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NGC 5128

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NGC 5128
NGC 5128
NGC 5128 (Centaurus A)
Descoberto por James Dunlop
Data de descoberta 29 de Abril de 1826
Dados observacionais (J2000)
Constelação Centaurus
Tipo lenticular (S0)
Asc. reta 13h 25m 29,0s
Declinação -43° 00' 58"
Distância 13.7 ± 0.9 anos-luz (kpc)
Magnit. apar. 6,6
Dimensões 25,7' × 20,0'
Outras denominações
Centaurus A, 5128, ESO 270-9, IRAS13225-4245, MCG -7-28-1, AM 1322-424, ARP 153, PRC C-45, PGC 46957, PKS 1322-427
Mapa

Centaurus A (NGC 5128) é uma galáxia lenticular (S0) localizada na direção da constelação de Centaurus. Possui uma declinação de -43° 00' 58" e uma ascensão recta de 13 horas, 25 minutos e 29,0 segundos.

A galáxia NGC 5128 foi descoberta em 29 de Abril de 1826 por James Dunlop. Centaurus A está localizada a cerca de 14 milhões de anos-luz de distância, na constelação Centaurus. É uma das radiogaláxias próximas à Terra, razão pela qual o seu núcleo galáctico ativo foi amplamente estudado por astrônomos profissionais.[1] É a quinta galáxia mais brilhante do céu,[1] tornando-se assim num objetivo ideal para a astronomia amadora,[2] embora a galáxia somente seja visível do hemisfério Sul e de baixas latitudes norte.

Um jato que extrai energia da zona que se acredita que seja um buraco negro supermassivo no centro da galáxia é o responsável pelas emissões de raios X e rádio. Com as observações de rádio feitas durante um prazo de dez anos, os astrônomos determinaram que a parte interior do jato move-se com a metade da velocidade da luz. Os raios X são produzidos pelas colisões do jato com os gases circundantes, gerando assim partículas muito energéticas.

Como se observa em outras galáxias starburst, uma colisão é responsável pela intensa formação de estrelas. Usando o Telescópio Espacial Spitzer os cientistas confirmaram que Centaurus A está atravessando uma colisão galáctica devorando uma galáxia espiral.

Centaurus A pode ser descrita como uma galáxia de morfologia peculiar. Como se vê da Terra, a galáxia é parecida com uma galáxia lenticular ou elíptica com uma vereda de poeira superposta.[3] A peculiaridade desta galáxia foi identificada em 1847 por John Herschel, e a galáxia foi incluída no "Atlas de Galáxias Peculiares" (publicado em 1966) como um dos melhores exemplos de uma galáxia "perturbada" com absorção de poeira.[4] A estranha morfologia da galáxia é geralmente reconhecida como o resultado de uma fusão entre duas pequenas galáxias.[5]

Esta galáxia é composta principalmente de estrelas vermelhas evoluídas.[3] O disco de poeira, porém, é o sítio de formações estelares mais recentes;[1] cerca de 100 regiões de formação de estrelas foram identificadas no disco.[6]

Uma supernova foi detectada em Centaurus A.[7] A supernova, chamada SN 1986G, foi descoberta dentro da vereda negra de Centaurus A por R. Evans em 1986.[8] A supernova foi identificada mais tarde como sendo uma supernova tipo Ia.[9] Esse tipo de supernova ocorre quando a massa de uma anã branca se torna maior do que a massa máxima que pode sustentar o peso das camadas exteriores da estrela. Esse fenômeno ocorre, por exemplo, quando essa anã branca faz parte de um sistema de binário e recebe matéria da outra estrela. SN 1986G foi usada para demonstrar que o espectro das supernovas de tipo Ia não é o mesmo em todas elas e que podem ser diferentes no jeito como mudem a sua luminosidade ao longo do tempo.[9]

Galáxias próximas e aglomerados galácticos

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Centaurus A fica no centro de um dos dois subgrupos dentro do Grupo Centaurus A/M83, um aglomerado de galáxias próximo.[10] Galáxia Cata-vento do Sul fica no centro de outro subgrupo. Estes dois grupos são às vezes identificados como um único grupo[11][12] e às vezes identificados como dois grupos.[13] Contudo, as galáxias em torno de Centaurus A e a M83 ficam próximas umas das outras e ambos os subgrupos não parecem ter um movimento relativo entre eles.[14] O aglomerado Centaurus A/M83 fica no Super aglomerado de Virgo.

Astronomia amadora

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Centaurus A encontra-se localizada a 4° a norte de Omega Centauri, um aglomerado globular visível a olho nu.[2] A galáxia possui uma grande superfície luminosa e um tamanho angular relativamente grande, por isso é o objetivo ideal para as observações de astrônomos amadores. O vulto brilhante central e a vereda de poeira escura são visíveis até mesmo com grandes prismáticos,[2] e a estrutura adicional pode ser observada em grandes telescópios.[2]

Referências

  1. Ir para: a b c F. P. Israel (1998). «Centaurus A - NGC 5128». Astronomy and Astrophysics Review: 237–278. doi:10.1007/s001590050011 
  2. Ir para: a b c d D. J. Eicher (1988). The Universe from Your Backyard. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 0-521-36299-7 
  3. Ir para: a b A. Sandage, J. Bedke (1994). Carnegie Atlas of Galaxies. Washington, D.C.: Carnegie Institution of Washington. ISBN 0-87279-667-1 
  4. H. Arp (1966). «Atlas of Peculiar Galaxies». Astrophysical Journal Supplement. 14: 1–20. doi:10.1086/190147 
  5. W. Baade, R. Minkowski (1954). «On the Identification of Radio Sources». Astrophysical Journal. 119: 215–231. doi:10.1086/145813 
  6. P. W. Hodge, R. C. Kennicutt Jr. (1982). «An atlas of H II regions in 125 galaxies». Astrophysical Journal. 88: 296–328. doi:10.1086/113318 
  7. «NASA/IPAC Extragalactic Database». Results for extended name search on Centaurus A. Consultado em 7 de março de 2007 
  8. R. Evans, R. H. McNaught, C. Humphries (1986). «Supernova 1986G in NGC 5128». IAU Circular. 4208 
  9. Ir para: a b M. M. Phillips, a.C. Phillips, S. R. Heathcote, V. M. Blanco, D. Geisler, D. Hamilton, N. B. Suntzeff, F. J. Jablonski, J. E. Steiner, A. P. Cowley, P. Schmidtke, S. Wyckoff, J. B. Hutchings, J. Tonry, M. A. Strauss, J. R. Thorstensen, W. Honey, J. Maza, M. T. Ruiz, A. U. Landolt, A. Uomoto, R. M. Rich, J. E. Grindlay, H. Cohn, H. A. Smith, J. H. Lutz, R. J. Lavery, A. Saha (1987). «The type 1a supernova 1986G in NGC 5128 - Optical photometry and spectra». Publications of the Astronomical Society of the Pacific. 99: 592–605. doi:10.1086/132020 
  10. I. D. Karachentsev, M. E. Sharina, A. E. Dolphin, E. K. Grebel, D. Geisler, P. Guhathakurta, P. W. Hodge, V. E. Karachetseva, A. Sarajedini, P. Seitzer (2002). «New distances to galaxies in the Centaurus A group». Astronomy and Astrophysics. 385: 21–31. doi:10.1051/0004-6361:20020042 
  11. R. B. Tully (1988). Nearby Galaxies Catalog. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 0-521-35299-1 
  12. P. Fouque, E. Gourgoulhon, P. Chamaraux, G. Paturel (1992). «Groups of galaxies within 80 Mpc. II - The catalogue of groups and group members». Astronomy and Astrophysics Supplement. 93: 211–233 
  13. A. Garcia (1993). «General study of group membership. II - Determination of nearby groups». Astronomy and Astrophysics Supplement. 100: 47–90 
  14. I. D. Karachentsev (2005). «The Local Group and Other Neighboring Galaxy Groups». Astronomical Journal. 129: 178–188. doi:10.1086/426368 

Ligações externas

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   NGC 5126  •  NGC 5127  •  NGC 5128  •  NGC 5129  •  NGC 5130