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Eclipse lunar de 28 de setembro de 2015

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Eclipse Lunar Total
28 de setembro de 2015

Eclipse da Superlua visto em Murrieta, Califórnia - 2:52 UTC

A Lua cruzando dentro da região sul do cone de sombra da Terra, de oeste para leste (da direita para a esquerda), com o disco lunar avermelhado durante a totalidade.
Gamma −0.3296
Saros (e membro) 137 (26 de 78)
Sequência de eclipses lunares
Anterior 4 de abril de 2015
Próximo 23 de março de 2016
Duração (hr:mn:sc)
Total 1:11:55
Parcial 3:19:52
Penumbral 5:10:40
Fases e Horários do Eclipse (UTC)
P1 0:11:47
U1 1:07:11
U2 2:11:10
Máximo 2:47:08
U3 3:23:05
U4 4:27:03
P4 5:22:27

A lua cruza o cone de sombra na constelação de Peixes, passando de oeste para leste (da direita para a esquerda). Urano, de magnitude 5.7, pôde ser visto com binóculos, a 16 graus a leste da Lua totalmente eclipsada.

O eclipse lunar de 28 de setembro de 2015 foi um eclipse total, o segundo de dois eclipses lunares do ano. Ocorreu entre os dias 27 e 28 de setembro de 2015 ao redor da Terra. Foi visto domingo à noite, 27 de setembro, nas Américas; enquanto na Europa, na África e no Oriente Médio, foi vistos nas primeiras horas (entre a madrugada e a manhã) de segunda-feira, 28 de setembro.

Foi o último de dois eclipses lunares totais em 2015, marcando o final da série conhecida como tétrade (quatro eclipses totais da Lua seguidos). Os eclipses totais anteriores da tétrade foram em 15 de abril de 2014, 8 de outubro de 2014 e 4 de abril de 2015.

A próxima tétrade será entre 2032 e 2033, quando ocorrerá os eclipses totais de 25 de abril de 2032, 18 de outubro de 2032, 14 de abril de 2033, e de 8 de outubro de 2033.

O eclipse coincidiu com o fenômeno conhecido como Superlua, que é a lua cheia próxima de seu perigeu, fazendo com que o disco lunar ficasse relativamente maior e mais brilhante que o normal. Dessa forma, foi por vezes chamado como "Eclipse da Superlua", ou ainda de "Eclipse Total da Superlua". Durante a lua vermelha, ela estava apenas 59 minutos de arco mais próxima da Terra, sendo o maior aproximação de 2015. Seu diâmetro aparente foi maior que 34', visto diretamente acima da costa do nordeste do Brasil.[1][2]

Teve magnitude umbral de 1,2764 e penumbral de 2,2296. A totalidade durou cerca de 72 minutos.[3] Contudo, o eclipse foi mais escuro que o esperado, provavelmente devido a erupções do vulcão Calbuco em abril do mesmo ano.[4]

A Lua cruzou dentro da parte sul do cone de sombra da Terra, em nodo descendente, dentro da constelação de Peixes, próximo à extremidade nordeste da constelação de Cetus (Baleia). Também ficou próxima à Urano, de magnitude 5.7, visível apenas com o auxílio de um binóculo, e localizado a 16 graus a leste da "lua vermelha".


Eclipse pertencente ao ciclo lunar Saros de série 137, sendo este de número 26, num total de 78 eclipses na série. O último eclipse deste ciclo foi o eclipse total de 16 de setembro de 1997, que também tinha coincidido com o perigeu lunar, e portanto, foi um "Eclipse da Superlua". O próximo eclipse do ciclo será com o eclipse total de 8 de outubro de 2033, também um "Eclipse Total da Superlua" e que marcará o fim da próxima temporada de tétrades (2032-2033).

Foi visível sobre as Américas, Europa, África, faixa leste do Pacífico e oeste da Ásia, incluindo o Oriente Médio.


Região do planeta onde o eclipse foi visível durante o máximo da totalidade - 2:47 UTC.
A região da América do Sul, sobretudo do Nordeste brasileiro, obteve a melhor observação do meio do eclipse, de onde foi visível à meia-noite.

Aparência simulada da Terra com anel atmosférico de refração da luz solar, avermelhado, durante o máximo da totalidade.

Mapa de visibilidade do eclipse


Ver artigo principal: Eclipse lunar
Este vídeo animado explica o Eclipse Total da Superlua de 27 de setembro de 2015.

Um eclipse lunar ocorre quando a Lua passa dentro da umbra da Terra (sombra). Quando o eclipse começa, a sombra da Terra escurece gradualmente a Lua. Então, a sombra começa a "cobrir" parte da Lua, se apresentando com uma cor vermelha-escura (isso geralmente, pois a cor e a tonalidade pode variar de acordo com as condições atmosféricas). A Lua parece ser avermelhada devido à dispersão de Rayleigh (o mesmo efeito que faz com que o pôr-do-Sol apareça avermelhado) e a refração da luz pela atmosfera terrestre em sua sombra.[5]

A simulação abaixo mostra a visão aproximada da Lua que cruza a sombra da Terra. A porção norte da Lua estava mais próxima do centro da sombra, tornando-a mais escura e de aparência mais vermelha, enquanto a parte sul estava ligeiramente mais clara.

Horários do Eclipse

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Horários locais de contatos
Fuso horário
em relação ao fuso
UTC
-7h -6h -5h -4h -3h -2h -1h 0h +1h +2h +3h
PDT
MST
MDT CDT
PET
EDT
BOT
ADT
AMST
ART
GMT
WET
WEST
CET
BST
CEST
EET
MSK−1
EEST
FET
MSK
Eventos Noite de 27 de setembro (domingo) Madrugada / Manhã de 28 de setembro (segunda)
P1 Início Penumbral* N/D† N/D† 7:12 pm 8:12 pm 9:12 pm 10:12 pm 11:12 pm 12:12 am 1:12 am 2:12 am 3:12 am
U1 Início Parcial N/D† 7:07 pm 8:07 pm 9:07 pm 10:07 pm 11:07 pm 12:07 am 1:07 am 2:07 am 3:07 am 4:07 am
U2 Início Total 7:11 pm 8:11 pm 9:11 pm 10:11 pm 11:11 pm 12:11 am 1:11 am 2:11 am 3:11 am 4:11 am 5:11 am
Máximo do Eclipse 7:47 pm 8:47 pm 9:47 pm 10:47 pm 11:47 pm 12:47 am 1:47 am 2:47 am 3:47 am 4:47 am 5:47 am
U3 Término Total 8:23 pm 9:23 pm 10:23 pm 11:23 pm 12:23 am 1:23 am 2:23 am 3:23 am 4:23 am 5:23 am 6:23 am
U4 Término Parcial 9:27 pm 10:27 pm 11:27 pm 12:27 am 1:27 am 2:27 am 3:27 am 4:27 am 5:27 am 6:27 am N/D†
P4 Término Penumbral 10:22 pm 11:22 pm 12:22 am 1:22 am 2:22 am 3:22 am 4:22 am 5:22 am 6:22 am N/D† N/D†

† A Lua não foi visível durante esta parte do eclipse neste fuso horário.

* A fase penumbral do eclipse muda a aparência da Lua levemente, quanto ao brilho e escurecimento sutil da superfície, e geralmente não é perceptível.[6]

Pontos de contato lunar relativos às sombras umbral e penumbral da Terra, aqui com a Lua perto de seu nodo descendente

O tempo de eclipses lunares totais é determinado pelos seus contatos:

  • P1 (Primeiro contato): Início do eclipse penumbral. Uma extremidade da Lua já entra na penumbra terrestre.
  • U1 (Segundo contato): Início do eclipse parcial. Uma extremidade da Lua entra na umbra terrestre.
  • U2 (Terceiro contato): Início do eclipse total. A superfície da Lua está inteiramente dentro da umbra da Terra.
  • Máximo do Eclipse: É o estágio máximo do eclipse total. A Lua está no seu ponto mais próximo do centro da umbra da Terra.
  • U3 (Quarto contato): Fim do eclipse total. Uma extremidade da Lua sai da umbra terrestre.
  • U4 (Quinto contato): Fim do eclipse parcial. Uma extremidade da Lua sai da penumbra terrestre.
  • P4 (Sexto contato): Fim do eclipse penumbral. A Lua já sai totalmente da penumbra da Terra.



Referências

  1. Sky and Telescope
  2. Here’s the Scoop on Sunday’s Supermoon Eclipse, Bob King
  3. F. Espenak. «Total Lunar Eclipse of 2015 September 28» (PDF). NASA Eclipse Website. Consultado em 8 de agosto de 2017 
  4. «Why Was September's Lunar Eclipse So Dark? - Universe Today». Universe Today. 5 de outubro de 2015. Consultado em 8 de agosto de 2017 
  5. Fred Espenak & Jean Meeus. «Visual Appearance of Lunar Eclipses». NASA. Consultado em 13 de abril de 2014 
  6. Espenak, Fred. «Lunar Eclipses for Beginners». MrEclipse. Consultado em 7 de abril de 2014 
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