Putsch dos Generais
Putsch dos Generais | |||
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Data | 21–26 de abril de 1961 | ||
Local | Argélia francesa | ||
Desfecho | Golpe fracassado | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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O Putsch de Argel (em francês: Putsch d'Alger ou Coup d'État d'Alger), também conhecido como o Putsch dos Generais (Putsch des Généraux), foi um fracassado golpe de estado para derrubar o presidente francês Charles De Gaulle e estabelecer uma junta militar anti-comunista. Organizado na Argélia francesa por generais aposentados do exército francês: Maurice Challe (55, antigo comandante-em-chefe na Argélia francesa), Edmond Jouhaud (56, o antigo Inspector Geral da Força Aérea Francesa), André Zeller (63, antigo oficial do Exército de Terra Francês) e Raoul Salan (61, antigo comandante-em-chefe na Argélia francesa), que ocorreu a partir da tarde de 21 de abril a 26 de abril de 1961 em meio à Guerra da Argélia (1954-1962).[1]
Os organizadores do golpe eram contra as negociações secretas que o governo do primeiro-ministro francês Michel Debré tinha iniciado com a anti-colonialista Frente de Libertação Nacional (FLN). O General Raoul Salan argumentou que aderiu ao golpe de Estado sem se preocupar com o seu planejamento técnico, no entanto, sempre foi considerado como um dos quatro homens o golpe, ou como De Gaulle notoriamente colocou, "un quarteron de généraux en retraite" (um quarteto de generais aposentados).
O golpe viria em duas fases: uma declaração de controle nas principais cidades da Argélia francesa, Argel, Oran e Constantina, seguido pela tomada de Paris. A operação metropolitana seria liderada pelo coronel Antoine Argoud, com paraquedistas franceses descendo em aeroportos estratégicos. Os comandantes em Oran e Constantina, no entanto, se recusaram a seguir as ordens de Challe de aderirem ao golpe. Ao mesmo tempo, informações sobre a fase metropolitana atraiu a atenção do primeiro-ministro Debré, através do serviço de inteligência.
Em 22 de abril, todos os voos e decolagens foram proibidos em aeroportos parisienses, e uma ordem foi dada para o exército para resistir ao golpe de Estado "por todos os meios".[2] No dia seguinte, o presidente Charles De Gaulle fez um famoso discurso na televisão, vestido com seu uniforme de general vintage dos anos 1940 (ele tinha 71 anos e longa aposentadoria do exército) ordenando ao povo francês e aos militares para ajudá-lo.[3]
Referências
- ↑ French National Audiovisual Institute INA, Les Actualités Françaises - 03/05/1961
- ↑ Debré's official speech in the 20h news report, ORTF public television channel, 22 April 1961
- ↑ French National Audiovisual Institute INA, JT 20H - 23/04/1961
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Pierre Abramovici, Le Putsch des Généraux, éd. Fayard, 2011
- Jacques Fauvet and Jean Planchais, La Fronde des Généraux, Arthaud, Paris, 1961
- Porch, Douglas. The French Foreign Legion. New York: Harper Collins, 1991. ISBN 978-0-06-092308-2
- Roberts, Adam, ‘Civil Resistance to Military Coups’, Journal of Peace Research, Oslo, vol. 12, no. 1, 1975, pp. 19–36.
- Roberts, Adam, ‘La défaite du putsch de 1961: un exemple de résistance civile’, Espoir, Institut Charles de Gaulle, Paris, no. 15, June 1976, pp. 47–54.
- General Maurice Challe, protégé of CIA director Allen Dulles, plot against De Gaulle (PDF)
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «La réhabilitation des généraux putschistes, en 1982» (em francês). , Human Rights League
- «Article» (em francês). in Le Monde, 2001
- «Article by Pierre Abramovici» (em francês)