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Mato Grosso do Sul

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Sul-mato-grossenses)
 Nota: Não confundir com Mato Grosso.
Estado de Mato Grosso do Sul
Hino: Hino de Mato Grosso do Sul
Gentílico:
sul-mato-grossense, mato-grossense-do-sul
Localização de Mato Grosso do Sul no Brasil
Localização de Mato Grosso do Sul no Brasil
Localização
 • Região Centro-Oeste
 • Estados limítrofes Bolívia (NO), Paraguai (SO), Goiás (NE), Minas Gerais (L), Mato Grosso (N), Paraná (S) e São Paulo (SE)
 • Regiões intermediárias 3
 • Regiões imediatas 12
 • Municípios 79
Capital  Campo Grande
54° 36' 58" O 20° 28' 53" S
Governo
 • Governador(a) Eduardo Riedel (PSDB)
 • Vice-governador(a) José Carlos Barbosa (PSD)
 • Deputados federais 8
 • Deputados estaduais 24
 • Senadores Nelsinho Trad (PSD)
Soraya Thronicke (PODE)
Tereza Cristina (PP)
Área
 • Área total 357 142,082 km² (6º) [1]
População  
 • Censo 2022 2 757 013 hab. (21º)[2]
 • Densidade 7,72 hab./km² (19º)
Economia 2021[3]
 • PIB total 142.204 bilhões (15º)
 • PIB per capita 50.086,07 ()
Indicadores 2018/2019[4][5]
 • Esperança de vida (2015) 75,3 anos (10º)
 • Mortalidade infantil (2015) 14,5‰ nasc. (18º)
 • Alfabetização (2010) 93,0% ()
 • IDH (2021) 0,742 () – alto [6]
Fuso horário UTC−04:00, America/Campo_Grande
Clima Subtropical, tropical de altitude e tropical Cfa, Cwa, Aw
Cód. ISO 3166-2 BR-MS
Website http://www.ms.gov.br/
Mapa de Mato Grosso do Sul
Mapa de Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil.[7] Localiza-se no sul da Região Centro-Oeste.[7] Limita-se com cinco estados brasileiros: Mato Grosso (norte), Goiás e Minas Gerais (nordeste), São Paulo (leste) e Paraná (sudeste); e dois países sul-americanos: Paraguai (sul e sudoeste) e Bolívia (oeste).[8] É dividido em 79 municípios[9] e ocupa uma área é de 357 142,082 km²,[1] com tamanho comparável à Alemanha.[10] Com uma população de 2 757 013 habitantes em 2022, Mato Grosso do Sul é o 21º estado mais populoso do Brasil.[11]

A capital e município mais populoso de Mato Grosso do Sul é Campo Grande.[12] Outros municípios com população superior a cem mil habitantes são Dourados, Três Lagoas e Corumbá.[13] A extremidade ocidental do estado é coberta pelo Pantanal; o noroeste cobre as planícies; e o leste cobre os planaltos com as serras escarpadas da Bodoquena.[14] Paraguai, Paraná, Paranaíba, Miranda, Aquidauana, Taquari, Negro, Apa e Correntes são os rios mais importantes.[15] As principais atividades econômicas são agricultura (soja, milho, algodão, arroz, cana-de-açúcar); a pecuária (gado bovino); a mineração (ferro, manganês, calcário); e a indústria (alimentícia, de cimento, de mineração).[16]

O desejo de desmembrar Mato Grosso do Sul de Mato Grosso se iniciou nas primeiras décadas do século XX, com uma revolta sob a liderança do coronel João da Silva Barbosa, resultando que os rebeldes foram derrotados. O norte sempre teve resistência, por ter medo de que o estado se esvaziasse economicamente. Por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932, efetivou-se a adesão do sul ao movimento, sob a condição de que se fosse vitorioso seria dividido o antigo estado. No dia 11 de outubro de 1977, finalmente concretizou-se o desmembramento de Mato Grosso do Sul, que o presidente Ernesto Geisel elevou à categoria de estado em 1º de janeiro de 1979, sendo primeiro governador empossado Harry Amorim Costa, além da Assembleia Constituinte. O acontecimento das primeiras eleições deu-se apenas em 1982. Como justificativa de desmembrar o novo estado, foi argumentado pelo governo federal que a grande extensão da área do antigo estado tornava-o difícil de administrar, além da apresentação dos verdadeiros ambientes naturais diferenciados.[17]

Tem, como bebida típica, o tereré, que é o seu patrimônio imaterial,[18] sendo Mato Grosso do Sul também o estado-símbolo dessa bebida e maior produtor de erva-mate da Região Centro-Oeste do Brasil.[19] O uso desta bebida, derivada da erva-mate (Ilex paraguariensis), nativa do Planalto Meridional do Brasil, é de origem pré-colombiana. O Aquífero Guarani compõe parte do subsolo do estado,[20] sendo Mato Grosso do Sul detentor da maior porcentagem do aquífero dentro do território brasileiro.

Etimologia e linguística

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O termo "Mato Grosso do Sul" deriva do nome do vizinho "Mato Grosso", estado do qual aquele foi desmembrado quando de sua criação. Já a origem do termo "Mato Grosso" é incerta, acreditando-se que venha de um nome indígena usado para designar parte da região - a palavra guarani kaaguazú (kaa, "bosque", "mata" e guazú, "grande", "volumoso"), que significaria, aproximadamente, "Mato Grosso".[21]

Assim como o vizinho estado de Mato Grosso, o uso oficial, localmente, rejeita sempre o artigo definido junto ao nome do estado: diz-se "governo de Mato Grosso do Sul", "governador de Mato Grosso do Sul",[22] "constituição do estado de Mato Grosso do Sul",[23] "em Mato Grosso do Sul".[24][25]

Ver artigo principal: História de Mato Grosso do Sul

Primeiros tempos

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Os primeiros habitantes de Mato Grosso do Sul eram povos indígenas como os guaranis, terenas e caiapós.

O primeiro europeu a pisar em terras sul-mato-grossenses teria sido o português Aleixo Garcia, em 1524, em uma expedição que partiu do litoral do que é hoje Santa Catarina que visava a encontrar as riquezas do Peru.[26]

A região de Mato Grosso do Sul estava, no século XVIII, no caminho das monções, expedições fluviais que ligavam a vila de Araritaguaba a Cuiabá, onde se descobriram minas de ouro em 1718. Foi nesse contexto que paulistas se estabeleceram no atual território sul-mato-grossense, sendo os primeiros não-indígenas a se estabelecerem no território.[26]

Em 1719, os irmãos Leme da Silva, por acidente, desviam-se da rota convencional das monções e se fixam em um local no trajeto, onde criam a Fazenda Camapuã, onde surgiu o povoado embrião da atual Camapuã.[27]

Muitas das primeiras povoações do estado surgiram como fortalezas e presídios localizadas nas rotas das monções, como Coimbra (1775), Ladário (1778) e Miranda (1797).[26]

Em 1864, o ditador paraguaio Francisco Solano López invadiu o então sul de Mato Grosso (atual Mato Grosso do Sul), dando início à Guerra do Paraguai (1864-70).[26]

Pós-Guerra do Paraguai e antes da emancipação

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Palácio Maracaju, sede do Estado de Maracaju, localizado em Campo Grande
Localização do Território Federal de Ponta Porã

Nas décadas após a Guerra do Paraguai (1864-1870), o atual Mato Grosso do Sul recebeu ondas migratórias vindas do Sul e Sudeste do Brasil, atraídas pelas terras férteis, criação de gado e o cultivo de erva-mate, que ampliaram o povoamento do estado. Alguns imigrantes europeus, sobretudo italianos e espanhóis, também se fixaram no estado.[26][28]

Novas cidades surgiram nas das antigas fortalezas da guerra, como Dourados e Coxim, além de Campo Grande, fundada por mineiros logo após o fim do conflito.

A primeira tentativa conhecida de separar o sul de Mato Grosso do restante do estado, criando assim um novo estado, é data de 1892 e foi uma iniciativa de alguns revolucionários, cuja liderança era a do Coronel João da Silva Barbosa.[26]

No início do século XX, a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil rompeu o isolamento do sul de Mato Grosso, ligando Corumbá ao litoral de São Paulo e isso alavancou o desenvolvimento da região. Além disso, o sul mato-grossense sentia-se mais próximo a São Paulo do que a Cuiabá, favorecendo o separatismo.[28][29]

Em 1932, com a Revolução Constitucionalista em São Paulo, foi criado, por rebeldes apoiadores da causa paulista, o Estado de Maracaju, cujas terras abrangiam o atual estado de Mato Grosso do Sul, e Vespasiano Martins foi nomeado governador. Com o fim da Revolução, Maracaju foi dissolvido e reincorporado a Mato Grosso.[26][30]

Após o Brasil entrar na Segunda Guerra Mundial, em 1943, o então presidente Getúlio Vargas ordenou a criação de territórios federais em regiões estratégicas de fronteira, como o de Ponta Porã, que existiu até 1946, quando voltou a pertencer a Mato Grosso.[31][29]

A partir dos anos 1950, o desenvolvimento do agronegócio e a expansão da fronteira agrícola trouxeram migrantes de outros estados.

Emancipação política

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A ideia de desmembrar o antigo sul de Mato Grosso contornou definitivamente o atual estado em 1975, com a tese Divisão político-administrativa de Mato Grosso, que a Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) publicou, cujos dados basearam a campanha intensificada pelo desmembramento. O presidente Ernesto Geisel comunicou que o governo federal decidiu sobre o assunto durante uma reunião com o então governador de Mato Grosso, José Garcia Neto, em 4 de maio de 1977. De acordo com o primeiro projeto de lei, o novo estado seria chamado de "Campo Grande". Quando o Congresso Nacional aprovou a lei e o presidente do Brasil sancionou, em 11 de outubro do mesmo ano, o nome do estado foi mudado para "Mato Grosso do Sul" e foi decidido que a capital do novo estado seria Campo Grande.[30]

A emancipação do sul de Mato Grosso em um novo estado se deve a dois fatores: o grande território de Mato Grosso, que o impedia de ser governado eficazmente, e fatores geográficos e sociais, com o então sul do estado com uma vegetação de campos, melhor distribuição fundiária, agricultura mais intensiva e maior densidade demográfica, e o norte mato-grossense dominado pela Amazônia, com o predomínio do latifúndio e da agricultura extensiva.[28][30]

Vista de Campo Grande, 1974. Arquivo Nacional

A afirmação dada pela lei que constituiu Mato Grosso do Sul nos quatro primeiros anos em que passou a existir, desde 1º de janeiro de 1979, foi a de que o presidente do Brasil nomeou um interventor que governaria o novo estado. Naquela data o presidente Ernesto Geisel investiu no cargo, em Brasília, o profissional da engenharia Harry Amorim Costa. Durante aquela ocasião, foi acentuado pelo presidente Ernesto Geisel que o fato de ser criado Mato Grosso do Sul teve como significado "o reconhecimento de uma realidade econômica e social" e foi destacado no novo estado — então a 23ª unidade da federação brasileira — a "extraordinária vocação para o desenvolvimento agropecuário e agroindustrial", devido acima de tudo dos solos férteis da região de Dourados e do grande potencial que o cerrado tem da agricultura.[30]

Cortando o mandato do primeiro governador pelo primeiro ano, Marcelo Miranda Soares substituiu Harry Amorim. Quem demitiu Marcelo Miranda, por sua vez, já em 1980 foi o presidente do Brasil João Baptista Figueiredo e quem substituiu foi Pedro Pedrossian, "de modo a promover maior entrosamento e unidade política no estado, com vistas às eleições de 1982". Contudo, nem o fato de substituir nem as verbas que o governo liberou em 1981 foi a garantia de que o governo fosse vitorioso nas eleições de 1982. Foi eleito governador Wilson Barbosa Martins, ex-deputado federal cassado.[30]

O governo de Wilson Martins enfatizou a industrialização, perante o fato de instituir os incentivos—um dos quais tem consistido na fixação de um prazo de três anos de carência para recolher o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICM) do estabelecimento das empresas industriais no estado até 1989. Também foi atacado pelo novo governo que o meio ambiente fosse ameaçado, quando teve o apoio em 1984 da Operação Pantanal 2, que a Secretaria Especial do Meio Ambiente (Sema) organizou, com as forças armadas e as polícias civil e militar ajudando. O destino da operação era a repreensão dos "coureiros" que praticavam a caça ilegal no pantanal. Foi pronunciado por Martins que ele foi contrário ao fato de instalar mais seis destilarias de álcool na bacia hidrográfica do rio Paraguai: considerava o projeto como ameaçador do meio ambiente pois foi previsto pelo então governador da época que fossem despejados de 15 milhões de litros de vinhoto diariamente nos rios.[30]

Nos anos 1980 foi procurado pelo governo estadual que ele mesmo voltasse a discutir sobre os problemas sociais, inclusive setores infraestruturais como a educação e a saúde. O governo instalou a primeira companhia da Polícia Florestal, que tem a incumbência de promover a redução das ações da predação humana no Pantanal, área que empresas pesqueiras e caçadores depredaram. Também foi implantado o Grupo de Operações de Fronteira (GOF) para a repressão do tráfico de drogas, o fato de contrabandear e a caçar ilegalmente animais silvestres nos 400 km de fronteiras com a Bolívia e o Paraguai.[30]

A par de desenvolver o turismo ecológico, que o Pantanal propiciou, nos anos 1990 têm crescido as perspectivas de desenvolver a economia, acima de tudo com o fato de decidir a conclusão das obras da Ferronorte, que dará permissão ao transporte ferroviário da produção agrícola em direção ao porto de Santos, no estado de São Paulo. Em 1997 o governo privatizou a Empresa Energética do Estado de Mato Grosso do Sul.[30]

Campo Grande, capital e principal centro econômico do estado

Nos anos de 2005 e 2006, o fato de descobrir focos de febre aftosa no estado tem levado aproximadamente 50 países à restrição ou à proibição de comprar carne bovina no Brasil.[32] Foi confirmado pela União Europeia (UE) que fosse restringida a carne de Mato Grosso do Sul em setembro de 2007.[33] Essa medida foi revogada em outubro de 2008.[34]

De 2002 a 2008, os lenhadores desmataram 4 279 quilômetros quadrados do bioma Pantanal, dos quais 65% ficavam em território sul-mato-grossense.[35] Em maio de 2008, foi realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Operação Ouro Negro, que visa combater o trabalho de explorar ilegalmente a lenha e o carvão no Pantanal. O Ibama multou seis carvoarias por não licenciarem e sim desmatarem acima do limite que a instituição ambiental autorizou.[36]

A justiça condenou o ex-prefeito do município de Dourados Ari Artuzi e os ex-vereadores Sidlei Alves, Humberto Teixeira Junior e Evaldo de Melo Moreira, em outubro de 2011, por terem cometido crime de improbidade administrativa.[37] Um outro processo será respondido pelos quatro políticos. Eles foram acusados por superfaturar o fato de licitar e pagar propina.[38]

Ver artigo principal: Geografia de Mato Grosso do Sul

O estado de Mato Grosso do Sul está localizado no sul da região Centro-Oeste do Brasil e tem como limites Goiás ao nordeste, Minas Gerais ao leste, Mato Grosso ao norte, Paraná ao sul, São Paulo ao sudeste, Paraguai ao oeste e sul e a Bolívia ao noroeste.

Ocupa uma superfície de 357 145,532 quilômetros quadrados, participando com 22,2 por cento da superfície da Região Centro-Oeste do Brasil e 4,2 por cento da área territorial brasileira (de 8 514 876,6 km²), sendo ligeiramente maior que a Alemanha.

Possui, ainda, 79 municípios, 165 distritos, quatro mesorregiões geográficas e onze microrregiões geográficas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O território estadual é drenado a leste pelos sistemas dos rios Paraná, sendo seus principais afluentes os rios Sucuriú, Verde, Pardo e Ivinhema; a oeste é drenado pelo Paraguai, cujos principais afluentes são os rios Taquari, Aquidauana e Miranda.

Pelo Rio Paraguai escoam as águas da planície do Pantanal e terrenos periféricos. Na baixada, produzem-se anualmente inundações de longa duração. A linha de divisa com o estado de Mato Grosso segue limites naturais formados por vários rios e camalotes.

Ver artigo principal: Complexo do Pantanal

Os cerrados recobrem a maior parte do estado, mas também destaca-se a Floresta Estacional Semidecidual. Há ainda a presença de pampas e Mata Atlântica.

Na planície do Pantanal, no oeste do estado, durante o período de cheias do Rio Paraguai , a região vira a maior região alagadiça do planeta, lá se combinam vegetações de todo o Brasil (até mesmo da Caatinga e da Floresta Amazônica). É um dos biomas com maior abundância de biodiversidade do Brasil, embora seja considerada pouco rica em número de espécies.

O Relevo de Mato Grosso do Sul é formado por planaltos, patamares e chapadões, todos inseridos nas bacias dos rios Paraná e Paraguai. O arcabouço geológico de Mato Grosso do Sul é formado por três unidades geotectônicas distintas: a plataforma amazônica, o cinturão metamórfico Paraguai-Araguaia e a bacia sedimentar do Paraná. Sobre essas unidades, visualizam-se dois conjuntos estruturais. O primeiro, mais antigo, com dobras e falhas, está localizado em terrenos pré-cambrianos, e o segundo, em terrenos fanerozoicos, na bacia sedimentar do Paraná.

Não ocorrem grandes altitudes nas duas principais formações montanhosas, as serras da Bodoquena e de Maracaju, que formam os divisores de águas das bacias do Paraguai e do Paraná. As altitudes médias do estado ficam entre duzentos e seiscentos metros.

Na maior parte do território do estado predomina o clima do tipo tropical ou tropical de altitude, com chuvas de verão e inverno frio e seco, caracterizado por médias termométricas que variam entre 25 °C na Baixada do Paraguai e vinte graus centígrados no planalto. No extremo meridional ocorre o clima subtropical, em virtude de uma latitude um pouco mais elevada e do relevo de planalto.

As geadas são comuns no sul do estado registrando em média três ocorrências do fenômeno por ano. Observa-se o mesmo regime de chuvas de verão e inverno seco e a pluviosidade anual é, também, de aproximadamente 1 500 milímetros.

Ver artigo principal: Demografia de Mato Grosso do Sul

A população de Mato Grosso do Sul tem crescido a altos níveis desde a década de 1870, quando o estado passou a ser efetivamente povoado. Entre a década de 1940 e o ano de 2008, a população aumentou quase dez vezes, ao passo que a população do Brasil, no mesmo período, aumentou pouco mais que quatro vezes. Isso, no entanto, não se dá devido a uma alta taxa de natalidade no estado, mas à grande quantidade de migrantes de outros estados ou imigrantes em Mato Grosso do Sul. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no ano de 2005, 30,2% da população residente no estado não era natural daquela unidade da federação,[40] ao passo em que a taxa de fecundidade no estado no ano 2000 era a décima menor do Brasil, com 2,4 filhos por mulher.[41]

Composição étnica

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Mulher guarani-kaiowá exibindo seu título eleitoral no município de Antônio João

Segundo o Censo de 2010, a composição étnica da população sul-mato-grossense era a seguinte naquele ano: 47,29% brancos, 43,59% pardos, 4,90% pretos, 2,99% indígenas e 1,22% amarelos.[42]

Migração e imigração

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Monumento à imigração japonesa, em Campo Grande

Pelas informações dos censos de 1991 e 1996, entre 1970 e 1990 houve redução nas migrações interestaduais nas últimas décadas e também queda do saldo migratório em Mato Grosso do Sul. Segundo os dados, em 1991 houve a entrada de 124 045 pessoas de outros estados e a saída de 105 009, resultando no saldo migratório de 19 036. Já em 1996, 87 374 pessoas imigraram para o estado e 73 748 emigraram desse para outros estados, resultando num saldo migratório de 13 626 habitantes.[carece de fontes?]

No geral, o cenário demográfico e social apresentado em Mato Grosso do Sul se baseia na tomada de decisões das diversas instâncias de atuação da sociedade civil, da academia e dos diversos níveis de governos, possibilitando e adequando o planejamento e ações dentro de uma visão panorâmica real nos níveis desejados de qualidade de vida e com o devido padrão de desenvolvimento sustentável.

Durante seus quase quinhentos anos de história espanhola, portuguesa e brasileira, a chegada de imigrantes, colonizadores e conquistadores foi constante. Desde que o primeiro colonizador europeu, Aleixo Garcia, que teria pisado em seu território em 1524, ao percorrer o caminho do Peabiru, o estado de Mato Grosso do Sul recebeu migrantes de diversas partes do Brasil nas diferentes fases de sua ocupação. Visando a substituição da mão de obra escrava por trabalhadores livres no Brasil, o Governo Imperial passou, a partir da segunda metade do século XIX, a promover mais ativamente a imigração, principalmente europeia para o Brasil. Dessa época até o nacionalismo do Estado Novo, que dificultou a imigração, o Brasil recebeu milhões de imigrantes, não só europeus. O sul mato-grossense não foi exceção.

A partir de 1890, o estado de Mato Grosso – notadamente o sul mato-grossense – apresentou uma população de estrangeiros crescente, superior a seis por cento da população total, até 1920, quando o número decaiu para entre cinco e três por cento da população em 1970.[43] De qualquer maneira, no período entre 1872 e 1970, Mato Grosso e o sul mato-grossense tiveram continuadamente uma população estrangeira acima da média nacional, caso este que somente se repetiu com quatro outros estados e a cidade do Rio de Janeiro. Na cidade de Corumbá, por exemplo, era difícil localizar quem falasse o idioma português. Entre 1920 e 1970, mais de cinquenta por cento dos estrangeiros que habitavam Mato Grosso eram paraguaios. Outros treze por cento eram naturais da Bolívia.

Municípios mais populosos

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Limites das regiões intermediárias em vermelho e imediatas em cinza

O Mato Grosso do Sul é composto por 79 municípios, que estão distribuídos em 12 regiões geográficas imediatas, que por sua vez estão agrupadas em três regiões geográficas intermediárias, segundo a divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vigente desde 2017.[45]

As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões.[46] Na divisão vigente até 2017, os municípios do estado estavam distribuídos em onze microrregiões e quatro mesorregiões, segundo o IBGE.[47]

Ver artigo principal: Política de Mato Grosso do Sul

O estado de Mato Grosso do Sul, assim como em uma república, é governado por três poderes, o executivo, representado pelo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul, e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul e outros tribunais e juízes.[48]

Além dos três poderes, o estado também permite a participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos.[48]

A atual constituição do estado foi promulgada em 1989, acrescida das alterações resultantes de posteriores Emendas Constitucionais.[49]

O poder executivo sul-mato-grossense está centralizado no governador do estado, que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto pela população para mandatos de até quatro anos de duração, podendo ser reeleito para mais um mandato.[49]

Nas eleições estaduais de 2022, Eduardo Riedel, foi eleito governador, derrotando Renan Contar.[50]

O poder legislativo estadual é unicameral, constituído pela Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul, localizada no Palácio Guaicurus, no Parque dos Poderes, em Campo Grande. Ela é constituída por 24 deputados, que são eleitos a cada quatro anos. No Congresso Nacional, a representação sul-mato-grossense é de três senadores e oito deputados federais.[51]

O poder judiciário tem a função de julgar, conforme leis criadas pelo legislativo e regras constitucionais brasileiras, sendo composto por desembargadores, juízes e ministros.[52] Atualmente, a maior corte do Poder Judiciário sul-mato-grossense é o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Ver artigo principal: Economia de Mato Grosso do Sul
Exportações de Mato Grosso do Sul - (2012)[53]

A região onde Mato Grosso do Sul está localizado contribui muito para o seu desenvolvimento econômico, pois é vizinho de grandes centros produtores e consumidores do Brasil: Minas Gerais, São Paulo e Paraná, além de fazer fronteira com a Bolívia e o Paraguai, uma vez que se situa na rota de mercados potenciais de toda a zona ocidental da América do Sul e se comunica com a Argentina através da Bacia do rio da Prata, dando também acesso ao Oceano Atlântico e ao Pacífico através dos países andinos.

A principal área econômica do estado de Mato Grosso do Sul é a do planalto da Bacia do Paraná, com seus solos florestais e de terra roxa. Nessa região, os meios de transporte são mais eficientes e os mercados consumidores da região Sudeste estão mais próximos.

Agropecuária

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Colheitadeira em uma plantação de milho em Dourados

Sua economia está baseada na produção rural (animal, vegetal, extrativa vegetal e indústria rural), indústria, extração mineral, turismo e prestação de serviços. O estado possui um dos maiores rebanhos bovinos do país. Além da vocação agropecuária, a infraestrutura econômica existente e a localização geográfica permitem ao estado exercer o papel de centro de redistribuição de produtos oriundos dos grandes centros consumidores para o restante da região Centro-Oeste e a região Norte do Brasil. Quanto a sua pauta de exportações, Mato Grosso do Sul se destacou na venda para o exterior de açúcar in natura (17,26%), soja (16,96%), carne bovina congelada (10,37%), pastas químicas de madeira à soda ou sulfato (10,34%) e milho (9,99%).[53]

Segundo dados de 2020, se Mato Grosso do Sul fosse um país, seria o quinto maior produtor mundial de oleaginosas. Em 2020, Mato Grosso do Sul foi o quinto maior produtor de grãos do país, com 7,9%. Na soja, produziu 10,5 milhões de toneladas em 2020, um dos maiores estados produtores do Brasil, em torno do 5º lugar. É o quarto maior produtor de cana-de-açúcar, com cerca de 49 milhões de toneladas colhidas na safra 2019/20. Em 2019, o Mato Grosso do Sul também foi um dos maiores produtores de milho do país, com 10,1 milhões de toneladas. Na produção de mandioca, o Brasil produziu um total de 17,6 milhões de toneladas em 2018. Mato Grosso do Sul foi o sexto maior produtor do país, com 721 mil toneladas.[54][55][56][57][58][59]

Panorama da região central de Campo Grande, capital e maior cidade do estado
Fábrica da Metalfrio em Três Lagoas, que tem um dos maiores PIB per capita do estado

O estado possui o quarto maior rebanho bovino do Brasil, com um total de 21,4 milhões de cabeças de gado. O estado é um grande exportador de carne bovina, mas também de aves e suínos. Na avicultura, o estado tinha, em 2017, um rebanho de 22 milhões de aves. Na carne de porco, em 2019, o Mato Grosso do Sul processou mais de 2 milhões de animais. O estado ocupa a 7ª posição brasileira na suinocultura, avançando para se tornar o 4º maior produtor brasileiro nos próximos anos.[60][61][62]

Em 2017, Mato Grosso do Sul detinha 0,71% da participação mineral nacional (6º lugar no país). Mato Grosso do Sul produziu ferro (3,1 milhões de toneladas no valor de R$ 324 milhões) e manganês (648 mil toneladas no valor de R$ 299 milhões).[63]

Mato Grosso do Sul teve um PIB industrial de R$ 19,1 bilhões em 2017, equivalente a 1,6% da indústria nacional. Emprega 122.162 trabalhadores na indústria. Os principais setores industriais são: Serviços Industriais de Utilidade Pública, como Eletricidade e Água (23,2%), Construção (20,8%), Alimentos (15,8%), Celulose e Papel (15,1%) e Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (12,5%). Esses 5 setores concentram 87,4% da indústria do estado.[64]

Na cidade de Três Lagoas, a produção de papel e celulose é considerável. Mato Grosso do Sul registrou crescimento acima da média nacional na produção de celulose, atingiu a marca de 1 milhão de hectares de eucalipto plantado, ampliou seu parque industrial no setor e consolidou-se como o maior exportador do produto no país no primeiro trimestre de 2020. Entre 2010 e 2018, a produção no sul de Mato Grosso aumentou 308%, atingindo 17 milhões de metros cúbicos de madeira redonda de papel e celulose em 2018. Em 2019, o Mato Grosso do Sul alcançou a liderança das exportações no comercializado no país, com 9,7 milhões de toneladas comercializadas: 22,20% do total exportado brasileiro de celulose naquele ano.[65]

Ver artigo principal: Turismo em Mato Grosso do Sul
Gruta do Lago Azul em Bonito

Mundialmente conhecido por sua biodiversidade, encontrada principalmente no Complexo do Pantanal e no Parque Nacional da Serra da Bodoquena, o Mato Grosso do Sul possui atrativos naturais e culturais que podem ser vistos ao participar de passeios turísticos. Os cenários são distintos e com belezas peculiares, sendo rico em flora, fauna e exuberância da natureza. A dedicação de seus habitantes o tornaram uma das mais produtivas áreas agrícolas e seus visitantes devem provar sua comida típica. O turismo ecológico também representa uma importante fonte de receita para o estado.

Sua capital é Campo Grande e suas principais cidades turísticas são Bonito, Jardim e Bodoquena localizados no Parque Nacional da Serra da Bodoquena; cidades de Corumbá, Aquidauana, Miranda, Anastácio, e Porto Murtinho no Complexo do Pantanal; Ponta Porã e Bela Vista na fronteira com o Paraguai, além das cidades de Costa Rica, Rio Verde e Fátima do Sul.

Infraestrutura

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Campus da UEMS em Dourados

A taxa de analfabetismo em Mato Grosso do Sul decresceu no final do século XX, com reduções nos níveis de analfabetismo classe etária de 10 anos e mais, passando de 23,37%, em 1980, para 9,5% em 2004. E apesar das reduções serem significativas, os dados da área urbana e rural foram bem distintos.[carece de fontes?]

As principais instituições de ensino superior de Mato Grosso do Sul são: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS); Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD); Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).

Em novembro de 2009, foi implantado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul o Centro Tecnológico de Eletrônica e Informática de Mato Grosso do Sul (CTEI-MS), um polo tecnológico criado pela parceria entre a UFMS, a UCDB e a UNIDERP. Foi montada no CTEI uma das redes de informática mais rápidas do país, que opera a 10 Gb/s.[66][67]

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sousa Dias, na divisa com São Paulo

Mato Grosso do Sul possui uma capacidade de geração de energia instalada é de 7 826,5 MW, sendo 94% é de origem renovável. Desse total, 6 740,8 MW são provenientes de usinas hidrelétricas, 464,7 MW de gás natural, 427,4 MW de biomassa e 182,8 MW de pequenas centrais hidrelétricas.[68] Porém, até 2015, a capacidade de geração terá um incremento de 4 208,4 MW a partir do início das operações da Usina Hidrelétrica São Domingos dentre outras usinas de biomassa e PCHs.[69] Ainda assim, a maior parte da energia consumida no estado é produzida pela Usina Hidrelétrica Engenheiro Sousa Dias, na divisa com São Paulo.[70]

BR-163, trecho duplicado no Mato Grosso do Sul
Ferrovia Norte Brasil, trecho sobre o rio Paraná, entre os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo

Em 2022, Mato Grosso do Sul possuía 45 176,8 km de rodovias municipais, 15 084,0 km de rodovias estaduais e 3 197,6 km de rodovias federais. Em 2022 eram cerca de 8 000 km de rodovias pavimentadas (entre rodovias estaduais e federais).[71][72] Seu sistema viário contribui em boa medida para o escoamento da produção agropecuária. Os principais eixos rodoviários são: BR-163, que liga os municípios de Sonora a Mundo Novo, onde havia cerca de 120 km de pistas duplicadas em 2022, com planejamento futuro para um total de 847 km de duplicações, cruzando todo o estado;[73][74] BR-267, que liga Porto Murtinho a Bataguassu (Porto XV de Novembro), no rio Paraná, e a Ourinhos, em São Paulo; BR-060, que liga Chapadão do Sul a Bela Vista e a BR-262, que Liga Corumbá a Vitória (Espírito Santo).

Tendo uma malha rodoviária desenvolvida para os padrões nacionais, MS possui vários terminais rodoviários de passageiros, se destacando os terminais de Campo Grande, Dourados e Esplanada da Estação (Corumbá). Mato Grosso do Sul sedia ainda três grandes empresas nacionais de transporte rodoviário de passageiros: Expresso Queiroz, Viação Cruzeiro do Sul e Viação São Luiz.

O estado também possui duas linhas ferroviárias: a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que liga o centro-oeste do estado de São Paulo com a cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, na do Rio Paraguai, com 1 330 quilômetros de extensão; e Ferronorte, que liga a cidade de Santa Fé do Sul a Rondonópolis desde 1989, sendo um dos principais corredores de escoamento de grãos da região, com 755 quilômetros que ligam o noroeste paulista com o sul mato-grossense.[75]

A navegação fluvial, que já teve importância decisiva, vem perdendo a preeminência. Dois eixos fluviais compõem o estado, ambos pertencentes à Bacia do Rio da Prata. O Rio Paraguai integra o estado com os países vizinhos Paraguai e Argentina, e com Mato Grosso pelo porto de Cáceres. Os principais produtos transportados no rio são: minérios de ferro e de manganês, cimento, madeira, derivados de petróleo e gado em pé. No ano de 1999, essa hidrovia começou a transportar açúcar, partindo de Porto Murtinho. Os principais portos são os de Corumbá Ladário e Esperança) e Porto Murtinho. Por fim, através do Rio Paraná que corre a Hidrovia Tietê-Paraná.

Mato Grosso do Sul é um estado muito bem servido no que diz respeito a aeroportos, possuindo sete em operação, sendo três internacionais (Aeroporto Internacional de Campo Grande, Aeroporto Internacional de Corumbá e Aeroporto Internacional de Ponta Porã) e quatro regionais (Aeroporto Plínio Alarcom, Aeroporto Regional de Dourados, Aeroporto Regional de Bonito e Aeroporto Regional de Nova Andradina)

O tereré, a bebida típica do estado

A cultura inclui a linguagem, as crenças, os costumes, as cerimônias, a conduta, a arte, a culinária, a moda, o folclore, os gestos e o modo de vida de determinado número de pessoas em um período. O local onde se situa, o meio ambiente, a economia e o que cerca um povo influência o seu modo de vida. A cultura local é uma mistura de várias contribuições das migrações ocorridas em seu território:

Mato Grosso do Sul possui vários equipamentos esportivos que impulsionam o turismo esportivo e atraem milhares de pessoas, com um razoável planejamento de infraestrutura esportiva: recebe todo ano eventos esportivos e automobilísticos importantes como a Formula Truck e a Stock Car. O maior estádio universitário da América Latina também se encontra no estado.

No estado nasceu o medalhista olímpico Rafael Silva no judô,[76] o medalhista em Mundiais de atletismo Zequinha Barbosa,[77] o tricampeão Pan-Americano e finalista olímpico Leonardo de Deus na natação[78] e Müller, campeão mundial de futebol em 1994 pela Seleção Brasileira.[79]

Referências

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Ligações externas

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