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Operação Escudo Defensivo

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Operação Escudo Defensivo
Segunda Intifada

Soldados israelenses se protegendo atrás de um M-113 em Qalqilya, abril de 2002
Data 29 de março – 10 de maio de 2002
Local Cisjordânia ocupada por Israel (Territórios Palestinos)
Casus belli Série de ataques terroristas palestinos contra a população civil israelense, culminando no massacre da Páscoa
Desfecho Inconclusivo
  • Forças de Defesa de Israel se retiram dos enclaves palestinos na Cisjordânia
  • Queda temporária nos ataques palestinos
  • Segunda Intifada continua até 2005
Beligerantes
 Israel  Autoridade Palestiniana
Comandantes
Ariel Sharon
Shaul Mofaz
Yitzhak Eitan
Yasser Arafat
Mahmoud Tawalbe 
Unidades
Forças de Defesa de Israel Forças de Segurança Nacional Palestinas

Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa
Tanzim
Brigadas Izz ad-Din al-Qassam

Brigadas Al-Quds
Forças
20.000 10.000
Baixas
30 mortos
127 feridos[1]
497 mortos (conforme relatórios da ONU)[2]
1.447 feridos[3][4]
7.000 detidos[2]

Operação Escudo Defensivo[5] (em hebraico: מִבְצָע חוֹמַת מָגֵן) foi uma operação militar israelense de 2002 na Cisjordânia ocupada por Israel durante a Segunda Intifada. Com duração de pouco mais de um mês, foi a maior operação de combate na Cisjordânia desde o início da ocupação de Israel em 1967.

A operação começou com uma incursão israelense em Ramallah, onde Yasser Arafat foi colocado sob cerco em seu complexo. Isso foi seguido por incursões sucessivas nas seis maiores cidades da Cisjordânia e suas localidades vizinhas.[6] Os militares israelenses entraram em Tulkarm e Qalqilya em 1 de abril, em Belém em 2 de abril e em Jenin e Nablus em 3 de abril. De 3 a 21 de abril, as forças israelenses impuseram toques de recolher rigorosos às populações civis palestinas na Cisjordânia e restringiram os movimentos de pessoal internacional, incluindo a proibição de entrada de pessoal humanitário e médico, bem como de monitores de direitos humanos e jornalistas.[7]

Em maio de 2002, as tropas israelenses se retiraram das cidades palestinas na Cisjordânia, mantendo cordões de tropas ao redor de certas cidades e vilas, e também continuaram realizando ataques em áreas povoadas por palestinos.[8]

O relatório das Nações Unidas sobre o assunto afirma: "Combatentes de ambos os lados se comportaram de maneiras que, às vezes, colocaram civis em perigo. Grande parte dos combates durante a Operação Escudo Defensivo ocorreu em áreas densamente povoadas por civis e, em muitos casos, armamento pesado foi usado."[7]

Referências

  1. Israel Ministry of Foreign Affairs See Soldiers who fell in action in Operation Defensive Shield
  2. a b Report of Secretary-General on recent events in Jenin, other Palestinian cities, Press Release. ONU, 1 de agosto de 2002 (doc.nr. SG2077)
  3. «Operation Defensive Shield (2002)» 
  4. «Operation Defensive Shield». Jewish Virtual Library 
  5. Clóvis Rossi (8 de abril de 2002). «Em 10 dias, conflito já matou 200 palestinos». Folha de S.Paulo. Cópia arquivada em 6 de outubro de 2024 
  6. Taylor & Francis Group (2004). Europa World Year Book 2: Kazakhstan-Zimbabwe. ISBN 1-85743-255-X p. 3314.
  7. a b Report of the Secretary-General prepared pursuant to General Assembly resolution ES-10/10 (Report on Jenin). Nações Unidas, 30 de julho de 2002.
  8. "Arafat asks Tenet to pressure Israel, aide says". 4 de Junho de 2002. CNN.