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Moras Trabalho

O documento aborda a farmacologia aplicada aos sistemas cardiovascular e respiratório, destacando a importância dos anti-hipertensivos, antiasmáticos e antitóxicos na terapêutica clínica. Apresenta conceitos, indicações, contraindicações e efeitos adversos dessas classes de medicamentos, enfatizando sua relevância para o tratamento de condições como hipertensão, asma e intoxicações. A compreensão desses fármacos é essencial para garantir a segurança e eficácia no manejo de doenças relacionadas a esses sistemas.

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O documento aborda a farmacologia aplicada aos sistemas cardiovascular e respiratório, destacando a importância dos anti-hipertensivos, antiasmáticos e antitóxicos na terapêutica clínica. Apresenta conceitos, indicações, contraindicações e efeitos adversos dessas classes de medicamentos, enfatizando sua relevância para o tratamento de condições como hipertensão, asma e intoxicações. A compreensão desses fármacos é essencial para garantir a segurança e eficácia no manejo de doenças relacionadas a esses sistemas.

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Introdução

A farmacologia aplicada aos sistemas cardiovascular e respiratório representa uma das áreas
mais estratégicas da terapêutica clínica moderna, visto que ambas as esferas fisiológicas estão
diretamente relacionadas com a manutenção da homeostase e da vida. Os distúrbios que
acometem esses sistemas, como a hipertensão arterial sistêmica, a asma brônquica, a Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e as intoxicações exógenas agudas, configuram
importantes causas de morbidade e mortalidade em escala global, exigindo intervenções
farmacológicas específicas e eficazes.

No campo da terapêutica cardiovascular, os anti-hipertensivos constituem um grupo essencial


de fármacos que atuam na regulação da pressão arterial e na prevenção de complicações
cardiovasculares, como acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e nefropatia
hipertensiva. No âmbito respiratório, os antiasmáticos são fundamentais para controlar a
inflamação brônquica e prevenir crises de broncoespasmo, garantindo a funcionalidade
pulmonar e a qualidade de vida dos pacientes. Já os antitóxicos, por sua vez, exercem papel
vital em contextos emergenciais, promovendo a neutralização ou reversão dos efeitos de
substâncias tóxicas exógenas, como medicamentos em superdosagem, agrotóxicos e venenos.

Diante disso, é imprescindível compreender, de maneira sistematizada e aprofundada, os


princípios que regem a ação desses fármacos, suas indicações, contraindicações e potenciais
efeitos adversos, visando sua aplicação segura e racional na prática clínica e farmacêutica.

Objetivos

Objetivo Geral:

 Apresentar os principais medicamentos que atuam nos sistemas cardiovascular e


respiratório, com ênfase nos anti-hipertensivos, antiasmáticos e antitóxicos,
considerando sua ação farmacológica, indicações, contraindicações e efeitos adversos.

Objetivos Específicos:

 Conceituar os fármacos anti-hipertensivos, antiasmáticos e antitóxicos conforme sua


atuação nos sistemas cardiovascular e respiratório.
 Identificar as principais indicações clínicas associadas ao uso dessas três classes de
medicamentos.
 Descrever as contraindicações relativas e absolutas de cada grupo farmacológico.
 Enumerar os efeitos adversos mais frequentes relacionados ao uso dos anti-
hipertensivos, antiasmáticos e antitóxicos.
 Exemplificar os principais representantes terapêuticos de cada classe medicamentosa,
relacionando-os com sua respectiva utilização clínica.

Fármacos que Atuam nos Sistemas Cardiovascular e Respiratório

A farmacologia clínica voltada aos sistemas cardiovascular e respiratório compreende uma


gama de agentes terapêuticos com mecanismos de ação distintos, capazes de modular funções
fisiológicas críticas, como a hemodinâmica, a condução cardíaca e a função ventilatória. A
seguir, serão discutidos três grupos farmacológicos essenciais: os anti-hipertensivos, os
antiasmáticos e os antitóxicos, com ênfase em sua fundamentação farmacodinâmica,
indicações clínicas, contraindicações específicas, reações adversas de relevância clínica e
exemplos representativos.

Anti-hipertensivos

Conceito: Anti-hipertensivos são uma classe de medicamentos utilizados para reduzir a


pressão arterial elevada (hipertensão), uma condição que aumenta significativamente o risco
de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e
insuficiência cardíaca. Atuam através de diversos mecanismos, como a dilatação dos vasos
sanguíneos, a redução do volume de sangue ou a diminuição da frequência cardíaca.

Indicação: A principal indicação é o tratamento da hipertensão arterial em seus diversos


estágios, desde a pré-hipertensão até a hipertensão grave. Também são utilizados em
condições como insuficiência cardíaca, doença renal crônica e após infarto do miocárdio,
mesmo em pacientes normotensos, devido aos seus efeitos protetores.

Contraindicações: As contraindicações variam conforme a classe específica do anti-


hipertensivo. No entanto, algumas contraindicações gerais incluem gravidez (para certas
classes, como IECA e BRA), estenose da artéria renal bilateral, angioedema prévio, choque
cardiogênico e bradicardia grave. É fundamental uma avaliação médica individualizada.

Efeitos Adversos: Os efeitos adversos também dependem da classe do medicamento. Alguns


exemplos comuns incluem:
IECA (Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina): Tosse seca, angioedema (raro, mas
grave), hipercalemia.

BRA (Bloqueadores do Receptor da Angiotensina): Semelhantes aos IECA, mas com menor
incidência de tosse.

Diuréticos Tiazídicos: Hipocalemia, hiponatremia, hiperuricemia, hiperglicemia.

Betabloqueadores: Bradicardia, fadiga, broncoespasmo (em asmáticos), disfunção erétil.

Bloqueadores dos Canais de Cálcio: Edema de tornozelo, tontura, cefaleia, constipação.

Exemplos:

Captopril: Um IECA, amplamente utilizado, com início de ação rápido.

Losartana: Um BRA, uma alternativa para pacientes que desenvolvem tosse com IECA.

Hidroclorotiazida: Um diurético tiazídico, frequentemente usado como primeira linha ou em


combinação.

Antiasmáticos

Conceito: Antiasmáticos são medicamentos utilizados para controlar e aliviar os sintomas da


asma, uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que causa broncoconstrição, produção
de muco e edema, resultando em dificuldade para respirar, chiado no peito, tosse e aperto no
peito.

Indicação: O tratamento da asma em todas as suas formas de gravidade, desde a asma


intermitente até a asma grave persistente. Também podem ser usados para prevenir o
broncoespasmo induzido pelo exercício.

Contraindicações: As contraindicações específicas são raras e dependem do tipo de


antiasmático. No entanto, hipersensibilidade conhecida a qualquer componente do
medicamento é uma contraindicação geral. Os beta-agonistas não se destinam ao uso isolado a
longo prazo para o controle da asma, devendo ser sempre combinados com corticosteroides
inalados.

Efeitos Adversos: Os efeitos adversos variam entre as classes:

Beta-agonistas (de curta e longa ação): Tremor, taquicardia, palpitações, cefaleia, nervosismo.
Corticosteroides Inalados: Candidíase oral (sapinho), rouquidão, tosse, irritação na garganta
(minimizados com bochechos após o uso). Em doses muito altas, podem ocorrer efeitos
sistêmicos (supressão adrenal, osteoporose), mas são raros com as doses inaladas usuais.

Antagonistas dos Receptores de Leucotrienos: Cefaleia, dor abdominal, distúrbios do sono.

Cromoglicato Dissódico: Irritação na garganta, tosse.

Teofilina: Náuseas, vômitos, arritmias cardíacas, convulsões (com doses tóxicas).

Exemplos:

Salbutamol: Um beta-agonista de curta ação, utilizado para alívio rápido dos sintomas
(resgate).

Fluticasona: Um corticosteroide inalado, usado para controle a longo prazo e redução da


inflamação.

Montelucaste: Um antagonista dos receptores de leucotrienos, usado para controle da asma,


especialmente em pacientes com rinite alérgica concomitante.

Antitóxicos

Conceito: Antitóxicos, mais precisamente conhecidos como antídotos, são substâncias que
neutralizam ou contrariam os efeitos de venenos ou toxinas no organismo. Atuam por
diferentes mecanismos, como a ligação direta à toxina, a aceleração da sua eliminação, a
competição por receptores ou a reversão dos efeitos fisiológicos adversos.

Indicação: A indicação principal é o tratamento de intoxicações e envenenamentos


específicos, seja por ingestão acidental, exposição ocupacional, tentativa de suicídio ou outras
causas. A identificação correta da toxina é crucial para a escolha do antídoto apropriado.

Contraindicações: As contraindicações são geralmente mínimas, visto que a condição de


envenenamento muitas vezes representa risco de vida. No entanto, a hipersensibilidade
conhecida ao antídoto é uma contraindicação. A avaliação risco-benefício é fundamental, e a
administração de um antídoto deve ser feita por profissionais de saúde treinados em ambiente
hospitalar.
Efeitos Adversos: Os efeitos adversos são específicos para cada antídoto e podem variar em
gravidade. Por exemplo:

Naloxona (para overdose de opioides): Síndrome de abstinência aguda em pacientes


dependentes de opioides (náuseas, vômitos, agitação), taquicardia.

Flumazenil (para overdose de benzodiazepínicos): Convulsões em pacientes com dependência


de benzodiazepínicos ou que usaram benzodiazepínicos para controlar convulsões.

Atropina (para envenenamento por organofosforados): Boca seca, visão turva, taquicardia,
retenção urinária.

Acetilcisteína (para intoxicação por paracetamol): Reações anafilactoides (menos grave que
anafilaxia), náuseas, vômitos, erupções cutâneas.

Exemplos:

Naloxona: Usada para reverter a depressão respiratória e outros efeitos de uma overdose de
opioides (ex: morfina, heroína, fentanil).

Atropina: Empregado no tratamento de envenenamento por organofosforados (presentes em


alguns inseticidas), que causam uma superestimulação do sistema nervoso parassimpático.

Acetilcisteína: Administrada em casos de intoxicação por paracetamol (acetaminofeno), onde


atua repondo o glutationa, que é crucial para desintoxicar o metabólito tóxico do paracetamol.

Em suma, a farmacologia que atua nos sistemas cardiovascular e respiratório é uma área de
conhecimento vasta e em constante evolução. A compreensão aprofundada desses
medicamentos é vital para otimizar o tratamento de diversas patologias, garantindo a
segurança e a eficácia terapêutica para os pacientes.
Conclusão

O aprofundamento sobre os fármacos que atuam nos sistemas cardiovascular e respiratório


evidencia a amplitude e a complexidade do uso terapêutico dessas substâncias. Os anti-
hipertensivos, amplamente empregados na prática clínica, são fundamentais para o controle da
pressão arterial e prevenção de eventos cardiovasculares catastróficos. Já os antiasmáticos
desempenham papel central no manejo da inflamação brônquica e da hiper-reatividade das
vias aéreas, promovendo estabilidade clínica em pacientes com doenças respiratórias crônicas.

Por outro lado, os antitóxicos, embora utilizados em contextos específicos e muitas vezes
emergenciais, revelam a importância de respostas farmacológicas rápidas e precisas para
neutralizar agentes tóxicos que ameaçam a integridade fisiológica do organismo. A correta
compreensão dos mecanismos de ação, indicações e riscos associados a essas três classes de
medicamentos permite uma atuação mais segura e eficaz por parte de profissionais da saúde,
contribuindo significativamente para a promoção, prevenção e recuperação da saúde dos
pacientes.
Bibliografia

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