Saltar para o conteúdo

Haliotidae: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m adicionou Categoria:Haliotidae usando HotCat
 
(Há uma edição intermédia do mesmo utilizador que não está a ser apresentada)
Linha 51: Linha 51:
{{Portal3|Biologia}}
{{Portal3|Biologia}}


[[Categoria:Moluscos]]


[[Categoria:Vetigastropoda]]
[[Categoria:Vetigastropoda]]
[[Categoria:Haliotidae]]

Edição atual tal como às 15h07min de 19 de novembro de 2024

Como ler uma infocaixa de taxonomiaHaliotidae
H. tuberculata, à esquerda um indivíduo visto por baixo e à direita visto por cima. Observe os furos e o interior madreperolado, presentes em todos os Haliotidae.
H. tuberculata, à esquerda um indivíduo visto por baixo e à direita visto por cima. Observe os furos e o interior madreperolado, presentes em todos os Haliotidae.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Clado: Vetigastropoda
Classe: Gastropoda
Superfamília: Haliotoidea
Família: Haliotidae
Rafinesque, 1815[1]
Gêneros viventes
Haliotis Linnaeus, 1758[1]
H. asinina, uma espécie com a concha mais estreita. É nativa do Indo-Pacífico, sendo a espécie-tipo do gênero Haliotis.[1][2]

Haliotidae (popularmente chamados, em português, de abalones) é uma família de moluscos gastrópodes marinhos pertencentes ao clado Vetigastropoda, proposta por Rafinesque em 1815 e contendo apenas o gênero Haliotis, proposto por Linnaeus em 1758.[1] Inclui espécies de águas rasas, em sua maioria na zona entremarés.[3]

Características da concha e do animal

[editar | editar código-fonte]

A principal característica de um caramujo da família Haliotidae é a sua concha de espiral extremamente aberta (planispiral) e com poucas voltas, o que a torna oval, ou em formato de orelha; além de permitir totalmente, quando manipulada, a visualização de sua superfície interna, madreperolada. Sua última volta é muito ampla, contendo acima da espiral, quando a concha é vista com o lábio externo voltado para o observador, uma sequência de furos[3] (denominados tremata[4]), sendo que os últimos três a nove furos permanecem abertos e os antigos são cobertos por substância calcária, formando verrucosidades.[5][6] Seu fluxo de ventilação de água entra acima do pé do animal, por baixo da borda inferior da concha,[7] e é excretado pelos furos abertos ao longo da sua borda superior. Suas dimensões variam de dois a trinta centímetros.[8] O ânus e os nefrídeos estão sob um destes furos. Tentáculos cefálicos providos de olhos e tentáculos periféricos sensíveis à luz, em uma estrutura denominada epipodium. Como não possui qualquer estrutura cerebral óbvia, Haliotis é considerado um animal primitivo.[5][7]

Habitat, hábitos e distribuição geográfica

[editar | editar código-fonte]

Haliotidae são habitantes desde a zona entremarés,[3] onde se fixam em superfícies rochosas, com forte sucção aplicada a seu pé, até várias centenas de metros.[8] Se alimentam exclusivamente de algas.[9] Também são consumidas como alimento por humanos, com algumas espécies em declínio.[7][10]

Esta família tem sua distribuição ao longo das águas costeiras de todos os continentes, com exceção da costa sul do Pacífico na América do Sul (embora tenha sido introduzida no Chile, a partir da década de 1970[11] e se expandindo na década de 1990, para cultivo),[12] a costa leste dos Estados Unidos, o extremo Ártico e a Antártida; com a maioria das espécies encontradas em águas frias, como ao largo das costas da Nova Zelândia (nomeados pāua em maori), África do Sul, Austrália, oeste da América do Norte (da região Panhandle do Alasca[10] ao México) e no Japão.[carece de fontes?] Muito conhecidas, e usadas em joalheria, são as espécies californianas: Haliotis rufescens (red abalone), Haliotis corrugata (pink abalone) e Haliotis fulgens (green abalone).[13]

No oeste da Europa e Mar Mediterrâneo ocorre Haliotis tuberculata, classificada por Linnaeus em 1758 (com a espécie Haliotis lamellosa, Lamarck, 1822,[14] colocada agora como sua subespécie).[15][16] No Brasil é citada a espécie Haliotis pourtalesii (Dall, 1881), que vive do Pará ao Rio Grande do Sul, em fundos de algas calcárias e conchas quebradas entre 60 e 360 metros de profundidade (com a espécie Haliotis aurantium[17] colocada como sua subespécie).[5][18]

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d «Haliotidae» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 29 de abril de 2016 
  2. «Haliotidae» (PDF) (em inglês). Food and Agriculture Organization of the United Nations. 1 páginas. Consultado em 29 de abril de 2016 [ligação inativa]
  3. a b c LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 35. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3 
  4. Owen, Buzz; Tissot, Brian N.; Leighton, David L. «Abalone Without Holes: A Photo Iconography and Study of a Rare Morphological Variant of Haliotis (Gastropoda: Vetigastropoda (PDF) (em inglês). Static1. 125 páginas. Consultado em 2 de maio de 2016 
  5. a b c RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 22. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  6. Bathyporeia (4 de novembro de 2013). «Haliotis rugosa» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 29 de abril de 2016 
  7. a b c «Facts About Abalone» (em inglês). Fishtech. 1 páginas. Consultado em 29 de abril de 2016 
  8. a b WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 23. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9 
  9. «Family: Haliotidae (Abalones)» (em inglês). Gladys Archerd Shell Collection. 1 páginas. Consultado em 29 de abril de 2016 
  10. a b McDougall, P. T.; Ploss, J.; Tuthill, J. (2006). «Haliotis kamtschatkana» (em inglês). The IUCN Red List of Threatened Species. 1 páginas. Consultado em 29 de abril de 2016 
  11. Zúñiga, Sergio (29 de julho de 2009). «A dynamic simulation analysis of Japanese abalone (Haliotis discus hannai) production in Chile» (PDF) (em inglês). Sergio Zúñiga. 1 páginas. Consultado em 1 de maio de 2016 
  12. Enríquez, R.; Villagrán, R. (abril de 2008). «Chile's experience with developing abalone (Haliotis spp.) farming: opportunities and challenges» (em inglês). National Center for Biotechnology Information. 1 páginas. Consultado em 29 de abril de 2016 
  13. Cox, Keith W. (1962). «California Abalones, Family Haliotidae» (em inglês). Calisphere. 1 páginas. Consultado em 29 de abril de 2016 
  14. «Haliotis» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 1 de maio de 2016 
  15. Mgaya, Yunus D. «Synopsis of Biological Data on the European Abalone ("Ormer") Haliotis tuberculata Linnaeus, 1758 (Gastropoda: Haliotidae (PDF) (em inglês). FAO Fisheries Synopsis No. 156. 1 páginas. Consultado em 29 de abril de 2016 
  16. «Haliotis tuberculata Linnaeus, 1758» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 29 de abril de 2016 
  17. «Haliotis aurantium Simone, 1998» (em inglês). Idscaro. 1 páginas. Consultado em 29 de abril de 2016 
  18. «Haliotis pourtalesii Dall, 1881» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 29 de abril de 2016