Saltar para o conteúdo

Haliotis rufescens

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Navegação no histórico de edições: ← ver edição anterior (dif) ver edição seguinte → (dif) ver última edição → (dif)
Como ler uma infocaixa de taxonomiaHaliotis rufescens
Vista superior e inferior de H. rufescens. A estrutura calcária e enrolada, em sua superfície externa, é um tubo de Polychaeta.
Vista superior e inferior de H. rufescens. A estrutura calcária e enrolada, em sua superfície externa, é um tubo de Polychaeta.
H. rufescens com incrustações de organismos marinhos (Thoracica).
H. rufescens com incrustações de organismos marinhos (Thoracica).
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Clado: Vetigastropoda
Classe: Gastropoda
Superfamília: Haliotoidea
Família: Haliotidae
Género: Haliotis
Linnaeus, 1758[1]
Espécie: H. rufescens
Nome binomial
Haliotis rufescens
Swainson, 1822[1]
Sinónimos
Haliotis californiana Valenciennes, 1832
Haliotis ponderosa C. B. Adams, 1848
Haliotis hattorii Bartsch, 1940
(WoRMS)[1]

Haliotis rufescens (em inglês red abalone) é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Haliotidae. Foi classificada por Swainson, em 1822. É nativa do nordeste do oceano Pacífico, em águas rasas da costa oeste da América do Norte.[1][2][3]

Abalones têm sido utilizados nesta área desde que o Homem chegou. Os americanos nativos comiam a carne de abalone, utilizando conchas inteiras como tigelas e pedaços de conchas para uso em anzóis, raspadores, miçangas, colares e decorações; até mesmo fazendo permutas com as conchas.[4] Sete espécies são descritas na região: Haliotis corrugata, H. cracherodii, H. fulgens, H. kamtschatkana, H. rufescens, H. sorenseni e H. walallensis.[5]

Descrição da concha

[editar | editar código-fonte]

Concha oval e relativamente plana,[6] com até 30 centímetros[3] e de coloração vermelho-tijolo, sendo a maior espécie em sua área de ocorrência.[2] Seu exterior é áspero, com irregulares estrias espirais e grossas linhas de crescimento radiais, por vezes tornando sua superfície ondulada.[6][7][8] Os furos abertos em sua superfície, geralmente de 3 a 4, são ligeiramente elevados e ovais.[2] Região interna da concha madreperolada, iridescente, com tons predominantes de verde e azul.[2][9] Lábio externo se estendendo sobre a superfície interna, normalmente formando uma borda vermelha estreita, dando à espécie o seu nome popular.[2][10] A concha desta espécie, em vida, pode ser recoberta por outros animais marinhos, como cracas e poliquetos; ser roída ou escavada, em indivíduos adultos.[11][12][13]

Distribuição geográfica

[editar | editar código-fonte]

Haliotis rufescens ocorre em águas rasas, desde a zona entremarés até profundidades de cerca de 150 metros,[3] mas geralmente entre 5 e 15 metros, em áreas rochosas do nordeste do oceano Pacífico, de Sunset Bay, no Oregon (Estados Unidos), até Bahía Tortugas, na península da Baixa Califórnia (no oeste do México); nas ilhas Farallon e nas ilhas do canal da Califórnia. Mais de 800 indivíduos foram transportados pelo "Department of Fish and Game", em 1956, para a ilha de Santa Catalina. Em 1958, cerca de 300 indivíduos foram transportados para Washington, onde foram colocados nas proximidades do estreito de Juan de Fuca.[2][4] Agora também ocorre na costa chilena.[14]

Pesca e conservação

[editar | editar código-fonte]

Esta foi a principal espécie comercialmente pescada para a indústria de alimentos e joalheria nos Estados Unidos, agora protegida. É também a espécie sobre a qual a maior parte do interesse em aquicultura marinha esteve focado, tanto por grupos públicos quanto por privados;[4] tendo a sua cultura introduzida no Chile no ano de 1977.[14] O molusco também é afetado pela síndrome causada por uma bactéria denominada Candidatus Xenohaliotis californiensis,[15] além de ser hospedeiro do pequeno gastrópode Pyramidellidae ectoparasita Odostomia tenuisculpta Carpenter, 1864[1] (ex Evalea tenuisculpta).[16]

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f «Haliotis rufescens» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 10 de maio de 2016 
  2. a b c d e f Cox, Keith W. (1962). «California Abalones, Family Haliotidae» (em inglês). Calisphere. pp. 28–29. Consultado em 10 de maio de 2016 
  3. a b c ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 19. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  4. a b c Anderson, Genny (2003). «Abalone Species Diversity» (em inglês). Marine Science Home Page. 1 páginas. Consultado em 10 de maio de 2016 
  5. «Abalone» (PDF) (em inglês). California Department of Fish and Wildlife. 1 páginas. Consultado em 10 de maio de 2016 
  6. a b OLIVER, A. P. H.; NICHOLLS, James (1975). The Country Life Guide to Shells of the World (em inglês). England: The Hamlyn Publishing Group. p. 20. 320 páginas. ISBN 0-600-34397-9 
  7. Delsing, Jan (4 de setembro de 2009). «Haliotis rufescens Swainson, 1822 - Red abalone (vista superior)» (em inglês). BioLib. 1 páginas. Consultado em 10 de maio de 2016 
  8. «ABALONE» (em inglês). ABALONE AQUACULTURE. 1 páginas. Consultado em 10 de maio de 2016 
  9. Delsing, Jan (4 de setembro de 2009). «Haliotis rufescens Swainson, 1822 - Red abalone (vista inferior)» (em inglês). BioLib. 1 páginas. Consultado em 10 de maio de 2016 
  10. Christopher (19 de setembro de 2015). «Three red abalone in cooler; Sea Ranch, CA; September 2015 - Red Abalone (Haliotis rufescens).» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 10 de maio de 2016 
  11. Wolf, Ron (23 de dezembro de 2007). «Red Abalone (Haliotis rufescens). Pigeon Point. San Mateo Co., Calif.» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 10 de maio de 2016 
  12. «Haliotis rufescens Swainson, 1822» (em inglês). Idscaro. 1 páginas. Consultado em 10 de maio de 2016 
  13. Vargas, L.; Quijón, P.; Bertrán, C. (2005). «Polychaete infestation in cultured abalone (Haliotis rufescens Swainson) in Southern Chile» (em inglês). Comunidad y Biodiversidad A.C. 1 páginas. Consultado em 10 de maio de 2016 
  14. a b Flores-Aguilar, Roberto A.; Gutiérrez, Alfonso; Ellwanger, Andrés; Searcy-Bernal, Ricardo (setembro de 2007). «Development and current status of abalone aquaculture in Chile» (em inglês). Journal of Shellfish Research (National Shellfisheries Association) - BioOne. 1 páginas. Consultado em 10 de maio de 2016 
  15. González, R. C.; Brokordt, K.; Lohrmann, K. B. (2012). «Physiological performance of juvenile Haliotis rufescens and Haliotis discus hannai abalone exposed to the withering syndrome agent» (em inglês). Comunidad y Biodiversidad A.C. 1 páginas. Consultado em 10 de maio de 2016 
  16. Maguire, Athena K.; Rogers-Bennett, Laura (2013). «An ectoparasitic snail (Evalea tenuisculpta) infects red abalone (Haliotis rufescens) in northern California» (em inglês). California Fish and Game 99(2). pp. 80–89. Consultado em 10 de maio de 2016 
Ícone de esboço Este artigo sobre moluscos, integrado no Projeto Invertebrados é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.