0% acharam este documento útil (0 voto)
40 visualizações15 páginas

ENEMFUNÇÕESDALINGUAGEMEXERCÍCIOS (Salvo Automaticamente)

O documento aborda as funções da linguagem, que são formas de utilizar a linguagem para diferentes objetivos comunicativos, como referencial, emotiva, conativa, fática, poética e metalinguística. Cada função é explicada com exemplos e a importância de compreender essas funções na comunicação é destacada. O texto também inclui exercícios práticos para aplicação do conhecimento sobre as funções da linguagem.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
40 visualizações15 páginas

ENEMFUNÇÕESDALINGUAGEMEXERCÍCIOS (Salvo Automaticamente)

O documento aborda as funções da linguagem, que são formas de utilizar a linguagem para diferentes objetivos comunicativos, como referencial, emotiva, conativa, fática, poética e metalinguística. Cada função é explicada com exemplos e a importância de compreender essas funções na comunicação é destacada. O texto também inclui exercícios práticos para aplicação do conhecimento sobre as funções da linguagem.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd

“ENEM – FUNÇÕES DA LINGUAGEM”

Exercícios
Português
Prof.: Bruno Carlos Souza
As funções da linguagem são diferentes formas de usar a linguagem para atingir objetivos comunicativos, que podem
ser transmitidos através de diferentes focos, como o emissor, receptor, mensagem, código, canal ou contexto da
comunicação. Em suma, são as diferentes "vistas" ou papéis que a linguagem assume numa situação comunicativa.

Principais Funções da Linguagem:


1. Função Referencial (Denotativa/Informativa/Cognitiva):
Esta função tem como foco o conteúdo da mensagem, ou seja, a informação que é transmitida. A linguagem é usada para transmitir
informações objetivas e fáticas, evitando subjetividade e figuras de linguagem. Exemplos: notícias de jornal, textos científicos, manuais de
instruções.

2. Função Emotiva (Expressiva):


O foco é o emissor, ou seja, a pessoa que está transmitindo a mensagem. A função emotiva visa expressar sentimentos, emoções e
impressões do emissor, geralmente utilizando linguagem subjetiva e pessoal, com ênfase na primeira pessoa (eu). Exemplos: poemas,
cartas, diários, expressões de alegria, tristeza, raiva.

3. Função Conativa (Apelativa):


O foco é o receptor. A linguagem é usada para influenciar, convencer, persuadir ou dar ordens ao receptor. Esta função é muito comum em
publicidade, onde se tenta convencer o público a adquirir um produto ou serviço. Exemplos: anúncios, propagandas, ordens, pedidos.
4. Função Fática:
O foco é o canal de comunicação. A função fática tem como objetivo manter ou estabelecer o contato entre o emissor e o receptor. É usada
em situações de conversa, para verificar se a comunicação está fluindo, se há compreensão do assunto e para manter a interação. Exemplos:
"tudo bem?", "está me ouvindo?", "entendeu?".

5. Função Poética (Estética):


O foco é a mensagem. Esta função explora as características da linguagem em si, como as figuras de linguagem e a forma como a mensagem
é construída. É usada em textos que buscam um efeito estético, como poemas, músicas e obras de arte. Exemplos: metáforas, comparações,
rimas.

6. Função Metalinguística:
O foco é o próprio código da linguagem. A função metalinguística é utilizada quando a linguagem é usada para falar sobre si mesma, ou seja,
para explicar o funcionamento de um sistema linguístico, gramática, etc. Exemplos: explicação de regras gramaticais, definição de termos
linguístico
Nesse anúncio publicitário, o trecho que concentra concomitantemente marcas das funções conativa e emotiva da linguagem é

A) “Vamos criar juntos o próximo nível?”

B) “Somos diferentes do que éramos ontem.”

C) “Juntos, estamos desenhando soluções.”

D) “que estão transformando o amanhã.”

E) “conheça as soluções para sua empresa.”


Assinale a alternativa em que o(s) termo(s) em negrito do fragmento citado NÃO contém (êm) traço(s) da função
emotiva da linguagem.

a) Os poemas (infelizmente!) não estão nos rótulos de embalagens nem junto aos frascos de remédio.
b) A leitura ganha contornos de “cobaia de laboratório” quando sai de sua significação e cai no ambiente artificial e na
situação inventada.
c) Outras leituras significativas são o rótulo de um produto que se vai comprar, os preços do bem de consumo, o
tíquete do cinema, as placas do ponto de ônibus (...)
d) Ler e escrever são condutas da vida em sociedade. Não são ratinhos mortos (...) prontinhos para ser desmontados e
montados, picadinhos (...)
Leia as passagens abaixo, extraídas de São Bernardo, de Graciliano Ramos:

I. Resolvi estabelecer-me aqui na minha terra, município de Viçosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a propriedade S.
Bernardo, onde trabalhei, no eito, com salário de cinco tostões.
II. Uma semana depois, à tardinha, eu, que ali estava aboletado desde meio-dia, tomava café e conversava, bastante
satisfeito.
III. João Nogueira queria o romance em língua de Camões, com períodos formados de trás para diante.
IV. Já viram como perdemos tempo em padecimentos inúteis? Não era melhor que fôssemos como os bois? Bois
com inteligência. Haverá estupidez maior que atormentar-se um vivente por gosto? Será? Não será? Para que isso?
Procurar dissabores! Será? Não será?
V. Foi assim que sempre se fez. [respondeu Azevedo Gondim] A literatura é a literatura, seu Paulo. A gente discute,
briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo,
ninguém me lia.
Assinale a alternativa em que ambas as passagens demonstram o exercício de metalinguagem em São Bernardo:

a) III e V.
b) I e II.
c) I e IV.
d) III e IV.
e) II e V.
A Questão é Começar

Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em
nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do
tempo ou de futebol. No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar
assunto para um discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica que supunha
texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de
conversar.

Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais. Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um
desenvolvimento e um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor)
conversando entender como necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do que tínhamos em mente,
do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe
respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você por perto, espiando o que escrevo. Não me deixe falando sozinho.”

Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas
sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus
onde.
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).
Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: “Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não funcionam para engatar
conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.” Ela faz referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o gelo”.
Indique a alternativa que explicita essa função.

a) Função emotiva
b) Função referencial
c) Função fática
d) Função conativa
e) Função poética
Desabafo

Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar:
esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para
serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso.
Estou zangado.

CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).

Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio,
entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a
emotiva ou expressiva, pois

a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.


b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.
Texto I:

Perante a Morte empalidece e treme,


Treme perante a Morte, empalidece.
Coroa-te de lágrimas, esquece
O Mal cruel que nos abismos geme.

(Cruz e Souza, Perante a morte.)

Texto II:

Tu choraste em presença da morte?


Na presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!

(Gonçalves Dias, I Juca Pirama.)

Texto III:

Corrente, que do peito destilada,


Sois por dous belos olhos despedida;
E por carmim correndo dividida,
Deixais o ser, levais a cor mudada.

(Gregório de Matos, Aos mesmos sentimentos.)


Texto IV:

Chora, irmão pequeno, chora,


Porque chegou o momento da dor.
A própria dor é uma felicidade...

(Mário de Andrade, Rito do irmão pequeno.)

Texto V:

Meu Deus! Meu Deus! Mas que bandeira


é esta,
Que impudente na gávea tripudia?!...
Silêncio! ... Musa! Chora, chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto...
(Castro Alves, O navio negreiro.)

Dois dos cinco textos transcritos expressam sentimentos de incontida revolta diante de situações inaceitáveis. Esse transbordamento sentimental
se faz por meio de frases e recursos linguísticos que dão ênfase à função emotiva e à função conativa da linguagem. Esses dois textos são:

a) I e IV.
b) II e III.
c) II e V.
d) III e V.
e) IV e V.
O telefone tocou.
— Alô? Quem fala?
— Como? Com quem deseja falar?
— Quero falar com o sr. Samuel Cardoso.
— É ele mesmo. Quem fala, por obséquio?
— Não se lembra mais da minha voz, seu Samuel?
Faça um esforço.
— Lamento muito, minha senhora, mas não me lembro. Pode dizer-me de quem se trata?

(ANDRADE, C. D. Contos de aprendiz. Rio de Janeiro: José Olympio, 1958.)

Pela insistência em manter o contato entre o emissor e o receptor, predomina no texto a função

a) metalinguística.
b) fática.
c) referencial.
d) emotiva.
e) conativa.
A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades menores
chamadas ecossistemas, que podem ser uma tem múltiplos mecanismos que regulam o número de organismos
dentro dele, controlando sua reprodução, crescimento e migrações.

DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

Predomina no texto a função da linguagem

a) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento em relação à ecologia.


b) fática, porque o texto testa o funcionamento do canal de comunicação.
c) poética, porque o texto chama a atenção para os recursos de linguagem.
d) conativa, porque o texto procura orientar comportamentos do leitor.
e) referencial, porque o texto trata de noções e informações conceituais.
LAERTE. Mapa-múndi. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 24 out. 2021.

Nesse cartum, a predominância da função poética da linguagem manifesta-se na

A) ênfase dada à dificuldade de compreensão de um atlas.

B) articulação entre a expressão verbal e as imagens representadas.

C) singularidade da percepção da autora sobre a área de geografia.

D) construção de uma representação cartográfica diferente.

E) forma de organização das informações do mapa-múndi.


Ave a raiva desta noite
A baita lasca fúria abrupta
Louca besta vaca solta
Ruiva luz que contra o dia
Tanto e tarde madrugada.

LEMINSKI, P. Distraídos venceremos. São Paulo: Brasiliense, 2002 (fragmento).

No texto de Leminski, a linguagem produz efeitos sonoros e jogos de imagens. Esses jogos caracterizam a função poética
da linguagem, pois

A) objetivam convencer o leitor a praticar uma determinada ação.

B) transmitem informações, visando levar o leitor a adotar um determinado comportamento.

C) visam provocar ruídos para chamar a atenção do leitor.

D) apresentam uma discussão sobre a própria linguagem, explicando o sentido das palavras.

E) representam um uso artístico da linguagem, com o objetivo de provocar prazer estético no leitor.

Você também pode gostar