do grão. Em face da sua grande afinidade com O,
N, S e C este elemento é um forte desoxidante, combinando-se também com o enxofre.
Sendo um grande formador de carbonetos é adicionado nos aços inoxidáveis para evitar a
corrosão intergranular Em teores elevados origina precipitações. É adicionado nas ligas
para ímans permanentes dado que aumenta a força coerciva. Tem grande tendência à
formação de segregações e de estruturas em banda
Veja agora algumas características dos elementos considerados impurezas e cuja acção é
sempre prejudicial às características dos aços.
Arsénio (As) - este elemento diminui a zona γ. Tal como o fósforo tem tendência a formar
segregações cuja eliminação por recozido de difusão é muito. Aumenta a fragilidade por
revenido, diminui a tenacidade e a soldabilidade. Não se usa como elemento de adição.
Oxigénio (O) - a sua influência específica depende do tipo e da forma dos seus compostos
assim corno da sua repartição no aço. Diminui as características mecânicas sobretudo a
resiliência, especialmente no sentido transversal. Aumenta a tendência para a fragilização
por envelhecimento e favorece a fissuração a quente.
Os microconstituintes que podem estar presentes nas estruturas dos aços de liga são os
mesmos dos aços sem liga, isto é, ferrite, cementite, perlite, martensite, austenite,
carbonetos mais ou menos complexos e em certos aços fortemente ligados, o eutéctico
ledebúritico.
Aços Perlíticos - São aços em que a fase perlítica é predominante. Pertencem a este grupo de
aços os seguintes:
Aços com elevados teores de Si. Nestes aços o Si provoca um endurecimento da ferrite.
sob tensão.
Cr igual a 13%;
Cr igual 17%;
Têm uma elevada tenacidade à rotura devido à combinação de um grão fino de martensite
com uma elevada densidade de deslocações que conduz, no envelhecimento, a uma
precipitação fina de Ni aproximadamente de 5% com elevados teores de C.
Aços com Cr
Aços com Ni e Cr
Aços ledebúriticos - São ligas complexas devidas à adição de W, Mo, Cr, Co, V em elevadas
percentagens e de forma mais rara outros elementos como Ti e Nb. Os objectivos destas
ligações são:
Estes aços são frágeis, mas muito resistentes ao desgaste. As propriedades destes aços
designadamente a dureza são melhoradas por tratamentos térmicos. A designação destes
aços provém do facto de durante o fabrico a partir dos lingotes, o complexo eutéctico de
carbonetos e austenite tornar estes aços assimiláveis ao ferro fundido branco.
Aços de baixa liga - são grosseiramente definidos como aços cujo elementos da liga têm
teores inferiores a 5%. Os elementos de liga mais correntes são o Ni, Cr e Mo. As
propriedades mais procuradas em aços de baixa liga são a dureza e a resistência à tracção, o
que se consegue por tratamentos térmicos e por variação do teor de carbono. Tal como nos
aços sem liga, o carbono tem um papel fundamental pois combinando-se com os restantes
elementos de liga forma carbonetos metálicos finamente divididos, que melhoram as
propriedades mecânicas dos materiais.
Aços vazados
A natureza geral e característica dos aços vazados é comparável à dos aços de conformação
plástica. Aços vazados e forjados de composição química equivalente respondem de
maneira semelhante ao tratamento térmico e têm propriedades semelhantes. A diferença é
que o aço vazado tende para uma maior isotropia, isto é, tende para uma maior
uniformidade nas propriedades, que no caso das ligas forjadas dependem da direcção ou
orientação do trabalho a frio ou a quente.
Aços de alta resistência - Esta classificação arbitrária compreende os aços de baixa liga e
alta resistência (BLAR), os aços temperados e revenidos de alta resistência e os aços extra
resistentes. As tensões de rotura vão de 480N/mm2 nos BLAR a 2700 N/mm2 nos aços
extra resistentes.
Aços BLAR - Em geral contêm 0.05 a 0.33%C e pequenas adições de outros elementos como
Cr, Co, Cu, Mo e Ni, que se dissolveram numa estrutura ferrítica, que permite uma elevada
tensão de rotura à tracção e elevada resistência à corrosão, pelo menos pelos agentes
atmosféricos. Também têm uma elevada tensão de cedência, e boa soldabilidade.
Estes aços têm um baixo teor de carbono, até 0.2% com uma tensão de cedência de 552
N/mm2 a 860N/ mm2. Como a designação indica, são fornecidos com tratamentos térmicos,
o que limita o posterior trabalho a frio, e a soldadura. Estes aços são ainda bastante
recentes, existindo pouca informação disponível sobre eles. As propriedades mecânicas são
significativamente influenciadas pela área e configuração da secção resistente. A dureza é
controlada pelos elementos de liga. De uma forma grosseira pode- se dizer que um aumento
no teor dos elementos de liga, compensam o aumento da secção, referente à tensão de
rotura e tenacidade.
São aços com a mais elevada tensão de rotura, que pode exceder 1400 N/mm2, atingindo
2700 MPa, foram inicialmente desenvolvidos para a indústria aeroespacial e têm uma
elevada razão resistência/ peso.
Alguns aços inoxidáveis são também capazes de elevadas tensões de rotura – superiores a
1400 MPa – dentro dos aços martensíticos, austeníticos laminados a frio e semiausteníticos.
Aços Inoxidáveis
Os aços inoxidáveis constituem uma grande família de ligas Fe Cr, especialmente conhecidas
pela sua resistência à corrosão motivada pela acção dos agentes atmosféricos e agentes
químicos. São também identificados por não apresentarem o vulgar tipo de "ferrugem". Esta
capacidade de resistência à corrosão é atribuível à formação de um filme superficial de
óxido de crómio que se forma na presença de oxigénio. A formação do filme de óxido de
crómio requer que a liga contenha pelo menos 12% de Cr. O teor de Cr pode ir até 30%,
dependendo das aplicações. Os outros elementos usados nestas ligas são o Ni, Mo, Si, AI, Cu,
Co, Nb,Ta,Ti, N, etc.
Estas ligas são também resistentes aos efeitos do calor, mantendo as propriedades
mecânicas a temperaturas mais elevadas que outros aços. De notar que a designação
corrente de "aço inoxidável" não é totalmente correcta, pois o grau de oxidação é
largamente dependente do ambiente ou fluido em presença. Toma-se assim mais adequado
falar em "aços resistentes à corrosão". Uma vez que os aços inoxidáveis devem a sua
resistência à corrosão, à presença de uma camada de óxido, que torna os aços passivos, é
importante saber os factores que promovem a sua formação. Como já foi dito
anteriormente, o Cr contribui definitivamente para as propriedades anticorrosivas.
Crómio - desempenha um papel fulcral nos aços inoxidáveis. Como se disse, é necessário um
teor de 12% Cr para que o aço adquira superficialmente um carácter passivo, tornando-o
resistente ao ataque de diversos meios. À medida que aumenta o teor de Cr, aumenta a sua
resistência à corrosão. Teores de 25% de Cr conferem ao aço resistência à oxidação a alta
temperatura. O Cr é um elemento alfagéneo e portanto tende a suprimir a reacção α - δ
(ferrite - austenite).
Outros
AI - semelhante ao Si.
Não sofrem transformação quando aquecidos ou arrefecidos, logo não são temperáveis, isto
é, a sua estrutura austenítica não pode ser transformada por tratamento térmico. A
deformação a frio provoca encruamento. As peças devem ser usadas com bom acabamento,
com superfície brilhante polida, ou equivalente. Os aços inoxidáveis ferríticos têm teores de
Cr compreendidos entre 10.5 e 27%; tem baixos teores de carbono, não são endurecidos
nem revenidos por tratamento térmico e são apenas moderadamente endurecidos por
trabalho a frio. São magnéticos, mantêm a sua microestrutura básica até ao ponto de fusão e
mantêm um nível de propriedades mecânicas aceitáveis até – 40ºC.Têm uma tensão de
rotura à tracção relativamente elevada.
Os aços inoxidáveis ferriticos também devem ser usados polidos. São aços magnéticos e a
sua estrutura pode ser transformada, logo podem ser temperados e revenidos por
tratamento térmico e têm elevada resistência, boa tenacidade e dureza, quando temperados
e revenidos. São aços menos resistentes à corrosão que os ferríticos e os austeníticos. Estes
aços inoxidáveis também devem ter acabamento polido ou esmerilado. Os aços inoxidáveis
endurecidos por precipitação, de conformação plástica têm uma elevada resistência, obtida
por tratamentos térmicos e com temperaturas relativamente baixas, o que favorece a
ausência de distorções em peças de precisão.
Os problemas de corrosão são frequentes e ocorrem nas mais variadas actividades, como
por exemplo nas indústrias química, petrolífera, petroquímica, naval, de construção civil,
automobilística, nos meios de transportes aéreo, ferroviário, marítimo, rodoviário e nos
meios de comunicação, como sistemas de telecomunicações, na medicina (ortopedia) e em
obras de arte como monumentos e esculturas.
As perdas económicas que atingem essas atividades podem ser classificadas em directas e
indirectas.
Perdas de produtos, como perdas de óleo, gás ou água através de tubulações corroídas;
A maioria dos metais tende a se combinar com o oxigênio do ar, produzindo os respectivos
óxidos, em um processo popularmente conhecido como oxidação. Não considerando a acção
de vapores contidos no ar (de água, etc), este processo se dá de forma lenta para o ferro em
temperaturas usuais de ambientes.
O facto de a corrosão ser, geralmente uma reacção de superfície, faz supor que ela possa ser
controlada pelas propriedades do produto de corrosão. O composto metálico formado pode
agir como uma barreira entre o meio corrosivo e o metal, diminuindo assim, a velocidade de
corrosão do metal.
A prevenção e o combate dependem de cada caso. Métodos comuns são, por exemplo, uso
de tintas protectoras, tratamentos superficiais como niquelagem, cromagem, fosfatização,
etc. É evidente que em alguns casos pode ser viável o uso de materiais mais adequados.
Exemplo: alumínio ou plástico no lugar do aço.
A adoção de uma ou mais formas de protecção contra a corrosão dos metais deve levar em
conta aspectos técnicos e económicos. Entre os aspectos técnicos, o meio de exposição é um
parâmetro de grande importância. Quanto a este parâmetro, o uso de inibidores de corrosão
ou o controle de agentes agressivos são impraticáveis nos casos em que se deseja proteger
um determinado metal contra a corrosão atmosférica e o mesmo vale para a utilização da
protecção catódica, restando nestes casos somente a modificação do metal ou a interposição
de barreiras como uma alternativa para proteção contra a corrosão.
Em resumo, são muitos os casos em que os metais ferrosos (aço- carbono ou ferro fundido)
continuam sendo os materiais mais adequados para utilização em estruturas expostas a
atmosferas em geral, restando tão somente a interposição de uma barreira entre este metal
e o meio como uma forma de proteção contra a corrosão.
Como a corrosão tem sua base científica bem definida, deve-se inicialmente procurar
esclarecer os mecanismos dos processos corrosivos, afim de indicar os métodos adequados
de protecção ou mesmo modificações de projecto.
Oxidação pode–se definir como o ganho de oxigénio por uma substância e reducão é a
retirada de oxigénio de uma substância.
Em termos de electrões, oxidação é a perda de electrões por uma espécie química e redução
é o ganho de electrões.
Numa reacção redox, o agente redutor é a substância ou o ião que contém o elemento
redutor. O agente oxidante é a substância ou ião que contém o elemento oxidante.
Em reacções redox verifica-se que o elemento oxidado perde electrões e agem como redutor
e o elemento reduzido ganha electrões e age como oxidante.
Para o estudo dos processos de corrosão, foi elaborada uma tabela onde os metais estão
dispostos pela ordem preferencial de cessão de electrões. Tal tabela é conhecida por tabela
de potenciais de eléctrodo.
Um valor de potencial mais positivo, indica que haverá maior libertação de energia quando
o metal for oxidado. No caso dos metais sódio (Na), ferro (Fe), cobre (Cu), prata (Ag), e ouro
(Au), que têm potenciais padrão de oxidação +2,714 V, + 0,44 V, - 0,337 V, - 0,799 V, e – 1,5
V respectivamente, a facilidade de oxidação desses metais decresce no sentido do sódio
para o ouro.
Assim:
o ferro se oxida mais facilmente do que o cobre, a prata e o ouro, formando óxidos de ferro
(FeO);
o cobre oxida mais rapidamente do que a prata e o ouro, formando o óxido de cobre (CuO);
Algumas reacções, possíveis pelos seus valores de potenciais, não se realizam na prática. A
tabela de potenciais padrão foi estabelecida para condições padronizadas, isto é, eléctrodo
sempre constituído de um metal em contacto com a solução 1 mole de seus iões a 297 ºK e 1
atm. Logo, se essas condições mudarem, os valores dos potenciais serão alterados, podendo
mudar a posição relativa dos elementos na tabela.
A corrosão pode ocorrer sob diferentes formas, e o conhecimento das mesmas é muito
importante no estudo dos processos corrosivos. As formas (ou tipos) de corrosão podem
ser apresentadas considerando-se a aparência ou forma de ataque e as diferentes causas da
corrosão e seus mecanismos
A morfologia - uniforme, por placas, alveolar, puntiforme ou por pite, intergranular (ou
intercristalina), intragranular (ou transgranular ou transcristalina), filiforme, por esfoliação,
grafítica, dezincificação, em torno de cordão de solda e empolamento pelo hidrogênio;
Os factores mecânicos - sob tensão, sob fadiga, por atrito, as- sociada à erosão;
O meio corrosivo - atmosférica, pelo solo, induzida por mi- crorganismos, pela água do mar,
por sais fundidos, etc.;
Por placas: a corrosão se localiza em regiões da superfície metálica e não em toda sua
extensão, formando placas com es- cavações.
Alveolar: a corrosão se processa na superfície metálica pro- duzindo sulcos ou escavações
semelhantes a alvéolos, apresentando fundo arredondado e profundidade geralmente
menor que o seu diâmetro.
Filiforme: a corrosão se processo sob a forma de finos filamentos, mas não profundos, que
se propagam em diferentes direcções e que não se ultrapassam, pois, admite-se que o
produto de corrosão, em estado coloidal, apresenta carga positiva, daí a repulsão. Ocorrem
geralmente em superfícies metálicas revestidas com tintas ou com metais, ocasionando o
deslocamento do revestimento.