Paranaíba
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Município do Brasil | |||
Ponte do porto Alencastro, Paranaíba. Divisa entre MS e MG. | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | paranaibense[1] | ||
Localização | |||
Localização de Paranaíba em Mato Grosso do Sul | |||
Localização de Paranaíba no Brasil | |||
Mapa de Paranaíba | |||
Coordenadas | 19° 40′ 37″ S, 51° 11′ 27″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Mato Grosso do Sul | ||
Municípios limítrofes | Norte: Lagoa Santa (GO) Nordeste: Itajá (GO) Leste: Carneirinho (MG) Sudeste: Aparecida do Taboado Sul: Aparecida do Taboado Sudoeste: Inocência Oeste: Inocência Noroeste: Cassilândia, Itajá (GO) | ||
Distância até a capital | federal: 693 km estadual: 413 km[2] | ||
História | |||
Fundação | 19 de abril de 1838 (186 anos) | ||
Emancipação | 4 de julho de 1857 (167 anos) - de Miranda[3] | ||
Administração | |||
Distritos | Lista
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Prefeito(a) | Maycol Queiroz (PDT, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [5] | 5 402,778 km² | ||
• Área urbana est. Embrapa[6] | 7,740 km² | ||
População total (est. IBGE/2014[7]) | 41 363 hab. | ||
• Posição | MS: 11º | ||
Densidade | 7,7 hab./km² | ||
Clima | Tropical (Aw) | ||
Altitude [6] | 474 m | ||
Fuso horário | Hora do Amazonas (UTC−4) | ||
CEP | 79.500-000[4] | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[8]) | 0,721 — alto | ||
• Posição | MS: 8º | ||
Gini (PNUD/2010[8]) | 0,49 | ||
• Posição | MS: 58º | ||
PIB (IBGE/2012[9]) | R$ 718 225,816 mil | ||
• Posição | MS: 15º | ||
PIB per capita (IBGE/2012[9]) | R$ 17 750,63 | ||
Sítio | «www.paranaiba.ms.gov.br» (Prefeitura) «www.cmparanaiba.ms.gov.br» (Câmara) |
Paranaíba é um município brasileiro da região Centro-Oeste, situado no estado de Mato Grosso do Sul. Fundada em 1838, Paranaíba teve importante papel na Guerra do Paraguai, pois foi rota de apoio logístico para a fuga dos civis envolvidos nesse conflito. A cidade é equidistante e a meio caminho entre Campo Grande e Uberlândia (MG) (dois importantes centros regionais e de serviços do Cerrado Brasileiro), ficando a pouco mais de 400 km de distância de cada uma. É portanto um importante entreposto comercial para quem costuma transitar entre essas duas cidades.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Paranaíba é uma expressão da língua geral meridional que significa "rio ruim" (paraná = rio; aíba = ruim).[10] Designa o rio de mesmo nome, que banha a cidade.
Origem
[editar | editar código-fonte]Período Pré-Colonial
[editar | editar código-fonte]De acordo com pesquisas arqueológicas desenvolvidas no nordeste do Mato Grosso do Sul, a região seria habitada por grupos humanos a pelo menos 10 milênios[11]. Em Paranaíba, abrigos de cavernas próximos a córregos como o Pedra Branca contém diversos sítios arqueológicos, como o MS-PA-01[12], MS-PA-02 Casa de Pedra[13], MS-PA-03[14], MS-PA-04A[15], MS-PA-04B[16], MS-PA-Triângulo da Serra[17] e MS-PA04C[18], onde foram encontrados fragmentos de ossos de animais, instrumentos de pedra feitos em arenito silicificado, alguns poucos fragmentos cerâmicos mais recentes, estruturas de combustão e grafismos rupestres predominantemente vermelhos. Em geral, os desenhos representam desde animais até formas geométricas, além de figuras abstratas ainda pouco compreendidas[19][20]. Alguns dos carvões encontrados no subsolo desses sítios foram datados pelo método Carbono 14, revelando períodos de ocupação que variam desde 11.400 anos Antes do Presente até 6710 +- 100 anos Antes do Presente[11][21][22].
Essas primeiras populações ameríndias não conheciam a agricultura, vivendo da caça e coleta de alimentos nos vales e morros do atual nordeste sul-matogrossense[19]. Obtinham matéria-prima para produção de ferramentas em afloramentos de arenito, sílex e outras rochas, também se utilizando de fibras vegetais, couro e ossos de animais. Indícios de cultivo e consumo de plantas domesticadas, além da fabricação e uso de cerâmicas para diversos fins datam dos últimos três ou quatro milênios, época em que a presença de povos falantes de idiomas Macro-Jê e Tupi-Guarani é reconhecida em toda a área entre os rios Sucuriú e Paranaíba. Localizados a céu aberto, os sítios arqueológicos MS-PA-05[23], Santana[24], Rio Paranaíba 22 (RP22)[25], Rio Paranaíba 23 (RP23)[26] e Rio Paranaíba 24 (RP24)[27] provavelmente representam antigas aldeias ou acampamentos de caça desses grupos indígenas, sendo identificados instrumentos líticos lascados, além de diversos fragmentos de cerâmicas.
Período Colonial
[editar | editar código-fonte]De acordo com as fontes históricas disponíveis, as primeiras expedições europeias a alcançar as margens do rio Paranaíba se depararam com várias aldeias Kayapó, povo de idioma relacionado ao tronco Macro-Jê[28]. Ao contrário de outros grupos indígenas da região, os Kayapó se concentravam nas zonas de florestas próximas de rios e locais com relevo colinoso, áreas com bastante fertilidade para a caça e plantação, estabelecendo aldeias com casas dispostas ao redor de uma praça descampada[29]. Registros arqueológicos encontrados em vários locais do Sudeste e Centro-Oeste indicam que os Kayapó habitam a região provavelmente desde o início da Era Comum[30][31].
Retratados como um povo guerreiro em documentações do período colonial e imperial, os Kayapó foram submetidos a diversas perseguições e massacres desde a chegada dos primeiros grupos de colonizadores europeus. Esses primeiros contatos ocorreram por meio das bandeiras paulistas do século XVIII, que atravessavam o sertão com o objetivo de capturar indígenas para servirem como escravos. A primeira descrição dos Kaiapó foi elaborada pelo sertanista Capitão Antonio Pires de Campos, o Pai-Pirá, no ano de 1723. Nesse ano, Antônio estava percorrendo o Rio Tietê, passando pelo Rio Grande até o Rio Paranaíba, e afirmou que acima desse curso d’água se encontrava o “gentio chamado Caiapó”. Nesse mesmo documento, Campos afirma que estes se organizavam em aldeias numerosas, cada uma governada por um cacique[32]. Por conseguinte, em 1742, Antônio Pires de Campos iniciou uma guerra contra os Kaiapó, atuando principalmente nas aldeias de Santana, Rio das Pedras e Lanhoso – locais situados atualmente na região do Triângulo Mineiro. Apesar da intensidade dos confrontos, os quais teriam se estendido até meados da década de 1750[33], há registro da presença Kayapó na região de Paranaíba até pelo menos 1848[33].
Século XIX: Fundação do povoado e criação da Vila de Santana do Paranaíba
[editar | editar código-fonte]Durante todo o século XVIII, a região entre os rios Sucuruí e Paranaíba não foi alvo de tentativas consistentes de colonização luso-brasileira. Somente em 1830 vieram os primeiros colonizadores, oriundos de Minas Gerais. Tratava-se das famílias Garcia Leal, Rodrigues da Costa, Correia Neves, Barbosa e Lopes, tendo à frente José Garcia Leal, Januário Garcia Leal Sobrinho e Luís Correia Neves. José Garcia Leal é considerado, ao lado de seu irmão Januário, líder dos colonizadores - seus familiares que estabeleceram fazendas de criação de gado três léguas do povoado de Sant’ana do Paranaíba, seduzidos pelas águas do ribeirão Ariranha e pela fertilidade do solo, que se prestava às várias culturas de subsistência. Luís Correia Neves, por sua vez, estabeleceu-se ao sul da vila, em águas do rio Quitéria[33][34]. Como em todo o contexto rural brasileiro desse período, essas grandes fazendas pioneiras em Paranaíba eram baseadas no trabalho escravo de afro-brasileiros e africanos, os quais foram trazidos em grandes quantidades pelas famílias que se estabeleceram na região.
O povoado original de Santana do Paranaíba começou a tomar forma na primeira metade da década de 1830, portanto, em terreno possivelmente doado por João Alves dos Santos[35]. Em 1836 erguia-se a primeira igreja, pela conjugação de esforços dos Garcia e do Padre Francisco Sales de Souza Fleury, primeiro pároco da freguesia recém-estabelecida. Segundo consta, Ana Angélica de Freitas, esposa do Capitão José Garcia Leal, teria fornecido uma imagem de Nossa Senhora Santana para a igreja[36]. Em 1838, foi criado o distrito administrativo subordinado à comarca de Mato Grosso, com sede em Cuiabá. Para além dos colonizadores pioneiros já citados, a localidade também atraiu migrantes das então Províncias de São Paulo e Minas Gerais. Esse afluxo de pessoas foi facilitado pela abertura da estrada do Piquiri, que ligava Cuiabá ao litoral por meio de rotas que atravessavam Araraquara e Uberaba, obra incentivada pela família Garcia Leal, já que a rota atravessava terras de sua propriedade[36]. O caminho que seguia em direção à Minas Gerais passava pelo chamado porto Alencastro, considerado o início da estrada do Sertão da Farinha Podre, antiga denominação dada à região do Triângulo Mineiro[37].
No dia 01 de Julho de 1857, a freguesia foi anexada à recém criada Vila de Miranda, e em 4 de julho de 1857 foi elevada também à condição d Vila, quando a povoação denominada Sant'Ana do Paranaíba, em homenagem a Nossa Senhora Santana, padroeira do lugar, foi elevada à categoria de vila, criando-se o município, desmembrado de Miranda.
LEI Nº 5, DE 04 DE JULHO DE 1857O TENENTE CORONEL ALBANO DE SOUSA OSORIO, VICE-PRESIDENTE DA PROVINCIA DE MATO GROSSO:
Faço saber a todos os seus Habitantes, que a Assemblea Legislativa Provincial Decretou, e eu Sanccionei a Lei seguinte.
Art. 1º Fica elevada á categoria de Villa com a denominação de Villa de Sant’Anna do Paranahyba a Freguezia deste nome e invocação.
Art. 2º Os limites da nova Villa abrangerão a sua propria Freguezia e a do Piquiry, e pertencerão a 1ª Comarca.
Art. 3º Os habitantes ficão obrigados a construir á sua custa os edificios precisos para as Sessões da Camara e Cadêa publica; e só depois de concluida os taes edificios gosarão dos foros de municípios conferidos pela presente Lei.
Art. 4º Ficão revogadas todas as disposições em contrario.
Mando por tanto a todas as Autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumprão, e fação cumprir tão inteiramente, como nella se contem. O Secretario desta Provincia a faça imprimir, publicar, e correr.
Palacio do Governo de Mato Grosso em Cuiabá aos quatro de Julho de mil oitocentos e cincoenta e sete, trigessimo sexto da Independencia e do Imperio.
Albano de Sousa Osorio
Na Guerra do Paraguai, Paranaíba teve uma participação muito importante, pois foi na época, a rota de apoio logístico e de fuga dos civis envolvidos no conflito. Destaca-se nesse período da história de Paranaíba a atuação de José Francisco Lopes em 1867, o Guia Lopes, na célebre retirada da Laguna, e a documentação de Alfredo de Taunay, o Visconde de Taunay, que atravessou a região neste ano registrando suas observações sobre os habitantes, seus hábitos e sobre sua natureza, escrevendo a partir disto o romance Inocência, cujo drama se passa naquele universo, tornando a região conhecida em grande parte do mundo. Ainda em Santana de Paranaíba foram instalados dois corpos de cavalaria e um entreposto para apoio logístico e fornecedor de suprimentos para abastecer as frentes de combate. Muitos dos combatentes que lutaram na guerra, na sua maioria brancos pobres e negros que obtiveram sua liberdade ao participarem da guerra, assim como os migrantes que fugiram das zonas de conflito posteriormente se instalaram definitivamente na Vila de Santana de Paranaíba[38].
Este novo povoamento deu início a um novo ciclo de colonização para região, onde áreas pouco conhecidas, como eram os sertões, foram mapeadas, reocupadas e nomeadas. Os antigos moradores da região, como foi o caso dos grupos indígenas, foram totalmente dizimados ou forçados a se mudarem e a agricultura de subsistência deu lugar a grandes extensões de fazendas voltadas ao cultivo de café e criação de gado[39].
Em fins do século XIX, Santana do Paranaíba era a mais populosa das comarcas do sul do Mato Grosso, fruto de sua grande vantagem geográfica, permitindo a realização de comércio com os estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo[36]. Com isso, em 1894, a vila foi elevada à condição de cidade pela lei estadual n° 79 de 13 de julho daquele ano, mantendo-se o nome “Santana do Paranaíba”. O nome atual, sem referência à Nossa Senhora de Santana, passou a ser utilizado a partir de 1939, ainda que um Decreto-Lei de 1938 tenha brevemente rebatizado o município apenas como Santana[33]. Nos anos seguintes, a alusão ao rio Paranaíba retornou ao nome oficial da cidade, permanecendo desde então como tal[37].
Geografia
[editar | editar código-fonte]Localização
[editar | editar código-fonte]O município de Paranaíba está localizada no sul da região Centro-Oeste do Brasil, à Leste de Mato Grosso do Sul (Microrregião de Paranaíba). Localiza-se a uma latitude 19º40’38” sul e a uma longitude 51º11’27” oeste. Possui cerca de 42 mil habitantes.
Geografia física
[editar | editar código-fonte]- Solo
No município de Paranaíba, basicamente, ocorre Latossolo de textura média e Argissolo de textura arenosa/média. Ao longo de cursos d’água, verifica-se ainda a ocorrência de Latossolo sendo que, predomina em todos estes solos o caráter álico e, portanto, a baixa fertilidade natural. Há também pequenas áreas de Neossolos.
- Relevo e altitude
Está a uma altitude de 474 metros.
- Clima
Está sob influência do clima tropical (Aw). A temperatura média anual é de 24 ℃, com precipitação pluviométrica anual de 1 400 milímetros (mm). Segundo dados da estação climatológica principal do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) na cidade (localizada próxima à BR-497), referentes ao período de 1971 a 1990 e partir de 1993, a menor temperatura registrada em Paranaíba foi de 1,2 °C em 15 de agosto de 1978 e 21 de julho de 1981 e a maior atingiu 44,6 °C em 7 de outubro de 2020. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 182,6 mm em 4 de março de 2011.[40][41]
Dados climatológicos para Paranaíba | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 38,4 | 38,2 | 37 | 37 | 34,8 | 34,6 | 34,8 | 39 | 42,8 | 44,6 | 41,2 | 39,4 | 44,6 |
Temperatura máxima média (°C) | 31,5 | 31,9 | 31,6 | 31,1 | 28,6 | 28,2 | 29,1 | 31,5 | 32,2 | 32,8 | 32,2 | 31,7 | 31 |
Temperatura média compensada (°C) | 25,7 | 25,9 | 25,7 | 24,8 | 21,7 | 20,9 | 21,2 | 23,3 | 24,8 | 26,1 | 26 | 25,8 | 24,3 |
Temperatura mínima média (°C) | 21,6 | 21,6 | 21,3 | 19,7 | 16 | 14,8 | 14,4 | 16,3 | 18,8 | 20,8 | 21,1 | 21,4 | 19 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 13,8 | 16,5 | 8,8 | 7,6 | 3,4 | 1,8 | 1,2 | 1,2 | 7 | 10,1 | 8,3 | 10,9 | 1,2 |
Precipitação (mm) | 286 | 200,7 | 181,3 | 65,6 | 49 | 25,5 | 14,5 | 16,9 | 60,2 | 95 | 140,8 | 218,2 | 1 353,7 |
Umidade relativa compensada (%) | 77,6 | 75,8 | 76 | 70,4 | 68,1 | 64,8 | 56,5 | 51 | 56,4 | 61,5 | 67,5 | 73,8 | 66,6 |
Insolação (h) | 198,7 | 195,3 | 230 | 239,1 | 216,2 | 201,2 | 231,4 | 260,5 | 229,6 | 228,8 | 227,1 | 210 | 2 667,9 |
Fonte: INMET (precipitação e horas de sol: normal climatológica de 1991-2020; temperaturas médias: normal 1981-2010; recordes de temperatura: 06/07/1971-31/12/1990 e 01/01/1993-presente)[40][41] |
- Hidrografia
Está sob influência da Bacia do Rio da Prata, tendo como rio principal o Rio Paranaíba.
- Vegetação
Se localiza na região de influência do Cerrado.
Geografia política
[editar | editar código-fonte]- Fuso horário
Está a -1 hora com relação a Brasília e -4 com relação ao Meridiano de Greenwich (Tempo Universal Coordenado).
- Área
Ocupa uma superfície de 5 402,778 km², sendo 7,740 km² de terras urbanas.
- Subdivisões
O município conta com os seguintes distritos além da sede:
- Arredores
- Norte: Lagoa Santa (GO)
- Nordeste: Itajá (GO)
- Leste: Carneirinho (MG)
- Sudeste: Aparecida do Taboado
- Sul: Aparecida do Taboado
- Sudoeste: Inocência
- Oeste: Inocência
- Noroeste: Cassilândia, Itajá (GO)
Economia
[editar | editar código-fonte]Paranaíba localiza-se estrategicamente numa região de integração das economias do Brasil (Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Goiás) situação que começa a ser explorada mais intensivamente com a construção do gasoduto e o fortalecimento das relações comerciais dentro do Mercosul. O potencial de consumo em 2008 era de 0,02231%.[42]
Centro de zona B
[editar | editar código-fonte]Paranaíba, com 41 mil habitantes e 1 relacionamento direto, é um Centro de Zona B. Nível formado por cidades de menor porte e com atuação restrita à sua área imediata; exercem funções de gestão elementares. Paranaíba é uma das 364 cidades no Brasil com a classificação Centro de Zona B.[43] A cidade exerce influência sobre a cidade de Inocência (Centro Local).
Turismo
[editar | editar código-fonte]- Parque de Exposições de Paranaíba
- Parque Espelho d'Água
- Praça da Paz
- Praça da República. Reaberta em 2022.[44] Possui uma antiga figueira que foi plantada em 1968.[45]
- Zona Rural
Urbanização
[editar | editar código-fonte]Possui um modelo urbanístico no padrão histórico, com várias vias estreitas e tortuosas.
Domicílios
[editar | editar código-fonte]Domicílios de Paranaíba[46] | |
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Total de domicílios | 16 350 domicílios |
Domicílios particulares | 16 321 domicílios |
Domicílios coletivos | 29 domicílios |
Domicílios por rendimento per capita[47] | |
Mais de 5 salários | 3,56 % |
De 2 a 5 salários | 10,90 % |
De 1 a 2 salários | 25,01 % |
De 0,5 a 1 salário | 37,79 % |
De 0,25 a 0,5 salários | 16,96 % |
Até 0,25 salários ou sem rendimento | 5,76 % |
Distribuição por classe social[47] | |
Classe A | 3,56 % |
Classe B | 10,90 % |
Classe C | 62,80 % |
Classe D | 16,96 % |
Classe E | 5,76 % |
Classe alta (A - B) | 14,46 % |
Classe média (C - D) | 79,76 % |
Classe consumidora (A - B - C - D) | 94,22 % |
Classe periférica (E) | 5,76 % |
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]Acesso
[editar | editar código-fonte]Com asfaltamento na cidade acima de 95%, possui 5.000 km de estradas vicinais totalmente transitáveis para escoamento de produção. O município de Paranaíba situa-se no entroncamento de três macro-eixos de desenvolvimento econômico de Mato Grosso do Sul:
- Está ao lado do eixo aquaviário não tem leste,formando pelo Rio Paraná,rota de ligação fluvial com o mercosul;
- É o ponto de partida do eixo Nordeste,que corta um para Costa Rica e segue a linha da Ferronorte,unindo-se e integrando-se aos demais Estados do Centro-Oeste e outras regiões;
- Insere-se dentro do raio de influência do eixo Leste-Oeste,basicamente determinado pela rota traçada pelo gasoduto no trecho Corumbá-Campo Grande-Três Lagoas.
A cidade possui dois acessos importantes:
- Rodovia BR-158
- Aeroporto de Paranaíba
- Terminal Rodoviário de Paranaíba
Ensino
[editar | editar código-fonte]O atendimento no ensino básico atinge 100% da população.
- Ensino básico
Segundo o MEC, Paranaíba tem 37 escolas de ensino fundamental e médio.
- Ensino superior
Possui quatro instituições educacionais de nível superior: FIPAR (Faculdade Integradas de Paranaíba); UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul); UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), futura desmembração da UFB (Universidade Federal do Bolsão) e UNOPAR (Universidade Virtual Norte Do Paraná).
Saúde
[editar | editar código-fonte]O atendimento na saúde e assistência social com indicadores em altíssimos níveis.
Forças armadas
[editar | editar código-fonte]Organização | Sigla |
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4ª Delegacia do Serviço Militar da 30ª C S M | 4ª Del SM/30ª CSM |
Demografia
[editar | editar código-fonte]Crescimento populacional | |||
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Censo | Pop. | %± | |
1940 | 14 105 | — | |
1950 | 22 482 | 59,4% | |
1960 | 18 246 | −18,8% | |
1970 | 31 038 | 70,1% | |
1980 | 36 894 | 18,9% | |
1991 | 37 654 | 2,1% | |
2000 | 38 406 | 2,0% | |
2010 | 40 192 | 4,7% | |
Est. 2014 | 41 363 | [7] | |
Fonte: SEMAC[48] e IBGE[49] |
Segundo o [Censo demográfico|censo] de 2010, a população do município de Paranaíba foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e estimada em 40 174 habitantes, sendo o 10º município mais populoso do estado, apresentando uma densidade populacional de 7,435 hab/km². Ainda segundo o censo, 19 965 eram homens e 20 209 dos habitantes eram mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 35 731 viviam na zona urbana e 4 443 na zona rural.[49] Já em 2014 o município de Paranaíba possui uma população de 41.363 habitantes em 2014 segundo estimativa do IBGE (o que coloca a cidade em 11º lugar no estado) e densidade de 7,655 hab/km²[7].
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Paranaíba é considerado alto pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), sendo seu valor 0,721 em 2010, o 8º maior entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul e o 1 266º maior entre os 5 560 municípios do Brasil.[8]
Outros dois indicadores destacados de Paranaíba é o índice Gini (0,49)[8] e o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal-IFDM (0.7603).[50]
Religião
[editar | editar código-fonte]Conforme o Censo de 2010 do IBGE, a população paranaibense é formada por grupos religiosos como cristãos (93,74%), sendo existente a católica e ortodoxa (63,28%), evangélicas (21,04%) (destes, 4,72% são evangélicos de missão e 12,06% são evangélicas de origem pentecostal), restauracionista (0,87%) e outros cristãos (4,73%). Outros grupos religiosos na cidade são os reencarnacionistas (3,59%), orientais ou asiáticas (0,40%), tradições esotéricas (0,02%), indeterminados (0,56%) e não religiosos (9,77%).[51][52]
Cristãos
[editar | editar código-fonte]É de longe o maior grupo religioso presente no município, totalizando 93,74% dos seus habitantes.[51][52]
Católicos
[editar | editar código-fonte]Paranaíba está localizada no país mais católico do mundo em números absolutos. A Igreja Católica teve seu estatuto jurídico reconhecido pelo governo federal em outubro de 2009,[53] ainda que o Brasil seja atualmente um estado oficialmente laico.[54].
A Igreja Católica reconhece como padroeiros da cidade Nossa Senhora Sant'Ana. O município pertence à Circunscrições eclesiásticas da Regional Oeste I (que atende Mato Grosso do Sul) e de acordo com a divisão resolvida pela Igreja Católica, o município de Paranaíba pertence à Província Eclesiática de Campo Grande, mais precisamente à Diocese de Três Lagoas e é sede de duas paróquias. Seu atual bispo, desde maio de 2009, é o bispo prelado brasileiro José Moreira Bastos Neto, que veio a falecer em 2014, sendo que atualmente a diocese três-lagoense está sem bispo. Paranaíba possui 63,28% da população, sendo a Católica Apostólica Romana com 63,25% e a Católica Ortodoxa com 0,03%.[51][52]
- Templos
- Paróquia Sant'Ana
- Paróquia Santo Antônio
Protestantes
[editar | editar código-fonte]Embora seu desenvolvimento tenha sido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes. De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo IBGE, a população local era composta 21,04% de protestantes.[51][52]
Evangélicos de missão
[editar | editar código-fonte]Os evangélicos de missão totalizam 4,72% da população. Destes, 0,83% são presbiterianos, 0,45% são metodistas, 2,67% são batistas e 0,77% são adventistas.[51][52]
Evangélicos neopentecostais
[editar | editar código-fonte]Os evangélicos neopentecostais totalizam 12,06% da população. Desse total é composto a Igreja Assembleia de Deus (4,50%), Igreja Congregação Cristã do Brasil (1,68%), Igreja o Brasil para Cristo (0,22%), Igreja Evangelho Quadrangular ( 0,22%), Igreja Universal do Reino de Deus (1,22%), Igreja Deus é Amor (0,69%) e outras (3,53%).[51][52]
Restauracionista
[editar | editar código-fonte]Representado por 0,87% da população. Abrange apenas as Testemunhas de Jeová.[51][52]
Outros cristãos
[editar | editar código-fonte]Em Paranaíba existem também cristãos de outras denominações, representado por 4,73% da população. Destes 4,26% são de outras igrejas evangélicas e 0,47% são de outras religiosidades cristãs.[51][52]
Outras denominações
[editar | editar código-fonte]O município é representada por variados outros credos, existindo também religiões de várias outras denominações. São elas:
Reencarnacionistas
[editar | editar código-fonte]Possui 3,59% do total, sendo 3,50% espíritas e 0,09% espiritualistas.[51][52]
Orientais ou asiáticas
[editar | editar código-fonte]Com 0,40% de locais, se divide entre a Igreja Messiânica Mundial (0,30%) e Islamismo (0,10%).[51][52]
Tradições esotéricas
[editar | editar código-fonte]Possui 0,02% do total.[51][52]
Indeterminados
[editar | editar código-fonte]Opções indeterminados respondem por 0,56% dos locais, sendo os de outras religiosidades (0,01%), mal-definidos (0,46%) e os que não sabem (0,09%).[51][52]
Não religiosos
[editar | editar código-fonte]O Grupo das pessoas não religiosas respondem por 9,77% dos locais, sendo os sem religião convictos 9,51%, ateus 0,20% e agnósticos 0,06%.[51][52]
Referências
- ↑ «Gentílico dos municípios de Mato Grosso do Sul - IHGMS (PDF)» (PDF)[ligação inativa]
- ↑ «Mapas e rotas». Guia 4 Rodas. Consultado em 3 de novembro de 2011
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