Sistema Locomotor
Sistema Locomotor
simplificada
Apresentação
1. OBJETIVO
Este ambiente de aprendizagem visa familiarizá-lo com o sistema locomotor humano e suas
estruturas. Como parte das atividades, você deverá explorar os sistemas:
• Osteoarticular, desvendando os ossos que compõem cada parte do corpo, suas estruturas,
bem como seus acidentes ósseos, compreendendo como eles formam conexões entre si
através das articulações e ligamentos;
• Muscular, conhecendo os grupamentos musculares do corpo humano, suas as origens
(inserção proximal) e inserções (inserção distal), inervação e função de cada um dos músculos.
• identificar e nomear os principais ossos do corpo humano, suas divisões anatômicas e seus
acidentes ósseos;
• correlacionar a origem (inserção proximal) e inserção muscular (inserção distal) com a função
desempenhada pelo grupamento.
3. O AMBIENTE EXPLORATÓRIO
Neste ambiente de aprendizagem virtual você terá oportunidade de explorar o sistema locomotor
obtido a partir do escaneamento de corpo humano real utilizando um sistema de “tomografia”
computadorizada. Cada componente do sistema foi minuciosamente detalhado e validado por uma
equipe médica.
Para o estudo dos músculos, seus agrupamentos, tendões, aponeuroses origem, inserção e todas as
estruturas relacionadas, esse ambiente de aprendizagem virtual possibilita uma visualização
tridimensional do modelo a ser investigado, permitindo a sua identificação e memorização de forma
mais intuitiva e menos decorativa. Através da observação e investigação tridimensional das peças, o
aluno se familiarizará com as reais dimensões da estrutura analisada em relação aos padrões
anatômicos do ser humano in vivo.
Bons estudos.
Sumário teórico
SISTEMA LOCOMOTOR
Uma das competências mais importantes para o processo de desenvolvimento da espécie humana e
que permitiu seu sucesso frente as demais espécies, está associada à habilidade de movimentar-se.
Se pararmos para refletir, depois do Sistema Nervoso (o responsável pelo gerenciamento das
ideias), é o Sistema Locomotor que ajuda na construção da personalidade de cada indivíduo, seja
através da postura do corpo, da forma de andar ou até através das expressões faciais.
Além disso, o Sistema Locomotor ainda perpassa pelo funcionamento dos demais sistemas do
corpo, uma vez que está relacionado ao processo de respiração, de eliminação de secreções e até
com a circulação sanguínea (principalmente ao tomarmos como referência os membros inferiores).
Tendo em visto isso, dominar a anatomia desse sistema torna-se fundamental para que se possa
avançar pela anatomofisiologia do restante do corpo. Assim, a primeira ideia que precisa estar
muito bem consolidada em nossas mentes é a de que o Sistema Locomotor é composto,
basicamente, por 3 componentes: ossos, músculos e articulações.
1. OSSOS
Os ossos consistem em um tecido conjuntivo especializado, cuja matriz extracelular é mineralizada
e essa característica acaba conferindo a esse tecido um aspecto mais rígido. Inclusive, é essa
estrutura histológica dos ossos que permite exercer a função de sustentação dos tecidos moles,
além de proteção aos órgãos e também de fixação para o tecido muscular (possibilitando o
movimento).
1.1 DIVISÃO
É importante destacar que o esqueleto humano costuma ser dividido em 2 grupos ósseos
principais:
• Esqueleto Axial: composto pelos ossos que se situam ao redor do eixo longitudinal do corpo
(uma linha vertical imaginária que passa pelo centro de gravidade do corpo), ou seja, estamos
falando do crânio, da coluna vertebral, das costelas e do esterno (que juntos formam a caixa
torácica).
• Esqueleto Apendicular: aquele que contém os ossos dos membros superiores e inferiores e,
também, os ossos dos cíngulos que fazem a conexão entre os membros e o esqueleto axial.
1.2 CLASSIFICAÇÃO
No entanto, os próprios ossos, isoladamente, podem ser classificados como sendo:
• Longos: possuem um comprimento maior do que a largura e são constituídos por 1 corpo
(diáfise) e 2 extremidades (epífises). Apresentam-se um pouco encurvados, o que lhes
garantem uma maior resistência, tendo em vista que essa disposição permite a absorção do
estresse mecânico em vários pontos, de tal forma que há melhor distribuição. Exemplo:
Fêmur.
• Curtos: apresentam comprimento e largura bastante parecidas, o que lhes confere um aspecto
cúbico. São compostos por osso esponjoso, exceto em sua superfície, onde há uma fina
camada de osso compacto. Exemplo: Ossos do carpo.
• Laminares/Planos: são ossos finos e compostos por duas lâminas de osso compacto e uma de
osso esponjoso entre elas. Atuam garantindo proteção e servindo como superfície para a
inserção de músculos. Exemplo: Parietal
• Alongados: são ossos longos, achatados e sem cavidade medular. Exemplo: Costelas.
• Pneumáticos: os ossos pneumáticos são ocos, com cavidades cheias de ar e revestidas por
mucosa. Apresentam um peso bem pequeno em relação a seu volume e por conta disso que
estão presentes no crânio, ajudando a reduzir o peso dessa estrutura óssea. Exemplo:
Esfenoide.
• Irregulares: são os ossos que possuem formas muito complexas, que não permitem ser
classificados em nenhum dos outros grupos. Exemplo: Vértebras.
Em relação à estrutura e modo como o tecido ósseo está disposto, os ossos longos são divididos em
três partes. Diáfise, metáfise e epífise.
Diáfise: corresponde a parte central e mais longa do osso. É formada, principalmente, de tecido
ósseo compacto, a partir disso, o osso longo apresenta maior resistência, assim como porção
esponjosa e cavidade medular.
Epífise: consistem nas extremidades do osso longo. É nessa região onde se formam as articulações.
Geralmente, são formadas por osso esponjoso recoberto por uma camada de osso compacto e, por
cima dessa, revestida de cartilagem.
Metáfise: parte que representa a transição entre a diáfise e as epífises, nas crianças em
desenvolvimento é formada de tecido cartilaginoso e representa o local de crescimento dos ossos
(também chamada de fise de crescimento).
O Periósteo é a membrana que reveste o osso na sua diáfise, constitui-se de tecido conjuntivo
denso, fibroso, envolvendo toda a superfície externa do osso, com exceção da superfície articular.
Tem função de proteção, fixação para os músculos e dá suporte à irrigação sanguínea para nutrição
do osso.
O Endósteo também é uma membrana de tecido conjuntivo, que está localizada dentro da cavidade
medular do osso.
O Viscerocrânio forma a parte anterior do crânio. Consiste nos 15 ossos irregulares que circundam
a boca, nariz, cavidade nasal e a maior parte das órbitas (cavidades orbitais). Sendo formado por:
• Seis ossos pares bilaterais: Maxilas, Ossos das Conchas Nasais Inferiores, Zigomáticos,
Palatinos, Ossos Nasais e Lacrimais.
O Neurocrânio abriga o encéfalo e sua rede vascular, as meninges cranianas e a parte proximal dos
nervos cranianos. Esse consiste numa série de 8 ossos (em adultos):
Além disso, o neurocrânio possui um teto em forma de cúpula denominado calvária (ou calota
craniana) e um assoalho (ou base do crânio):
○ Cervical (7);
○ Torácica (12);
○ Lombar (5);
• Cifoses (primárias):
○ Torácica e Sacral.
• Lordoses (secundárias):
○ Cervical e Lombar.
De forma geral, as vértebras apresentam uma estrutura em comum que consiste em:
• Sete processos:
○ 1 espinhoso (mediano);
○ 2 transversos (pósterolaterais);
Ademais, o arco vertebral e a face posterior do corpo vertebral formam as paredes do forame
vertebral, sendo que a sucessão de forames vertebrais forma o canal vertebral, o qual estende-se
do forame magno ao hiato sacral e possui um possui um tamanho maior que a medula espinhal.
Os forames intervertebrais comunicam o interior do canal vertebral com tecidos moles adjacentes.
○ Pelas clavículas;
○ Pelas escápulas.
A Clavícula é um osso esponjoso, em forma de “S”, que possui duas faces (superior e inferior) e
duas extremidades (esternal e acromial), que se articulam com outros ossos. A forma de “S” deve-se
às curvaturas da clavícula: nos 2/3 mediais, é convexa anteriormente e, no 1/3 lateral, côncava
anteriormente.
A Escápula é um osso plano, triangular, situado na face posterolateral do tórax. Possui duas faces
(posterior e costal), três ângulos (superior, inferior e lateral), três margens (medial, lateral e
superior), e três processos (espinha, acrômio e processo coracoide).
No punho estão os oito ossos do carpo, dispostos em duas fileiras paralelas e na mão estão os
metacarpos (5) e as falanges (14).
Os ossos do quadril são formados por três partes: ílio, ísquio e púbis. As duas hemi-pelves são
unidas:
○ Pela sínfise púbica, anteriormente: articulação cartilagínea que une os corpos dos ossos
púbis no plano mediano.
○ Pela junção sacroilíaca, posteriormente: formada pelos ossos ilíacos e pelo sacro,
firmemente aderidos pelos ligamentos sacroilíacos.
Os ossos do membro inferior são os três componentes fundidos do cíngulo do membro inferior:
2. MÚSCULOS
Os músculos são órgãos que atuam promovendo a locomoção e o movimento, mas não só isso,
também estão relacionados à sustentação, regulação do volume dos órgãos, movimento de
substâncias e fluidos dentro do corpo, à promoção de calor e à própria atividade dos órgãos e
tecidos do corpo. Dessa forma, pode-se dividi-los em 3 grandes grupos: o músculo liso, o estriado
cardíaco e o estriado esquelético.
O músculo liso é de atividade involuntária e está presente na parede dos vasos e de algumas
vísceras, em especial do trato digestório, onde atuam promovendo a peristalse. Já o estriado
cardíaco, como o próprio nome já evidência, é o grande responsável por compor a parede do
coração. Ou seja, também é involuntário. E com relação ao músculo estriado esquelético, composto
pelos músculos somáticos voluntários e por isso são os mais relevantes nesse momento. Então,
vamos entender mais da sua estrutura.
a. Superficiais ou Cutâneos: apresentam-se abaixo da pele e, pelo menos, uma de suas inserções
está na derme em sua camada profunda. Exemplo: Platisma.
b) Profundos ou Subaponeuróticos: esses possuem suas inserções em sua maioria nos ossos e
localizam-se abaixo da fáscia superficial. Exemplo: Sóleo.
2.1.2 Forma
a) Longos: são músculos que cruzam duas ou mais articulações, e localizam-se especialmente nos
membros. Exemplo: Bíceps braquial e tríceps braquial.
b) Curtos: estão presentes naquelas articulações com baixa amplitude de movimento, entretanto,
não perdem força nem suas propriedades mecânicas em relação aos demais. Exemplo: Músculos da
mão.
c) Largos: apresentam-se de forma laminar, achatados, e notadamente são localizados nas paredes
das grandes cavidades do corpo (tórax e abdome). Exemplo: Diafragma.
b) Transverso: suas fibras estão dispostas perpendicularmente à linha média. Exemplo: Transverso
abdominal.
c) Oblíquo: nesta classificação, por sua vez, as fibras musculares mostram-se em diagonal à linha
média. Exemplo: Oblíquo externo.
a) Origem: possuem mais de um tendão na sua inserção proximal (origem). Exemplo: Bíceps,
Quadríceps.
b) Inserção: possuem mais de um tendão na sua inserção distal. Exemplo: Flexor Longo dos Dedos.
2.1.5 Função
a) Agonistas: os músculos que são ativados para a realização de determinado movimento. Assim,
sua contração produzirá o movimento planejado. Exemplo: Levar um copo de água até a boca,
músculos agonistas flexores de cotovelos.
b) Antagonistas: esses músculos quando ativados tendem a realizar o movimento contrário à ação
dos agonistas, ou seja, quando o agonista contrai, o antagonista contrai e tende a barrar o seu
movimento do agonista, porém relaxa à medida que o movimento do agonista ocorre, produzindo
um movimento coordenado e rítmico. Exemplo: Ao levar o copo de água até a boca, os
antagonistas são os extensores do cotovelo.
c) Sinergistas: atuam estabilizando as articulações, impedindo movimentos indesejados quando o
movimento principal estiver acontecendo. Exemplo: De acordo ao exemplo anterior, os sinergistas
são estabilizadores do ombro, cotovelo e punho.
O tecido muscular também apresenta revestimentos formados por tecido conjuntivo. Assim, a
camada que reveste as células musculares (também chamadas de “fibras musculares”) é chamada
de “endomísio”. Um conjunto de fibras já revestidas, então, juntam-se formando um fascículo
muscular, que também recebe um revestimento, agora chamado de “perimísio”. E, por fim, um
conjunto de fascículos forma o músculo propriamente dito, que é revestido por uma camada que
recebe o nome de “epimísio”.
Todo esse tecido conjuntivo é de grande importância por 3 motivos: a) serve para a passagem de
estruturas vasculonervosas responsáveis por suprir o músculo; b) garante que a força de contração
seja sentida de maneira uniforme no músculo (como nem todas as fibras de estendem desde uma
extremidade até a outra, é esse tecido que as une e as fazem agir como sendo uma estrutura só); e,
por fim, c) na maioria dos músculos, o tecido muscular acaba e o tecido conjuntivo estende-se um
pouco mais nas extremidades e isso acaba formando os tendões, que são as estruturas
responsáveis por fazer a fixação do músculo – que normalmente se dá em ossos, com o tendão
tornando-se contínuo com o periósteo.
No que tange a essa fixação, tem-se que os músculos costumam apresentar uma origem (fixação
proximal) e uma inserção (fixação distal), sendo que na grande maioria dos casos, a origem
representa a porção que permanece fixa durante a contração, enquanto a inserção seria a porção
móvel.
○ Nasais: composto pelos músculos prócero, nasal, levantador da asa do nariz e do lábio
superior e abaixador do septo nasal;
○ Bucolabiais: composto pelos músculos orbicular da boca, levantador do lábio superior,
abaixador do lábio inferior, levantador e abaixador do ângulo da boca, zigomáticos maior
e menor, bucinador, risório e mentual.
○ Protrusão;
○ Retrusão;
○ Lateralização;
○ Elevação;
○ Abaixamento.
Atuam, também, na mastigação e articulação da fala. São inervados pelo Nervo mandibular (ramo
do nervo Trigêmeo – NC V3) e seus ramos. São em número de quatro:
○ M. Temporal;
○ M. Masseter;
○ M. Pterigóideos:
○ Medial;
○ Lateral.
○ M. Trapézio;
○ M. Latíssimo do Dorso;
○ M. Levantador da Escápula;
○ M. Romboide Maior;
○ M. Romboide Menor.
• Músculos Intrínsecos do Dorso (ou próprios do dorso), que atuam especificamente sobre a
coluna vertebral, controlando seus movimentos e mantendo sua postura, divididos em:
○ M. Esplênio da cabeça;
○ M. Esplênio do pescoço.
○ M. Iliocostal;
○ M. Longuíssimo;
○ M. Espinal.
○ M. Semiespinal;
○ M. Multífido;
○ M. Rotadores.
○ Profundos menores:
○ M. Interespinais;
○ M. Intertransversários;
O abdome é a parte do tronco situada entre o tórax e a pelve, sendo que os músculos da parede
abdominal formam uma sustentação forte e expansível, protegendo as vísceras abdominais contra
lesões. Esses, auxiliam ainda na locomoção, postura e respiração e são capazes de aumentar a
pressão intra-abdominal, facilitando a expulsão de ar ou de líquidos. Como componentes dessa
parede muscular temos:
○ M. Transverso do Abdome;
○ M. Reto do Abdome;
○ M. Piramidal.
• Anterior:
○ M. Peitoral Maior;
○ M. Peitoral Menor;
○ M. Subclávio;
○ M. Serrátil Anterior.
○ Superficial:
○ M. Trapézio;
○ M. Latíssimo do Dorso.
○ Profundo:
○ M. Levantador da Escápula;
○ M. Romboide Maior;
○ M. Romboide Menor.
• M. Deltóide;
• M. Redondo Maior;
• M. Redondo Menor;
• M. Supraespinal;
• M. Infraespinal;
• M. Subescapular.
• Anterior (flexor):
○ M. Bíceps Braquial;
○ M. Coracobraquial;
○ M. Braquial.
• Posterior (extensor):
○ M. Tríceps Braquial;
○ M. Ancôneo.
O antebraço é a unidade distal do suporte articulado dos Membros Superiores (MMSS) e estende-
se do cotovelo ao punho (articulação radiocarpal). Os músculos do antebraço são divididos em
compartimento anterior e posterior:
○ Profunda: composta pelos músculos pronador quadrado, flexor profundo dos dedos
e flexor longo do polegar.
○ São inervados pelo Nervo Radial, por seu ramo profundo e pela continuação desse, o
Nervo Interósseo Posterior;
○ A maioria desses músculos tem como inserção proximal a Crista supraepicondilar lateral
ou o Epicôndilo lateral do úmero.
• Camada superficial:
○ Composta pelos músculos: glúteos máximo, médio e mínimo e tensor da fáscia lata.
• Camada profunda:
○ Composta pelos músculos: piriforme, obturador interno, gêmeo superior, gêmeo inferior
e quadrado femoral.
• Anterior (extensor):
○ M. Quadríceps Femoral;
○ M. Sartório;
○ M. Pectíneo;
○ M. Íliopsoas.
• Medial (adutor):
○ M. Adutor Longo;
○ M. Grácil;
○ M. Adutor Magno;
○ M. Adutor Curto;
○ M. Obturador Externo.
• Posterior (flexor):
○ M. Semitendíneo;
○ M. Semimembranáceo;
○ M. Bíceps Femoral.
Os músculos da perna encontram-se divididos pelos ossos da perna (tíbia e fíbula), membrana
interóssea e septos intermusculares (anterior e posterior) em três compartimentos com função e
inervação específica:
○ Inervado pelo nervo fibular profundo, ramo terminal do nervo fibular comum;
○ Composta pelos músculos tibial anterior, extensor longo dos dedos, extensor longo do
hálux e fibular terceiro.
○ Inervado pelo nervo fibular superficial, ramo terminal do nervo fibular comum;
3. ARTICULAÇÕES
Para fechar o eixo locomotor, o ponto de intersecção entre os ossos e músculos – e que garante a
capacidade de mobilidade – é a articulação! As articulações do corpo podem ser classificadas
estruturalmente, com base em suas características anatômicas, e funcionalmente, com base nos
tipos de movimentos que permitem.
Pensando primeiro na classificação funcional, baseia-se apenas no grau de movimentos que cada
uma delas permitem. Assim, pode-se organizá-las em 3 grupos: sinartroses (fixa), anfiartrose (pouco
móvel) e diartrose (com vários graus de liberdade de movimentos). Já com relação à classificação
estrutural, tem-se que se baseia em 2 critérios: a) presença ou ausência de um espaço entre os
ossos da articulação (cavidade articular/sinovial); e b) tipo de tecido conjuntivo que une os ossos. A
partir daí, conseguimos distribuir as articulações em 3 grupos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais.
• Sutura: as suturas ocorrem apenas entre ossos do crânio e são caracterizadas por
apresentarem uma camada muito fina de tecido conjuntivo denso não modelado. Esse tipo de
articulação não permite qualquer movimento e essa rigidez é enfatizada pelas bordas
irregulares interligadas.
• Sindesmose: trata-se de uma articulação fibrosa, na qual há uma distância maior entre as faces
articulares e, até por conta disso, tem-se mais tecido conjuntivo denso não modelado
formando a articulação. Esse tipo de articulação permite um movimento limitado e, por isso, é
funcionalmente classificado como sendo uma anfiartrose.
É importante esclarecer que as superfícies articulares nesse tipo de articulação são recobertas por
cartilagem hialina, contudo, essa estrutura cartilaginosa não une os ossos entre si, apenas atua
reduzindo o atrito entre eles e, por vezes, amortecendo impactos.
As articulações sinoviais ainda são envolvidas por uma cápsula articular, que se encarrega por unir
os ossos envolvidos. Essa cápsula é composta por duas camadas: a cápsula fibrosa e a membrana
sinovial. A cápsula fibrosa (mais externa) consiste em um tecido conjuntivo denso não modelado
que se fixa ao periósteo dos ossos envolvidos. É a flexibilidade dessa camada que confere
movimentação à articulação, enquanto sua resistência à tração ajuda a evitar o deslocamento dos
ossos.
A membrana sinovial, por sua vez, é a camada que faz o revestimento interno da cavidade articular,
exceto onde há cartilagem hialina. Essa camada, por vezes, acumula tecido adiposo (formando os
chamados “corpos adiposos articulares”) e sua função principal é produzir o líquido sinovial, o qual
consiste em ácido hialurônico e forma, entre as superfícies articulares, uma película fina, que serve
para lubrificar a articulação (reduzindo ainda mais o atrito) e também para nutrir as peças de
cartilagem hialina (tendo em vista que esse tecido é avascularizado).
Ademais, as cápsulas articulares podem ter (não compondo-as) outras 2 estruturas associadas: a)
bolsas (compostas por um tecido muito semelhante ao da cápsula e preenchidas por líquido
sinovial, que se posicionam em locais estratégicos para amortecer impactos); e b) bainhas tendíneas
(bolsas tubulares que envolvem os tendões sujeitos a muito atrito, como o do músculo Bíceps
Braquial, por exemplo).
Desse modo, considerando o exposto, falaremos, então, dos tipos de articulações sinoviais. Os
principais tipos são 6 (seis) e essa classificação baseia-se nos movimentos que cada articulação
permite:
• Articulação Plana: as faces articulares, em uma articulação plana, costumam ser achatadas ou
pouco encurvadas, permitindo, por conta disso, principalmente, movimentos de
deslizamento para frente e para trás. Por causa disso, são classificadas como uniaxiais
(possuindo apenas 1 eixo, e 2 movimentos;
• Articulação Gínglimo ou dobradiça: esse tipo de articulação ocorre com a face convexa de um
osso encaixando-se na face côncava do outro, desse modo, acaba produzindo movimentos
angulares, nos quais costuma um osso ficar fixo enquanto o outro de move. Nesse tipo de
articulação ocorrem os movimentos de flexão e extensão, e assim, classifica-se também como
uniaxial;
Tais ossos compõem o arcabouço ósseo das articulações dos MMSS, sendo algumas delas:
• Da clavícula;
• Do ombro (glenoumeral);
• Do cotovelo;
• Do punho (radiocarpal);
• Dos carpos;
• Dos metacarpos;
• Dos dedos.
Tais ossos compõem o arcabouço ósseo das articulações dos MMII, sendo algumas delas:
• Do quadril (coxofemoral);
• Do joelho;
• Do tornozelo (talocrural);
• Do pé.
Roteiro
INSTRUÇÕES GERAIS
1. Neste experimento, você irá aprender sobre o sistema locomotor e aprimorar seus
conhecimentos sobre os sistemas esquelético, muscular e articular.
3. Caso não saiba como manipular o Laboratório Virtual, utilize o “Tutorial” presente neste
Roteiro.
4. Caso já possua familiaridade com o Laboratório Virtual, você encontrará as instruções para
realização desta prática na subseção “Procedimentos”.
RECOMENDAÇÕES DE ACESSO
DICAS DE DESEMPENHO
Para otimizar a sua experiência no acesso aos laboratórios virtuais, siga as seguintes dicas de
desempenho:
PRECISA DE AJUDA?
Em caso de dúvidas ou dificuldades técnicas, visite nossa Central de Suporte para encontrar
artigos de ajuda e informações para usuários. Acesse a Central de Suporte através do link:
[Link]
Se preferir, utilize os QR Codes abaixo para entrar em contato via WhatsApp ou ser direcionado
para a Central de Suporte. Estamos aqui para ajudar! Conte conosco!
DESCRIÇÃO DO LABORATÓRIO
PROCEDIMENTOS
CONHECENDO A INTERFACE
É importante que você tenha expandido a tela do experimento, para que as funções do navegar não
conflitem com as funções do experimento. Assim, quando a tela é expandida, você poderá
movimentar o modelo em diferentes angulações e fazer o controle do zoom.
Escolha um dos modos de execução do modelo (modo instrucional ou modo cadavérico). Visualize
o nome das peças anatômicas passando o cursor do mouse sobre a peça de interesse. Selecione a
peça que deseja aprofundar seus estudos. Ative a opção "Informações" e leia as principais
informações referentes ao modelo selecionado. Utilize a função "Isolar" para manter ativo apenas o
modelo selecionado. Em seguida, ative a função "Pinagem" e verifique as peculiaridades
relacionadas a estrutura isolada. Você terá a opção de desfazer a seleção da peça assim como
poderá obter informações sobre a peça a ser analisada. Utilize da função de "Transparência" para
observar melhor a sobreposição que uma peça tem com a outra e use a opção de "Esconder" para
analisar uma peça localiza por trás da estrutura selecionada. Haverá disponível um local listando
quais estruturas foram escondidas.
APROFUNDANDO NO ESTUDO POR GRUPOS ANATÔMICOS
Utilize da função "Sistema Ativado" para escolher qual tipo de sistema você quer se aprofundar
(esquelético, muscular ou articular). Haverá também a opção de "Selecionar grupo" para um
aprendizado mais focalizado do grupo escolhido (ex.: membros superiores, membros inferiores,
cabeça etc). Todas as funções listadas anteriormente podem ser aplicadas durante a exploração
dessas peças na seleção de grupos.
AVALIANDO OS RESULTADOS
Siga para a seção “Avaliação dos Resultados” e responda de acordo com o que foi observado nos
experimentos, associando também com os conhecimentos aprendidos sobre o tema.
4. O sistema locomotor está divido em 3 componentes. Quais são esses componentes e sua
importância na estrutura anatômica?
TUTORIAL
CONHECENDO A INTERFACE
Entre na prática clicando com o botão esquerdo do mouse sobre "Entrar na prática".
Expanda a tela clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o local indicado.
Controle o zoom clicando com o botão esquerdo do mouse nos botões “Zoom –“ e “Zoom +” ou
utilize o botão de rolagem do mouse.
Movimente o modelo em diferentes angulações clicando com o botão esquerdo do mouse nos
botões indicados.
Realize movimentações no modelo (direita, esquerda, para cima e para baixo) clicando com o botão
esquerdo do mouse nos botões indicados.
REALIZANDO OS ESTUDOS DAS PEÇAS ANATÔMICAS
Pesquise uma peça anatômica clicando com o botão esquerdo do mouse sobre a caixa indicada e
digite utilizando o seu teclado.
Escolha o modo do modelo clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o botão indicado e
selecione uma das opções: Modo instrucional ou Modo cadavérico.
Desfaça a seleção da peça clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o botão indicado.
Obtenha informações sobre a peça a ser analisada clicando com o botão esquerdo do mouse sobre
o ícone “Informações” e selecione uma das opções a ser estudada.
Caso precise de mais atenção na peça anatômica, isole-a das demais clicando com o botão
esquerdo do mouse sobre o ícone “Isolar”.
Pine uma peça para identificar as estruturas clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o
ícone “Pinagem”.
Visualize a identificação das estruturas com o recurso de pinagem passando o cursor do mouse
sobre o pino de interesse.
Após selecionar uma peça, retire-a do campo de visualização clicando com o botão esquerdo do
mouse sobre o ícone “Esconder”. Observe na imagem abaixo que após aplicar o recurso podemos
analisar as suturas do osso parietal direito, osso parietal esquerdo e osso occipital.
Visualize as estruturas escondidas clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o botão
indicado.
Mostre novamente uma estrutura que foi escondida clicando com o botão esquerdo do mouse
sobre o nome de uma delas.
Ative a transparência da peça selecionada clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o ícone
“Transparência”. Regule pressionando e arrastando o cursor do mouse sobre barra indicada.
APROFUNDANDO NO ESTUDO POR GRUPOS ANATÔMICOS
Selecione o grupo anatômico clicando com o botão esquerdo do mouse sobre o botão “Selecionar
Grupo” e selecione uma das opções.
AVALIANDO OS RESULTADOS
Siga para a seção “Avaliação dos Resultados” e responda de acordo com o que foi observado nos
experimentos, associando também com os conhecimentos aprendidos sobre o tema.
Pré Teste
1) As articulações são locais de encontro entre os ossos. Sobre aquela que está presente entre
os ossos da perna permeada por tecido fibroso interósseo e possuem pouco movimento, são
as:
A) sincondroses;
B) sindesmoses;
C) sínfises.
2) Sobre os músculos que compõe o grupo muscular da coxa todos os possuem a mesma
inserção exceto:
A) Articulações têmporo-parietal;
C) Articulação úmero-ulnar.
A) Costelas;
B) Úmero;
C) Esterno.
5) Entre as funções dos ossos, além de dar forma e sustentação ao corpo, estão: