Paquistão: diferenças entre revisões
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|nome_nativo = اسلامی جمہوریۂ پاکستان ([[Língua urdu|urdu]])<br />''Islami Jamahuriat Pakistan''<br />''Islamic Republic of Pakistan'' ([[Língua inglesa|inglês]]) |
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|lema = [[Urdu]]: ''Iman, Aktad, Nizam''<br />("Fé, Unidade, Disciplina") |
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== Etimologia == |
== Etimologia == |
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Segundo [[José Pedro Machado|J.P. Machado]],<ref>[[Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa]], verbete "Paquistão".</ref> o [[topônimo]] "Paquistão" foi criado em 1933 por Chaudhary Rahmat Ali<ref>Ensaio ''Now or Never'' ("Agora ou Nunca"), publicado em 28 de janeiro de 1933.</ref> para designar as regiões [[Islão|muçulmanas]] a noroeste da [[Índia]], a partir das iniciais de ''Pandjab'' ([[Panjabe]]), ''Afghan'' (para os povos [[afegãos]] da área) e ''Kashmir'' ([[Caxemira]]), com o sufixo''-stan'' (que representa o [[Baluchistão]] e significa "terra" em [[língua persa|persa]]), formando PAKSTAN. Os paquistaneses relacionam o topônimo com o vocábulo ''pak'' ("puro", em persa e [[urdu]]), que daria ao nome do país o sentido de "Terra dos Puros". |
Segundo [[José Pedro Machado|J.P. Machado]],<ref>[[Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa]], verbete "Paquistão".</ref> o [[topônimo]] "Paquistão" foi criado em 1933 por Chaudhary Rahmat Ali<ref>Ensaio ''Now or Never'' ("Agora ou Nunca"), publicado em 28 de janeiro de 1933.</ref> para designar as regiões [[Islão|muçulmanas]] a noroeste da [[Índia]], a partir das iniciais de ''Pandjab'' ([[Panjabe]]), ''Afghan'' (para os povos [[afegãos]] da área) e ''Kashmir'' ([[Caxemira]]), com o sufixo''-stan'' (que representa o [[Baluchistão]] e significa "terra" em [[língua persa|persa]]), formando PAKSTAN. Os paquistaneses relacionam o topônimo com o vocábulo ''pak'' ("puro", em persa e [[Língua urdu|urdu]]), que daria ao nome do país o sentido de "Terra dos Puros". |
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== História == |
== História == |
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{{Artigo principal|Civilização do Vale do Indo}} |
{{Artigo principal|Civilização do Vale do Indo}} |
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[[Imagem:Mohenjodaro Sindh.jpeg|thumb|esquerda|Ruínas de [[Moenjodaro]], da [[Civilização do Vale do Indo]]]] |
[[Imagem:Mohenjodaro Sindh.jpeg|thumb|esquerda|Ruínas de [[Moenjodaro]], da [[Civilização do Vale do Indo]]]] |
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Algumas das primeiras [[civilizações]] [[humanas]] antigas na [[Ásia Meridional]] originaram-se em áreas que abrangem o atual Paquistão.<ref>Petraglia, Michael D.; Allchin, Bridget (2007), "Human evolution and culture change in the Indian subcontinent", in Michael Petraglia, Bridget Allchin, The Evolution and History of Human Populations in South Asia: Inter-disciplinary Studies in Archaeology, Biological Anthropology, Linguistics and Genetics, Springer, ISBN 978-1-4020-5562-1</ref> Os primeiros habitantes conhecidos na região foram os soanianos durante o [[Paleolítico Inferior]], de quem as [[ferramentas de pedra]] foram encontradas no [[Rio Soan|Vale do Soan]], em [[ |
Algumas das primeiras [[civilizações]] [[humanas]] antigas na [[Ásia Meridional]] originaram-se em áreas que abrangem o atual Paquistão.<ref>Petraglia, Michael D.; Allchin, Bridget (2007), "Human evolution and culture change in the Indian subcontinent", in Michael Petraglia, Bridget Allchin, The Evolution and History of Human Populations in South Asia: Inter-disciplinary Studies in Archaeology, Biological Anthropology, Linguistics and Genetics, Springer, ISBN 978-1-4020-5562-1</ref> Os primeiros habitantes conhecidos na região foram os soanianos durante o [[Paleolítico Inferior]], de quem as [[ferramentas de pedra]] foram encontradas no [[Rio Soan|Vale do Soan]], em [[Panjabe]].<ref>{{citar web|autor=Parth R. Chauhan|título=An Overview of the Siwalik Acheulian & Reconsidering Its Chronological Relationship with the Soanian – A Theoretical Perspective|url=http://www.assemblage.group.shef.ac.uk/issue7/chauhan.html#distribution|obra=Sheffield Graduate Journal of Archaeology|publicadopor=University of Sheffield|acessodata=22 de dezembro de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120104171240/http://www.assemblage.group.shef.ac.uk/issue7/chauhan.html#distribution|arquivodata=2012-01-04|urlmorta=yes}}</ref> A [[Rio Indo|região do Indo]], que cobre a maior parte do atual Paquistão, foi o lar de várias culturas antigas sucessivas, como a [[Mergar]] do [[Neolítico]]<ref name="vipul" /> e a [[Civilização do Vale do Indo]] da [[Idade do Bronze]] (2800-1800 a.C.) em [[Harapa]] e [[Moenjodaro]].<ref name="Arnett2006">{{citar livro|título=India Unveiled |url=https://books.google.com/books?id=Tmn91va2e4UC&pg=PT180|autor =Robert Arnett|publicadopor=Atman Press|acessodata=23 de dezembro de 2011|data=15 de julho de 2006|isbn=978-0-9652900-4-3|páginas=180–}}</ref><ref>{{citar web|título=Mohenjo-Daro|url=http://www.mnsu.edu/emuseum/archaeology/sites/middle_east/mohenjo_daro.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100601181841/http://www.mnsu.edu/emuseum/archaeology/sites/middle_east/mohenjo_daro.html|arquivodata=1 de junho de 2010 |autor =Meghan A. Porter|publicadopor=Minnesota State University|acessodata=15 de janeiro de 2010}}</ref> |
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A [[Civilização Védica]] {{-nwrap||1500|500}}, caracterizada pela [[Indo-áricos|cultura indo-ariana]], lançou as bases do [[hinduísmo]], que se tornaria bem estabelecido na região.<ref name="guide">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=WJMlW-zDE14C |título=Pakistan: a primary source cultural guide |publicadopor=The Rosen Publishing Group Inc |acessodata=23 de outubro de 2011|páginas=58–59,100–102|autor =Marian Rengel|local=New York, NY|isbn=0-8239-4001-2|ano=2004}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/503627/Rigveda|título=Britannica Online – Rigveda|publicadopor=Encyclopædia Britannica|acessodata=16 de dezembro de 2011}}</ref> [[ |
A [[Civilização Védica]] {{-nwrap||1500|500}}, caracterizada pela [[Indo-áricos|cultura indo-ariana]], lançou as bases do [[hinduísmo]], que se tornaria bem estabelecido na região.<ref name="guide">{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=WJMlW-zDE14C |título=Pakistan: a primary source cultural guide |publicadopor=The Rosen Publishing Group Inc |acessodata=23 de outubro de 2011|páginas=58–59,100–102|autor =Marian Rengel|local=New York, NY|isbn=0-8239-4001-2|ano=2004}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.britannica.com/EBchecked/topic/503627/Rigveda|título=Britannica Online – Rigveda|publicadopor=Encyclopædia Britannica|acessodata=16 de dezembro de 2011}}</ref> [[Multã]] era um importante centro de [[peregrinação]] hindu. A Civilização Védica floresceu na antiga cidade de [[Gandara]], atual [[Taxila]] em Panjabe.<ref name="vipul">{{citar livro|autor =Vipul Singh|título=The Pearson Indian History Manual for the UPSC Civil Services Preliminary Examination|url=https://books.google.com/books?id=wsiXwh_tIGkC&printsec=frontcover#v=onepage&q&f=false|acessodata=28 de dezembro de 2011|publicadopor=Dorling Kindesley, licensees of Pearson Education India|isbn=81-317-1753-4|páginas=3–4, 15, 88–90, 152, 162|ano=2008}}</ref> [[Império]]s e [[reino]]s antigos sucessivos governaram a região: o persa [[Império Aquemênida]], em torno de {{AC|519|x}}; o império de [[Alexandre, o Grande]], em {{AC|326|x}}; e o [[Império Máuria]] fundado por [[Chandragupta Máuria]] e estendido por [[Asoca]] até {{AC|185|x}}<ref name="vipul" /> O [[Reino Indo-Grego]] fundado por [[Demétrio I de Báctria]] {{-nwrap|r.|180|165}} incluía [[Gandara]] e [[Panjabe]] e alcançou sua maior extensão sob [[Menandro I]] {{-nwrap|r.|165|150}}, prosperando a [[Greco-budismo|cultura greco-budista]] na região.<ref name="vipul" /><ref>{{citar web|título=Guide to Historic Taxila|url=http://www.heritage.gov.pk/html_Pages/guide_to_historic_taxila.htm|autor =Ahmad Hasan Dani|publicadopor=The National Fund for Cultural Heritage|acessodata=15 de janeiro de 2010}}</ref> Taxila teve algumas das primeiras [[universidade]]s e centros de [[ensino superior]] do mundo.<ref>{{citar livro|autor =Joseph Needham|título=A selection from the writings of Joseph Needham|ano=1994|publicadopor=McFarland & Co|isbn=978-0-89950-903-7|citação=When the men of Alexander the Great came to Taxila in India in the fourth century BC they found a university there the like of which had not been seen in Greece, a university which taught the three Vedas and the eighteen accomplishments and was still existing when the Chinese pilgrim Fa-Hsien went there about AD 400.|página=24}}</ref><ref>{{citar livro|autor1 =Hermann Kulke|autor2 =Dietmar Rothermund|título=A History of India|ano=2004|publicadopor=Routledge|isbn=0-415-32919-1|citação=In the early centuries the centre of Buddhist scholarship was the University of Taxila.|página=157}}</ref><ref>{{citar periódico|autor1 =Balakrishnan Muniapan|autor2 =Junaid M. Shaikh|título=Lessons in corporate governance from Kautilya's Arthashastra in ancient India|periódico=World Review of Entrepreneurship, Management and Sustainable Development 2007|ano=2007|volume=3|número=1|páginas=50–61|doi=10.1504/WREMSD.2007.012130|issn=1746-0573 }}</ref><ref>{{citar livro|autor =Radha Kumud Mookerji|título=Ancient Indian Education: Brahmanical and Buddhist|edição=2nd|ano=1951|anooriginal=reprint 1989|publicadopor=Motilal Banarsidass|isbn=81-208-0423-6|páginas=478–479}}</ref> |
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=== Idade Média === |
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=== Independência === |
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{{Artigo principal|Partição da Índia|Índia britânica}} |
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[[Imagem:Mohammed Ali Jinnah smoking.jpg|miniatura|[[Muhammad Ali Jinnah|Mohammed Ali Jinnah]], considerado o "Pai" da pátria paquistanesa]] O [[Estado]] moderno do Paquistão foi criado em 14 de agosto de 1947, na forma de dois territórios majoritariamente [[Islão|muçulmanos]] nas porções leste e noroeste da [[Índia Britânica]], separados pela [[Índia]], de maioria [[hindu]]. Integravam o Paquistão independente as províncias do [[Baluchistão (Paquistão)|Baluchistão]], [[Bengala Oriental]] (futuro Paquistão Oriental e, mais tarde, [[ |
[[Imagem:Mohammed Ali Jinnah smoking.jpg|miniatura|[[Muhammad Ali Jinnah|Mohammed Ali Jinnah]], considerado o "Pai" da pátria paquistanesa]] O [[Estado]] moderno do Paquistão foi criado em 14 de agosto de 1947, na forma de dois territórios majoritariamente [[Islão|muçulmanos]] nas porções leste e noroeste da [[Índia Britânica]], separados pela [[Índia]], de maioria [[hindu]]. Integravam o Paquistão independente as províncias do [[Baluchistão (Paquistão)|Baluchistão]], [[Bengala Oriental]] (futuro Paquistão Oriental e, mais tarde, [[Bangladexe]]), [[Província da Fronteira Noroeste|Fronteira Noroeste]], [[Panjabe (Paquistão)|Panjabe Ocidental]] e [[Sinde (Paquistão)|Sinde]]. A partilha da Índia Britânica resultou em distúrbios<ref name="1947riots">{{Citar web|url=http://users.erols.com/mwhite28/warstat3.htm#India|titulo=WAR STATS REDIRECT|acessodata=2022-11-15|website=users.erols.com}}</ref> na Índia e no Paquistão — milhões de muçulmanos mudaram-se para o Paquistão, e milhões de hindus e [[siquismo|siques]] mudaram-se para a Índia. Surgiram controvérsias entre os dois novos países quanto a diversos [[Estado principesco|Estados principescos]], como [[Jamu e Caxemira]], cujo governante aderiu à Índia após uma invasão de guerreiros [[pastós]]; como consequência, a Primeira [[Guerras indo-paquistanesas|Guerra Indo-Paquistanesa]] (1948) terminou com a ocupação pela Índia de cerca de dois-terços de Jamu e Caxemira. |
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Entre 1947 e 1956, o Paquistão foi um ''Dominio'' na [[Comunidade Britânica de Nações]]. A [[república]], declarada em 1956, assistiu a um [[golpe de Estado]] por [[Ayub Khan]] (1958-1969), que presidiu o país durante um período de instabilidade interna e a segunda guerra com a Índia, em 1965. Seu sucessor, Yahya Khan (1969-1971), teve que lidar com o [[Ciclone de Bhola de 1970|ciclone]] que causou {{fmtn|500000}} mortes no [[Paquistão Oriental]].<ref name="cyclone">{{Citar web |url=http://nirapad.org/care_nirapad/Home/Magazine/chronology/currentissue/html/news8.html |titulo="Community participation in disaster management can reduce the losses" |acessodata=2008-02-17 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20060427215915/http://nirapad.org/care_nirapad/Home/Magazine/chronology/currentissue/html/news8.html |arquivodata=2006-04-27 |urlmorta=yes }}</ref> |
Entre 1947 e 1956, o Paquistão foi um ''Dominio'' na [[Comunidade Britânica de Nações]]. A [[república]], declarada em 1956, assistiu a um [[golpe de Estado]] por [[Ayub Khan]] (1958-1969), que presidiu o país durante um período de instabilidade interna e a segunda guerra com a Índia, em 1965. Seu sucessor, Yahya Khan (1969-1971), teve que lidar com o [[Ciclone de Bhola de 1970|ciclone]] que causou {{fmtn|500000}} mortes no [[Paquistão Oriental]].<ref name="cyclone">{{Citar web |url=http://nirapad.org/care_nirapad/Home/Magazine/chronology/currentissue/html/news8.html |titulo="Community participation in disaster management can reduce the losses" |acessodata=2008-02-17 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20060427215915/http://nirapad.org/care_nirapad/Home/Magazine/chronology/currentissue/html/news8.html |arquivodata=2006-04-27 |urlmorta=yes }}</ref> |
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A eclosão de discordâncias econômicas e políticas no Paquistão Oriental levou a uma violenta repressão política, que fez com que as tensões escalassem até chegar à [[guerra civil]],<ref name="1971war">[http://news.bbc.co.uk/hi/english/static/in_depth/south_asia/2002/india_pakistan/timeline/1971.stm Sítio da BBC com sumário da guerra de 1971]</ref> conhecida como guerra de independência do |
A eclosão de discordâncias econômicas e políticas no Paquistão Oriental levou a uma violenta repressão política, que fez com que as tensões escalassem até chegar à [[guerra civil]],<ref name="1971war">[http://news.bbc.co.uk/hi/english/static/in_depth/south_asia/2002/india_pakistan/timeline/1971.stm Sítio da BBC com sumário da guerra de 1971]</ref> conhecida como guerra de independência do Bangladexe, e a um [[Guerras indo-paquistanesas|novo conflito com a Índia]]. Como consequência, o Paquistão Oriental declarou-se independente, com o nome [[Bangladesh]], em 1971.<ref name="Bangladesh">[http://countrystudies.us/bangladesh/17.htm Artigo sobre a Guerra de Bangladesh]</ref> As estimativas sobre o número de mortos nesse episódio variam consideravelmente, entre mais de 30 000 e menos de 2 milhões, a depender da fonte. |
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=== Era contemporânea === |
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O Paquistão enviou {{fmtn|5000}} soldados para a [[Guerra do Golfo]], em 1991, para proteger a [[Arábia Saudita]].<ref name="gulf_war">{{Citar web|url=https://www.sfgate.com/news/article/SPECIAL-SECTION-U-S-vs-IRAQ-The-1991-Gulf-war-2767294.php|titulo=SPECIAL SECTION: U.S. vs. IRAQ / The 1991 Gulf war|data=2002-09-24|acessodata=2022-11-15|website=SFGATE|lingua=en-US}}</ref> Às tensões militares durante o [[guerras indo-paquistanesas|conflito de Kargil]] com a Índia seguiu-se um golpe de Estado, em 1999, no qual o General [[Pervez Musharraf]] assumiu o [[poder Executivo]]. |
O Paquistão enviou {{fmtn|5000}} soldados para a [[Guerra do Golfo]], em 1991, para proteger a [[Arábia Saudita]].<ref name="gulf_war">{{Citar web|url=https://www.sfgate.com/news/article/SPECIAL-SECTION-U-S-vs-IRAQ-The-1991-Gulf-war-2767294.php|titulo=SPECIAL SECTION: U.S. vs. IRAQ / The 1991 Gulf war|data=2002-09-24|acessodata=2022-11-15|website=SFGATE|lingua=en-US}}</ref> Às tensões militares durante o [[guerras indo-paquistanesas|conflito de Kargil]] com a Índia seguiu-se um golpe de Estado, em 1999, no qual o General [[Pervez Musharraf]] assumiu o [[poder Executivo]]. |
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Em 2001 Musharraf autonomeou-se presidente, com a renúncia forçada de Rafiq Tarar. Após as eleições legislativas de 2002, Musharraf transferiu os poderes executivos para um recém-eleito primeiro-ministro, Zafarullah Khan Jamali. Em |
Em 2001 Musharraf autonomeou-se presidente, com a renúncia forçada de Rafiq Tarar. Após as eleições legislativas de 2002, Musharraf transferiu os poderes executivos para um recém-eleito primeiro-ministro, Zafarullah Khan Jamali. Em 15 de novembro de 2007, o mandato da Assembleia Nacional expirou, o que levou à constituição de um governo provisório chefiado pelo ex-presidente do Senado, Muhammad Mian Soomro. O assassinato em dezembro de 2007 de Benazir Bhutto reflete a instabilidade do sistema político paquistanês. Em setembro de 2008, Musharraf renunciou à presidência do país, que após eleições indiretas, elegeu [[Asif Ali Zardari]], viúvo de Benazir Bhutto, como presidente. O governo paquistanês também se tornou um parceiro importante dos [[Estados Unidos]] na [[Guerra ao Terror]], iniciada após os [[ataques de 11 de setembro de 2001]].<ref>{{Citar periódico |url=https://www.lrb.co.uk/the-paper/v37/n10/seymour-m.-hersh/the-killing-of-osama-bin-laden |titulo=The Killing of Osama bin Laden |data=2015-05-20 |acessodata=2022-11-15 |jornal=London Review of Books |número=10 |ultimo=Hersh |primeiro=Seymour M. |lingua=en |issn=0260-9592}}</ref> |
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⚫ | Em 2018, [[Imran Khan]] ganhou as eleições gerais tornando-se o 22º Primeiro-Ministro do Paquistão.<ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/world/2018/jul/26/imran-khan-claims-victory-in-pakistan-elections|titulo=Imran Khan claims victory in Pakistan elections|data=26 de Julho de 2018|acessodata=|publicado=The Guardian|ultimo=Barker|primeiro=Memphis}}</ref><ref>{{citar web|url=https://tribune.com.pk/story/1784011/1-bushra-imrans-veil-unmasks-societal-biases/|titulo=Burqa of Pakistan's first lady 'unmasks societal biases'|data=18 de Agosto de 2018|acessodata=|publicado=The Express Tribune|ultimo=|primeiro=}}</ref> Durante a campanha, defendeu publicamente o célebre Artigo 295c, a lei da blasfémia.<ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=Barker|primeiro=Memphis|data=2018-07-09|titulo=Imran Khan criticised for defence of Pakistan blasphemy laws|url=https://www.theguardian.com/world/2018/jul/09/imran-kahn-accused-over-defence-of-pakistan-blasphemy-laws|jornal=The Guardian|lingua=en-GB|issn=0261-3077}}</ref> |
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2008, Musharraf renunciou à presidência do país, que após eleições indiretas, elegeu [[Asif Ali Zardari]], viúvo de Benazir Bhutto, como presidente. O governo paquistanês também se tornou um parceiro importante dos [[Estados Unidos]] na [[Guerra ao Terror]], iniciada após os [[ataques de 11 de setembro de 2001]].<ref>{{Citar periódico |url=https://www.lrb.co.uk/the-paper/v37/n10/seymour-m.-hersh/the-killing-of-osama-bin-laden |titulo=The Killing of Osama bin Laden |data=2015-05-20 |acessodata=2022-11-15 |jornal=London Review of Books |número=10 |ultimo=Hersh |primeiro=Seymour M. |lingua=en |issn=0260-9592}}</ref> |
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== Geografia == |
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[[Imagem:Koppen-Geiger Map PAK present.svg|thumb|Paquistão de acordo com a [[classificação climática de Köppen-Geiger]]]] |
[[Imagem:Koppen-Geiger Map PAK present.svg|thumb|Paquistão de acordo com a [[classificação climática de Köppen-Geiger]]]] |
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A área do Paquistão é de 881 640 km², equivalente à soma das superfícies de [[França]] e [[Reino Unido]] (ou de [[Minas Gerais]] e [[Rio Grande do Sul]], no [[Brasil]]). A região leste do país encontra-se sobre a [[placa indiana|placa tectônica indiana]], enquanto |
A área do Paquistão é de 881 640 km², equivalente à soma das superfícies de [[França]] e [[Reino Unido]] (ou de [[Minas Gerais]] e [[Rio Grande do Sul]], no [[Brasil]]). A região leste do país encontra-se sobre a [[placa indiana|placa tectônica indiana]], enquanto as regiões oeste e norte estão no [[planalto iraniano]] e sobre a [[placa euro-asiática|placa eurasiática]]. Com 1 046 km de litoral no [[mar Arábico]], o Paquistão possui 6 774 km de fronteiras — 2 430 km com o [[Afeganistão]] a noroeste, 523 km com a [[China]] a nordeste, 2 912 km com a [[Índia]] a leste e 909 km com o [[Irã]] a sudoeste.<ref name="ciafactbook">{{Citar web | url =https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/pk.html | titulo= Pakistan | publicado = [[Central Intelligence Agency|CIA]] | obra = [[World Factbook]] | acessodata = 2008-02-13}}</ref> |
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Os acidentes naturais encontrados no país incluem desde praias arenosas, [[laguna]]s e [[manguezal|manguezais]], na costa meridional, até [[floresta temperada|florestas temperadas]] e os picos gelados do [[Himalaia]], do [[Caracórum]] e do [[Indocuche]], ao norte. Estima-se que o país possua 108 picos acima de 7 000 m, cobertos por neve e [[geleira]]s. |
Os acidentes naturais encontrados no país incluem desde praias arenosas, [[laguna]]s e [[manguezal|manguezais]], na costa meridional, até [[floresta temperada|florestas temperadas]] e os picos gelados do [[Himalaia]], do [[Caracórum]] e do [[Indocuche]], ao norte. Estima-se que o país possua 108 picos acima de 7 000 m, cobertos por neve e [[geleira]]s. |
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Cinco das montanhas do Paquistão ultrapassam os 8 000 m. O [[rio Indo]] corta o país de norte a sul, descendo do [[planalto tibetano]] ([[Caxemira]]) até desaguar no mar Arábico. A oeste do Indo estão os desertos secos e acidentados do [[Baluchistão (Paquistão)|Baluchistão]]; a leste, o [[deserto de Thar]]. O [[ |
Cinco das montanhas do Paquistão ultrapassam os 8 000 m. O [[rio Indo]] corta o país de norte a sul, descendo do [[planalto tibetano]] ([[Caxemira]]) até desaguar no mar Arábico. A oeste do Indo estão os desertos secos e acidentados do [[Baluchistão (Paquistão)|Baluchistão]]; a leste, o [[deserto de Thar]]. O [[Panjabe (Paquistão)|Panjabe]] e partes do [[Sind]]e são formados por planícies férteis com importante [[agricultura|atividade agrícola]]. |
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=== Parques nacionais === |
=== Parques nacionais === |
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Unexpected_Snow_in_Katpana_Skardu.jpg|[[Deserto Katpana]], Gilgit-Baltistão |
Unexpected_Snow_in_Katpana_Skardu.jpg|[[Deserto Katpana]], Gilgit-Baltistão |
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Aqua_Ambulance.jpg|[[Vale de Hunza]], Gilgit-Baltistão |
Aqua_Ambulance.jpg|[[Vale de Hunza]], Gilgit-Baltistão |
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Tarbela lake road, haripur, kpk, pakistan.JPG|[[Haripur]], [[Khyber Pakhtunkhwa]] |
Tarbela lake road, haripur, kpk, pakistan.JPG|[[Haripur]], [[Khyber Pakhtunkhwa|Caiber Paquetuncuá]] |
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[[Imagem:Markhor_Schraubenziege_Capra_falconeri_Zoo_Augsburg-02.jpg|thumb|Uma [[cabra-selvagem-paquistanesa]]]] |
[[Imagem:Markhor_Schraubenziege_Capra_falconeri_Zoo_Augsburg-02.jpg|thumb|Uma [[cabra-selvagem-paquistanesa]]]] |
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[[Imagem:Tibetan_Wolf.JPG|thumb|Um [[lobo-do-himalaia]]]] |
[[Imagem:Tibetan_Wolf.JPG|thumb|Um [[lobo-do-himalaia]]]] |
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A diversidade da paisagem e do clima no Paquistão permite que uma grande variedade de árvores e plantas floresçam. As florestas variam de árvores coníferas alpinas e subalpinas, como abetos, [[Picea|pinheiros]] e [[Cedro-do-himalaia|cedros nas montanhas do extremo norte]], árvores [[Caducifólia|decíduas]] na maior parte do país, à [[Coqueiro|palmeiras como coco]] e [[tamareira]]s no sul do |
A diversidade da paisagem e do clima no Paquistão permite que uma grande variedade de árvores e plantas floresçam. As florestas variam de árvores coníferas alpinas e subalpinas, como abetos, [[Picea|pinheiros]] e [[Cedro-do-himalaia|cedros nas montanhas do extremo norte]], árvores [[Caducifólia|decíduas]] na maior parte do país, à [[Coqueiro|palmeiras como coco]] e [[tamareira]]s no sul do Panjabe, nas [[Montanhas Sulaiman]] no sul do Baluchistão e em todo o Sind. As colinas ocidentais abrigam [[Juniperus|zimbro]], [[Tamarix|tamargueira]], gramíneas grossas e plantas arbustivas. As [[Manguezal|florestas de mangue]] formam grande parte das áreas úmidas costeiras ao longo da costa sul.<ref name="Flora e Fauna do Paquistão 1">{{Citar web | url = https://www.wwfpak.org/404error/ | arquivourl = https://web.archive.org/web/20041225000128/http://wwfpak.org/forest_mangrove.php | titulo = Conservação de Florestas de Manguezais nas Áreas Costeiras de Sindh e Baluchistão | publicado = WWF Paquistão | obra = | arquivodata = 25 de dezembro de 2004 }}</ref> |
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As florestas de coníferas são encontradas em altitudes que variam de 1 000 a 4 000 metros na maioria das terras altas do norte e noroeste. Nas regiões xéricas do Baluchistão, a tamareira e a [[Ephedra|efedra]] são comuns. Na maior parte do |
As florestas de coníferas são encontradas em altitudes que variam de 1 000 a 4 000 metros na maioria das terras altas do norte e noroeste. Nas regiões xéricas do Baluchistão, a tamareira e a [[Ephedra|efedra]] são comuns. Na maior parte do Panjabe e Sinde, as planícies do Indo sustentam florestas tropicais e subtropicais de folhas largas secas e úmidas, bem como arbustos tropicais e xéricos. Essas florestas são, principalmente, de [[Morus|amoreira]], [[Acacia|acácia]] e [[Eucalyptus|eucalipto]].<ref name="Flora e Fauna do Paquistão 2">{{Citar web | url = http://www.rrcap.unep.org/lc/cd/html/countryrep/pakistan/introduction.html | arquivourl = https://web.archive.org/web/20120112111709/http://www.rrcap.unep.org/lc/cd/html/countryrep/pakistan/introduction.html | titulo = Introdution | publicado = AIT-UNEP RRC.AP | obra = | arquivodata = 12 de janeiro de 2012 }}</ref> Cerca de 2,2% ou 1 687 000 hectares (16 870 km²) do Paquistão foram florestados a partir de 2010.<ref name="Flora e Fauna do Paquistão 3">{{Citar web | url = https://rainforests.mongabay.com/deforestation/2000/Pakistan.htm | titulo = Informações e dados florestais do Paquistão | publicado = Mongabay | obra = | acessodata = 10 de abril de 2021 }}</ref> |
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A fauna do Paquistão também reflete o clima variado do país. Cerca de 668 espécies de pássaros são encontradas lá, incluindo [[Corvus culminatus|corvos]], [[Passeridae|pardais]], [[Gavião|gaviões]], [[Falcão|falcões]] e [[águia]]s. A região de [[Palas]] tem uma população significativa de [[Tragopan melanocephalus|tragopans]]. Muitos pássaros avistados no Paquistão são migratórios, vindos da Europa, Ásia Central e Índia.<ref name="Flora e Fauna do Paquistão 4">{{Citar web | url = https://www.wwfpak.org/404error/ | arquivourl = https://web.archive.org/web/20050115084804/http://wwfpak.org/p_environment_biodiversity.php | titulo = Biodiversity | publicado = WWF | obra = | arquivodata = 15 de janeiro de 2005 | lingua = inglês }}</ref><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 5">{{Citar web | url = http://www.environment.gov.pk/pub-pdf/StateER2005/Part3-Chp%205.pdf | arquivourl = https://web.archive.org/web/20060827071639/http://www.environment.gov.pk/pub-pdf/StateER2005/Part3-Chp%205.pdf | titulo = Biodiversity sharing the environment | publicado = WWF | obra = | arquivodata = 24 de maio de 2006 | lingua = inglês | formato = PDF }}</ref><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 6">{{Citar web | url = https://www.orientalbirdclub.org/ | arquivourl = https://web.archive.org/web/20110610214757/http://www.orientalbirdclub.org/publications/forktail/15pdfs/Raja-Palas.pdf | titulo = The birds of Palas, North-West Frontier Province, Pakistan | publicado = Governo do Paquistão | obra = | arquivodata = 28 de agosto de 2008 | lingua = inglês | formato = PDF }}</ref><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 12">Richard Grimmett; Tom J. Roberts; Tim Inskipp (2009). Birds of Pakistan. A&C Black. pp. 6, 38-41, 132-136. ISBN 978-0-7136-8800-9. Página visitada em 11 de janeiro de 2012 .</ref> |
A fauna do Paquistão também reflete o clima variado do país. Cerca de 668 espécies de pássaros são encontradas lá, incluindo [[Corvus culminatus|corvos]], [[Passeridae|pardais]], [[Gavião|gaviões]], [[Falcão|falcões]] e [[águia]]s. A região de [[Palas]] tem uma população significativa de [[Tragopan melanocephalus|tragopans]]. Muitos pássaros avistados no Paquistão são migratórios, vindos da Europa, Ásia Central e Índia.<ref name="Flora e Fauna do Paquistão 4">{{Citar web | url = https://www.wwfpak.org/404error/ | arquivourl = https://web.archive.org/web/20050115084804/http://wwfpak.org/p_environment_biodiversity.php | titulo = Biodiversity | publicado = WWF | obra = | arquivodata = 15 de janeiro de 2005 | lingua = inglês }}</ref><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 5">{{Citar web | url = http://www.environment.gov.pk/pub-pdf/StateER2005/Part3-Chp%205.pdf | arquivourl = https://web.archive.org/web/20060827071639/http://www.environment.gov.pk/pub-pdf/StateER2005/Part3-Chp%205.pdf | titulo = Biodiversity sharing the environment | publicado = WWF | obra = | arquivodata = 24 de maio de 2006 | lingua = inglês | formato = PDF }}</ref><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 6">{{Citar web | url = https://www.orientalbirdclub.org/ | arquivourl = https://web.archive.org/web/20110610214757/http://www.orientalbirdclub.org/publications/forktail/15pdfs/Raja-Palas.pdf | titulo = The birds of Palas, North-West Frontier Province, Pakistan | publicado = Governo do Paquistão | obra = | arquivodata = 28 de agosto de 2008 | lingua = inglês | formato = PDF }}</ref><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 12">Richard Grimmett; Tom J. Roberts; Tim Inskipp (2009). Birds of Pakistan. A&C Black. pp. 6, 38-41, 132-136. ISBN 978-0-7136-8800-9. Página visitada em 11 de janeiro de 2012 .</ref> |
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As planícies do sul são o lar de mangustos, pequenas [[civetas indianas]], [[Herpestidae|lebres]], o [[Chacal-dourado|chacal asiático]], o [[Pangolim-indiano|pangolim indiano]], o [[gato-da-selva]] e o [[Mau Árabe|gato-do-deserto]]. Existem [[Crocodilo-persa|crocodilos]] e [[javali]]s, veados, [[Hystrix indica|porcos-espinhos]] e pequenos roedores nas áreas circundantes. Os cerrados arenosos do Paquistão central são o lar de chacais asiáticos, [[Hiena-riscada|hienas listradas]], [[leopardos]] e gatos-selvagens.<ref name="Flora e Fauna do Paquistão 8">{{Citar web | url = https://www.wwfpak.org/404error/ | arquivourl = https://web.archive.org/web/20060915012052/http://www.wwfpak.org/images/listmammalsofpakistan.xls | titulo = Sheet 1 | publicado = WWF | obra = | arquivodata = 15 de setembro de 2006 | lingua = inglês | formato = }}</ref><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 9">{{Citar web | url = https://www.britannica.com/place/Pakistan | titulo = Pakistan | publicado = Encyclopædia Britannica | obra = | acessodata = 10 de abril de 2021 | lingua = inglês | formato = }}</ref> A falta de cobertura vegetal, o clima severo e o impacto do pastoreio nos desertos deixaram os animais silvestres em situação precária. O [[Gazella bennettii|chinkara]] é o único animal que ainda pode ser encontrado em números significativos no [[Deserto de Cholistão]]. Um pequeno número de [[Boselaphus tragocamelus|nilgai]] é encontrado ao longo da fronteira Paquistão-Índia e em algumas partes do Cholistão. Uma grande variedade de animais vivem no norte montanhoso, incluindo o [[urial]] (uma subespécie de ovelha selvagem), a [[Capra falconeri|cabra markhor]], a [[Íbex|cabra ibex]], o [[urso-negro-asiático]] e o [[urso-pardo-do-Himalaia]].<ref name="Flora e Fauna do Paquistão 10">{{Citar web | url = https://www.wwfpak.org/404error/ | arquivourl = https://web.archive.org/web/20111228142518/http://wwfpak.org/species/index.php | titulo = Species | publicado = WWF | obra = | arquivodata = 14 de fevereiro de 2010 | lingua = inglês | formato = }}</ref><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 11">{{Citar web | url = https://www.wcs.org/our-work/places/asia | titulo = Pakistan | publicado = Wildlife Conservation Society | obra = | acessodata = 10 de abril de 2021 | lingua = inglês | formato = }}</ref> Entre os animais raros encontrados na área estão o [[leopardo-das-neves]] e o [[Golfinho-do-ganges|golfinho-de-rio-do-sul-da-ásia]], dos quais se acredita que restem cerca de 1 100 animais protegidos na Reserva de Golfinhos do Rio Indo em |
As planícies do sul são o lar de mangustos, pequenas [[civetas indianas]], [[Herpestidae|lebres]], o [[Chacal-dourado|chacal asiático]], o [[Pangolim-indiano|pangolim indiano]], o [[gato-da-selva]] e o [[Mau Árabe|gato-do-deserto]]. Existem [[Crocodilo-persa|crocodilos]] e [[javali]]s, veados, [[Hystrix indica|porcos-espinhos]] e pequenos roedores nas áreas circundantes. Os cerrados arenosos do Paquistão central são o lar de chacais asiáticos, [[Hiena-riscada|hienas listradas]], [[leopardos]] e gatos-selvagens.<ref name="Flora e Fauna do Paquistão 8">{{Citar web | url = https://www.wwfpak.org/404error/ | arquivourl = https://web.archive.org/web/20060915012052/http://www.wwfpak.org/images/listmammalsofpakistan.xls | titulo = Sheet 1 | publicado = WWF | obra = | arquivodata = 15 de setembro de 2006 | lingua = inglês | formato = }}</ref><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 9">{{Citar web | url = https://www.britannica.com/place/Pakistan | titulo = Pakistan | publicado = Encyclopædia Britannica | obra = | acessodata = 10 de abril de 2021 | lingua = inglês | formato = }}</ref> A falta de cobertura vegetal, o clima severo e o impacto do pastoreio nos desertos deixaram os animais silvestres em situação precária. O [[Gazella bennettii|chinkara]] é o único animal que ainda pode ser encontrado em números significativos no [[Deserto de Cholistão]]. Um pequeno número de [[Boselaphus tragocamelus|nilgai]] é encontrado ao longo da fronteira Paquistão-Índia e em algumas partes do Cholistão. Uma grande variedade de animais vivem no norte montanhoso, incluindo o [[urial]] (uma subespécie de ovelha selvagem), a [[Capra falconeri|cabra markhor]], a [[Íbex|cabra ibex]], o [[urso-negro-asiático]] e o [[urso-pardo-do-Himalaia]].<ref name="Flora e Fauna do Paquistão 10">{{Citar web | url = https://www.wwfpak.org/404error/ | arquivourl = https://web.archive.org/web/20111228142518/http://wwfpak.org/species/index.php | titulo = Species | publicado = WWF | obra = | arquivodata = 14 de fevereiro de 2010 | lingua = inglês | formato = }}</ref><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 11">{{Citar web | url = https://www.wcs.org/our-work/places/asia | titulo = Pakistan | publicado = Wildlife Conservation Society | obra = | acessodata = 10 de abril de 2021 | lingua = inglês | formato = }}</ref> Entre os animais raros encontrados na área estão o [[leopardo-das-neves]] e o [[Golfinho-do-ganges|golfinho-de-rio-do-sul-da-ásia]], dos quais se acredita que restem cerca de 1 100 animais protegidos na Reserva de Golfinhos do Rio Indo em Sinde. No total, 174 mamíferos, 177 répteis, 22 anfíbios, 198 espécies de peixes de água doce e 5 000 espécies de invertebrados (incluindo insetos) estão registrados no Paquistão.<ref name="Flora e Fauna do Paquistão 4" /><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 5" /> |
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A flora e a fauna do país sofrem de vários problemas. O Paquistão tem a segunda maior taxa de desmatamento do mundo, o que, junto com a caça e a poluição, tem efeitos adversos no ecossistema. A nação teve uma pontuação média no [[Índice de Integridade da Paisagem Florestal]] em 2019 de 7,42/10, classificando-o em 41º globalmente entre 172 países. O governo estabeleceu um grande número de áreas protegidas, santuários de vida selvagem e reservas de caça para resolver esses problemas.<ref name="Flora e Fauna do Paquistão 4" /><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 5" /><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 7">{{Citar web | url = https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7723057/ | titulo = Anthropogenic modification of forests means only 40% of remaining forests have high ecosystem integrity | publicado = Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos | obra = | data = 8 de dezembro de 2008 | lingua = inglês | formato = }}</ref> |
A flora e a fauna do país sofrem de vários problemas. O Paquistão tem a segunda maior taxa de desmatamento do mundo, o que, junto com a caça e a poluição, tem efeitos adversos no ecossistema. A nação teve uma pontuação média no [[Índice de Integridade da Paisagem Florestal]] em 2019 de 7,42/10, classificando-o em 41º globalmente entre 172 países. O governo estabeleceu um grande número de áreas protegidas, santuários de vida selvagem e reservas de caça para resolver esses problemas.<ref name="Flora e Fauna do Paquistão 4" /><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 5" /><ref name="Flora e Fauna do Paquistão 7">{{Citar web | url = https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7723057/ | titulo = Anthropogenic modification of forests means only 40% of remaining forests have high ecosystem integrity | publicado = Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos | obra = | data = 8 de dezembro de 2008 | lingua = inglês | formato = }}</ref> |
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{{Vertambém|Religião no Paquistão}} |
{{Vertambém|Religião no Paquistão}} |
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[[Imagem:Pakistan population density.png|250px|esquerda|thumb|[[Densidade populacional]] do Paquistão]] |
[[Imagem:Pakistan population density.png|250px|esquerda|thumb|[[Densidade populacional]] do Paquistão]] |
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A população estimada do Paquistão em 2017 foi de mais de 210 milhões, tornando-o sexto país mais populoso do mundo, atrás do [[Brasil]] e à frente da [[Rússia]]. Em 1951, o Paquistão tinha uma população de 34 milhões de pessoas.<ref>{{Citar web|url=https://www.fao.org/3/X6900E/x6900e0o.htm|titulo=21. Pakistan|acessodata=2022-11-15|website=www.fao.org}}</ref> A taxa de crescimento da população está agora em 1,6%.<ref>[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2002.html CIA - The World Factbook: Population growth rate]</ref> A maioria da população do sul do Paquistão |
A população estimada do Paquistão em 2017 foi de mais de 210 milhões, tornando-o sexto país mais populoso do mundo, atrás do [[Brasil]] e à frente da [[Rússia]]. Em 1951, o Paquistão tinha uma população de 34 milhões de pessoas.<ref>{{Citar web|url=https://www.fao.org/3/X6900E/x6900e0o.htm|titulo=21. Pakistan|acessodata=2022-11-15|website=www.fao.org}}</ref> A taxa de crescimento da população está agora em 1,6%.<ref>[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2002.html CIA - The World Factbook: Population growth rate]</ref> A maioria da população do sul do Paquistão vive ao longo do [[rio Indo]]. Pelo tamanho de população, [[Carachi]] é a maior cidade do Paquistão.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.npr.org/2008/06/02/91009748/series-overview-the-urban-frontier-karachi |titulo=Series Overview: The Urban Frontier — Karachi |data=2008-06-02 |acessodata=2022-11-15 |jornal=NPR |ultimo=N |ultimo2=P |lingua=en |ultimo3=R}}</ref> Na metade norte, a maioria da população vive em um arco formado pelas cidades de [[Laore]], [[Faiçalabade]], [[Raualpindi]], [[Islamabade]], [[Gujranwala]], [[Sialkot]], [[Gujrat]], [[Jelum]], [[Sargodha]] e [[Sheikhupura]]. Cerca de 20% da população vive abaixo da linha de pobreza internacional US$ 1,25 por dia.<ref>[http://hdr.undp.org/en/media/HDI_2008_EN_Tables.pdf ''Índices de Desenvolvimento Humano''], Table 3: Human and income poverty, p. 35. Página visitada em 01 de junho de 2009</ref> |
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A expectativa de vida ao nascer é de 63 anos para mulheres e 62 anos para os homens em 2006<ref name="who.int">{{citar web|url=http://www.who.int/countries/pak/en/|título=WHO | Pakistan|publicadopor=Who.int|data=30 de março de 2009|acessodata=2 de janeiro de 2010}}</ref> em comparação com a expectativa de vida saudáveis ao nascer, que foi de 54 anos para os homens e 52 anos para as mulheres em 2003.<ref name="who.int"/> Despesas com saúde foi de 2% do PIB em 2006.<ref name="who.int"/> A taxa de mortalidade inferior a 5 foi de 97 por {{Fmtn|1000}} nascidos vivos em 2006.<ref name="who.int"/> Durante 1990-2003, o Paquistão manteve uma liderança histórica como o país mais urbanizado do [[Sul da Ásia]], com os moradores da cidade, perfazendo 36% da sua população.<ref>{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/pk.html|título=The world factbook|publicadopor=[[CIA]]|acessodata=15 de janeiro de 2010}}</ref> Além disso, 50% dos paquistaneses agora residem nas cidades de {{Fmtn|5000}} pessoas ou mais.<ref>{{citar jornal|url=http://www.guardian.co.uk/world/2008/aug/17/pakistan|obra=The Guardian|local=London|título=Pakistan looks to life without the general|primeiro =Jason|último =Burke|data=17 de agosto de 2008|acessodata=20 de maio de 2010}}</ref> |
A expectativa de vida ao nascer é de 63 anos para mulheres e 62 anos para os homens em 2006<ref name="who.int">{{citar web|url=http://www.who.int/countries/pak/en/|título=WHO | Pakistan|publicadopor=Who.int|data=30 de março de 2009|acessodata=2 de janeiro de 2010}}</ref> em comparação com a expectativa de vida saudáveis ao nascer, que foi de 54 anos para os homens e 52 anos para as mulheres em 2003.<ref name="who.int"/> Despesas com saúde foi de 2% do PIB em 2006.<ref name="who.int"/> A taxa de mortalidade inferior a 5 foi de 97 por {{Fmtn|1000}} nascidos vivos em 2006.<ref name="who.int"/> Durante 1990-2003, o Paquistão manteve uma liderança histórica como o país mais urbanizado do [[Sul da Ásia]], com os moradores da cidade, perfazendo 36% da sua população.<ref>{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/pk.html|título=The world factbook|publicadopor=[[CIA]]|acessodata=15 de janeiro de 2010}}</ref> Além disso, 50% dos paquistaneses agora residem nas cidades de {{Fmtn|5000}} pessoas ou mais.<ref>{{citar jornal|url=http://www.guardian.co.uk/world/2008/aug/17/pakistan|obra=The Guardian|local=London|título=Pakistan looks to life without the general|primeiro =Jason|último =Burke|data=17 de agosto de 2008|acessodata=20 de maio de 2010}}</ref> |
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A [[população]] do Paquistão é estimada em 180 milhões em 2012, a [[Lista de países por população|sexta maior do mundo]], logo após a do [[Brasil]]. Prevê-se que a população paquistanesa ultrapasse a brasileira em número por volta de 2020, devido à alta taxa de [[crescimento populacional]]. Apesar das dificuldades inerentes à baixa exatidão do [[Censo demográfico|censo]] e das pesquisas relativas à [[taxa de fertilidade]], os demógrafos |
A [[população]] do Paquistão é estimada em 180 milhões em 2012, a [[Lista de países por população|sexta maior do mundo]], logo após a do [[Brasil]]. Prevê-se que a população paquistanesa ultrapasse a brasileira em número por volta de 2020, devido à alta taxa de [[crescimento populacional]]. Apesar das dificuldades inerentes à baixa exatidão do [[Censo demográfico|censo]] e das pesquisas relativas à [[taxa de fertilidade]], os demógrafos creem que o crescimento populacional atingiu o auge na [[década de 1980]], reduzindo-se consideravelmente desde então.<ref name="population">{{Citar web |url=http://www.gfeeney.com/pubs/2003-pakistan-fertility-2/2003-pakistan-fertility-2.pdf |titulo=Feeney and Alam, 2003 |acessodata=2008-02-21 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080226204312/http://www.gfeeney.com/pubs/2003-pakistan-fertility-2/2003-pakistan-fertility-2.pdf |arquivodata=2008-02-26 |urlmorta=yes }}</ref> Para uma população estimada em 162 400 000 habitantes em 1 de julho de 2005,<ref name="prb">[http://www.prb.org/pdf05/05WorldDataSheet_Eng.pdf Population Reference Bureau's 2005 World Data Sheet]</ref> a taxa de fertilidade era de 34 por mil, a [[taxa de mortalidade]] era de 10 por mil e o [[crescimento vegetativo]], de 2,4%. A [[taxa de mortalidade infantil]] é alta, da ordem de 70 por mil nascimentos.<ref name="US Census Bureau 2">{{citar web|url=http://www.census.gov/ipc/www/idbprint.html|título=International Data Base|obra=U.S. Census Bureau|acessodata=17 de outubro de 2006|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110103032014/http://www.census.gov/ipc/www/idbprint.html|arquivodata=2011-01-03|urlmorta=yes}}</ref> |
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Os principais [[etnia|grupos étnicos]] do país são os [[panjabis]] (44,68% da população), os [[pastós]] (15,42%), os [[sindis]] (14,1%), os ''seraikis'' (10,53%), os ''muhajires'' (7,57%), os [[balúchis]] (3,57%) e outros (4,66%). Em novembro de 2007, cerca de 2 milhões de [[refugiado]]s [[afegãos]] continuavam registrados no Paquistão, devido à guerra e à instabilidade no [[Afeganistão]].<ref>Pajhwok Afghan News, [http://www.pajhwok.com/viewstory.asp?lng=eng&id=44975 ''UNHCR hails Pakistan as an important partner (Nov. 3, 2007)'']</ref> |
Os principais [[etnia|grupos étnicos]] do país são os [[panjabis]] (44,68% da população), os [[pastós]] (15,42%), os [[sindis]] (14,1%), os ''seraikis'' (10,53%), os ''muhajires'' (7,57%), os [[balúchis]] (3,57%) e outros (4,66%). Em novembro de 2007, cerca de 2 milhões de [[refugiado]]s [[afegãos]] continuavam registrados no Paquistão, devido à guerra e à instabilidade no [[Afeganistão]].<ref>Pajhwok Afghan News, [http://www.pajhwok.com/viewstory.asp?lng=eng&id=44975 ''UNHCR hails Pakistan as an important partner (Nov. 3, 2007)'']</ref> |
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O seu [[Lista de países por IDH ajustado à desigualdade|Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade]] (IDHAD) (dados referentes a |
O seu [[Lista de países por IDH ajustado à desigualdade|Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade]] (IDHAD) (dados referentes a 2019, publicados em 2020) é de 0,384.<ref name="Não-nomeado-xXEB-1"/> |
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=== Religião === |
=== Religião === |
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[[Imagem:Faisal_Masjid_on_27th_Ramadan.jpg|thumb|[[Mesquita Faisal]], a maior do país, localizada em [[ |
[[Imagem:Faisal_Masjid_on_27th_Ramadan.jpg|thumb|[[Mesquita Faisal]], a maior do país, localizada em [[Islamabade]]]] |
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O censo mais recente realizado pelo ''Pakistan Bureau of Statistics (PBS)'' (Agência Paquistanesa de Estatísticas), de 1998, indicava que, aproximadamente, 96,28% da população do Paquistão era [[Islão|muçulmana]].<ref>{{citar web|url=http://www.pbs.gov.pk/sites/default/files//tables/POPULATION%20BY%20RELIGION.pdf|título=population by Religion|publicado=Pakistan Bureau of Statistics|acessodata=22 de março de 2017}}</ref> No entanto, existem pequenos grupos religiosos não muçulmanos: [[cristão]]s, [[Hinduísmo|hindus]], [[Siquismo|siques]], [[Budismo|budistas]], [[Zoroastrismo|zoroastristas]], [[Fé Bahá'í|bahá'ístas]], [[Animismo|animistas]] e outros, totalizando 2% da população. A maioria dos muçulmanos eram [[Sunismo|sunitas]], estimando-se que os [[Xiismo|xiitas]] representariam entre 10 e 20% da população.<ref>{{Citar web|url=http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2007/90233.htm|titulo=International Religious Freedom Report 2007 - Pakistan|acessodata=2010-07-28|ano=2007|obra=www.state.gov|publicado=Bureau of Democracy, Human Rights and Labor, [[Departamento de Estado dos Estados Unidos]]|língua=en}}</ref> Metade da população do país é adepta da corrente mística do Islã, o [[sufismo]]. |
O censo mais recente realizado pelo ''Pakistan Bureau of Statistics (PBS)'' (Agência Paquistanesa de Estatísticas), de 1998, indicava que, aproximadamente, 96,28% da população do Paquistão era [[Islão|muçulmana]].<ref>{{citar web|url=http://www.pbs.gov.pk/sites/default/files//tables/POPULATION%20BY%20RELIGION.pdf|título=population by Religion|publicado=Pakistan Bureau of Statistics|acessodata=22 de março de 2017}}</ref> No entanto, existem pequenos grupos religiosos não muçulmanos: [[cristão]]s, [[Hinduísmo|hindus]], [[Siquismo|siques]], [[Budismo|budistas]], [[Zoroastrismo|zoroastristas]], [[Fé Bahá'í|bahá'ístas]], [[Animismo|animistas]] e outros, totalizando 2% da população. A maioria dos muçulmanos eram [[Sunismo|sunitas]], estimando-se que os [[Xiismo|xiitas]] representariam entre 10 e 20% da população.<ref>{{Citar web|url=http://www.state.gov/g/drl/rls/irf/2007/90233.htm|titulo=International Religious Freedom Report 2007 - Pakistan|acessodata=2010-07-28|ano=2007|obra=www.state.gov|publicado=Bureau of Democracy, Human Rights and Labor, [[Departamento de Estado dos Estados Unidos]]|língua=en}}</ref> Metade da população do país é adepta da corrente mística do Islã, o [[sufismo]]. |
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=== Idiomas === |
=== Idiomas === |
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O Paquistão é um país [[multilíngue]] com mais de sessenta línguas sendo faladas. O [[Língua inglesa|inglês]] é a [[língua oficial]] do Paquistão, e utilizado em missão oficial, do governo e contratos legais,<ref name="ciafactbook"/> e |
O Paquistão é um país [[multilíngue]] com mais de sessenta línguas sendo faladas. O [[Língua inglesa|inglês]] é a [[língua oficial]] do Paquistão, e utilizado em missão oficial, do governo e contratos legais,<ref name="ciafactbook"/> e [[Língua panjabi|panjabi]] tem uma pluralidade de falantes nativos, Urdu é a [[língua franca]] e língua nacional do Paquistão. O panjabi é a língua da província de [[Panjabe (Paquistão)|Panjabe]]. [[Língua saraiki|saraiki]] também é falado na área maior da província de Panjabe. O [[Língua pastó|pastó]] é a língua da província de [[Khyber Pakhtunkhwa|Caiber Paquetuncuá]]. O [[Língua sindi|sindi]] é a língua da província de [[Sinde]] e [[Língua balúchi|balúchi]] é a língua da província de [[Baluchistão (Paquistão)|Baluchistão]].<ref>{{citar web|url=http://www.pakistans.com/pakistan/language/|título=Languages of Pakistan|acessodata=17 de março de 2009}}</ref> |
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A [[língua materna]] em geral corresponde ao grupo étnico no país. Apesar de ser a língua materna de uma minoria, o [[urdu]] é o idioma nacional e a língua franca do Paquistão, enquanto |
A [[língua materna]] em geral corresponde ao grupo étnico no país. Apesar de ser a língua materna de uma minoria, o [[Língua urdu|urdu]] é o idioma nacional e a língua franca do Paquistão, enquanto o [[língua inglesa|inglês]] é a [[língua oficial]], usada na [[constituição]] e amplamente empregada nos negócios e nas universidades pela elite urbana culta. O panjabi é falado por mais de 60 milhões de pessoas, mas não goza de reconhecimento oficial no país.<ref name="Punjabi">{{Citar web|url=https://www.ethnologue.com/language/pnb|titulo=Punjabi, Western|acessodata=2022-11-15|website=Ethnologue|lingua=en}}</ref> |
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=== Cidades mais populosas === |
=== Cidades mais populosas === |
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== Governo e política == |
== Governo e política == |
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[[Imagem:Parliament House, Islamabad by Usman Ghani.jpg|thumb|Sede do [[Parlamento do Paquistão]], em [[ |
[[Imagem:Parliament House, Islamabad by Usman Ghani.jpg|thumb|Sede do [[Parlamento do Paquistão]], em [[Islamabade]]]] |
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[[Imagem:A_night_side_view_of_Prime_Minister's_Secretariat_Building.jpg|thumb|Residência oficial do [[primeiro-ministro do Paquistão]]]] |
[[Imagem:A_night_side_view_of_Prime_Minister's_Secretariat_Building.jpg|thumb|Residência oficial do [[primeiro-ministro do Paquistão]]]] |
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{{Artigo principal|Política do Paquistão}} |
{{Artigo principal|Política do Paquistão}} |
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Nas eleições gerais de outubro de 2002, a Liga Muçulmana do Paquistão ganhou a maioria dos assentos da Assembleia Nacional, seguido por uma facção do PPP, os Parlamentares do Partido do Povo Paquistanês (PPPP). Zafarullah Khan Jamali, da Liga Muçulmana, tornou-se primeiro-ministro, mas renunciou em 26 de junho de 2004 e foi substituído interinamente por Chaudhry Shujaat Hussain. Em 28 de agosto de 2004, a Assembleia Nacional elegeu Shaukat Aziz, até então o ministro da Fazenda, como primeiro-ministro. A ''Muttahida Majlis-e-Amal'', uma coalizão de partidos religiosos islâmicos, venceu eleições na [[província da Fronteira Noroeste]], ampliando sua bancada na Assembleia Nacional. |
Nas eleições gerais de outubro de 2002, a Liga Muçulmana do Paquistão ganhou a maioria dos assentos da Assembleia Nacional, seguido por uma facção do PPP, os Parlamentares do Partido do Povo Paquistanês (PPPP). Zafarullah Khan Jamali, da Liga Muçulmana, tornou-se primeiro-ministro, mas renunciou em 26 de junho de 2004 e foi substituído interinamente por Chaudhry Shujaat Hussain. Em 28 de agosto de 2004, a Assembleia Nacional elegeu Shaukat Aziz, até então o ministro da Fazenda, como primeiro-ministro. A ''Muttahida Majlis-e-Amal'', uma coalizão de partidos religiosos islâmicos, venceu eleições na [[província da Fronteira Noroeste]], ampliando sua bancada na Assembleia Nacional. |
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Em 3 de novembro de 2007, o Presidente [[Pervez Musharraf]] declarou estado de emergência e suspendeu a constituição. Chefes políticos da oposição foram colocados em prisão domiciliar e o presidente da Suprema Corte foi substituído. Em resposta, a [[Comunidade Britânica de Nações]] suspendeu a participação do país em suas deliberações. Depois de eleições em |
Em 3 de novembro de 2007, o Presidente [[Pervez Musharraf]] declarou estado de emergência e suspendeu a constituição. Chefes políticos da oposição foram colocados em prisão domiciliar e o presidente da Suprema Corte foi substituído. Em resposta, a [[Comunidade Britânica de Nações]] suspendeu a participação do país em suas deliberações. Depois de eleições em fevereiro de 2008, a ''[[Commonwealth]]'' retirou a suspensão.<ref>{{Citar web |url=http://www.thecommonwealth.org/news/34580/34581/179063/120508cmag.htm |titulo=Cópia arquivada |acessodata=2008-08-16 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120120014337/http://thecommonwealth.org/news/34580/34581/179063/120508cmag.htm |arquivodata=2012-01-20 |urlmorta=yes }}</ref> |
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=== Relações exteriores === |
=== Relações exteriores === |
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Embora o Paquistão tenha sido criado sob princípios [[democracia|democráticos]], como [[liberdade de expressão]], [[Liberdade religiosa|de religião]] e [[liberdade de imprensa|de imprensa]], [[Golpes de Estado no Paquistão|golpes militares]] no país são comuns e, desde a independência, ele foi governado por [[ditador]]es militares que se declaram presidentes. As eleições gerais paquistanesas de 2013 foram as primeiras eleições no país onde houve uma transferência constitucional de poder de um governo civil para outro.<ref name="hrwreport2014"/> As eleições paquistanesas, apesar de serem parcialmente livres, estão repletas de irregularidades, como, entre outras, compra de voto, uso de ameaças e coerção, discriminação entre muçulmanos e não muçulmanos e muitas outras violações.<ref name="hrwreport2014">{{citar livro|título=World Report 2014|url=https://www.hrw.org/sites/default/files/wr2014_web_0.pdf|ano=2011|publicado=Human Rights Watch|páginas=366–372.}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.hrw.org/news/2008/02/10/pakistan-election-commission-not-impartial|título=Pakistan: Election Commission Not Impartial – Human Rights Watch|publicado=|acessodata=6 de março de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://tribune.com.pk/story/706933/may-11-elections-a-year-after-polls-tribunals-wade-through-complaints/|título=May 11 elections: A year after polls, tribunals wade through complaints|obra=The Express Tribune|acessodata=6 de março de 2015}}</ref> Além disso, o governo local admitiu em várias ocasiões que não tem absolutamente nenhum controle sobre o [[Exército do Paquistão|Exército]] e as agências de segurança relacionadas.<ref>{{citar web|url=http://fpc.org.uk/articles/460 |título=Pakistan's government plays second fiddle to the army|primeiro =Ella|último =Rolfe|publicado=The Foreign Policy Center|acessodata=30 de junho de 2014}}</ref><ref name="foreignaffairs.com">{{citar web|url=http://www.foreignaffairs.com/articles/67742/aqil-shah/getting-the-military-out-of-pakistani-politics|título=Getting the Military Out of Pakistani Politics|publicado=|acessodata=6 de março de 2015}}</ref> Em 2010, a ''[[Foreign Policy]]'' classificou o Paquistão como o número 10º [[Estado falido]] do mundo, colocando-o na categoria "crítica" ao lado de outros países como [[Afeganistão]], [[República Democrática do Congo]] e [[Somália]].<ref name="foreignaffairs.com"/><ref name="foreignpolicy.com">{{citar web|url=https://foreignpolicy.com/failed_states_index_2012_interactive|título=The 2012 Failed States Index – Interactive Map and Rankings|obra=Foreign Policy|acessodata=6 de março de 2015}}</ref> |
Embora o Paquistão tenha sido criado sob princípios [[democracia|democráticos]], como [[liberdade de expressão]], [[Liberdade religiosa|de religião]] e [[liberdade de imprensa|de imprensa]], [[Golpes de Estado no Paquistão|golpes militares]] no país são comuns e, desde a independência, ele foi governado por [[ditador]]es militares que se declaram presidentes. As eleições gerais paquistanesas de 2013 foram as primeiras eleições no país onde houve uma transferência constitucional de poder de um governo civil para outro.<ref name="hrwreport2014"/> As eleições paquistanesas, apesar de serem parcialmente livres, estão repletas de irregularidades, como, entre outras, compra de voto, uso de ameaças e coerção, discriminação entre muçulmanos e não muçulmanos e muitas outras violações.<ref name="hrwreport2014">{{citar livro|título=World Report 2014|url=https://www.hrw.org/sites/default/files/wr2014_web_0.pdf|ano=2011|publicado=Human Rights Watch|páginas=366–372.}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.hrw.org/news/2008/02/10/pakistan-election-commission-not-impartial|título=Pakistan: Election Commission Not Impartial – Human Rights Watch|publicado=|acessodata=6 de março de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://tribune.com.pk/story/706933/may-11-elections-a-year-after-polls-tribunals-wade-through-complaints/|título=May 11 elections: A year after polls, tribunals wade through complaints|obra=The Express Tribune|acessodata=6 de março de 2015}}</ref> Além disso, o governo local admitiu em várias ocasiões que não tem absolutamente nenhum controle sobre o [[Exército do Paquistão|Exército]] e as agências de segurança relacionadas.<ref>{{citar web|url=http://fpc.org.uk/articles/460 |título=Pakistan's government plays second fiddle to the army|primeiro =Ella|último =Rolfe|publicado=The Foreign Policy Center|acessodata=30 de junho de 2014}}</ref><ref name="foreignaffairs.com">{{citar web|url=http://www.foreignaffairs.com/articles/67742/aqil-shah/getting-the-military-out-of-pakistani-politics|título=Getting the Military Out of Pakistani Politics|publicado=|acessodata=6 de março de 2015}}</ref> Em 2010, a ''[[Foreign Policy]]'' classificou o Paquistão como o número 10º [[Estado falido]] do mundo, colocando-o na categoria "crítica" ao lado de outros países como [[Afeganistão]], [[República Democrática do Congo]] e [[Somália]].<ref name="foreignaffairs.com"/><ref name="foreignpolicy.com">{{citar web|url=https://foreignpolicy.com/failed_states_index_2012_interactive|título=The 2012 Failed States Index – Interactive Map and Rankings|obra=Foreign Policy|acessodata=6 de março de 2015}}</ref> |
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Em geral, a [[liberdade de imprensa]] é permitida, mas todos os relatórios críticos da política do governo ou dos militares são [[censura]]dos. Os jornalistas enfrentam ameaças e violências generalizadas, sendo que o Paquistão é um dos piores países para ser [[jornalista]], com um total de 61 mortos desde setembro de 2001 e pelo menos 6 assassinados em 2013.<ref name="newspkpress">{{citar web|url=http://www.thenews.com.pk/Todays-News-2-231030-Pakistan-and-Mexico-worst-places-for-journalists-Columbia-Dean|título=Pakistan and Mexico worst places for journalists: Columbia Dean|data=7 de fevereiro de 2014|obra=The News International, Pakistan|acessodata=6 de março de 2015}}</ref><ref name="RSF2014">{{citar livro|título=Press Freedom Index 2014|url=https://rsf.org/en/ranking/2014|ano=2014|publicado=Reporters without Borders|acessodata=2017-07-18|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140214120404/http://rsf.org/index2014/en-index2014.php|arquivodata=2014-02-14|urlmorta=yes}}</ref><ref name="freedomhouse2013">{{citar web|url=http://www.freedomhouse.org/report/freedom-press/2013/pakistan#.U6_wy7Ffx9w |título=Archived copy |acessodata=29 de junho de 2014 |urlmorta= não|arquivourl=http://webarchive.loc.gov/all/20151116084513/https://freedomhouse.org/report/freedom-press/2013/pakistan |arquivodata=2015-11-16 |df= }}</ref> As estações de TV e os jornais são rotineiramente fechados pela de reportagens críticas ao governo ou às forças armadas.<ref>{{citar web|url=http://www.economist.com/news/asia/21602763-army-mullahs-and-imran-khan-try-close-popular-television-station-assailed-all|título=Media freedom in Pakistan: Assailed from all sides – The Economist|obra=The Economist|acessodata=6 de março de 2015}}</ref><ref name="jonboone">{{citar web|url=https://www.theguardian.com/world/2014/jun/06/pakistani-news-channel-geo-suspended-isi|título=Pakistani TV news channel ordered off air after criticising spy agency|autor =Jon Boone|obra=the Guardian|acessodata=6 de março de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/media/greenslade/2014/jun/09/press-freedom-pakistan|título=Intimidated journalists in Pakistan cannot exercise press freedom|autor =Roy Greenslade|obra=the Guardian|acessodata=6 de março de 2015}}</ref> |
Em geral, a [[liberdade de imprensa]] é permitida, mas todos os relatórios críticos da política do governo ou dos militares são [[censura]]dos. Os jornalistas enfrentam ameaças e violências generalizadas, sendo que o Paquistão é um dos piores países para ser [[jornalista]], com um total de 61 mortos desde setembro de 2001 e pelo menos 6 assassinados em 2013.<ref name="newspkpress">{{citar web|url=http://www.thenews.com.pk/Todays-News-2-231030-Pakistan-and-Mexico-worst-places-for-journalists-Columbia-Dean|título=Pakistan and Mexico worst places for journalists: Columbia Dean|data=7 de fevereiro de 2014|obra=The News International, Pakistan|acessodata=6 de março de 2015}}</ref><ref name="RSF2014">{{citar livro|título=Press Freedom Index 2014|url=https://rsf.org/en/ranking/2014|ano=2014|publicado=Reporters without Borders|acessodata=2017-07-18|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140214120404/http://rsf.org/index2014/en-index2014.php|arquivodata=2014-02-14|urlmorta=yes}}</ref><ref name="freedomhouse2013">{{citar web|url=http://www.freedomhouse.org/report/freedom-press/2013/pakistan#.U6_wy7Ffx9w |título=Archived copy |acessodata=29 de junho de 2014 |urlmorta= não|arquivourl=http://webarchive.loc.gov/all/20151116084513/https://freedomhouse.org/report/freedom-press/2013/pakistan |arquivodata=2015-11-16 |df= }}</ref> As estações de TV e os jornais são rotineiramente fechados pela série de reportagens críticas ao governo ou às forças armadas.<ref>{{citar web|url=http://www.economist.com/news/asia/21602763-army-mullahs-and-imran-khan-try-close-popular-television-station-assailed-all|título=Media freedom in Pakistan: Assailed from all sides – The Economist|obra=The Economist|acessodata=6 de março de 2015}}</ref><ref name="jonboone">{{citar web|url=https://www.theguardian.com/world/2014/jun/06/pakistani-news-channel-geo-suspended-isi|título=Pakistani TV news channel ordered off air after criticising spy agency|autor =Jon Boone|obra=the Guardian|acessodata=6 de março de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/media/greenslade/2014/jun/09/press-freedom-pakistan|título=Intimidated journalists in Pakistan cannot exercise press freedom|autor =Roy Greenslade|obra=the Guardian|acessodata=6 de março de 2015}}</ref> |
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[[Imagem:Abdus Salam 1987.jpg|miniatura|220px|direita| Abdus Salam recebeu o Prémio [[Nobel de Física]] em 1979.]] Os não muçulmanos no Paquistão não podem ser primeiro-ministro ou presidente, mesmo que sejam cidadãos paquistaneses.<ref>{{Citar web|titulo=Non-Muslims ought to be eligible to become President, PM: Kamran Michael|url=https://tribune.com.pk/story/228680/non-muslims-ought-to-be-eligible-to-become-president-pm-kamran-michael/|obra=|data=2011-08-10|acessodata=|lingua=en-US|publicado=The Express Tribune|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Minority MPs seek constitutional amendment, demand top govt slots for non-Muslims|url=http://www.dawn.com/news/1276913|obra=DAWN|data=2016-08-11|acessodata=2019-03-24|lingua=en|primeiro=Raza|ultimo=Khan|publicado=}}</ref> A Lei de Blasfêmia do Paquistão, segundo os críticos, é usada para perseguir minorias religiosas e aproveitada também para vinganças pessoais".<ref>{{Citar periódico|ultimo=Hanif|primeiro=Mohammed|data=2012-09-05|titulo=How to commit blasphemy in Pakistan|url=https://www.theguardian.com/world/2012/sep/05/pakistans-blasphemy-laws-colossal-absurdity|jornal=The Guardian|lingua=en-GB|issn=0261-3077}}</ref> Os muçulmanos [[Comunidade Ahmadi|Ahmadi]] são sujeitos a perseguições e discriminação significativas e são considerados "não muçulmanos".<ref>{{citar livro|título=Basu, Subho (2010). Riaz, Ali, ed. Religion and Politics in South Asia|ultimo=Basu|primeiro=Subho|editora=Routledge|ano=2010|páginas=121}}</ref> Todas as minorias religiosas sofrem ataquesː cristãos, hindus, Ahmadi, Xiitas, Sufistas e Sikhs. Esses ataques são geralmente atribuídos a extremistas religiosos, mas algumas leis do Código Penal do Paquistão e a inação do governo só fizeram com que esses ataques aumentassem.<ref>{{Citar web|titulo=Timeline: Persecution of religious minorities|url=http://www.dawn.com/news/761507|data=2012-11-04|acessodata=|lingua=en|ultimo=|publicado=Dawn|primeiro=}}</ref> O epitáfio do cientista [[Abdus Salam]], muçulmano [[ahmadi]], falecido em 1996 e sepultado no Paquistão, inicialmente dizia: "Primeiro Prêmio Nobel Muçulmano". O governo paquistanês removeu "muçulmano" e deixou apenas seu nome na lápide. É a única nação a declarar oficialmente que os Ahmadis não são muçulmanos.<ref>{{Citar web|titulo=PAKISTAN: Is Dr. Abdus Salam - a Nobel Laureate or persona non grata?|url=http://www.humanrights.asia/news/ahrc-news/AHRC-ART-128-2012/|obra=Asian Human Rights Commission|acessodata=2019-03-25|lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Wilkinson|primeiro=Isambard|data=2007-12-25|titulo=Pakistan clerics persecute 'non Muslims'|url=https://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/1573619/Pakistan-clerics-persecute-non-Muslims.html|lingua=en-GB|issn=0307-1235}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Government of Pakistan - Law for Ahmadis|url=http://www.thepersecution.org/50years/paklaw.html|obra=www.thepersecution.org|acessodata=2019-03-25}}</ref> |
[[Imagem:Abdus Salam 1987.jpg|miniatura|220px|direita| Abdus Salam recebeu o Prémio [[Nobel de Física]] em 1979.]] Os não muçulmanos no Paquistão não podem ser primeiro-ministro ou presidente, mesmo que sejam cidadãos paquistaneses.<ref>{{Citar web|titulo=Non-Muslims ought to be eligible to become President, PM: Kamran Michael|url=https://tribune.com.pk/story/228680/non-muslims-ought-to-be-eligible-to-become-president-pm-kamran-michael/|obra=|data=2011-08-10|acessodata=|lingua=en-US|publicado=The Express Tribune|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Minority MPs seek constitutional amendment, demand top govt slots for non-Muslims|url=http://www.dawn.com/news/1276913|obra=DAWN|data=2016-08-11|acessodata=2019-03-24|lingua=en|primeiro=Raza|ultimo=Khan|publicado=}}</ref> A Lei de Blasfêmia do Paquistão, segundo os críticos, é usada para perseguir minorias religiosas e aproveitada também para vinganças pessoais".<ref>{{Citar periódico|ultimo=Hanif|primeiro=Mohammed|data=2012-09-05|titulo=How to commit blasphemy in Pakistan|url=https://www.theguardian.com/world/2012/sep/05/pakistans-blasphemy-laws-colossal-absurdity|jornal=The Guardian|lingua=en-GB|issn=0261-3077}}</ref> Os muçulmanos [[Comunidade Ahmadi|Ahmadi]] são sujeitos a perseguições e discriminação significativas e são considerados "não muçulmanos".<ref>{{citar livro|título=Basu, Subho (2010). Riaz, Ali, ed. Religion and Politics in South Asia|ultimo=Basu|primeiro=Subho|editora=Routledge|ano=2010|páginas=121}}</ref> Todas as minorias religiosas sofrem ataquesː cristãos, hindus, Ahmadi, Xiitas, Sufistas e Sikhs. Esses ataques são geralmente atribuídos a extremistas religiosos, mas algumas leis do Código Penal do Paquistão e a inação do governo só fizeram com que esses ataques aumentassem.<ref>{{Citar web|titulo=Timeline: Persecution of religious minorities|url=http://www.dawn.com/news/761507|data=2012-11-04|acessodata=|lingua=en|ultimo=|publicado=Dawn|primeiro=}}</ref> O epitáfio do cientista [[Abdus Salam]], muçulmano [[ahmadi]], falecido em 1996 e sepultado no Paquistão, inicialmente dizia: "Primeiro Prêmio Nobel Muçulmano". O governo paquistanês removeu "muçulmano" e deixou apenas seu nome na lápide. É a única nação a declarar oficialmente que os Ahmadis não são muçulmanos.<ref>{{Citar web|titulo=PAKISTAN: Is Dr. Abdus Salam - a Nobel Laureate or persona non grata?|url=http://www.humanrights.asia/news/ahrc-news/AHRC-ART-128-2012/|obra=Asian Human Rights Commission|acessodata=2019-03-25|lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Wilkinson|primeiro=Isambard|data=2007-12-25|titulo=Pakistan clerics persecute 'non Muslims'|url=https://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/1573619/Pakistan-clerics-persecute-non-Muslims.html|lingua=en-GB|issn=0307-1235}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Government of Pakistan - Law for Ahmadis|url=http://www.thepersecution.org/50years/paklaw.html|obra=www.thepersecution.org|acessodata=2019-03-25}}</ref> |
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Em 2019, o professor universitário [[Junaid Hafeez]] foi condenado à morte por blasfémia. Foi acusado de dirigir um grupo secreto no Facebook e de ter insultado Maomé e o Alcorão em 2013, encontrando-se na prisão desde essa altura. Foi também acusado de acolher [[Qaisra Shahraz]], uma famosa romancista britânica de origem paquistanesa, como oradora convidada e partilhando observações blasfemas contra o Islão durante uma palestra.O seu primeiro advogado, [[Rashid Rehman]], já tinha sido morto a tiro no seu escritório em 2014 depois de aceitar a sua defesa.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Baloch|primeiro=Shah Meer|ultimo2=Ellis-Petersen|primeiro2=Hannah|data=2019-12-21|titulo=Pakistan: outrage over death sentence for 'blasphemous' lecturer|url=https://www.theguardian.com/world/2019/dec/21/death-sentence-for-pakistani-lecturer-junaid-hafeez-in-blasphemy-case-prompts-outcry|jornal=The Observer|lingua=en-GB|issn=0029-7712}}</ref><ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=Barker|primeiro=Memphis|data=2018-07-09|titulo=Imran Khan criticised for defence of Pakistan blasphemy laws|url=https://www.theguardian.com/world/2018/jul/09/imran-kahn-accused-over-defence-of-pakistan-blasphemy-laws|jornal=The Guardian|lingua=en-GB|issn=0261-3077}}</ref> |
Em 2019, o professor universitário [[Junaid Hafeez]] foi condenado à morte por blasfémia. Foi acusado de dirigir um grupo secreto no Facebook e de ter insultado Maomé e o Alcorão em 2013, encontrando-se na prisão desde essa altura. Foi também acusado de acolher [[Qaisra Shahraz]], uma famosa romancista britânica de origem paquistanesa, como oradora convidada e partilhando observações blasfemas contra o Islão durante uma palestra. O seu primeiro advogado, [[Rashid Rehman]], já tinha sido morto a tiro no seu escritório em 2014 depois de aceitar a sua defesa.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Baloch|primeiro=Shah Meer|ultimo2=Ellis-Petersen|primeiro2=Hannah|data=2019-12-21|titulo=Pakistan: outrage over death sentence for 'blasphemous' lecturer|url=https://www.theguardian.com/world/2019/dec/21/death-sentence-for-pakistani-lecturer-junaid-hafeez-in-blasphemy-case-prompts-outcry|jornal=The Observer|lingua=en-GB|issn=0029-7712}}</ref><ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=Barker|primeiro=Memphis|data=2018-07-09|titulo=Imran Khan criticised for defence of Pakistan blasphemy laws|url=https://www.theguardian.com/world/2018/jul/09/imran-kahn-accused-over-defence-of-pakistan-blasphemy-laws|jornal=The Guardian|lingua=en-GB|issn=0261-3077}}</ref> |
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Tahir Ahmed Naseem, um cidadão americano de Illinois, foi morto a 29 de |
Tahir Ahmed Naseem, um cidadão americano de Illinois, foi morto a 29 de julho de 2020 numa sala de tribunal em [[Peshawar]]. De acordo com o Departamento de Estado dos Estados Unidos, Naseem tinha sido atraído ao Paquistão a partir da sua casa em Illinois por indivíduos que depois usaram as leis de blasfémia do Paquistão para o prender. Naseem foi atingido com 6 tiros por um jovem local de 15 anos de idade. Milhares de pessoas apoiaram o seu assassino como um herói. |
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A [[Violência de gênero|violência de género]] no Paquistão é um problema social endêmico. De acordo com um estudo realizado em 2009 pela ''[[Human Rights Watch]]'', estima-se que entre 70 e 90 por cento das mulheres e meninas no Paquistão sofreram algum tipo de abuso.<ref name="Gosselin">Cited in: {{citar livro|título=Heavy Hands: An Introduction to the Crime of Intimate and Family Violence|último=Gosselin|primeiro=Denise Kindschi|ano=2009|página=13|isbn=978-0136139034|publicado=Prentice Hall|edição=4th}}</ref> Cerca de 5 mil mulheres são mortas por ano por conta de violência de género, a qual compreende também cerca de mil mortes pelos chamados [[Crime de honra|crimes de "honra"]], sendo que milhares de outras são mutiladas ou incapacitadas.<ref>{{citar web|url=http://hbv-awareness.com/|titulo=Statistics and Data|data=|acessodata=10 de Dezembro de 2018|publicado=HBVA|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.hrw.org/news/2017/09/25/honor-killings-continue-pakistan-despite-new-law|titulo=‘Honor’ Killings Continue in Pakistan Despite New Law -Stiffer Punishments Don’t Appear to be Deterring Crimes|data=25 de Setembro de 2017|acessodata=|publicado=Human Rights Watch|ultimo=Ijaz|primeiro=Saroop}}</ref> A maioria das vítimas não tem recursos jurídicos. As autoridades responsáveis pela aplicação da lei não consideram a violência de género como um crime e geralmente se recusam a registrar quaisquer casos deste tipo. Dado os poucos abrigos de mulheres no país, as vítimas têm capacidade limitada de escapar de situações violentas.<ref name="Hansar2">{{citar livro|título=Encyclopedia of Domestic Violence|último=Hansar|primeiro=Robert D.|ano=2007|editor=Nicky Ali Jackson|página=211|isbn=978-0415969680|publicado=Routledge|edição=1st|capítulo=Cross-Cultural Examination of Domestic Violence in China and Pakistan}}</ref> |
A [[Violência de gênero|violência de género]] no Paquistão é um problema social endêmico. De acordo com um estudo realizado em 2009 pela ''[[Human Rights Watch]]'', estima-se que entre 70 e 90 por cento das mulheres e meninas no Paquistão sofreram algum tipo de abuso.<ref name="Gosselin">Cited in: {{citar livro|título=Heavy Hands: An Introduction to the Crime of Intimate and Family Violence|último=Gosselin|primeiro=Denise Kindschi|ano=2009|página=13|isbn=978-0136139034|publicado=Prentice Hall|edição=4th}}</ref> Cerca de 5 mil mulheres são mortas por ano por conta de violência de género, a qual compreende também cerca de mil mortes pelos chamados [[Crime de honra|crimes de "honra"]], sendo que milhares de outras são mutiladas ou incapacitadas.<ref>{{citar web|url=http://hbv-awareness.com/|titulo=Statistics and Data|data=|acessodata=10 de Dezembro de 2018|publicado=HBVA|ultimo=|primeiro=}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.hrw.org/news/2017/09/25/honor-killings-continue-pakistan-despite-new-law|titulo=‘Honor’ Killings Continue in Pakistan Despite New Law -Stiffer Punishments Don’t Appear to be Deterring Crimes|data=25 de Setembro de 2017|acessodata=|publicado=Human Rights Watch|ultimo=Ijaz|primeiro=Saroop}}</ref> A maioria das vítimas não tem recursos jurídicos. As autoridades responsáveis pela aplicação da lei não consideram a violência de género como um crime e geralmente se recusam a registrar quaisquer casos deste tipo. Dado os poucos abrigos de mulheres no país, as vítimas têm capacidade limitada de escapar de situações violentas.<ref name="Hansar2">{{citar livro|título=Encyclopedia of Domestic Violence|último=Hansar|primeiro=Robert D.|ano=2007|editor=Nicky Ali Jackson|página=211|isbn=978-0415969680|publicado=Routledge|edição=1st|capítulo=Cross-Cultural Examination of Domestic Violence in China and Pakistan}}</ref> |
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Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Nacional de Pesquisas da População do Paquistão (National Institute of Population Studies), com assistência de organismos internacionais, referente a 2017-18, concluiu que as mulheres do Paquistão têm pouca escolaridade, são abusadas física e mentalmente e não têm acesso a informações e serviços financeiros. Cerca de metade das mulheres pesquisadas, de idades entre 15 |
Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Nacional de Pesquisas da População do Paquistão (National Institute of Population Studies), com assistência de organismos internacionais, referente a 2017-18, concluiu que as mulheres do Paquistão têm pouca escolaridade, são abusadas física e mentalmente e não têm acesso a informações e serviços financeiros. Cerca de metade das mulheres pesquisadas, de idades entre 15 e 49 anos, são analfabetas. Apenas cerca de 17 por cento fazem parte do mercado de trabalho (contra cerca de 96 por cento no caso dos homens). É comum sofrerem violência física e sexual. A taxa de nascimentos é das mais altas do mundo, cerca de 3,6 nascimentos por mulher. As mulheres estão assim a ser solicitadas a criar uma nova geração numa sociedade que enfrenta já grande escassez de recursos. Ainda de acordo com essa pesquisa, 38% das crianças com menos de cinco anos no Paquistão sofrem de raquitismo e 23% delas estão abaixo do peso normal para a sua idade.<ref>{{citar web|url=https://www.dawn.com/news/1490345/the-damning-state-of-pakistans-women|titulo=The damning state of Pakistan's women ː Pakistani women are undereducated, physically and mentally abused and lack access to information and financial services.|data=26 de Junho de 2019|publicado=Dawn|ultimo=Younus|primeiro=Uzair}}</ref> |
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No Paquistão, muitas meninas hindus, sikhs<ref>{{Citar web |url=https://www.newindianexpress.com/thesundaystandard/2020/sep/20/sikh-girl-kidnapped-in-pakistan-allegedly-being-converted-to-islam-55th-case-in-9-monthsdsgmc-2199243.html |titulo=Sikh girl kidnapped in Pakistan, allegedly being converted to Islam; 55th case in 9 months: DSGMC |acessodata=2021-05-21 |website=The New Indian Express}}</ref> e cristãs, entre os 12 e os dezoito anos de idade, são raptadas, violadas, convertidas à força ao Islão e casadas com homens muçulmanos, no meio da apatia oficial.<ref>{{Citar web |ultimo=Javaid |primeiro=Maham |url=https://www.aljazeera.com/indepth/features/2014/08/forced-conversions-torment-pakistan-hindus-201481795524630505.html |titulo=Forced conversions torment Pakistan's Hindus |data=18 de Agosto de 2014 |website=www.aljazeera.com |publicado=}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.voanews.com/east-asia-pacific/new-law-may-help-forced-conversions-pakistani-hindu-girls |titulo=New Law May Help With Forced Conversions of Pakistani Hindu Girls {{!}} Voice of America - English |acessodata=2021-05-21 |website=www.voanews.com |lingua=en}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo=Jahangir |primeiro=Sulema |url=https://www.dawn.com/news/1548550 |titulo=Forced conversions |data=2020-04-12 |acessodata=2021-05-21 |website=DAWN.COM |lingua=en}}</ref> Segundo a [[Fundação Aurat]], cerca de mil meninas não muçulmanas são convertidas à força ao Islão no Paquistão todos os anos.<ref>{{Citar web |url=https://www.thenews.com.pk/print/51401-1000-girls-forcibly-converted-to-islam-in-pakistan-every-year |titulo=‘1,000 girls forcibly converted to Islam in Pakistan every year’ |acessodata=2021-05-21 |website=www.thenews.com.pk |lingua=en}}</ref> |
No Paquistão, muitas meninas hindus, sikhs<ref>{{Citar web |url=https://www.newindianexpress.com/thesundaystandard/2020/sep/20/sikh-girl-kidnapped-in-pakistan-allegedly-being-converted-to-islam-55th-case-in-9-monthsdsgmc-2199243.html |titulo=Sikh girl kidnapped in Pakistan, allegedly being converted to Islam; 55th case in 9 months: DSGMC |acessodata=2021-05-21 |website=The New Indian Express}}</ref> e cristãs, entre os 12 e os dezoito anos de idade, são raptadas, violadas, convertidas à força ao Islão e casadas com homens muçulmanos, no meio da apatia oficial.<ref>{{Citar web |ultimo=Javaid |primeiro=Maham |url=https://www.aljazeera.com/indepth/features/2014/08/forced-conversions-torment-pakistan-hindus-201481795524630505.html |titulo=Forced conversions torment Pakistan's Hindus |data=18 de Agosto de 2014 |website=www.aljazeera.com |publicado=}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.voanews.com/east-asia-pacific/new-law-may-help-forced-conversions-pakistani-hindu-girls |titulo=New Law May Help With Forced Conversions of Pakistani Hindu Girls {{!}} Voice of America - English |acessodata=2021-05-21 |website=www.voanews.com |lingua=en}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo=Jahangir |primeiro=Sulema |url=https://www.dawn.com/news/1548550 |titulo=Forced conversions |data=2020-04-12 |acessodata=2021-05-21 |website=DAWN.COM |lingua=en}}</ref> Segundo a [[Fundação Aurat]], cerca de mil meninas não muçulmanas são convertidas à força ao Islão no Paquistão todos os anos.<ref>{{Citar web |url=https://www.thenews.com.pk/print/51401-1000-girls-forcibly-converted-to-islam-in-pakistan-every-year |titulo=‘1,000 girls forcibly converted to Islam in Pakistan every year’ |acessodata=2021-05-21 |website=www.thenews.com.pk |lingua=en}}</ref> |
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O Paquistão é uma [[federação]]<ref name="federation">{{Citar web | url =http://www.nrb.gov.pk/constitutional_and_legal/constitution/part1.notes.html | titulo =The Constitution of the Islamic Republic of Pakistan: Part I | publicado =National Reconstruction Bureau, Government of Pakistan | acessodata =2008-02-14 | arquivourl =https://web.archive.org/web/20070911211122/http://www.nrb.gov.pk/constitutional_and_legal/constitution/part1.notes.html | arquivodata =2007-09-11 | urlmorta =yes }}</ref> com quatro províncias, um distrito federal e [[Território federal das Áreas Tribais|áreas tribais]] administradas pelo governo federal. O governo paquistanês exerce jurisdição ''de facto'' sobre partes da [[Caxemira]]ː{{nota de rodapé|A região da [[Caxemira]] é reivindicada pela Índia e pelo Paquistão. Os dois países e a China administram, separadamente, porções da região; as partes administradas pela Índia e Paquistão são separadas pela [[Linha de Controle]]. A fronteira sino-paquistanesa não é reconhecida pela Índia, que se refere à [[Caxemira Livre]] e às [[Áreas do Norte]], administradas pelo Paquistão, como "Caxemira Ocupada pelo Paquistão".}} a chamada [[Caxemira Livre (Paquistão)|Caxemira Livre]] e as [[Áreas do Norte]]. O Paquistão também reivindica o [[subdivisões da Índia|estado]] [[Índia|indiano]] de [[Jammu e Caxemira]]. |
O Paquistão é uma [[federação]]<ref name="federation">{{Citar web | url =http://www.nrb.gov.pk/constitutional_and_legal/constitution/part1.notes.html | titulo =The Constitution of the Islamic Republic of Pakistan: Part I | publicado =National Reconstruction Bureau, Government of Pakistan | acessodata =2008-02-14 | arquivourl =https://web.archive.org/web/20070911211122/http://www.nrb.gov.pk/constitutional_and_legal/constitution/part1.notes.html | arquivodata =2007-09-11 | urlmorta =yes }}</ref> com quatro províncias, um distrito federal e [[Território federal das Áreas Tribais|áreas tribais]] administradas pelo governo federal. O governo paquistanês exerce jurisdição ''de facto'' sobre partes da [[Caxemira]]ː{{nota de rodapé|A região da [[Caxemira]] é reivindicada pela Índia e pelo Paquistão. Os dois países e a China administram, separadamente, porções da região; as partes administradas pela Índia e Paquistão são separadas pela [[Linha de Controle]]. A fronteira sino-paquistanesa não é reconhecida pela Índia, que se refere à [[Caxemira Livre]] e às [[Áreas do Norte]], administradas pelo Paquistão, como "Caxemira Ocupada pelo Paquistão".}} a chamada [[Caxemira Livre (Paquistão)|Caxemira Livre]] e as [[Áreas do Norte]]. O Paquistão também reivindica o [[subdivisões da Índia|estado]] [[Índia|indiano]] de [[Jammu e Caxemira]]. |
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O terceiro nível de divisão administrativa do país é composto por distritos, subdivididos em ''tehsils'' e conselhos locais. Cada nível conta com órgãos eleitos. Atualmente há 107 distritos no Paquistão propriamente dito. As áreas tribais compreendem diversas "agências" e seis pequenas regiões de fronteira, enquanto |
O terceiro nível de divisão administrativa do país é composto por distritos, subdivididos em ''tehsils'' e conselhos locais. Cada nível conta com órgãos eleitos. Atualmente há 107 distritos no Paquistão propriamente dito. As áreas tribais compreendem diversas "agências" e seis pequenas regiões de fronteira, enquanto a Caxemira Livre é formada por sete distritos e as Áreas do Norte, por seis. |
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<li>[[Território Federal das Áreas Tribais]] |
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=== Partes da Caxemira administradas pelo Paquistão === |
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<li>[[Caxemira Livre]] (ou ''Azad Kashmir'': "azad" significa "livre" em [[língua urdu|urdu]]) |
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== Economia == |
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{{Artigo principal|Economia do Paquistão}} |
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[[Imagem:Nagan Ch Karachi.jpg|thumb|esquerda|[[Trevo rodoviário]] em [[ |
[[Imagem:Nagan Ch Karachi.jpg|thumb|esquerda|[[Trevo rodoviário]] em [[Carachi]], a maior cidade do país]] |
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[[Imagem:Ghanta_Ghar_04.JPG|thumb|esquerda|Centro comercial de [[ |
[[Imagem:Ghanta_Ghar_04.JPG|thumb|esquerda|Centro comercial de [[Faiçalabade]]]] |
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[[Imagem:Pakistan Product Exports (2019).svg|esquerda|thumb|Principais produtos de [[exportação]] do Paquistão em 2019 {{en}}.]] |
[[Imagem:Pakistan Product Exports (2019).svg|esquerda|thumb|Principais produtos de [[exportação]] do Paquistão em 2019 {{en}}.]] |
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O Paquistão é um [[país em desenvolvimento]] com um rápido [[crescimento econômico]]<ref name="gulfmedia">{{Citar web | url =http://www.gulfinthemedia.com/index.php?m=araa&lang=en&id=2126 | titulo=GCC investments in Pakistan and future trends | publicado= Gulf Research Center | data=2007-01-3 | acessodata= 2008-02-12}}</ref><ref name="mcb">{{Citar web | url =http://www.mcb.com.pk/quick_links/pdf/Quid%20Pro%20Quo%2045%20Tales%20of%20Success.pdf | titulo =Quid Pro Quo 45 – Tales of Success | publicado =Muslim Commercial Bank of Pakistan | formato =PDF | data =2007-09-19 | acessodata =2008-02-12 | arquivourl =https://web.archive.org/web/20080216025016/http://www.mcb.com.pk/quick_links/pdf/Quid%20Pro%20Quo%2045%20Tales%20of%20Success.pdf | arquivodata =2008-02-16 | urlmorta =yes }}</ref><ref name="bbcbusiness">{{Citar web | url =http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/5007680.stm | titulo= Pakistan steels itself for sell-offs | publicado =BBC News | data= 2006-06-01 | acessodata =2008-02-12}}</ref> (7% anuais por quatro anos consecutivos até 2007.<ref name="growthrate1">{{Citar web | url =http://www.dailytimes.com.pk/default.asp?paginas=2006\12\01\story_1-12-2006_pg5_4 |titulo=7% growth achieved in FY 05–06 | publicado= Daily Times of Pakistan | data =2006-12-01 | acessodata= 2008-02-12}}</ref><ref name="growthrate2">{{Citar web | url =http://www.pakistantimes.net/2007/06/02/business1.htm | titulo =Pakistan Economy Registers 7% Growth Rate for 4th Consecutive Year | publicado =Pakistan Times | data =2007-06-02 | acessodata =2008-02-12 | arquivourl =https://web.archive.org/web/20080224152907/http://www.pakistantimes.net/2007/06/02/business1.htm | arquivodata =2008-02-24 | urlmorta =yes }}</ref>) e um grande mercado emergente.<ref name="mscibarra">{{Citar web | url =http://www.mscibarra.com/products/indices/equity/definitions.jsp#ACWI | titulo= MSCI Regional Equity Indices | publicado =MSCI Barra | acessodata= 2008-02-12}}</ref> Apesar de ter sido um país pobre em 1947, a taxa de crescimento econômico do Paquistão foi mais alta do que a média mundial durante as quatro décadas seguintes. Embora políticas imprudentes tenham reduzido o ímpeto da economia no final dos [[anos 1990]],<ref name="econ_1990s">{{Citar web | url =http://www.pakistanstudies-aips.org/en/economy.htm | titulo =Pakistan Studies; Economy | publicado =American Institute of Pakistan Studies | acessodata =2006-11-20 | arquivourl =https://web.archive.org/web/20060810170318/http://www.pakistanstudies-aips.org/en/economy.htm | arquivodata =2006-08-10 | urlmorta =yes }}</ref> reformas econômicas recentes voltaram a acelerar o crescimento do país, em especial na área de manufaturas e de serviços financeiros. A situação cambial melhorou consideravelmente, com o acúmulo de divisas. A [[dívida externa]], estimada em cerca de USD 40 bilhões, foi reduzida nos últimos anos devido à assistência do [[FMI]] e ao auxílio financeiro dos [[Estados Unidos]]. |
O Paquistão é um [[país em desenvolvimento]] com um rápido [[crescimento econômico]]<ref name="gulfmedia">{{Citar web | url =http://www.gulfinthemedia.com/index.php?m=araa&lang=en&id=2126 | titulo=GCC investments in Pakistan and future trends | publicado= Gulf Research Center | data=2007-01-3 | acessodata= 2008-02-12}}</ref><ref name="mcb">{{Citar web | url =http://www.mcb.com.pk/quick_links/pdf/Quid%20Pro%20Quo%2045%20Tales%20of%20Success.pdf | titulo =Quid Pro Quo 45 – Tales of Success | publicado =Muslim Commercial Bank of Pakistan | formato =PDF | data =2007-09-19 | acessodata =2008-02-12 | arquivourl =https://web.archive.org/web/20080216025016/http://www.mcb.com.pk/quick_links/pdf/Quid%20Pro%20Quo%2045%20Tales%20of%20Success.pdf | arquivodata =2008-02-16 | urlmorta =yes }}</ref><ref name="bbcbusiness">{{Citar web | url =http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/5007680.stm | titulo= Pakistan steels itself for sell-offs | publicado =BBC News | data= 2006-06-01 | acessodata =2008-02-12}}</ref> (7% anuais por quatro anos consecutivos até 2007.<ref name="growthrate1">{{Citar web | url =http://www.dailytimes.com.pk/default.asp?paginas=2006\12\01\story_1-12-2006_pg5_4 |titulo=7% growth achieved in FY 05–06 | publicado= Daily Times of Pakistan | data =2006-12-01 | acessodata= 2008-02-12}}</ref><ref name="growthrate2">{{Citar web | url =http://www.pakistantimes.net/2007/06/02/business1.htm | titulo =Pakistan Economy Registers 7% Growth Rate for 4th Consecutive Year | publicado =Pakistan Times | data =2007-06-02 | acessodata =2008-02-12 | arquivourl =https://web.archive.org/web/20080224152907/http://www.pakistantimes.net/2007/06/02/business1.htm | arquivodata =2008-02-24 | urlmorta =yes }}</ref>) e um grande mercado emergente.<ref name="mscibarra">{{Citar web | url =http://www.mscibarra.com/products/indices/equity/definitions.jsp#ACWI | titulo= MSCI Regional Equity Indices | publicado =MSCI Barra | acessodata= 2008-02-12}}</ref> Apesar de ter sido um país pobre em 1947, a taxa de crescimento econômico do Paquistão foi mais alta do que a média mundial durante as quatro décadas seguintes. Embora políticas imprudentes tenham reduzido o ímpeto da economia no final dos [[anos 1990]],<ref name="econ_1990s">{{Citar web | url =http://www.pakistanstudies-aips.org/en/economy.htm | titulo =Pakistan Studies; Economy | publicado =American Institute of Pakistan Studies | acessodata =2006-11-20 | arquivourl =https://web.archive.org/web/20060810170318/http://www.pakistanstudies-aips.org/en/economy.htm | arquivodata =2006-08-10 | urlmorta =yes }}</ref> reformas econômicas recentes voltaram a acelerar o crescimento do país, em especial na área de manufaturas e de serviços financeiros. A situação cambial melhorou consideravelmente, com o acúmulo de divisas. A [[dívida externa]], estimada em cerca de USD 40 bilhões, foi reduzida nos últimos anos devido à assistência do [[FMI]] e ao auxílio financeiro dos [[Estados Unidos]]. |
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Estima-se que o [[PIB]] paquistanês ([[PPC]]) em USD 475,4 bilhões<ref name="imfdata">{{Citar web | url =http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2007/02/weodata/weorept.aspx?sy=2007&ey=2007&scsm=1&ssd=1&sort=country&ds=.&br=1&c=564&s=PPPGDP%2CPPPPC&grp=0&a=&pr.x=59&pr.y=1 | titulo =Report for Selected Countries and Subjects (PPP) | publicado= International Monetary Fund |data=outubro de 2007 | }}</ref> e a [[renda per capita]], em USD 2 942 |
Estima-se que o [[PIB]] paquistanês ([[PPC]]) em USD 475,4 bilhões<ref name="imfdata">{{Citar web | url =http://www.imf.org/external/pubs/ft/weo/2007/02/weodata/weorept.aspx?sy=2007&ey=2007&scsm=1&ssd=1&sort=country&ds=.&br=1&c=564&s=PPPGDP%2CPPPPC&grp=0&a=&pr.x=59&pr.y=1 | titulo =Report for Selected Countries and Subjects (PPP) | publicado= International Monetary Fund |data=outubro de 2007 | }}</ref> e a [[renda per capita]], em USD 2 942.<ref name="imfdata"/> A taxa de [[pobreza]] é estimada entre 23%<ref name="wbundp">{{Citar web | url =http://www.dawn.com/2006/06/20/top1.htm | titulo= WB, UNDP question poverty estimates | publicado =Dawn Group of Newspapers | data= 2006-06-20 | acessodata =2008-02-12}}</ref> e 28%.<ref name="ciapeople">{{Citar web | url =https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/pk.html#People | titulo= Pakistan: People | obra =The World Factbook | publicado= CIA | acessodata =2008-02-12}}</ref> As taxas de crescimento econômico do Paquistão têm sido altas nos últimos cinco anos terminados em 2007, mas as pressões [[inflação|inflacionárias]] e um baixa [[poupança]] nacional, dentre outros fatores, podem dificultar a manutenção desse ritmo.<ref name="JohnWall2006">{{Citar web | url =http://go.worldbank.org/5NNJSLD2B0 | titulo= Concluding Remarks at the Pakistan Development Forum 2006 |autor =John Wall | publicado= World Bank | acessodata =2008-02-12}}</ref><ref name="adb">{{Citar web | url =http://www.adb.org/Media/Articles/2006/9638-regional-GDP-table/ | titulo =Country-by-Country Growth and Forecasts | acessodata =2008-02-12 | publicado =Asian Development Bank | arquivourl =https://web.archive.org/web/20080209144656/http://www.adb.org/Media/Articles/2006/9638-regional-GDP-table/ | arquivodata =2008-02-09 | urlmorta =yes }}</ref><ref name="dtview">{{Citar web | url =http://www.dailytimes.com.pk/default.asp?paginas=2006%5C05%5C01%5Cstory_1-5-2006_pg3_5 | titulo =VIEW: Is GDP growth sustainable? | publicado= Daily Times Newspaper | data =2006-05-01 | acessodata= 2006-02-12}}</ref> |
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A estrutura da economia paquistanesa passou de uma base predominantemente [[agricultura|agrícola]] para outra fortemente ligada ao [[setor de serviços]]. A agricultura hoje responde por cerca de 20% do [[PIB]], enquanto |
A estrutura da economia paquistanesa passou de uma base predominantemente [[agricultura|agrícola]] para outra fortemente ligada ao [[setor de serviços]]. A agricultura hoje responde por cerca de 20% do [[PIB]], enquanto o setor de serviços corresponde a 53% do PIB, dos quais 30% referem-se ao [[comércio]] de [[atacado]] e de [[varejo]]. Na agricultura, em 2018, o país era um dos 5 maiores produtores mundiais de [[cana-de-açúcar]], [[algodão]] e [[manga (fruta)|manga]], um dos 10 maiores produtores do mundo de [[trigo]], [[arroz]], [[cebola]] e [[tâmara]], além de ter grandes produções de [[milho]], [[batata]], [[laranja]] e [[tangerina]], entre outros produtos.<ref>[http://www.fao.org/faostat/en/#data/QC/ Agricultura do Paquistão, pela FAO]</ref> Na [[pecuária]], o país era, em 2019, um dos 5 maiores produtores do mundo de [[cabra|leite de cabra]], um dos 10 maiores produtores do mundo de [[leite de vaca]] e um dos 20 maiores produtores do mundo de [[carne de frango]] e [[carne bovina]], entre outros. O país também foi, em 2019, o 9º maior produtor mundial de [[lã]].<ref>[http://www.fao.org/faostat/en/#data/QL/ Pecuária do Paquistão, pela FAO]</ref> As maiores exportações de produtos agropecuários processados do país em termos de valor, em 2019, foram: arroz (U$ 4,5 bilhões), [[açúcar]] (U$ 0,29 bilhões), carne bovina (U$ 0,21 bilhões), tangerina (U$ 0,14 bilhões), farinha de trigo (U$ 0,12 bilhões), batata (U$ 0,11 bilhões), manga (U$ 0,1 bilhões), [[especiaria]]s (U$ 73 milhões), tâmara (U$ 71 milhões), algodão (U$ 67 milhões), cebola (U$ 67 milhões), trigo (U$ 66 milhões), entre outros.<ref>[http://www.fao.org/faostat/en/#data/TP/ Exportações do Paquistão, pela FAO]</ref> |
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Sobre a [[mineração]], o país não tem uma extração de alto valor, mas é um dos maiores produtores do mundo de [[topázio]], [[turmalina]], [[esmeralda]], [[rubi]], [[peridoto]] e [[espinela]] e está entre os 20 maiores produtores do mundo de [[urânio]],<ref>[http://www.world-nuclear.org/info/inf23.html World Uranium Mining]</ref> [[gipsita]],<ref>[https://pubs.usgs.gov/periodicals/mcs2021/mcs2021-gypsum.pdf USGS Gypsum Production Statistics]</ref> [[grafite]]<ref>[https://pubs.usgs.gov/periodicals/mcs2021/mcs2021-graphite.pdf USGS Graphite Production Statistics]</ref> e [[sal de cozinha|sal]].<ref>[https://pubs.usgs.gov/periodicals/mcs2021/mcs2021-salt.pdf USGS Salt Production Statistics]</ref> |
Sobre a [[mineração]], o país não tem uma extração de alto valor, mas é um dos maiores produtores do mundo de [[topázio]], [[turmalina]], [[esmeralda]], [[rubi]], [[peridoto]] e [[espinela]] e está entre os 20 maiores produtores do mundo de [[urânio]],<ref>[http://www.world-nuclear.org/info/inf23.html World Uranium Mining]</ref> [[gipsita]],<ref>[https://pubs.usgs.gov/periodicals/mcs2021/mcs2021-gypsum.pdf USGS Gypsum Production Statistics]</ref> [[grafite]]<ref>[https://pubs.usgs.gov/periodicals/mcs2021/mcs2021-graphite.pdf USGS Graphite Production Statistics]</ref> e [[sal de cozinha|sal]].<ref>[https://pubs.usgs.gov/periodicals/mcs2021/mcs2021-salt.pdf USGS Salt Production Statistics]</ref> |
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[[Imagem:Shangrila Resorts.jpg|thumb|[[Shangrila Resort]], [[Skardu]]]] |
[[Imagem:Shangrila Resorts.jpg|thumb|[[Shangrila Resort]], [[Skardu]]]] |
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[[Imagem:Alamgiri Gate at Lahore Fort.jpeg|thumb|[[Forte de Lahore]]]] |
[[Imagem:Alamgiri Gate at Lahore Fort.jpeg|thumb|[[Forte de Lahore]]]] |
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Com as suas diversas culturas, pessoas e paisagens, o Paquistão atraiu cerca de 1 milhão de turistas estrangeiros em 2014, contribuindo com 94,8 bilhões de [[rupia]]s para a economia do país,<ref>{{citar web|título=Travel & Tourism – Economic Impact 2015 Pakistan|url=http://www.tourism-generis.com/_res/file/4004/49/0/Pakistan2015.pdf|publicado=World Travel & Tourism Council|acessodata=31 de março de 2017}}</ref> o que representou um declínio significativo desde a década de 1970, quando o país recebeu números sem precedentes de turistas estrangeiros devido |
Com as suas diversas culturas, pessoas e paisagens, o Paquistão atraiu cerca de 1 milhão de turistas estrangeiros em 2014, contribuindo com 94,8 bilhões de [[rupia]]s para a economia do país,<ref>{{citar web|título=Travel & Tourism – Economic Impact 2015 Pakistan|url=http://www.tourism-generis.com/_res/file/4004/49/0/Pakistan2015.pdf|publicado=World Travel & Tourism Council|acessodata=31 de março de 2017}}</ref> o que representou um declínio significativo desde a década de 1970, quando o país recebeu números sem precedentes de turistas estrangeiros devido para a popular [[Trilha hippie|trilha Hippie]]. A trilha atraiu milhares de europeus e estadunidenses nas décadas de 1960 e 1970 que viajaram por terra pela [[Turquia]] e [[Irã]] até a [[Índia]] através do Paquistão.<ref>{{citar web|url=http://www.richardgregory.org.uk/history/hippie-trail.htm|título=Richard Gregory|website=www.richardgregory.org.uk|acessodata=17 de junho de 2016}}</ref> Os principais destinos de escolha para esses turistas foram o [[Passo Khyber]], [[Pexauar]], [[Carachi]], [[Laore]], [[Suate (Paquistão)|Suate]] e [[Raualpindi]].<ref>{{citar jornal|último1 =Paracha|primeiro1 =Nadeem F.|título=Karachi: The past is another city|url=http://www.dawn.com/news/654449/karachi-the-past-is-another-city|acessodata=24 de fevereiro de 2017|obra=[[Dawn (newspaper)]]|data=25 de agosto de 2011}}</ref> A popularidade declinou após a [[Revolução Iraniana]] e da [[Guerra do Afeganistão (1979–1989)|guerra soviético-afegã]].<ref>{{citar web|url=http://www.huffingtonpost.com/christian-caryl/strange-rebels-excerpt_b_3427854.html|título=When Afghanistan Was Just a Stop on the 'Hippie Trail'|último =mag|primeiro =Christian Caryl Legatum Institute / Foreign Policy|data=12 de junho de 2013|website=The Huffington Post|acessodata=17 de junho de 2016}}</ref> |
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O país continua a atrair anualmente cerca de 500 mil turistas estrangeiros.<ref>{{citar jornal|url=http://tribune.com.pk/story/767886/number-of-foreign-tourists-in-2014-dips-by-50/|título=Number of foreign tourists in 2014 dips by 50%|data=27 de setembro de 2014|obra=[[Express Tribune]]|língua=en-US|acessodata=17 de junho de 2016}}</ref> As atrações turísticas do Paquistão variam desde os [[manguezais]] nas estações do monte sul até o [[Himalaia]] no nordeste. Os destinos turísticos do país variam das ruínas budistas de [[Takht-i-Bahi]] e [[Taxila]], até as cidades de 5 000 anos de idade da [[civilização do Vale do Indo]], como [[Moenjodaro]] e [[Harapa]].<ref>{{citar web|url=http://www.ft.com/cms/s/2/76d57272-6764-11de-925f-00144feabdc0.html|título=The road between China and Pakistan|obra=[[Financial Times]]|data=4 de julho de 2009|acessodata=27 de setembro de 2010}}</ref> O Paquistão é o lar de vários picos de montanhas com mais de 7 000 metros.<ref>{{citar jornal|título=5 Pakistani peaks that are among world's highest|url=http://nation.com.pk/entertainment/11-Dec-2015/5-pakistani-peaks-that-are-among-world-s-highest|acessodata=9 de janeiro de 2017|publicado=[[The Nation]]|data=11 de dezembro de 2015|citação=Pakistan is home to 108 peaks above 7,000 metres and probably as many peaks above 6,000 m.}}</ref> A parte norte do país tem muitas fortalezas antigas, exemplos de arquitetura antiga e os vales de [[Hunza]] e Chitral, que abriram a pequena comunidade [[animista]] pré-islâmica de [[Povo Kalash|kalasha]] que reivindica a descendência de [[Alexandre, o Grande]]. A capital cultural do Paquistão, |
O país continua a atrair anualmente cerca de 500 mil turistas estrangeiros.<ref>{{citar jornal|url=http://tribune.com.pk/story/767886/number-of-foreign-tourists-in-2014-dips-by-50/|título=Number of foreign tourists in 2014 dips by 50%|data=27 de setembro de 2014|obra=[[Express Tribune]]|língua=en-US|acessodata=17 de junho de 2016}}</ref> As atrações turísticas do Paquistão variam desde os [[manguezais]] nas estações do monte sul até o [[Himalaia]] no nordeste. Os destinos turísticos do país variam das ruínas budistas de [[Takht-i-Bahi]] e [[Taxila]], até as cidades de 5 000 anos de idade da [[civilização do Vale do Indo]], como [[Moenjodaro]] e [[Harapa]].<ref>{{citar web|url=http://www.ft.com/cms/s/2/76d57272-6764-11de-925f-00144feabdc0.html|título=The road between China and Pakistan|obra=[[Financial Times]]|data=4 de julho de 2009|acessodata=27 de setembro de 2010}}</ref> O Paquistão é o lar de vários picos de montanhas com mais de 7 000 metros.<ref>{{citar jornal|título=5 Pakistani peaks that are among world's highest|url=http://nation.com.pk/entertainment/11-Dec-2015/5-pakistani-peaks-that-are-among-world-s-highest|acessodata=9 de janeiro de 2017|publicado=[[The Nation]]|data=11 de dezembro de 2015|citação=Pakistan is home to 108 peaks above 7,000 metres and probably as many peaks above 6,000 m.}}</ref> A parte norte do país tem muitas fortalezas antigas, exemplos de arquitetura antiga e os vales de [[Hunza]] e Chitral, que abriram a pequena comunidade [[animista]] pré-islâmica de [[Povo Kalash|kalasha]] que reivindica a descendência de [[Alexandre, o Grande]]. A capital cultural do Paquistão, Laore, contém muitos exemplos da [[Império Mogol|arquitetura mogol]], como a [[Mesquita Badshahi]], os [[Jardins de Shalimar]], o [[Tumba de Jahangir]] e o [[Forte de Lahore]]. |
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Em outubro de 2006, apenas um ano após o [[Sismo de Caxemira de 2005|terremoto da Caxemira de 2005]], ''[[The Guardian]]'' lançou o que descreveu como "os cinco melhores locais turísticos no Paquistão", a fim de ajudar a indústria do turismo do país.<ref>{{citar jornal|url=https://www.theguardian.com/travel/2006/oct/17/pakistan?page=all|obra=The Guardian|local=London|título=Out of the rubble|primeiro =Antonia|último =Windsor|data=17 de outubro de 2006|acessodata=25 de maio de 2010}}</ref> Os cinco sites incluíram [[Taxila]], |
Em outubro de 2006, apenas um ano após o [[Sismo de Caxemira de 2005|terremoto da Caxemira de 2005]], ''[[The Guardian]]'' lançou o que descreveu como "os cinco melhores locais turísticos no Paquistão", a fim de ajudar a indústria do turismo do país.<ref>{{citar jornal|url=https://www.theguardian.com/travel/2006/oct/17/pakistan?page=all|obra=The Guardian|local=London|título=Out of the rubble|primeiro =Antonia|último =Windsor|data=17 de outubro de 2006|acessodata=25 de maio de 2010}}</ref> Os cinco sites incluíram [[Taxila]], Laore, [[Estrada do Caracórum]], [[Carimabade]] e [[Lago Saiful Muluk]]. Para promover o patrimônio cultural único do Paquistão, o governo organiza vários festivais ao longo do ano.<ref>{{citar web|url=http://www.tourism.gov.pk/fairs_festivals.html|título=Tourism Events in Pakistan in 2010|publicado=Tourism.gov.pk|acessodata=27 de setembro de 2010}}</ref> Em 2015, o [[Índice de Competitividade em Viagens e Turismo]] do [[Fórum Econômico Mundial]] classificou o Paquistão no 125º lugar entre 141 países.<ref>{{citar web|título=The Travel & Tourism Competitiveness Report 2015|url=http://www3.weforum.org/docs/TT15/WEF_Global_Travel&Tourism_Report_2015.pdf|publicado=[[Fórum Econômico Mundial]]|acessodata=24 de fevereiro de 2017}}</ref> |
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== Infraestrutura == |
== Infraestrutura == |
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=== Energia === |
=== Energia === |
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[[Imagem:Tarbela Dam during the 2010 floods.jpg|thumb|esquerda|[[Represa de Tarbela]], [[Khyber Pakhtunkhwa]]]] |
[[Imagem:Tarbela Dam during the 2010 floods.jpg|thumb|esquerda|[[Represa de Tarbela]], [[Khyber Pakhtunkhwa|Caiber Paquetuncuá]]]] |
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[[Imagem:Jhimpir Wind Farm 2012.jpg|thumb|esquerda|[[Parque eólico]] de Jhimpir, [[Sind]]]] |
[[Imagem:Jhimpir Wind Farm 2012.jpg|thumb|esquerda|[[Parque eólico]] de Jhimpir, [[Sind]]]] |
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Até o final de 2016, a [[energia nuclear]] era fornecida por quatro [[Central nuclear|usinas de energia nuclear]] comerciais licenciadas.<ref>{{citar jornal|título=Pakistan turns on fourth nuclear plant built with Chinese help|url=http://www.hindustantimes.com/world-news/pakistan-turns-on-fourth-nuclear-plant-built-with-chinese-help/story-fQEAtBl1kOox56k3LiAR4L.html|acessodata=9 de janeiro de 2017|publicado=[[Hindustan Times]]|data=28 de dezembro de 2016}}</ref> A Comissão de Energia Atômica do Paquistão (PAEC) é a única responsável por operar essas usinas, enquanto a Autoridade Reguladora Nuclear do Paquistão regula o uso seguro da energia nuclear.<ref>{{citar web|url=http://www.paec.gov.pk/paec-np.htm|título=Nuclear Power Generation Programme|último =(PAEC)|primeiro =Pakistan Atomic Energy Commission|autorlink =Pakistan Atomic Energy Commission|data=|publicado=PAEC|obra=Government of Pakistan|arquivourl=https://web.archive.org/web/20050209020648/http://www.paec.gov.pk/paec-np.htm|arquivodata=9 de fevereiro de 2005|acessodata=15 de janeiro de 2017}}</ref> A eletricidade gerada pelas usinas nucleares comerciais representa cerca de 5,8% da energia elétrica do país, em comparação com 64,2% dos [[combustíveis fósseis]] ([[petróleo]] bruto e [[gás natural]]), 29,9% da [[energia hidrelétrica]] e 0,1% do [[carvão]].<ref name="Express Tribune, 2014">{{citar jornal|último1 =Kazmi|primeiro1 =Zahir|título=Pakistan's energy security|url=http://tribune.com.pk/story/655573/pakistans-energy-security/|acessodata=23 de fevereiro de 2015|obra=Special report on Energy security efforts in Pakistan|agência=|publicado=Express Tribune|data=7 de janeiro de 2014}}</ref><ref name="Directorate-General for Nuclear Power Generation">{{citar web|último =Syed Yousaf|primeiro =Raza|título=Current Picture of Electrical Energy In Pakistan|url=https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:T4QW3douApsJ:www.iaea.org/INPRO/4th_Dialogue_Forum/DAY_3_01_August-ready/2._-_DG-C3-4-31-07-2012.pdf+pakistan+nuclear+power+program+2050&hl=en&gl=us&pid=bl&srcid=ADGEESjUcYBzrkzBdSSwbflDwBpLkLAkFaFROisP_jK3E3S97aqHY9tMS-It6gaYDd-q4lZP8BEuD6e4C5E91EnlkiSKIw-JbWuYsNwjNNC1f1Nxyw9D0Ib_V424k5ghsCazU80qDKfF&sig=AHIEtbRAsJSVdJ36dVxzvdggw_Xz16RLGg|obra=Pakistan Atomic Energy Commission|publicado=Directorate-General for Nuclear Power Generation|acessodata=28 de novembro de 2012|data=31 de julho de 2012}}</ref><ref name="Pakistan Observer">{{citar jornal|último =Zulfikar |primeiro =Saman |título=Pak-China energy cooperation |url=http://pakobserver.net/detailnews.asp?id=109910 |acessodata=23 de abril de 2012 |jornal=Pakistan Observer |data=23 de abril de 2012 |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130927072914/http://pakobserver.net/detailnews.asp?id=109910 |arquivodata=27 de setembro de 2013 |df= }}</ref> O Paquistão é um dos [[Países com armamento nuclear|quatro países nucleares]] (juntamente com a [[Índia]], [[Israel]] e [[Coreia do Norte]]) que não é parte do [[Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares]], mas é membro da [[Agência Internacional de Energia Atômica]].<ref name="IAEA Membership states">{{citar web|último =UN Press Release|título=IAEA Publications: Pakistan Overview|url=http://ola.iaea.org/factSheets/CountryDetails.asp?country=PK|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070612063504/http://ola.iaea.org/factSheets/CountryDetails.asp?country=PK|arquivodata=12 de junho de 2007|obra=IAEA, P.O. 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Até o final de 2016, a [[energia nuclear]] era fornecida por quatro [[Central nuclear|usinas de energia nuclear]] comerciais licenciadas.<ref>{{citar jornal|título=Pakistan turns on fourth nuclear plant built with Chinese help|url=http://www.hindustantimes.com/world-news/pakistan-turns-on-fourth-nuclear-plant-built-with-chinese-help/story-fQEAtBl1kOox56k3LiAR4L.html|acessodata=9 de janeiro de 2017|publicado=[[Hindustan Times]]|data=28 de dezembro de 2016}}</ref> A Comissão de Energia Atômica do Paquistão (PAEC) é a única responsável por operar essas usinas, enquanto a Autoridade Reguladora Nuclear do Paquistão regula o uso seguro da energia nuclear.<ref>{{citar web|url=http://www.paec.gov.pk/paec-np.htm|título=Nuclear Power Generation Programme|último =(PAEC)|primeiro =Pakistan Atomic Energy Commission|autorlink =Pakistan Atomic Energy Commission|data=|publicado=PAEC|obra=Government of Pakistan|arquivourl=https://web.archive.org/web/20050209020648/http://www.paec.gov.pk/paec-np.htm|arquivodata=9 de fevereiro de 2005|acessodata=15 de janeiro de 2017}}</ref> A eletricidade gerada pelas usinas nucleares comerciais representa cerca de 5,8% da energia elétrica do país, em comparação com 64,2% dos [[combustíveis fósseis]] ([[petróleo]] bruto e [[gás natural]]), 29,9% da [[energia hidrelétrica]] e 0,1% do [[carvão]].<ref name="Express Tribune, 2014">{{citar jornal|último1 =Kazmi|primeiro1 =Zahir|título=Pakistan's energy security|url=http://tribune.com.pk/story/655573/pakistans-energy-security/|acessodata=23 de fevereiro de 2015|obra=Special report on Energy security efforts in Pakistan|agência=|publicado=Express Tribune|data=7 de janeiro de 2014}}</ref><ref name="Directorate-General for Nuclear Power Generation">{{citar web|último =Syed Yousaf|primeiro =Raza|título=Current Picture of Electrical Energy In Pakistan|url=https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:T4QW3douApsJ:www.iaea.org/INPRO/4th_Dialogue_Forum/DAY_3_01_August-ready/2._-_DG-C3-4-31-07-2012.pdf+pakistan+nuclear+power+program+2050&hl=en&gl=us&pid=bl&srcid=ADGEESjUcYBzrkzBdSSwbflDwBpLkLAkFaFROisP_jK3E3S97aqHY9tMS-It6gaYDd-q4lZP8BEuD6e4C5E91EnlkiSKIw-JbWuYsNwjNNC1f1Nxyw9D0Ib_V424k5ghsCazU80qDKfF&sig=AHIEtbRAsJSVdJ36dVxzvdggw_Xz16RLGg|obra=Pakistan Atomic Energy Commission|publicado=Directorate-General for Nuclear Power Generation|acessodata=28 de novembro de 2012|data=31 de julho de 2012}}</ref><ref name="Pakistan Observer">{{citar jornal|último =Zulfikar |primeiro =Saman |título=Pak-China energy cooperation |url=http://pakobserver.net/detailnews.asp?id=109910 |acessodata=23 de abril de 2012 |jornal=Pakistan Observer |data=23 de abril de 2012 |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130927072914/http://pakobserver.net/detailnews.asp?id=109910 |arquivodata=27 de setembro de 2013 |df= }}</ref> O Paquistão é um dos [[Países com armamento nuclear|quatro países nucleares]] (juntamente com a [[Índia]], [[Israel]] e [[Coreia do Norte]]) que não é parte do [[Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares]], mas é membro da [[Agência Internacional de Energia Atômica]].<ref name="IAEA Membership states">{{citar web|último =UN Press Release|título=IAEA Publications: Pakistan Overview|url=http://ola.iaea.org/factSheets/CountryDetails.asp?country=PK|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070612063504/http://ola.iaea.org/factSheets/CountryDetails.asp?country=PK|arquivodata=12 de junho de 2007|obra=IAEA, P.O. 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O KANUPP-I, um [[reator nuclear]] de tipo [[Candu]], foi fornecido pelo [[Canadá]] em 1971 — a primeira usina comercial de energia nuclear do país. A cooperação nuclear sino-paquistanesa começou no início da década de 1980. Após um acordo de cooperação nuclear sino-paquistanês em 1986,<ref>{{citar web|último1 =Bartholomew|primeiro1 =Carolyn|título=Report to Congress of the U. S. -China Economic and Security Review Commission|url=https://books.google.com.pk/books?id=3ZfpbEaitBwC&pg=PA212&dq#v=onepage&q&f=false|publicado=DIANE Publishing|acessodata=30 de abril de 2017}}</ref> a [[China]] forneceu ao Paquistão um reator nuclear chamado CHASNUPP-I para o crescimento industrial e energético do país. Em 2005, os dois países propuseram trabalhar em um plano conjunto de segurança energética, exigindo um enorme aumento da capacidade de geração para mais de 160 mil MWe até 2030. Sob seu programa "Visão de Energia Nuclear 2050", o governo paquistanês planeja aumentar a capacidade de geração de energia nuclear para 40 000 MWe,<ref>{{citar jornal|título=PAEC plans 40,000MW by 2050 using environment-friendly nuclear power|url=https://www.thenews.com.pk/print/14698-paec-plans-40000mw-by-2050-using-environment-friendly-nuclear-power|acessodata=30 de abril de 2017|obra=[[The News International]]|data=17 de setembro de 2015}}</ref> 8 900 MWe até 2030.<ref>{{citar jornal|último1 =Syed|primeiro1 =Baqir Sajjad|título=8,900MW nuclear power generation planned|url=https://www.dawn.com/news/1077816|acessodata=30 de abril de 2017|obra=[[Dawn (newspaper)]]|data=2 de janeiro de 2014}}</ref> |
O KANUPP-I, um [[reator nuclear]] de tipo [[Candu]], foi fornecido pelo [[Canadá]] em 1971 — a primeira usina comercial de energia nuclear do país. A cooperação nuclear sino-paquistanesa começou no início da década de 1980. Após um acordo de cooperação nuclear sino-paquistanês em 1986,<ref>{{citar web|último1 =Bartholomew|primeiro1 =Carolyn|título=Report to Congress of the U. S. -China Economic and Security Review Commission|url=https://books.google.com.pk/books?id=3ZfpbEaitBwC&pg=PA212&dq#v=onepage&q&f=false|publicado=DIANE Publishing|acessodata=30 de abril de 2017}}</ref> a [[China]] forneceu ao Paquistão um reator nuclear chamado CHASNUPP-I para o crescimento industrial e energético do país. Em 2005, os dois países propuseram trabalhar em um plano conjunto de segurança energética, exigindo um enorme aumento da capacidade de geração para mais de 160 mil MWe até 2030. Sob seu programa "Visão de Energia Nuclear 2050", o governo paquistanês planeja aumentar a capacidade de geração de energia nuclear para 40 000 MWe,<ref>{{citar jornal|título=PAEC plans 40,000MW by 2050 using environment-friendly nuclear power|url=https://www.thenews.com.pk/print/14698-paec-plans-40000mw-by-2050-using-environment-friendly-nuclear-power|acessodata=30 de abril de 2017|obra=[[The News International]]|data=17 de setembro de 2015}}</ref> 8 900 MWe até 2030.<ref>{{citar jornal|último1 =Syed|primeiro1 =Baqir Sajjad|título=8,900MW nuclear power generation planned|url=https://www.dawn.com/news/1077816|acessodata=30 de abril de 2017|obra=[[Dawn (newspaper)]]|data=2 de janeiro de 2014}}</ref> |
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Em junho de 2008, o complexo comercial nuclear foi expandido com o trabalho de instalação e operação dos reatores Chashma-III e Chashma-IV em Chashma, na província de [[ |
Em junho de 2008, o complexo comercial nuclear foi expandido com o trabalho de instalação e operação dos reatores Chashma-III e Chashma-IV em Chashma, na província de [[Panjabe (Paquistão)|Panjabe]], cada um com 325-340 MWe ao custo de 129 bilhões de dólares, dos quais 80 bilhões vieram de fontes internacionais, principalmente a China. Um novo acordo para a ajuda da China com o projeto foi assinado em outubro de 2008 e deu destaque como contraposto ao [[Pacto nuclear entre os Estados Unidos e a Índia|acordo entre os Estados Unidos e a Índia]] que logo o precedeu. O custo cotado foi de 1,7 bilhão de dólares, com um componente de empréstimo estrangeiro de 1,07 bilhão de dólares. Em 2013, o Paquistão estabeleceu um segundo complexo nuclear comercial em Carachi com planos de reatores adicionais, semelhante ao de Chashma.<ref>{{citar jornal|último1 =Bhutta|primeiro1 =Zafar|título=Govt to kick off work on 1,100MW nuclear power plant|url=http://tribune.com.pk/story/559885/govt-to-kick-off-work-on-1100mw-nuclear-power-plant/|acessodata=19 de janeiro de 2015|agência=Express Tribune|data=7 de junho de 2013}}</ref> A energia elétrica é gerada por várias corporações de energia e distribuída uniformemente pela Autoridade Nacional de Energia Elétrica (NEPRA) entre as quatro províncias. No entanto, a K-Electric, com base em Carachi e a Water and Power Development Authority (WAPDA), gera grande parte da energia elétrica utilizada no Paquistão, além de cobrar receitas em todo o país.<ref name="energy">{{citar web|título=Power Sector Situation in Pakistan|url=http://www.rural-electrification.com/cms/upload/pdf/Pakistan-GTZ-power-sector-overview.pdf|acessodata=26 de dezembro de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110124180708/http://www.rural-electrification.com/cms/upload/pdf/Pakistan-GTZ-power-sector-overview.pdf|arquivodata=24 de janeiro de 2011|obra=Alternate Energy Development Board and GTZ|formato=PDF|ano=2005|página=1}}</ref> Em 2014, o Paquistão tem uma capacidade instalada de geração de eletricidade de cerca de 22,797 MWt.<ref name="Express Tribune, 2014" /> |
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=== Transportes === |
=== Transportes === |
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[[Imagem:M2 Motorway. Linking Islamabad with Lahore-3.jpg|thumb|Rodovia M2, que liga [[ |
[[Imagem:M2 Motorway. Linking Islamabad with Lahore-3.jpg|thumb|Rodovia M2, que liga [[Islamabade]] a [[Lahore]]]] |
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[[Imagem:PIA rendezvous-edit.jpg|thumb|[[Boeing 737]] de propriedade e operado pela [[Pakistan International Airlines]] (PIA)]] |
[[Imagem:PIA rendezvous-edit.jpg|thumb|[[Boeing 737]] de propriedade e operado pela [[Pakistan International Airlines]] (PIA)]] |
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O setor de transportes representa cerca de 10,5% do PIB do país.<ref>{{citar web|url=http://go.worldbank.org/7CYYM39VG0|título=Transportation in Pakistan|primeiro =|data=|ano=2011|website=|publicado=World Bank|autor =[[Banco Mundial]]|acessodata=12 de julho de 2017}}</ref> A infraestrutura do sistema rodoviário do Paquistão é melhor que a da [[Índia]], [[ |
O setor de transportes representa cerca de 10,5% do PIB do país.<ref>{{citar web|url=http://go.worldbank.org/7CYYM39VG0|título=Transportation in Pakistan|primeiro =|data=|ano=2011|website=|publicado=World Bank|autor =[[Banco Mundial]]|acessodata=12 de julho de 2017}}</ref> A infraestrutura do sistema rodoviário do Paquistão é melhor que a da [[Índia]], [[Bangladexe]] e [[Indonésia]], mas o sistema ferroviário está atrasado, atrás de Índia e [[China]], sendo que a infraestrutura da aviação também precisa de melhorias.<ref name="IDE-JETRO">{{citar tese|tipo=Research Paper|capítulo=Macroeconomic Performance and Infrastructure Development in India|título=Transport Infrastructure in India: Developments, Challenges and Lessons from Japan|url=http://www.ide.go.jp/English/Publish/Download/Vrf/pdf/465.pdf|autor =Pravakar Sahoo|formato=PDF|página=4|data=Março de 2011|publicado=Institute of Development Economies, Japan External Trade Organization|series=Visiting Research Fellows|acessodata=13 de junho de 2012|id=465}}</ref> Não há quase nenhum sistema de [[transporte hidroviário]] no interior e o transporte costeiro só atende às necessidades locais.<ref>{{citar web|autor =Farrukh Javed|título=Sustainable financing for the maintenance of Pakistan Highways|url=http://www.unescap.org/ttdw/Publications/TPTS_pubs/bulletin75/Bulletin75_ch5.pdf|formato=PDF|ano=2005|publicado=UNESCAP|página=2|acessodata=31 de dezembro de 2011|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070811075941/http://www.unescap.org/ttdw/Publications/TPTS_pubs/bulletin75/Bulletin75_ch5.pdf |arquivodata=11 de agosto de 2007}}</ref> |
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As estradas formam a espinha dorsal do sistema de transporte paquistanês. Com um comprimento total da estrada de 263 942 quilômetros, representa 92% do passageiro e 96% do tráfego de mercadorias no interior do país.<ref name="DSEC">{{citar web |título=Pakistan Economic Survey 2014–15 |url=http://www.finance.gov.pk/survey/chapters_15/Highlights.pdf |editor=Ministry of Finance|acessadoem=04-04-2017}}</ref> Os serviços de transporte rodoviário estão em grande parte nas mãos do setor privado. A National Highway Authority é responsável pela manutenção de rodovias e [[autoestrada]]s nacionais. O sistema rodoviário depende principalmente das ligações norte-sul que ligam os portos do sul às populosas províncias de [[ |
As estradas formam a espinha dorsal do sistema de transporte paquistanês. Com um comprimento total da estrada de 263 942 quilômetros, representa 92% do passageiro e 96% do tráfego de mercadorias no interior do país.<ref name="DSEC">{{citar web |título=Pakistan Economic Survey 2014–15 |url=http://www.finance.gov.pk/survey/chapters_15/Highlights.pdf |editor=Ministry of Finance|acessadoem=04-04-2017}}</ref> Os serviços de transporte rodoviário estão em grande parte nas mãos do setor privado. A National Highway Authority é responsável pela manutenção de rodovias e [[autoestrada]]s nacionais. O sistema rodoviário depende principalmente das ligações norte-sul que ligam os portos do sul às populosas províncias de [[Panjabe (Paquistão)|Panjabe]] e [[Khyber Pakhtunkhwa|Caiber Paquetuncuá]]. Embora esta rede represente apenas 4,59% do comprimento total da estrada,<ref name="DSEC" /> carrega 85% do tráfego do país.<ref name="pc">{{citar web|autor =Ahmed Jamal Pirzada|título=Draft: Role of Connectivity in Growth Strategy of Pakistan|url=http://www.pc.gov.pk/feg/PDFs/role%20of%20connectivity%20in%20growth%20strategy%20of%20pakistan.pdf|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120421064636/http://www.pc.gov.pk/feg/PDFs/role%20of%20connectivity%20in%20growth%20strategy%20of%20pakistan.pdf|arquivodata=21 de abril de 2012|formato=PDF|ano=2011|publicado=Planning Commission, Pakistan|páginas=4, 7, 9|acessodata=31 de dezembro de 2011}}</ref><ref name="unesep">{{citar web|título=National Highway Development Sector Investment Program|url=http://www.adb.org/Documents/RRPs/PAK/37559-PAK-RRP.pdf|formato=PDF|publicado=Asian Development Bank|ano=2005|páginas=11, 12|acessodata=31 de dezembro de 2011|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071007150953/http://www.adb.org/Documents/RRPs/PAK/37559-PAK-RRP.pdf |arquivodata=7 de outubro de 2007}}</ref> |
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As [[Pakistan Railways]], sob o Ministério das Ferrovias (MoR), operam o [[Transporte ferroviário|sistema ferroviário]]. De 1947 até a década de 1970, o sistema ferroviário foi o principal meio de transporte até as construções das rodovias nacionais e o ''boom'' econômico da [[indústria automotiva]]. A partir da década de 1990, houve uma mudança acentuada no trânsito ferroviário para rodovias; a dependência das estradas cresceu após a introdução de veículos no país. Agora, a parcela ferroviária do tráfego interno é inferior a 8% para os passageiros e 4% para o tráfego de mercadorias.<ref name="DSEC" /> À medida que o transporte pessoal começou a ser dominado pelo [[automóvel]], o total de trilhos diminuiu de 8775 quilômetros em 1990-91 para 7791 quilômetros em 2011.<ref name="pc" /><ref name="nation">{{citar web|título=PAKISTAN|url=http://www.nationsencyclopedia.com/economies/Asia-and-the-Pacific/Pakistan.html|obra=Encyclopedia Nation|acessodata=31 de dezembro de 2011}}</ref> O Paquistão espera usar o serviço ferroviário para impulsionar o comércio exterior com a China, o [[Irã]] e a [[Turquia]].<ref>{{citar jornal|autor =Syed Fazl-e-Haider|título=China-Pakistan rail link on horizon|url=http://www.atimes.com/atimes/South_Asia/IB24Df02.html|acessodata=31 de dezembro de 2011|jornal=Asia Times Online|data=24 de fevereiro de 2007}}</ref><ref>{{citar jornal|título=Pakistan-Turkey rail trial starts|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/8201934.stm|acessodata=13 de março de 2012|publicado=BBC|data=14 de agosto de 2009}}</ref> |
As [[Pakistan Railways]], sob o Ministério das Ferrovias (MoR), operam o [[Transporte ferroviário|sistema ferroviário]]. De 1947 até a década de 1970, o sistema ferroviário foi o principal meio de transporte até as construções das rodovias nacionais e o ''boom'' econômico da [[indústria automotiva]]. A partir da década de 1990, houve uma mudança acentuada no trânsito ferroviário para rodovias; a dependência das estradas cresceu após a introdução de veículos no país. Agora, a parcela ferroviária do tráfego interno é inferior a 8% para os passageiros e 4% para o tráfego de mercadorias.<ref name="DSEC" /> À medida que o transporte pessoal começou a ser dominado pelo [[automóvel]], o total de trilhos diminuiu de 8775 quilômetros em 1990-91 para 7791 quilômetros em 2011.<ref name="pc" /><ref name="nation">{{citar web|título=PAKISTAN|url=http://www.nationsencyclopedia.com/economies/Asia-and-the-Pacific/Pakistan.html|obra=Encyclopedia Nation|acessodata=31 de dezembro de 2011}}</ref> O Paquistão espera usar o serviço ferroviário para impulsionar o comércio exterior com a China, o [[Irã]] e a [[Turquia]].<ref>{{citar jornal|autor =Syed Fazl-e-Haider|título=China-Pakistan rail link on horizon|url=http://www.atimes.com/atimes/South_Asia/IB24Df02.html|acessodata=31 de dezembro de 2011|jornal=Asia Times Online|data=24 de fevereiro de 2007}}</ref><ref>{{citar jornal|título=Pakistan-Turkey rail trial starts|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/8201934.stm|acessodata=13 de março de 2012|publicado=BBC|data=14 de agosto de 2009}}</ref> |
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Estima-se que 139 [[aeroporto]]s e [[aeródromo]]s no Paquistão — incluindo os militares e os principais aeroportos civis de propriedade pública. Embora o [[Aeroporto Internacional Jinnah]] seja a principal porta de entrada internacional para o Paquistão, os aeroportos internacionais em [[Aeroporto Internacional Allama Iqbal|Lahore]], [[Aeroporto Internacional Benazir Bhutto|Islamabad]], [[Aeroporto Internacional Bacha Khan| |
Estima-se que 139 [[aeroporto]]s e [[aeródromo]]s no Paquistão — incluindo os militares e os principais aeroportos civis de propriedade pública. Embora o [[Aeroporto Internacional Jinnah]] seja a principal porta de entrada internacional para o Paquistão, os aeroportos internacionais em [[Aeroporto Internacional Allama Iqbal|Lahore]], [[Aeroporto Internacional Benazir Bhutto|Islamabad]], [[Aeroporto Internacional Bacha Khan|Pexauar]], [[Aeroporto Internacional de Quetta|Quetta]], [[Aeroporto Internacional de Faisalabad|Faisalabad]], [[Aeroporto Internacional de Sialkot|Sialkot]] e [[Aeroporto Internacional de Multã|Multã]] também lidam com quantidades significativas de tráfego. A indústria da [[aviação civil]] é mesclada com os setores público e privado e foi desregulamentada em 1993. Embora a empresa estatal [[Pakistan International Airlines]] (PIA) seja a transportadora aérea principal e dominante, respondendo por cerca de 73% dos passageiros domésticos e todo o frete doméstico, companhias aéreas privadas, como [[Airblue]], [[Shaheen Air International]] e [[Air Indus]], também oferecem serviços similares a baixo custo. Os principais portos marítimos estão em [[Carachi]], [[Sinde]] (Porto de Carachi e Porto de Qasim).<ref name="pc" /><ref name="nation" /> Desde a década de 1990, algumas operações marítimas foram movidas para o [[Balochistão]] com a construção dos portos de Gwadar e Gadani.<ref name="pc" /><ref name="nation" /> De acordo com o Relatório de Competividade Global do [[Fórum Econômico Mundial]], a qualidade da infraestrutura portuária do Paquistão aumentou de 3,7 para 4,1 pontos entre 2007 e 2016.<ref>{{citar web|título=Quality of port infrastructure, WEF|url=http://data.worldbank.org/indicator/IQ.WEF.PORT.XQ|acessodata=12 de abril de 2017}}</ref> |
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=== Educação === |
=== Educação === |
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[[Imagem:June21-2004-ThePunjabUniversity-OldCampusBuilding-1.jpeg|thumb|[[Universidade de Panjabe]]]] |
[[Imagem:June21-2004-ThePunjabUniversity-OldCampusBuilding-1.jpeg|thumb|[[Universidade de Panjabe]]]] |
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A constituição do Paquistão exige que o Estado ofereça [[ensino primário]] e [[Ensino secundário|secundário]] gratuito.<ref>{{citar web|url=http://www.pakistani.org/pakistan/constitution/part2.ch1.html|título=Chapter 1: "Fundamental Rights" of Part II: "Fundamental Rights and Principles of Policy"|obra=pakistani.org}}</ref><ref>{{citar web|título=Right to Education in Pakistan|publicado=World Council of Churches|url=http://www.oikoumene.org/resources/documents/wcc-commissions/international-affairs/human-rights-and-impunity/the-right-to-education-in-pakistan.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120313083147/http://www.oikoumene.org/resources/documents/wcc-commissions/international-affairs/human-rights-and-impunity/the-right-to-education-in-pakistan.html|arquivodata=13 de março de 2012|data=21 de abril de 2006|acessodata=25 de julho de 2010}}</ref> Na época do estabelecimento do Paquistão como um Estado, o país tinha apenas uma universidade, a [[Universidade de Panjabe]] em [[Lahore]].<ref>{{citar web|autor1 =Sajida Mukhtar|autor2 =Ijaz Ahmed Talat|autor3 =Muhammad Saeed|título=An Analytical Study of Higher Education of Pakistan|url=http://www.ijar.lit.az/pdf/10/2011%2810-51%29.pdf|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120111100415/http://www.ijar.lit.az/pdf/10/2011%2810-51%29.pdf|arquivodata=11 de janeiro de 2012|publicado=International Journal of Academic Research|formato=PDF|data=Março de 2011|página=1|acessodata=2 de janeiro de 2012}}</ref> O governo do Paquistão então estabeleceu universidades públicas em cada uma das quatro províncias, incluindo a [[Universidade de |
A constituição do Paquistão exige que o Estado ofereça [[ensino primário]] e [[Ensino secundário|secundário]] gratuito.<ref>{{citar web|url=http://www.pakistani.org/pakistan/constitution/part2.ch1.html|título=Chapter 1: "Fundamental Rights" of Part II: "Fundamental Rights and Principles of Policy"|obra=pakistani.org}}</ref><ref>{{citar web|título=Right to Education in Pakistan|publicado=World Council of Churches|url=http://www.oikoumene.org/resources/documents/wcc-commissions/international-affairs/human-rights-and-impunity/the-right-to-education-in-pakistan.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120313083147/http://www.oikoumene.org/resources/documents/wcc-commissions/international-affairs/human-rights-and-impunity/the-right-to-education-in-pakistan.html|arquivodata=13 de março de 2012|data=21 de abril de 2006|acessodata=25 de julho de 2010}}</ref> Na época do estabelecimento do Paquistão como um Estado, o país tinha apenas uma universidade, a [[Universidade de Panjabe]] em [[Lahore]].<ref>{{citar web|autor1 =Sajida Mukhtar|autor2 =Ijaz Ahmed Talat|autor3 =Muhammad Saeed|título=An Analytical Study of Higher Education of Pakistan|url=http://www.ijar.lit.az/pdf/10/2011%2810-51%29.pdf|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120111100415/http://www.ijar.lit.az/pdf/10/2011%2810-51%29.pdf|arquivodata=11 de janeiro de 2012|publicado=International Journal of Academic Research|formato=PDF|data=Março de 2011|página=1|acessodata=2 de janeiro de 2012}}</ref> O governo do Paquistão então estabeleceu universidades públicas em cada uma das quatro províncias, incluindo a [[Universidade de Sinde]] (1949), [[Universidade de Pexauar]] (1950), [[Universidade de Carachi]] (1953) e [[Universidade do Balochistão]] (1970). O Paquistão tem uma grande rede de universidades públicas e privadas, que inclui a colaboração entre as universidades visando o fornecimento de oportunidades de pesquisa e educação superior no país, embora haja preocupação com a baixa qualidade do ensino em muitas das escolas mais novas.<ref>{{citar web|título=Number of universities rises while education standard falls|url=http://www.dailytimes.com.pk/islamabad/10-Sep-2015/number-of-universities-rises-while-education-standard-falls|publicado=DailyTimes|data=10 de setembro de 2015|acessodata=11 de setembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151006074617/http://www.dailytimes.com.pk/islamabad/10-Sep-2015/number-of-universities-rises-while-education-standard-falls|arquivodata=6 de outubro de 2015}}</ref> |
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A [[taxa de alfabetização]] da população é de ~58%. A taxa de alfabetização masculina é de 70,2%, enquanto a taxa de alfabetização feminina é de 46,3%.<ref name="edu">{{citar web|título=Labour Force Survey 2010–11|url=http://www.pbs.gov.pk/sites/default/files/Labour%20Force/publications/lfs2010_11/results.pdf|obra=|publicado=Federal Bureau of Statistics, Pakistan|ano=2011|página=12|acessodata=2 de julho de 2012}}</ref> As taxas de alfabetização variam de acordo com a região e particularmente pelo sexo; como um exemplo, a alfabetização feminina em áreas tribais é de apenas 3,0%.<ref>{{citar jornal|autor =Nicholas D Kristof|título=Pakistan and Times Sq|url=https://www.nytimes.com/2010/05/13/opinion/13kristof.html|jornal=New York Times|data=12 de maio de 2010|acessodata=1 de janeiro de 2012}}</ref> Com o advento da literacia informática em 1995, o governo lançou uma iniciativa nacional em 1998 com o objetivo de erradicar o analfabetismo e proporcionar uma educação básica a todas as crianças.<ref>{{citar web|título=Education in Pakistan|publicado=UNICEF|url=http://www.unicef.org/infobycountry/pakistan_pakistan_statistics.html#67|acessodata=25 de julho de 2010}}</ref> Através de várias reformas educacionais, até 2015, o Ministério da Educação espera alcançar níveis de inscrição de 100,00% entre crianças em idade escolar e uma taxa de alfabetização de 86% entre pessoas com mais de 10 anos.<ref name="moe4">{{citar web|url=http://www.moe.gov.pk/npaEFA.zip|arquivourl=https://web.archive.org/web/20060517232352/http://www.moe.gov.pk/npaEFA.zip|arquivodata=17 de maio de 2006|formato=ZIP|título=National Plan of Action 2001–2015|publicado=Ministry of Education, Government of Pakistan|acessodata=13 de fevereiro de 2008}}</ref> Atualmente, o Paquistão gasta 2,2% de seu PIB em educação;<ref>{{citar jornal|autor =|título=Pakistan Economic Survey 2015–16 (Education)|url=http://www.finance.gov.pk/survey/chapters_16/10_Education.pdf|acessodata=19 de agosto de 2016}}</ref> segundo o Instituto de Ciências Sociais e Políticas, o índice é um dos mais baixos da [[Ásia Meridional]].<ref>{{citar web|url=http://www.dawn.com/news/1254909/pakistans-education-spending-lowest-in-south-asia|título=Pakistan's education spending lowest in South Asia|data=28 de abril de 2016|publicado=Dawn}}</ref> |
A [[taxa de alfabetização]] da população é de ~58%. A taxa de alfabetização masculina é de 70,2%, enquanto a taxa de alfabetização feminina é de 46,3%.<ref name="edu">{{citar web|título=Labour Force Survey 2010–11|url=http://www.pbs.gov.pk/sites/default/files/Labour%20Force/publications/lfs2010_11/results.pdf|obra=|publicado=Federal Bureau of Statistics, Pakistan|ano=2011|página=12|acessodata=2 de julho de 2012}}</ref> As taxas de alfabetização variam de acordo com a região e particularmente pelo sexo; como um exemplo, a alfabetização feminina em áreas tribais é de apenas 3,0%.<ref>{{citar jornal|autor =Nicholas D Kristof|título=Pakistan and Times Sq|url=https://www.nytimes.com/2010/05/13/opinion/13kristof.html|jornal=New York Times|data=12 de maio de 2010|acessodata=1 de janeiro de 2012}}</ref> Com o advento da literacia informática em 1995, o governo lançou uma iniciativa nacional em 1998 com o objetivo de erradicar o analfabetismo e proporcionar uma educação básica a todas as crianças.<ref>{{citar web|título=Education in Pakistan|publicado=UNICEF|url=http://www.unicef.org/infobycountry/pakistan_pakistan_statistics.html#67|acessodata=25 de julho de 2010}}</ref> Através de várias reformas educacionais, até 2015, o Ministério da Educação espera alcançar níveis de inscrição de 100,00% entre crianças em idade escolar e uma taxa de alfabetização de 86% entre pessoas com mais de 10 anos.<ref name="moe4">{{citar web|url=http://www.moe.gov.pk/npaEFA.zip|arquivourl=https://web.archive.org/web/20060517232352/http://www.moe.gov.pk/npaEFA.zip|arquivodata=17 de maio de 2006|formato=ZIP|título=National Plan of Action 2001–2015|publicado=Ministry of Education, Government of Pakistan|acessodata=13 de fevereiro de 2008}}</ref> Atualmente, o Paquistão gasta 2,2% de seu PIB em educação;<ref>{{citar jornal|autor =|título=Pakistan Economic Survey 2015–16 (Education)|url=http://www.finance.gov.pk/survey/chapters_16/10_Education.pdf|acessodata=19 de agosto de 2016}}</ref> segundo o Instituto de Ciências Sociais e Políticas, o índice é um dos mais baixos da [[Ásia Meridional]].<ref>{{citar web|url=http://www.dawn.com/news/1254909/pakistans-education-spending-lowest-in-south-asia|título=Pakistan's education spending lowest in South Asia|data=28 de abril de 2016|publicado=Dawn}}</ref> |
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O Paquistão possui uma rica e singular [[cultura]] que preserva tradições estabelecidas ao longo da história. Muitos hábitos, alimentos, monumentos e santuários são herança dos impérios [[império Mogol|mogol]] e [[pastós|afegão]]. O traje nacional, chamado ''shalwar qamiz'', é proveniente de invasores [[nômade]]s turco-iranianos da [[Ásia Central]]. Nos centros urbanos os trajes [[mundo ocidental|ocidentais]] são populares entre a juventude e os empresários. |
O Paquistão possui uma rica e singular [[cultura]] que preserva tradições estabelecidas ao longo da história. Muitos hábitos, alimentos, monumentos e santuários são herança dos impérios [[império Mogol|mogol]] e [[pastós|afegão]]. O traje nacional, chamado ''shalwar qamiz'', é proveniente de invasores [[nômade]]s turco-iranianos da [[Ásia Central]]. Nos centros urbanos os trajes [[mundo ocidental|ocidentais]] são populares entre a juventude e os empresários. |
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A sociedade paquistanesa é |
A sociedade paquistanesa é multilinguística e predominantemente [[islão|muçulmana]], que tem em alta conta os valores familiares tradicionais, embora as [[família]]s urbanas tenham adotado o sistema do núcleo familiar, devido às restrições socioeconômicas impostas pelo sistema tradicional. As últimas décadas assistiram ao surgimento de uma [[classe média]] em cidades como [[Carachi]], [[Laore]], [[Raualpindi]], [[Haiderabade (Sinde)|Haiderabade]], [[Faiçalabade]] e [[Pexauar]], cujos integrantes são considerados liberais,<ref name="secular_middle">Beinart, Peter. [https://ssl.tnr.com/p/docsub.mhtml?i=20020701&s=trb070102 "Understate". The New Republic Online>. July 01, 2002.] {{Wayback|url=https://ssl.tnr.com/p/docsub.mhtml?i=20020701&s=trb070102 |date=20071009184201 }}</ref> por oposição às regiões a noroeste, na fronteira com o [[Afeganistão]], que permanecem conservadoras e dominadas por costumes tribais centenários. A [[globalização]] aumentou a influência da [[mundo ocidental|cultura ocidental]] no país. Cerca de quatro milhões de paquistaneses vivem no exterior,<ref name="expats">Aslam, S.M., [http://www.pakistaneconomist.com/database1/cover/c2000-50.asp Expatriates to Build Better Pakistan], Pakistan & Gulf Economist, 11–17 December 2000, URL accessed March 17, 2006</ref> dos quais quase meio milhão residem nos [[Estados Unidos]]<ref name="expats_us">{{citar jornal|último=Ahmed|primeiro=Faish|título=U.S. Rules Give Pakistan a Windfall|jornal=Wall Street Journal|local=[[Nova Iorque]]|data=22 de outubro de 2003|página=A18}}</ref> e cerca de uma milhão, na [[Arábia Saudita]].<ref name="expats_saudi">Hussain, Shaiq. [http://www.nation.com.pk/daily/june-2005/25/index11.php Musharraf to focus on Palestine in Saudia visit from today] {{Wayback|url=http://www.nation.com.pk/daily/june-2005/25/index11.php |date=20080323111854 }}. The Nation. June 25, 2005. URL accessed March 17, 2006</ref> Aproximadamente um milhão de descendentes de paquistaneses vivem no [[Reino Unido]].<ref name="expats_uk">{{citar web|último=Howells|primeiro=Kim|url=http://www.gnn.gov.uk/Content/Detail.asp?ReleaseID=225131&NewsAreaID=2|título=Kim Howells arrives in Pakistan|obra=Foreign and Commonwealth Office (National)|data=6 de setembro de 2006|acessodata=22 de outubro de 2006|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080314114911/http://www.gnn.gov.uk/Content/Detail.asp?ReleaseID=225131&NewsAreaID=2|arquivodata=2008-03-14|urlmorta=yes}}</ref> |
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=== Música e literatura === |
=== Música e literatura === |
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A [[arquitetura]] da região correspondente ao atual Paquistão passou por quatro períodos históricos distintos, o pré-islâmico, o islâmico, o colonial e o pós-colonial. |
A [[arquitetura]] da região correspondente ao atual Paquistão passou por quatro períodos históricos distintos, o pré-islâmico, o islâmico, o colonial e o pós-colonial. |
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A [[civilização do Vale do Indo]], surgida em meados do {{AC|terceiro milênio|x}}, permitiu o desenvolvimento de uma cultura urbana avançada pela primeira vez na área, com grandes instalações estruturais que, em alguns casos, ainda existem. Moenjodaro, Harapa e Kot Diji pertencem à era de assentamentos pré-islâmicos. A chegada do [[budismo]] e a influência [[Pérsia|persa]] e [[Grécia Antiga|grega]] levou ao desenvolvimento do estilo greco-budista a partir do {{séc|I}}. O zênite desta época foi o estilo Gandara. As ruínas do mosteiro budista de Takht-i-Bahi, |
A [[civilização do Vale do Indo]], surgida em meados do {{AC|terceiro milênio|x}}, permitiu o desenvolvimento de uma cultura urbana avançada pela primeira vez na área, com grandes instalações estruturais que, em alguns casos, ainda existem. Moenjodaro, Harapa e Kot Diji pertencem à era de assentamentos pré-islâmicos. A chegada do [[budismo]] e a influência [[Pérsia|persa]] e [[Grécia Antiga|grega]] levou ao desenvolvimento do estilo greco-budista a partir do {{séc|I}}. O zênite desta época foi o estilo Gandara. As ruínas do mosteiro budista de Takht-i-Bahi, em [[Caiber Paquetuncuá]], são um exemplo da arquitetura budista. |
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A chegada do [[Islã]] na região provocou o fim súbito da arquitetura budista. Ocorreu então uma transição para uma arquitetura islâmica sem representação de imagens. O edifício mais importante do estilo persa é a tumba do [[Xá]] Rukn-i-Alam, em [[ |
A chegada do [[Islã]] na região provocou o fim súbito da arquitetura budista. Ocorreu então uma transição para uma arquitetura islâmica sem representação de imagens. O edifício mais importante do estilo persa é a tumba do [[Xá]] Rukn-i-Alam, em [[Multã]]. Durante a [[império Mogol|era mogol]], elementos artísticos da arquitetura islâmico-persa produziram formas frequentemente alegres da arquitetura hindustâni. [[Lahore]], residência episódica dos governantes mogóis, contém um bom número de edifícios importantes da era mogol, como a mesquita Badshahi, a fortaleza de Lahore e a mesquita Wazir Khan, dentre outros. |
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A [[Índia britânica|era colonial britânica]] assistiu à construção de edifícios do estilo indo-europeu, com uma mescla de elementos europeus e indo-islâmicos. A identidade nacional pós-colonial é expressa por estruturas modernas como a mesquita Faisal, o Minar-e-Pakistan e o Mazar-e-Quaid. |
A [[Índia britânica|era colonial britânica]] assistiu à construção de edifícios do estilo indo-europeu, com uma mescla de elementos europeus e indo-islâmicos. A identidade nacional pós-colonial é expressa por estruturas modernas como a mesquita Faisal, o Minar-e-Pakistan e o Mazar-e-Quaid. |
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== Ligações externas == |
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Edição atual tal como às 05h58min de 8 de dezembro de 2024
República Islâmica do Paquistão | |
---|---|
اسلامی جمہوریۂ پاکستان (urdu) Islami Jamahuriat Pakistan Islamic Republic of Pakistan (inglês) | |
Lema: Urdu: Iman, Aktad, Nizam ("Fé, Unidade, Disciplina") | |
Hino: Qaumi Tarana | |
Território do Paquistão em verde escuro.
Território disputado da Caxemira em verde claro. | |
Capital | Islamabade |
Maior cidade | Carachi |
Língua oficial | Urdu (língua nacional)
Inglês (governo) Outras 58 línguas minoritárias também são utilizadas |
Religião oficial | Islamismo |
Gentílico | paquistanês |
Governo | República federal parlamentarista |
• Presidente | Asif Ali Zardari |
• Primeiro-ministro | Shehbaz Sharif[1] |
• Presidente do Senado | Vacante |
• Presidente do Supremo Tribunal | Qazi Faez Isa |
Independência do Reino Unido | |
• Declarada | 14 de agosto de 1947 |
• República Islâmica | 23 de março de 1956 |
Área | |
• Total | 880 940 km² (34.º) |
• Água (%) | 3,1 |
População | |
• Estimativa para 2012 | 182 490 721[2] hab. (6.º) |
• Censo 2017 | 212 742 631[3] hab. |
• Densidade | 206 hab./km² (53.º) |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2014 |
• Total | US$ 884,204 bilhões*[4] |
• Per capita | US$ 4 746[4] |
PIB (nominal) | Estimativa de 2013 |
• Total | US$ 236,518 bilhões*[4] |
• Per capita | US$ 1 295[4] |
IDH (2021) | 0,544 (161.º) – baixo[5] |
Gini (2008) | 30,0[6] |
Moeda | Rupia paquistanesa (Rs.) (PKR) |
Fuso horário | PST (UTC+5) |
• Verão (DST) | (UTC+6) |
Cód. ISO | PAK |
Cód. Internet | .pk |
Cód. telef. | +92 |
Paquistão (em urdu: پاکستان; Pākistān, pronunciado: [pɑːkɪst̪ɑːn]), oficialmente República Islâmica do Paquistão (em urdu: اسلامی جمہوریۂ پاكستان; Islāmī Jumhūriyah-yi Pākistān, pronunciado: [ɪslɑːmiː d͡ʒʊmɦuːriəɪh pɑːkɪst̪ɑːn]), é um país soberano do Sul da Ásia. Com uma população superior a 200 milhões de pessoas, é o quinto país mais populoso do mundo e, com uma área de 796 095 quilômetros quadrados, é a 35ª maior nação do planeta em área territorial. O Paquistão tem um litoral com 1 046 km de extensão ao longo do Mar da Arábia e do Golfo de Omã. O país asiático faz fronteira com a Índia a leste, com o Afeganistão a oeste e norte, com o Irã a sudoeste e com a República Popular da China no extremo nordeste. O Paquistão não tem fronteira com o Tajiquistão, pois estão separados pelo estreito Corredor de Wakhan, pertencente ao Afeganistão, no norte. Também compartilha uma fronteira marítima com Omã.
O território que hoje constitui o Paquistão moderno foi o lar de várias culturas antigas, como a Mergar durante o Neolítico, da Civilização do Vale do Indo durante a Idade do Bronze e, posteriormente, foi a sede de reinos governados por pessoas de diferentes credos e culturas, como hindus, indo-gregos, muçulmanos, turco-mongóis, afegãos e siques. A região foi governada por vários impérios e dinastias, como o Império Máuria indiano, o Império Aquemênida persa, o Império de Alexandre, o Califado Omíada árabe, o Império Mongol, o Império Durrani, o Império Sique e o Império Britânico. Como resultado do Movimento Paquistanês, liderado por Muhammad Ali Jinnah, e pela luta da região por independência política, o Paquistão foi criado em 1947 como uma nação independente para os muçulmanos das regiões no leste e no oeste do subcontinente indiano, onde havia uma maioria muçulmana. Inicialmente um domínio, o Paquistão adotou uma nova constituição em 1956, tornando-se uma república islâmica. A guerra civil, em 1971, resultou na secessão do Paquistão Oriental como um novo país chamado Bangladesh.
O Paquistão é uma república parlamentar federal que consiste em quatro províncias e quatro territórios federais. É um país étnica e linguisticamente diverso, com uma variação semelhante na sua geografia e na vida selvagem. Uma potência média e regional,[7][8] o país tem o quarto maior exército do mundo e é também uma potência nuclear, sendo a única nação no mundo islâmico e a segunda no Sul da Ásia a ter este tipo de armamento. O Paquistão tem uma economia semi-industrializada, com uma agricultura bem integrada e é considerado um dos "Próximos Onze".
A história pós-independência do país tem sido caracterizada por períodos de ditadura militar, instabilidade política e conflitos com a vizinha Índia. O país continua a enfrentar problemas desafiadores, como superpopulação, terrorismo, pobreza, analfabetismo e corrupção política.[9] O Paquistão é parte da Organização das Nações Unidas, da Commonwealth, da Associação Sul-Asiática para a Cooperação Regional, da Organização de Cooperação Econômica, da União pelo consenso, do Grupo de Cairns, do G11, do Grupo dos 20 e é membro fundador da Organização da Conferência Islâmica e do CERN.[10] Também é considerado pelos Estados Unidos como um dos principais aliados extra-OTAN.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Segundo J.P. Machado,[11] o topônimo "Paquistão" foi criado em 1933 por Chaudhary Rahmat Ali[12] para designar as regiões muçulmanas a noroeste da Índia, a partir das iniciais de Pandjab (Panjabe), Afghan (para os povos afegãos da área) e Kashmir (Caxemira), com o sufixo-stan (que representa o Baluchistão e significa "terra" em persa), formando PAKSTAN. Os paquistaneses relacionam o topônimo com o vocábulo pak ("puro", em persa e urdu), que daria ao nome do país o sentido de "Terra dos Puros".
História
[editar | editar código-fonte]Antiguidade
[editar | editar código-fonte]Algumas das primeiras civilizações humanas antigas na Ásia Meridional originaram-se em áreas que abrangem o atual Paquistão.[13] Os primeiros habitantes conhecidos na região foram os soanianos durante o Paleolítico Inferior, de quem as ferramentas de pedra foram encontradas no Vale do Soan, em Panjabe.[14] A região do Indo, que cobre a maior parte do atual Paquistão, foi o lar de várias culturas antigas sucessivas, como a Mergar do Neolítico[15] e a Civilização do Vale do Indo da Idade do Bronze (2800-1800 a.C.) em Harapa e Moenjodaro.[16][17]
A Civilização Védica (1500–500 a.C.), caracterizada pela cultura indo-ariana, lançou as bases do hinduísmo, que se tornaria bem estabelecido na região.[18][19] Multã era um importante centro de peregrinação hindu. A Civilização Védica floresceu na antiga cidade de Gandara, atual Taxila em Panjabe.[15] Impérios e reinos antigos sucessivos governaram a região: o persa Império Aquemênida, em torno de 519 a.C.; o império de Alexandre, o Grande, em 326 a.C.; e o Império Máuria fundado por Chandragupta Máuria e estendido por Asoca até 185 a.C.[15] O Reino Indo-Grego fundado por Demétrio I de Báctria (r. 180–165 a.C.) incluía Gandara e Panjabe e alcançou sua maior extensão sob Menandro I (r. 165–150 a.C.), prosperando a cultura greco-budista na região.[15][20] Taxila teve algumas das primeiras universidades e centros de ensino superior do mundo.[21][22][23][24]
Idade Média
[editar | editar código-fonte]O Império Gasnévida foi uma sociedade persa muçulmana da dinastia dos turcos mamelucos, na sua maior extensão governou grandes partes do Irã, o Afeganistão, a maior parte da Transoxiana e o noroeste do subcontinente indiano de 977 a 1186. A dinastia foi fundada por Sabuqueteguim após suceder seu sogro Alpeteguim ex-general dos sultões samânidas no controle dos territórios centrados ao redor da cidade de Gásni. O filho de Sabuqueteguim, Mamude, expandiu o império na região que vai desde o rio Oxo até o vale do rio Indo e oceano Índico; ao oeste, alcançou as cidades de Rei e Hamadã.
Sob o reinado de Maçude I, o império sofreu grandes perdas territoriais. Seus territórios ocidentais foram perdidos para os Seljúcidas na batalha de Dandanacã, o que resultou na restrição do controle sobre as regiões do Afeganistão, Paquistão, Baluchistão e Panjabe.
Em 1151, o sultão e xá Barã perdeu a cidade de Gásni para o sultão gúrida Aladim Huceine, o que fez com que Barã transferisse a capital para Laore, até sua subsequente captura pelos gúridas em 1186.
Embora a dinastia fosse de origem turca da Ásia Central, foi completamente persianizada em termos de idioma, cultura, literatura e hábitos e, portanto é considerada uma "dinastia persa".
Independência
[editar | editar código-fonte]O Estado moderno do Paquistão foi criado em 14 de agosto de 1947, na forma de dois territórios majoritariamente muçulmanos nas porções leste e noroeste da Índia Britânica, separados pela Índia, de maioria hindu. Integravam o Paquistão independente as províncias do Baluchistão, Bengala Oriental (futuro Paquistão Oriental e, mais tarde, Bangladexe), Fronteira Noroeste, Panjabe Ocidental e Sinde. A partilha da Índia Britânica resultou em distúrbios[25] na Índia e no Paquistão — milhões de muçulmanos mudaram-se para o Paquistão, e milhões de hindus e siques mudaram-se para a Índia. Surgiram controvérsias entre os dois novos países quanto a diversos Estados principescos, como Jamu e Caxemira, cujo governante aderiu à Índia após uma invasão de guerreiros pastós; como consequência, a Primeira Guerra Indo-Paquistanesa (1948) terminou com a ocupação pela Índia de cerca de dois-terços de Jamu e Caxemira.
Entre 1947 e 1956, o Paquistão foi um Dominio na Comunidade Britânica de Nações. A república, declarada em 1956, assistiu a um golpe de Estado por Ayub Khan (1958-1969), que presidiu o país durante um período de instabilidade interna e a segunda guerra com a Índia, em 1965. Seu sucessor, Yahya Khan (1969-1971), teve que lidar com o ciclone que causou 500 000 mortes no Paquistão Oriental.[26]
A eclosão de discordâncias econômicas e políticas no Paquistão Oriental levou a uma violenta repressão política, que fez com que as tensões escalassem até chegar à guerra civil,[27] conhecida como guerra de independência do Bangladexe, e a um novo conflito com a Índia. Como consequência, o Paquistão Oriental declarou-se independente, com o nome Bangladesh, em 1971.[28] As estimativas sobre o número de mortos nesse episódio variam consideravelmente, entre mais de 30 000 e menos de 2 milhões, a depender da fonte.
Era contemporânea
[editar | editar código-fonte]Entre 1972 e 1977, os civis voltaram a governar o país, sob a chefia de Zulfikar Ali Bhutto, até que este foi deposto e posteriormente sentenciado à pena de morte, quando o General Zia-ul-Haq se tornou o terceiro presidente militar do Paquistão. Zia substituiu as políticas seculares pelo código legal da charia islâmica, o que aumentou a influência religiosa sobre o funcionalismo público e os militares. Com a morte de Zia num acidente aéreo em 1988, Benazir Bhutto, filha de Zulfikar Ali Bhutto, foi eleita para o cargo de primeira-ministra do Paquistão — a primeira e única mulher a ocupar o posto. Ao longo da década seguinte, Benazir alternou-se no poder com Nawaz Sharif, enquanto que a situação política e econômica do país piorava.
O Paquistão enviou 5 000 soldados para a Guerra do Golfo, em 1991, para proteger a Arábia Saudita.[29] Às tensões militares durante o conflito de Kargil com a Índia seguiu-se um golpe de Estado, em 1999, no qual o General Pervez Musharraf assumiu o poder Executivo.
Em 2001 Musharraf autonomeou-se presidente, com a renúncia forçada de Rafiq Tarar. Após as eleições legislativas de 2002, Musharraf transferiu os poderes executivos para um recém-eleito primeiro-ministro, Zafarullah Khan Jamali. Em 15 de novembro de 2007, o mandato da Assembleia Nacional expirou, o que levou à constituição de um governo provisório chefiado pelo ex-presidente do Senado, Muhammad Mian Soomro. O assassinato em dezembro de 2007 de Benazir Bhutto reflete a instabilidade do sistema político paquistanês. Em setembro de 2008, Musharraf renunciou à presidência do país, que após eleições indiretas, elegeu Asif Ali Zardari, viúvo de Benazir Bhutto, como presidente. O governo paquistanês também se tornou um parceiro importante dos Estados Unidos na Guerra ao Terror, iniciada após os ataques de 11 de setembro de 2001.[30]
Em 2018, Imran Khan ganhou as eleições gerais tornando-se o 22º Primeiro-Ministro do Paquistão.[31][32] Durante a campanha, defendeu publicamente o célebre Artigo 295c, a lei da blasfémia.[33]
Geografia
[editar | editar código-fonte]A área do Paquistão é de 881 640 km², equivalente à soma das superfícies de França e Reino Unido (ou de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, no Brasil). A região leste do país encontra-se sobre a placa tectônica indiana, enquanto as regiões oeste e norte estão no planalto iraniano e sobre a placa eurasiática. Com 1 046 km de litoral no mar Arábico, o Paquistão possui 6 774 km de fronteiras — 2 430 km com o Afeganistão a noroeste, 523 km com a China a nordeste, 2 912 km com a Índia a leste e 909 km com o Irã a sudoeste.[34]
Os acidentes naturais encontrados no país incluem desde praias arenosas, lagunas e manguezais, na costa meridional, até florestas temperadas e os picos gelados do Himalaia, do Caracórum e do Indocuche, ao norte. Estima-se que o país possua 108 picos acima de 7 000 m, cobertos por neve e geleiras.
Cinco das montanhas do Paquistão ultrapassam os 8 000 m. O rio Indo corta o país de norte a sul, descendo do planalto tibetano (Caxemira) até desaguar no mar Arábico. A oeste do Indo estão os desertos secos e acidentados do Baluchistão; a leste, o deserto de Thar. O Panjabe e partes do Sinde são formados por planícies férteis com importante atividade agrícola.
Parques nacionais
[editar | editar código-fonte]Existem cerca de 157 áreas protegidas no Paquistão que são reconhecidos pelo IUCN. De acordo com a legislação local, um parque nacional é uma área protegida, criado pelo governo para a proteção e conservação de sua paisagem e vida selvagem em um estado natural. O mais antigo parque nacional é Lal Suhanra em Bahawalpur, criado em 1972.[35] Ele também é a única reserva da biosfera do país. Lal Suhanra é o único parque nacional estabelecido antes da independência da nação em agosto de 1947. O Central Karakoram em Gilgit Baltistan é atualmente o maior parque nacional do país, abrangendo mais de uma área total aproximada de 1 390 100 hectares.
Clima
[editar | editar código-fonte]O clima varia de tropical a temperado, com condições áridas no litoral sul. Há uma estação de monções, com inundações frequentes devido às fortes chuvas, e uma estação seca com pouca ou nenhuma chuva. A precipitação se distribui irregularmente ao longo do território, variando entre menos de 250 mm em algumas áreas a mais de 1 250 mm em outras, em geral trazida pelas monções de sudoeste, principalmente no final do verão. No centro do país, os verões são muitos quentes, com temperaturas que podem atingir 45 °C, seguidos de invernos bem frios, com frequência abaixo de zero grau.[36]
O Índice Global de Risco Climático 2020 coloca o Paquistão como o quinto país mais afectado pelas alterações climáticas entre 1999 e 2018, com um aumento das ondas de calor extremo e inundações. O país é directamente afectado pelo derretimento dos glaciares dos Himalaias, causando graves carências de água em partes do país, bem como o desaparecimento gradual das florestas ribeirinhas. Entre 2000 e 2010, o Paquistão perdeu uma média de 43 000 hectares de floresta por ano.[37]
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Nanga Parbat, a nona montanha mais alta do mundo.
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Deserto Katpana, Gilgit-Baltistão
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Vale de Hunza, Gilgit-Baltistão
Flora e fauna
[editar | editar código-fonte]A diversidade da paisagem e do clima no Paquistão permite que uma grande variedade de árvores e plantas floresçam. As florestas variam de árvores coníferas alpinas e subalpinas, como abetos, pinheiros e cedros nas montanhas do extremo norte, árvores decíduas na maior parte do país, à palmeiras como coco e tamareiras no sul do Panjabe, nas Montanhas Sulaiman no sul do Baluchistão e em todo o Sind. As colinas ocidentais abrigam zimbro, tamargueira, gramíneas grossas e plantas arbustivas. As florestas de mangue formam grande parte das áreas úmidas costeiras ao longo da costa sul.[38]
As florestas de coníferas são encontradas em altitudes que variam de 1 000 a 4 000 metros na maioria das terras altas do norte e noroeste. Nas regiões xéricas do Baluchistão, a tamareira e a efedra são comuns. Na maior parte do Panjabe e Sinde, as planícies do Indo sustentam florestas tropicais e subtropicais de folhas largas secas e úmidas, bem como arbustos tropicais e xéricos. Essas florestas são, principalmente, de amoreira, acácia e eucalipto.[39] Cerca de 2,2% ou 1 687 000 hectares (16 870 km²) do Paquistão foram florestados a partir de 2010.[40]
A fauna do Paquistão também reflete o clima variado do país. Cerca de 668 espécies de pássaros são encontradas lá, incluindo corvos, pardais, gaviões, falcões e águias. A região de Palas tem uma população significativa de tragopans. Muitos pássaros avistados no Paquistão são migratórios, vindos da Europa, Ásia Central e Índia.[41][42][43][44]
As planícies do sul são o lar de mangustos, pequenas civetas indianas, lebres, o chacal asiático, o pangolim indiano, o gato-da-selva e o gato-do-deserto. Existem crocodilos e javalis, veados, porcos-espinhos e pequenos roedores nas áreas circundantes. Os cerrados arenosos do Paquistão central são o lar de chacais asiáticos, hienas listradas, leopardos e gatos-selvagens.[45][46] A falta de cobertura vegetal, o clima severo e o impacto do pastoreio nos desertos deixaram os animais silvestres em situação precária. O chinkara é o único animal que ainda pode ser encontrado em números significativos no Deserto de Cholistão. Um pequeno número de nilgai é encontrado ao longo da fronteira Paquistão-Índia e em algumas partes do Cholistão. Uma grande variedade de animais vivem no norte montanhoso, incluindo o urial (uma subespécie de ovelha selvagem), a cabra markhor, a cabra ibex, o urso-negro-asiático e o urso-pardo-do-Himalaia.[47][48] Entre os animais raros encontrados na área estão o leopardo-das-neves e o golfinho-de-rio-do-sul-da-ásia, dos quais se acredita que restem cerca de 1 100 animais protegidos na Reserva de Golfinhos do Rio Indo em Sinde. No total, 174 mamíferos, 177 répteis, 22 anfíbios, 198 espécies de peixes de água doce e 5 000 espécies de invertebrados (incluindo insetos) estão registrados no Paquistão.[41][42]
A flora e a fauna do país sofrem de vários problemas. O Paquistão tem a segunda maior taxa de desmatamento do mundo, o que, junto com a caça e a poluição, tem efeitos adversos no ecossistema. A nação teve uma pontuação média no Índice de Integridade da Paisagem Florestal em 2019 de 7,42/10, classificando-o em 41º globalmente entre 172 países. O governo estabeleceu um grande número de áreas protegidas, santuários de vida selvagem e reservas de caça para resolver esses problemas.[41][42][49]
Demografia
[editar | editar código-fonte]A população estimada do Paquistão em 2017 foi de mais de 210 milhões, tornando-o sexto país mais populoso do mundo, atrás do Brasil e à frente da Rússia. Em 1951, o Paquistão tinha uma população de 34 milhões de pessoas.[50] A taxa de crescimento da população está agora em 1,6%.[51] A maioria da população do sul do Paquistão vive ao longo do rio Indo. Pelo tamanho de população, Carachi é a maior cidade do Paquistão.[52] Na metade norte, a maioria da população vive em um arco formado pelas cidades de Laore, Faiçalabade, Raualpindi, Islamabade, Gujranwala, Sialkot, Gujrat, Jelum, Sargodha e Sheikhupura. Cerca de 20% da população vive abaixo da linha de pobreza internacional US$ 1,25 por dia.[53]
A expectativa de vida ao nascer é de 63 anos para mulheres e 62 anos para os homens em 2006[54] em comparação com a expectativa de vida saudáveis ao nascer, que foi de 54 anos para os homens e 52 anos para as mulheres em 2003.[54] Despesas com saúde foi de 2% do PIB em 2006.[54] A taxa de mortalidade inferior a 5 foi de 97 por 1 000 nascidos vivos em 2006.[54] Durante 1990-2003, o Paquistão manteve uma liderança histórica como o país mais urbanizado do Sul da Ásia, com os moradores da cidade, perfazendo 36% da sua população.[55] Além disso, 50% dos paquistaneses agora residem nas cidades de 5 000 pessoas ou mais.[56]
A população do Paquistão é estimada em 180 milhões em 2012, a sexta maior do mundo, logo após a do Brasil. Prevê-se que a população paquistanesa ultrapasse a brasileira em número por volta de 2020, devido à alta taxa de crescimento populacional. Apesar das dificuldades inerentes à baixa exatidão do censo e das pesquisas relativas à taxa de fertilidade, os demógrafos creem que o crescimento populacional atingiu o auge na década de 1980, reduzindo-se consideravelmente desde então.[57] Para uma população estimada em 162 400 000 habitantes em 1 de julho de 2005,[58] a taxa de fertilidade era de 34 por mil, a taxa de mortalidade era de 10 por mil e o crescimento vegetativo, de 2,4%. A taxa de mortalidade infantil é alta, da ordem de 70 por mil nascimentos.[59]
Os principais grupos étnicos do país são os panjabis (44,68% da população), os pastós (15,42%), os sindis (14,1%), os seraikis (10,53%), os muhajires (7,57%), os balúchis (3,57%) e outros (4,66%). Em novembro de 2007, cerca de 2 milhões de refugiados afegãos continuavam registrados no Paquistão, devido à guerra e à instabilidade no Afeganistão.[60]
O seu Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD) (dados referentes a 2019, publicados em 2020) é de 0,384.[5]
Religião
[editar | editar código-fonte]O censo mais recente realizado pelo Pakistan Bureau of Statistics (PBS) (Agência Paquistanesa de Estatísticas), de 1998, indicava que, aproximadamente, 96,28% da população do Paquistão era muçulmana.[61] No entanto, existem pequenos grupos religiosos não muçulmanos: cristãos, hindus, siques, budistas, zoroastristas, bahá'ístas, animistas e outros, totalizando 2% da população. A maioria dos muçulmanos eram sunitas, estimando-se que os xiitas representariam entre 10 e 20% da população.[62] Metade da população do país é adepta da corrente mística do Islã, o sufismo.
A demografia religiosa foi fortemente influenciada pelo movimento transfronteiriço de 1947 entre o Paquistão e a Índia. Naquele ano, em decorrência da Partilha das Índias Britânicas, houve uma maciça imigração de muçulmanos da Índia para o Paquistão e de hindus e siques no sentido oposto. O censo indica que 96% da população são muçulmanos[63] (cerca de 77% são sunitas e 20%, xiitas).[34] As minorias religiosas incluem hindus (1,85%), cristãos (1,6%), ademais de alguns poucos representantes siques, parses, ahmadis, budistas, judeus e animistas. O Paquistão é o segundo país de maioria muçulmana mais populoso do mundo (atrás da Indonésia)[64] e possui a segunda maior população xiita do planeta (atrás do Irã).
Idiomas
[editar | editar código-fonte]O Paquistão é um país multilíngue com mais de sessenta línguas sendo faladas. O inglês é a língua oficial do Paquistão, e utilizado em missão oficial, do governo e contratos legais,[34] e panjabi tem uma pluralidade de falantes nativos, Urdu é a língua franca e língua nacional do Paquistão. O panjabi é a língua da província de Panjabe. saraiki também é falado na área maior da província de Panjabe. O pastó é a língua da província de Caiber Paquetuncuá. O sindi é a língua da província de Sinde e balúchi é a língua da província de Baluchistão.[65]
A língua materna em geral corresponde ao grupo étnico no país. Apesar de ser a língua materna de uma minoria, o urdu é o idioma nacional e a língua franca do Paquistão, enquanto o inglês é a língua oficial, usada na constituição e amplamente empregada nos negócios e nas universidades pela elite urbana culta. O panjabi é falado por mais de 60 milhões de pessoas, mas não goza de reconhecimento oficial no país.[66]
Cidades mais populosas
[editar | editar código-fonte]Paquistão Censo 2023[67] | Cidades mais populosas do |||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Carachi Laore | |||||||||||
Posição | Localidade | Província | Pop. | Posição | Localidade | Divisão administrativa | Pop. | ||||
1 | Carachi | Sinde | 18 868 021 | 11 | Sargodha | Panjabe | 975 886 | ||||
2 | Laore | Panjabe | 13 004 135 | 12 | Sialcote | Panjabe | 911 817 | ||||
3 | Faiçalabade | Panjabe | 3 691 999 | 13 | Baaualpur | Panjabe | 903 795 | ||||
4 | Raualpindi | Panjabe | 3 357 612 | 14 | Jhang | Panjabe | 606 533 | ||||
5 | Gujranwala | Panjabe | 2 511 118 | 15 | Shekhupura | Panjabe | 591 424 | ||||
6 | Multan | Panjabe | 2 215 381 | 16 | Gujrat | Panjabe | 574 240 | ||||
7 | Haiderabade | Sinde | 1 921 275 | 17 | Sucur | Sinde | 563 851 | ||||
8 | Pexauar | Caiber Paquetuncuá | 1 905 975 | 18 | Larkana | Sinde | 551 716 | ||||
9 | Quetta | Baluchistão | 1 565 546 | 19 | Sahiwal | Panjabe | 538 344 | ||||
10 | Islamabade | Território da Capital | 1 108 872 | 20 | Okara | Panjabe | 533 693 |
Criminalidade
[editar | editar código-fonte]Governo e política
[editar | editar código-fonte]Pelos primeiros nove anos após a independência, o governo do Paquistão baseou-se no Government of India Act, de 1935 (a última constituição da Índia Britânica). A primeira constituição paquistanesa, promulgada em 1956, foi suspensa em 1958 pelo General Ayub Khan. A constituição de 1973, suspensa em 1977 por Zia-ul-Haq, foi retomada em 1991 e é o documento legal mais importante do país.
O Paquistão é uma república parlamentarista federal que tem o Islã como religião oficial. O poder Legislativo é bicameral e divide-se entre o Senado, com 100 cadeiras, e a Assembleia Nacional, com 342 assentos. O presidente, escolhido por um colégio eleitoral, é o chefe de Estado e o comandante-em-chefe das forças armadas. O primeiro-ministro é geralmente o chefe do maior partido representado na Assembleia Nacional. Cada província possui um sistema de governo similar ao federal, com uma assembleia provincial eleita pelo voto direto na qual o líder do maior partido é o chefe de governo. Os governadores provinciais são nomeados pelo presidente.
Nas eleições gerais de outubro de 2002, a Liga Muçulmana do Paquistão ganhou a maioria dos assentos da Assembleia Nacional, seguido por uma facção do PPP, os Parlamentares do Partido do Povo Paquistanês (PPPP). Zafarullah Khan Jamali, da Liga Muçulmana, tornou-se primeiro-ministro, mas renunciou em 26 de junho de 2004 e foi substituído interinamente por Chaudhry Shujaat Hussain. Em 28 de agosto de 2004, a Assembleia Nacional elegeu Shaukat Aziz, até então o ministro da Fazenda, como primeiro-ministro. A Muttahida Majlis-e-Amal, uma coalizão de partidos religiosos islâmicos, venceu eleições na província da Fronteira Noroeste, ampliando sua bancada na Assembleia Nacional.
Em 3 de novembro de 2007, o Presidente Pervez Musharraf declarou estado de emergência e suspendeu a constituição. Chefes políticos da oposição foram colocados em prisão domiciliar e o presidente da Suprema Corte foi substituído. Em resposta, a Comunidade Britânica de Nações suspendeu a participação do país em suas deliberações. Depois de eleições em fevereiro de 2008, a Commonwealth retirou a suspensão.[68]
Relações exteriores
[editar | editar código-fonte]O Paquistão participa ativamente das Nações Unidas e da Organização da Conferência Islâmica. Integra também a Associação Sul-Asiática para a Cooperação Regional e a Organização para Cooperação Econômica. No passado, as relações do Paquistão com os Estados Unidos passaram por períodos de aproximação e de afastamento. Nos anos 1950, o país, membro da CENTO e da SEATO, era visto pelos Estados Unidos como o "aliado mais aliado na Ásia".[69]
Durante a invasão soviética do Afeganistão, nos anos 1980, o Paquistão foi um aliado crucial dos Estados Unidos, mas as relações se estreitaram nos anos 1990, com a aplicação de sanções pelos EUA, que suspeitavam as atividades nucleares paquistanesas. A partir dos ataques de 11 de setembro de 2001, as relações bilaterais melhoraram, especialmente depois que o Paquistão deixou de apoiar o regime dos talibãs, em Cabul. Com isto, a ajuda militar estadunidense foi fortemente ampliada.
Forças armadas
[editar | editar código-fonte]As forças armadas paquistanesas têm desempenhado um papel influente na política do país. Ao longo da história, presidentes militares governaram entre 1958-88 e de 1999 em diante. O PPP, de esquerda, chefiado por Zulfikar Ali Bhutto, emergiu como um grande partido político durante os anos 1970. Durante o governo militar de Muhammad Zia-ul-Haq, o Paquistão deixou para trás as políticas de secularismo herdadas do Reino Unido, ao adotar a charia e outras leis baseadas no Islã. Os anos 1990 foram caracterizados por um sistema político de coalizão dominado pelo PPP e pela Liga Muçulmana
De caráter completamente voluntário, as Forças Armadas do Paquistão são as sétimas maiores do mundo. As três principais forças são o Exército, a Marinha e a Força Aérea, apoiadas por algumas organizações paramilitares responsáveis pela segurança interna e pela patrulha das fronteiras.
O Paquistão é uma potência nuclear e as forças armadas paquistanesas estão entre os maiores contribuintes de tropas para operações de manutenção da paz das Nações Unidas; mais de 10 000 homens foram empregados nessa área em 2007.[70] O Paquistão enviou um contingente à primeira guerra do Golfo.
Direitos humanos
[editar | editar código-fonte]Embora o Paquistão tenha sido criado sob princípios democráticos, como liberdade de expressão, de religião e de imprensa, golpes militares no país são comuns e, desde a independência, ele foi governado por ditadores militares que se declaram presidentes. As eleições gerais paquistanesas de 2013 foram as primeiras eleições no país onde houve uma transferência constitucional de poder de um governo civil para outro.[71] As eleições paquistanesas, apesar de serem parcialmente livres, estão repletas de irregularidades, como, entre outras, compra de voto, uso de ameaças e coerção, discriminação entre muçulmanos e não muçulmanos e muitas outras violações.[71][72][73] Além disso, o governo local admitiu em várias ocasiões que não tem absolutamente nenhum controle sobre o Exército e as agências de segurança relacionadas.[74][75] Em 2010, a Foreign Policy classificou o Paquistão como o número 10º Estado falido do mundo, colocando-o na categoria "crítica" ao lado de outros países como Afeganistão, República Democrática do Congo e Somália.[75][76]
Em geral, a liberdade de imprensa é permitida, mas todos os relatórios críticos da política do governo ou dos militares são censurados. Os jornalistas enfrentam ameaças e violências generalizadas, sendo que o Paquistão é um dos piores países para ser jornalista, com um total de 61 mortos desde setembro de 2001 e pelo menos 6 assassinados em 2013.[77][78][79] As estações de TV e os jornais são rotineiramente fechados pela série de reportagens críticas ao governo ou às forças armadas.[80][81][82]
Os não muçulmanos no Paquistão não podem ser primeiro-ministro ou presidente, mesmo que sejam cidadãos paquistaneses.[83][84] A Lei de Blasfêmia do Paquistão, segundo os críticos, é usada para perseguir minorias religiosas e aproveitada também para vinganças pessoais".[85] Os muçulmanos Ahmadi são sujeitos a perseguições e discriminação significativas e são considerados "não muçulmanos".[86] Todas as minorias religiosas sofrem ataquesː cristãos, hindus, Ahmadi, Xiitas, Sufistas e Sikhs. Esses ataques são geralmente atribuídos a extremistas religiosos, mas algumas leis do Código Penal do Paquistão e a inação do governo só fizeram com que esses ataques aumentassem.[87] O epitáfio do cientista Abdus Salam, muçulmano ahmadi, falecido em 1996 e sepultado no Paquistão, inicialmente dizia: "Primeiro Prêmio Nobel Muçulmano". O governo paquistanês removeu "muçulmano" e deixou apenas seu nome na lápide. É a única nação a declarar oficialmente que os Ahmadis não são muçulmanos.[88][89][90]
Em 2019, o professor universitário Junaid Hafeez foi condenado à morte por blasfémia. Foi acusado de dirigir um grupo secreto no Facebook e de ter insultado Maomé e o Alcorão em 2013, encontrando-se na prisão desde essa altura. Foi também acusado de acolher Qaisra Shahraz, uma famosa romancista britânica de origem paquistanesa, como oradora convidada e partilhando observações blasfemas contra o Islão durante uma palestra. O seu primeiro advogado, Rashid Rehman, já tinha sido morto a tiro no seu escritório em 2014 depois de aceitar a sua defesa.[91][33]
Tahir Ahmed Naseem, um cidadão americano de Illinois, foi morto a 29 de julho de 2020 numa sala de tribunal em Peshawar. De acordo com o Departamento de Estado dos Estados Unidos, Naseem tinha sido atraído ao Paquistão a partir da sua casa em Illinois por indivíduos que depois usaram as leis de blasfémia do Paquistão para o prender. Naseem foi atingido com 6 tiros por um jovem local de 15 anos de idade. Milhares de pessoas apoiaram o seu assassino como um herói.
A violência de género no Paquistão é um problema social endêmico. De acordo com um estudo realizado em 2009 pela Human Rights Watch, estima-se que entre 70 e 90 por cento das mulheres e meninas no Paquistão sofreram algum tipo de abuso.[92] Cerca de 5 mil mulheres são mortas por ano por conta de violência de género, a qual compreende também cerca de mil mortes pelos chamados crimes de "honra", sendo que milhares de outras são mutiladas ou incapacitadas.[93][94] A maioria das vítimas não tem recursos jurídicos. As autoridades responsáveis pela aplicação da lei não consideram a violência de género como um crime e geralmente se recusam a registrar quaisquer casos deste tipo. Dado os poucos abrigos de mulheres no país, as vítimas têm capacidade limitada de escapar de situações violentas.[95]
Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Nacional de Pesquisas da População do Paquistão (National Institute of Population Studies), com assistência de organismos internacionais, referente a 2017-18, concluiu que as mulheres do Paquistão têm pouca escolaridade, são abusadas física e mentalmente e não têm acesso a informações e serviços financeiros. Cerca de metade das mulheres pesquisadas, de idades entre 15 e 49 anos, são analfabetas. Apenas cerca de 17 por cento fazem parte do mercado de trabalho (contra cerca de 96 por cento no caso dos homens). É comum sofrerem violência física e sexual. A taxa de nascimentos é das mais altas do mundo, cerca de 3,6 nascimentos por mulher. As mulheres estão assim a ser solicitadas a criar uma nova geração numa sociedade que enfrenta já grande escassez de recursos. Ainda de acordo com essa pesquisa, 38% das crianças com menos de cinco anos no Paquistão sofrem de raquitismo e 23% delas estão abaixo do peso normal para a sua idade.[96]
No Paquistão, muitas meninas hindus, sikhs[97] e cristãs, entre os 12 e os dezoito anos de idade, são raptadas, violadas, convertidas à força ao Islão e casadas com homens muçulmanos, no meio da apatia oficial.[98][99][100] Segundo a Fundação Aurat, cerca de mil meninas não muçulmanas são convertidas à força ao Islão no Paquistão todos os anos.[101]
Subdivisões
[editar | editar código-fonte]O Paquistão é uma federação[102] com quatro províncias, um distrito federal e áreas tribais administradas pelo governo federal. O governo paquistanês exerce jurisdição de facto sobre partes da Caxemiraː[nota 1] a chamada Caxemira Livre e as Áreas do Norte. O Paquistão também reivindica o estado indiano de Jammu e Caxemira.
O terceiro nível de divisão administrativa do país é composto por distritos, subdivididos em tehsils e conselhos locais. Cada nível conta com órgãos eleitos. Atualmente há 107 distritos no Paquistão propriamente dito. As áreas tribais compreendem diversas "agências" e seis pequenas regiões de fronteira, enquanto a Caxemira Livre é formada por sete distritos e as Áreas do Norte, por seis.
Províncias
[editar | editar código-fonte]Territórios
[editar | editar código-fonte]Partes da Caxemira administradas pelo Paquistão
[editar | editar código-fonte]- Caxemira Livre (ou Azad Kashmir: "azad" significa "livre" em urdu)
- Guilguite-Baltistão
Economia
[editar | editar código-fonte]O Paquistão é um país em desenvolvimento com um rápido crescimento econômico[103][104][105] (7% anuais por quatro anos consecutivos até 2007.[106][107]) e um grande mercado emergente.[108] Apesar de ter sido um país pobre em 1947, a taxa de crescimento econômico do Paquistão foi mais alta do que a média mundial durante as quatro décadas seguintes. Embora políticas imprudentes tenham reduzido o ímpeto da economia no final dos anos 1990,[109] reformas econômicas recentes voltaram a acelerar o crescimento do país, em especial na área de manufaturas e de serviços financeiros. A situação cambial melhorou consideravelmente, com o acúmulo de divisas. A dívida externa, estimada em cerca de USD 40 bilhões, foi reduzida nos últimos anos devido à assistência do FMI e ao auxílio financeiro dos Estados Unidos.
Estima-se que o PIB paquistanês (PPC) em USD 475,4 bilhões[110] e a renda per capita, em USD 2 942.[110] A taxa de pobreza é estimada entre 23%[111] e 28%.[112] As taxas de crescimento econômico do Paquistão têm sido altas nos últimos cinco anos terminados em 2007, mas as pressões inflacionárias e um baixa poupança nacional, dentre outros fatores, podem dificultar a manutenção desse ritmo.[113][114][115]
A estrutura da economia paquistanesa passou de uma base predominantemente agrícola para outra fortemente ligada ao setor de serviços. A agricultura hoje responde por cerca de 20% do PIB, enquanto o setor de serviços corresponde a 53% do PIB, dos quais 30% referem-se ao comércio de atacado e de varejo. Na agricultura, em 2018, o país era um dos 5 maiores produtores mundiais de cana-de-açúcar, algodão e manga, um dos 10 maiores produtores do mundo de trigo, arroz, cebola e tâmara, além de ter grandes produções de milho, batata, laranja e tangerina, entre outros produtos.[116] Na pecuária, o país era, em 2019, um dos 5 maiores produtores do mundo de leite de cabra, um dos 10 maiores produtores do mundo de leite de vaca e um dos 20 maiores produtores do mundo de carne de frango e carne bovina, entre outros. O país também foi, em 2019, o 9º maior produtor mundial de lã.[117] As maiores exportações de produtos agropecuários processados do país em termos de valor, em 2019, foram: arroz (U$ 4,5 bilhões), açúcar (U$ 0,29 bilhões), carne bovina (U$ 0,21 bilhões), tangerina (U$ 0,14 bilhões), farinha de trigo (U$ 0,12 bilhões), batata (U$ 0,11 bilhões), manga (U$ 0,1 bilhões), especiarias (U$ 73 milhões), tâmara (U$ 71 milhões), algodão (U$ 67 milhões), cebola (U$ 67 milhões), trigo (U$ 66 milhões), entre outros.[118]
Sobre a mineração, o país não tem uma extração de alto valor, mas é um dos maiores produtores do mundo de topázio, turmalina, esmeralda, rubi, peridoto e espinela e está entre os 20 maiores produtores do mundo de urânio,[119] gipsita,[120] grafite[121] e sal.[122]
Na indústria, o Paquistão tinha a 47ª indústria mais valiosa do mundo (US$ 34,6 bilhões) em 2019, de acordo com o Banco Mundial.[123] Neste ano, o país foi o 35ª maior produtor mundial de veículos (186 mil unidades) e o 39ª maior produtor de aço (3,3 milhões de toneladas).[124][125][126] Outros setores das indústrias incluem cimento, fertilizantes, óleo comestível, açúcar, tabaco, produtos químicos, máquinas, processamento de alimentos e instrumentos médicos, principalmente cirúrgicos.[127][128][129] O Paquistão é um dos maiores fabricantes e exportadores de instrumentos cirúrgicos.[130][131] O país tem recebido investimento direto estrangeiro em diversas áreas, como telecomunicações, imóveis e energia.[132][133] Software, construção naval, indústria bélica e segmento aeroespacial também são setores industriais importantes.
A indústria têxtil tem uma posição central no setor manufatureiro do Paquistão. Na Ásia, o Paquistão é o oitavo maior exportador de produtos têxteis, contribuindo com 9,5% do PIB e criando empregos para cerca de 15 milhões de pessoas (cerca de 30% dos 49 milhões de pessoas na força de trabalho). O Paquistão é o quarto maior produtor de algodão, com a terceira maior capacidade de fiação na Ásia, depois da China e da Índia, contribuindo com 5% da capacidade de fiação global. A China é o segundo maior comprador de têxteis do Paquistão, importando US$ 1,5 bilhão em têxteis. Ao contrário dos EUA, onde a maioria dos têxteis de valor agregado são importados, a China compra apenas fios e tecidos de algodão do Paquistão. Em 2012, os produtos têxteis do Paquistão representaram 3,3% ou US$ 1,07 bilhão de todas as importações de têxteis do Reino Unido, 12,4% ou US $ 4,61 bilhões do total das importações de têxteis da China, 3,0% de todas as importações de têxteis dos EUA (US$ 2,98 bilhões), 1,6% do total das importações de têxteis da Alemanha (US$ 880 milhões) e 0,7% do total das importações têxteis indianas (US$ 888 milhões).[134][135]
Em novembro de 2006, China e Paquistão assinaram um acordo de livre comércio com o qual pretendem triplicar o comércio bilateral, de 4,2 bilhões de dólares para 15 bilhões de dólares nos próximos cinco anos. As exportações paquistanesas em 2007 atingiram 20,58 bilhões de dólares.
Turismo
[editar | editar código-fonte]Com as suas diversas culturas, pessoas e paisagens, o Paquistão atraiu cerca de 1 milhão de turistas estrangeiros em 2014, contribuindo com 94,8 bilhões de rupias para a economia do país,[136] o que representou um declínio significativo desde a década de 1970, quando o país recebeu números sem precedentes de turistas estrangeiros devido para a popular trilha Hippie. A trilha atraiu milhares de europeus e estadunidenses nas décadas de 1960 e 1970 que viajaram por terra pela Turquia e Irã até a Índia através do Paquistão.[137] Os principais destinos de escolha para esses turistas foram o Passo Khyber, Pexauar, Carachi, Laore, Suate e Raualpindi.[138] A popularidade declinou após a Revolução Iraniana e da guerra soviético-afegã.[139]
O país continua a atrair anualmente cerca de 500 mil turistas estrangeiros.[140] As atrações turísticas do Paquistão variam desde os manguezais nas estações do monte sul até o Himalaia no nordeste. Os destinos turísticos do país variam das ruínas budistas de Takht-i-Bahi e Taxila, até as cidades de 5 000 anos de idade da civilização do Vale do Indo, como Moenjodaro e Harapa.[141] O Paquistão é o lar de vários picos de montanhas com mais de 7 000 metros.[142] A parte norte do país tem muitas fortalezas antigas, exemplos de arquitetura antiga e os vales de Hunza e Chitral, que abriram a pequena comunidade animista pré-islâmica de kalasha que reivindica a descendência de Alexandre, o Grande. A capital cultural do Paquistão, Laore, contém muitos exemplos da arquitetura mogol, como a Mesquita Badshahi, os Jardins de Shalimar, o Tumba de Jahangir e o Forte de Lahore.
Em outubro de 2006, apenas um ano após o terremoto da Caxemira de 2005, The Guardian lançou o que descreveu como "os cinco melhores locais turísticos no Paquistão", a fim de ajudar a indústria do turismo do país.[143] Os cinco sites incluíram Taxila, Laore, Estrada do Caracórum, Carimabade e Lago Saiful Muluk. Para promover o patrimônio cultural único do Paquistão, o governo organiza vários festivais ao longo do ano.[144] Em 2015, o Índice de Competitividade em Viagens e Turismo do Fórum Econômico Mundial classificou o Paquistão no 125º lugar entre 141 países.[145]
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]Energia
[editar | editar código-fonte]Até o final de 2016, a energia nuclear era fornecida por quatro usinas de energia nuclear comerciais licenciadas.[146] A Comissão de Energia Atômica do Paquistão (PAEC) é a única responsável por operar essas usinas, enquanto a Autoridade Reguladora Nuclear do Paquistão regula o uso seguro da energia nuclear.[147] A eletricidade gerada pelas usinas nucleares comerciais representa cerca de 5,8% da energia elétrica do país, em comparação com 64,2% dos combustíveis fósseis (petróleo bruto e gás natural), 29,9% da energia hidrelétrica e 0,1% do carvão.[148][149][150] O Paquistão é um dos quatro países nucleares (juntamente com a Índia, Israel e Coreia do Norte) que não é parte do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, mas é membro da Agência Internacional de Energia Atômica.[151][152][153]
O KANUPP-I, um reator nuclear de tipo Candu, foi fornecido pelo Canadá em 1971 — a primeira usina comercial de energia nuclear do país. A cooperação nuclear sino-paquistanesa começou no início da década de 1980. Após um acordo de cooperação nuclear sino-paquistanês em 1986,[154] a China forneceu ao Paquistão um reator nuclear chamado CHASNUPP-I para o crescimento industrial e energético do país. Em 2005, os dois países propuseram trabalhar em um plano conjunto de segurança energética, exigindo um enorme aumento da capacidade de geração para mais de 160 mil MWe até 2030. Sob seu programa "Visão de Energia Nuclear 2050", o governo paquistanês planeja aumentar a capacidade de geração de energia nuclear para 40 000 MWe,[155] 8 900 MWe até 2030.[156]
Em junho de 2008, o complexo comercial nuclear foi expandido com o trabalho de instalação e operação dos reatores Chashma-III e Chashma-IV em Chashma, na província de Panjabe, cada um com 325-340 MWe ao custo de 129 bilhões de dólares, dos quais 80 bilhões vieram de fontes internacionais, principalmente a China. Um novo acordo para a ajuda da China com o projeto foi assinado em outubro de 2008 e deu destaque como contraposto ao acordo entre os Estados Unidos e a Índia que logo o precedeu. O custo cotado foi de 1,7 bilhão de dólares, com um componente de empréstimo estrangeiro de 1,07 bilhão de dólares. Em 2013, o Paquistão estabeleceu um segundo complexo nuclear comercial em Carachi com planos de reatores adicionais, semelhante ao de Chashma.[157] A energia elétrica é gerada por várias corporações de energia e distribuída uniformemente pela Autoridade Nacional de Energia Elétrica (NEPRA) entre as quatro províncias. No entanto, a K-Electric, com base em Carachi e a Water and Power Development Authority (WAPDA), gera grande parte da energia elétrica utilizada no Paquistão, além de cobrar receitas em todo o país.[158] Em 2014, o Paquistão tem uma capacidade instalada de geração de eletricidade de cerca de 22,797 MWt.[148]
Transportes
[editar | editar código-fonte]O setor de transportes representa cerca de 10,5% do PIB do país.[159] A infraestrutura do sistema rodoviário do Paquistão é melhor que a da Índia, Bangladexe e Indonésia, mas o sistema ferroviário está atrasado, atrás de Índia e China, sendo que a infraestrutura da aviação também precisa de melhorias.[160] Não há quase nenhum sistema de transporte hidroviário no interior e o transporte costeiro só atende às necessidades locais.[161]
As estradas formam a espinha dorsal do sistema de transporte paquistanês. Com um comprimento total da estrada de 263 942 quilômetros, representa 92% do passageiro e 96% do tráfego de mercadorias no interior do país.[162] Os serviços de transporte rodoviário estão em grande parte nas mãos do setor privado. A National Highway Authority é responsável pela manutenção de rodovias e autoestradas nacionais. O sistema rodoviário depende principalmente das ligações norte-sul que ligam os portos do sul às populosas províncias de Panjabe e Caiber Paquetuncuá. Embora esta rede represente apenas 4,59% do comprimento total da estrada,[162] carrega 85% do tráfego do país.[163][164]
As Pakistan Railways, sob o Ministério das Ferrovias (MoR), operam o sistema ferroviário. De 1947 até a década de 1970, o sistema ferroviário foi o principal meio de transporte até as construções das rodovias nacionais e o boom econômico da indústria automotiva. A partir da década de 1990, houve uma mudança acentuada no trânsito ferroviário para rodovias; a dependência das estradas cresceu após a introdução de veículos no país. Agora, a parcela ferroviária do tráfego interno é inferior a 8% para os passageiros e 4% para o tráfego de mercadorias.[162] À medida que o transporte pessoal começou a ser dominado pelo automóvel, o total de trilhos diminuiu de 8775 quilômetros em 1990-91 para 7791 quilômetros em 2011.[163][165] O Paquistão espera usar o serviço ferroviário para impulsionar o comércio exterior com a China, o Irã e a Turquia.[166][167]
Estima-se que 139 aeroportos e aeródromos no Paquistão — incluindo os militares e os principais aeroportos civis de propriedade pública. Embora o Aeroporto Internacional Jinnah seja a principal porta de entrada internacional para o Paquistão, os aeroportos internacionais em Lahore, Islamabad, Pexauar, Quetta, Faisalabad, Sialkot e Multã também lidam com quantidades significativas de tráfego. A indústria da aviação civil é mesclada com os setores público e privado e foi desregulamentada em 1993. Embora a empresa estatal Pakistan International Airlines (PIA) seja a transportadora aérea principal e dominante, respondendo por cerca de 73% dos passageiros domésticos e todo o frete doméstico, companhias aéreas privadas, como Airblue, Shaheen Air International e Air Indus, também oferecem serviços similares a baixo custo. Os principais portos marítimos estão em Carachi, Sinde (Porto de Carachi e Porto de Qasim).[163][165] Desde a década de 1990, algumas operações marítimas foram movidas para o Balochistão com a construção dos portos de Gwadar e Gadani.[163][165] De acordo com o Relatório de Competividade Global do Fórum Econômico Mundial, a qualidade da infraestrutura portuária do Paquistão aumentou de 3,7 para 4,1 pontos entre 2007 e 2016.[168]
Educação
[editar | editar código-fonte]A constituição do Paquistão exige que o Estado ofereça ensino primário e secundário gratuito.[169][170] Na época do estabelecimento do Paquistão como um Estado, o país tinha apenas uma universidade, a Universidade de Panjabe em Lahore.[171] O governo do Paquistão então estabeleceu universidades públicas em cada uma das quatro províncias, incluindo a Universidade de Sinde (1949), Universidade de Pexauar (1950), Universidade de Carachi (1953) e Universidade do Balochistão (1970). O Paquistão tem uma grande rede de universidades públicas e privadas, que inclui a colaboração entre as universidades visando o fornecimento de oportunidades de pesquisa e educação superior no país, embora haja preocupação com a baixa qualidade do ensino em muitas das escolas mais novas.[172]
A taxa de alfabetização da população é de ~58%. A taxa de alfabetização masculina é de 70,2%, enquanto a taxa de alfabetização feminina é de 46,3%.[173] As taxas de alfabetização variam de acordo com a região e particularmente pelo sexo; como um exemplo, a alfabetização feminina em áreas tribais é de apenas 3,0%.[174] Com o advento da literacia informática em 1995, o governo lançou uma iniciativa nacional em 1998 com o objetivo de erradicar o analfabetismo e proporcionar uma educação básica a todas as crianças.[175] Através de várias reformas educacionais, até 2015, o Ministério da Educação espera alcançar níveis de inscrição de 100,00% entre crianças em idade escolar e uma taxa de alfabetização de 86% entre pessoas com mais de 10 anos.[176] Atualmente, o Paquistão gasta 2,2% de seu PIB em educação;[177] segundo o Instituto de Ciências Sociais e Políticas, o índice é um dos mais baixos da Ásia Meridional.[178]
Saúde
[editar | editar código-fonte]As despesas com assistência foram de 2,8% do PIB em 2013. A expectativa de vida no nascimento foi de 67 anos para as mulheres e 65 anos para os homens em 2013.[179] O setor privado representa cerca de 80% das visitas ambulatoriais. Aproximadamente 19% da população e 30% das crianças com menos com cinco anos de idade estão desnutridas.[180] A mortalidade dos menores de cinco anos foi de 86 por 1 000 nascidos vivos em 2012.[179]
Os serviços de saúde são tidos como inadequados em muitos lugares do país. Hospitais com bom funcionamento geralmente só são encontrados em cidades maiores. Além disso, existem más condições de higiene e falta de água potável em demasiadas regiões rurais, o que promove a propagação de doenças gastrointestinais e epidemias como tuberculose, malária e hepatite. De acordo com a organização não governamental Médicos sem Fronteiras, a cólera também foi endêmica em 2010, com a desnutrição aumentando a suscetibilidade a doenças.[181] Em 2015, 20% da população era considerada desnutrida, principalmente crianças.[182] É correspondentemente alta a mortalidade infantil: cerca um décimo das crianças morrem antes dos cinco anos. Além do Afeganistão, o Paquistão é o único país do mundo onde a poliomielite ainda é endêmica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) está envidando esforços para eliminar a doença por meio de programas de vacinação.[183]
Cultura
[editar | editar código-fonte]O Paquistão possui uma rica e singular cultura que preserva tradições estabelecidas ao longo da história. Muitos hábitos, alimentos, monumentos e santuários são herança dos impérios mogol e afegão. O traje nacional, chamado shalwar qamiz, é proveniente de invasores nômades turco-iranianos da Ásia Central. Nos centros urbanos os trajes ocidentais são populares entre a juventude e os empresários.
A sociedade paquistanesa é multilinguística e predominantemente muçulmana, que tem em alta conta os valores familiares tradicionais, embora as famílias urbanas tenham adotado o sistema do núcleo familiar, devido às restrições socioeconômicas impostas pelo sistema tradicional. As últimas décadas assistiram ao surgimento de uma classe média em cidades como Carachi, Laore, Raualpindi, Haiderabade, Faiçalabade e Pexauar, cujos integrantes são considerados liberais,[184] por oposição às regiões a noroeste, na fronteira com o Afeganistão, que permanecem conservadoras e dominadas por costumes tribais centenários. A globalização aumentou a influência da cultura ocidental no país. Cerca de quatro milhões de paquistaneses vivem no exterior,[185] dos quais quase meio milhão residem nos Estados Unidos[186] e cerca de uma milhão, na Arábia Saudita.[187] Aproximadamente um milhão de descendentes de paquistaneses vivem no Reino Unido.[188]
Música e literatura
[editar | editar código-fonte]A música paquistanesa vai de melodias folclóricas provinciais e estilos tradicionais até formas modernas que fundem música ocidental e tradicional. A chegada de refugiados afegãos nas províncias ocidentais reavivou a música pastó e persa e transformou Pexauar num foco para músicos afegãos e num centro de distribuição da música do Afeganistão.
A atual literatura paquistanesa é composta em urdu, sindi, panjabi, pastó, balúchi e inglês. No passado, também era expressa em persa. Antes do século XIX, constituía-se de poesia lírica e material religioso, místico e popular. Atualmente, o gênero de contos é particularmente popular. O poeta nacional paquistanês, Muhammad Iqbal, escreveu principalmente em persa, além de urdu, tratando de temas da filosofia islâmica.
O expoente mais conhecido da literatura urdu contemporânea é Faiz Ahmed Faiz. Mirza Kalich Beg é considerado o pai da prosa sindi moderna. A tradição literária pastó contém poesia lírica e poemas épicos. Na língua balúchi, canções e baladas são populares.
Arquitetura
[editar | editar código-fonte]A arquitetura da região correspondente ao atual Paquistão passou por quatro períodos históricos distintos, o pré-islâmico, o islâmico, o colonial e o pós-colonial.
A civilização do Vale do Indo, surgida em meados do terceiro milênio a.C., permitiu o desenvolvimento de uma cultura urbana avançada pela primeira vez na área, com grandes instalações estruturais que, em alguns casos, ainda existem. Moenjodaro, Harapa e Kot Diji pertencem à era de assentamentos pré-islâmicos. A chegada do budismo e a influência persa e grega levou ao desenvolvimento do estilo greco-budista a partir do século I. O zênite desta época foi o estilo Gandara. As ruínas do mosteiro budista de Takht-i-Bahi, em Caiber Paquetuncuá, são um exemplo da arquitetura budista.
A chegada do Islã na região provocou o fim súbito da arquitetura budista. Ocorreu então uma transição para uma arquitetura islâmica sem representação de imagens. O edifício mais importante do estilo persa é a tumba do Xá Rukn-i-Alam, em Multã. Durante a era mogol, elementos artísticos da arquitetura islâmico-persa produziram formas frequentemente alegres da arquitetura hindustâni. Lahore, residência episódica dos governantes mogóis, contém um bom número de edifícios importantes da era mogol, como a mesquita Badshahi, a fortaleza de Lahore e a mesquita Wazir Khan, dentre outros.
A era colonial britânica assistiu à construção de edifícios do estilo indo-europeu, com uma mescla de elementos europeus e indo-islâmicos. A identidade nacional pós-colonial é expressa por estruturas modernas como a mesquita Faisal, o Minar-e-Pakistan e o Mazar-e-Quaid.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Ásia
- Lista de Estados soberanos
- Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da Ásia
- Missões diplomáticas do Paquistão
Notas e referências
Notas
- ↑ A região da Caxemira é reivindicada pela Índia e pelo Paquistão. Os dois países e a China administram, separadamente, porções da região; as partes administradas pela Índia e Paquistão são separadas pela Linha de Controle. A fronteira sino-paquistanesa não é reconhecida pela Índia, que se refere à Caxemira Livre e às Áreas do Norte, administradas pelo Paquistão, como "Caxemira Ocupada pelo Paquistão".
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